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segunda-feira, 30 de julho de 2012

"...e tendo por capacete a esperança da salvação"

"... e tendo por capacete a esperança da salvação".
                                                                         1 Tessalonicenses 5:8

Vivemos num tempo onde muito tem se pregado sobre esperança. Esperança de curas, milagres, restauração financeira, sucesso nos negócios, harmonia na família, etc. Esse tipo de esperança não nos leva ao passado da cruz e muito menos ao grande advento da volta de Jesus Cristo. É uma esperança míope, que quase sempre, não permite que os crentes pensem além do que pensam os líderes religiosos com suas muitas visões doutrinárias. Entretanto o verso acima outro tipo de esperança – uma esperança real na pessoa de Jesus Cristo.

O capacete citado neste verso é espiritual e tem como principal propósito proteger a nossa mente e todos os nossos pensamentos, sonhos e até devaneios.

Quais têm sido os nossos pensamentos? Eles têm sido direcionados para o alto ou para baixo? Nossos pensamentos precisam ser direcionados para cima, para as coisas espirituais.

O capacete também protege a nossa mente de todo tipo de influência de doutrinas de homens e demônios, evitando assim, que sejamos presa fácil de homens enganadores e fraudulentos e também de toda sorte de ataques e dardos inflamados do maligno.

"Esperança" na Bíblia não são pensamentos otimistas: não são devaneios nem caprichos da imaginação. "Esperança" na Bíblia significa "uma constante, serena e confiante expectativa do bem". Esperança não é uma fantasia porque tem um fundamento. Que fundamento é este? É a fé.

Em Hebreus 11:1 diz: "Ora, a fé é o firme fundamento de cousas que se esperam..." Antes de ter esperança, você precisa ter fé. Fé é a substância, a base, a realidade fundamental sobre a qual se edificam as esperanças.

Há duas espécies de esperança. Uma não se baseia na fé e não é válida. Provavelmente será desapontada. A outra espécie de esperança, a esperança cristã, é baseada na fé. Esta esperança tem garantia. Precisamos perguntar a nós mesmos: "Minhas esperanças são baseadas na fé ou são meras fantasias e caprichos da imaginação?"

Deixe-me dar uma das bases bíblicas para a esperança: "Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8:28).

Você ama a Deus? Está procurando cumprir o seu propósito na sua vida? Se a resposta for sim, você saberá que todas as coisas cooperam para o bem. Agora, se você sabe que todas as coisas cooperam para o bem, não pode haver outra reação lógica, senão a esperança. Qualquer outra reação é ilógica.

Não focalize sua atenção, no lado negativo das coisas. Não procure sempre um motivo para se preocupar. Focalize o lado positivo. Procure uma razão para crer. "

Lamentações 3.21 diz: “Quero trazer à memória aquilo que me traz esperança.”

Em Romanos 8:24 lemos: "Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança: pois o que alguém vê, como o espera?"


Observe novamente o contraste entre o que se espera e o que se vê. Se você vê alguma coisa, então não é necessário esperá-la. Se o sol está brilhando você não precisa esperar bom tempo. A esperança como a fé, se relaciona com algo que ainda não se vê. O Espírito Santo disse-me que somos salvos pela esperança. Se não há esperança, não há salvação.

Romanos 15:13 diz: "E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer (não no vosso sentir, não no vosso desejar ou ver, mas no vosso crer), para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo".

Não tire o capacete de maneira alguma. Há um perverso ser espiritual no mundo invisível que tem suas flechas apontadas para você. No momento em que você tirar este capacete ele o ferirá na cabeça. Durma com o capacete; é bem confortável. Vá para a cama com esperança e acorde com esperança.



Deus te abençoe hoje e sempre!!!

sábado, 28 de julho de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

A preeminência de Cristo

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 
 Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.    João 1:1-4


“E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”  Colossenses 1:18.

Cristo é e deve ser preeminente em toda verdadeira pregação. Um homem que não prega a Cristo não deve ser considerado um pregador fiel do evangelho. Pregadores são como o poste sobre o qual Moisés fixou a serpente de bronze. Nossa única função é levantar Cristo crucificado diante dos pecadores. O evangelho que pregamos é Jesus Cristo. Não pregamos meramente um evangelho centrado em Cristo. Cristo é o evangelho que pregamos. Há uma enorme diferença.

Quando o nosso Senhor começou o Seu ministério público na sinagoga em Nazaré, todo o Seu sermão versou sobre Si mesmo. Ouça o que Ele disse: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4:18-19).

E à medida que lemos os escritos do apóstolo Paulo, não podemos deixar de observar que para ele a pregação de Cristo, a pregação da lei, a pregação do evangelho e a pregação das Escrituras eram a mesma coisa. Leia sua própria descrição de sua pregação (Atos 20:27; 1 Coríntios 1:17,23, 24; 2:2; 2 Coríntios 4:5).

Nós pregamos a Cristo quando O pregamos na plenitude de Sua graça e glória redentora como Deus nosso Salvador. Deixe-me ser mais explícito e claro. Eu não quero que alguém entenda incorretamente o que estou dizendo. A pregação do evangelho, a pregação de todo o conselho de Deus, a pregação de Cristo, necessariamente envolve a pregação da Sua...

Eterna deidade e divindade (João 1:1-2).
Responsabilidades como Fiador (Hebreus 10:5-10).
Encarnação sobrenatural (1 Timóteo 3:16).
Obediência como nosso Representante (Romanos 5:19).
Expiação Eficaz (Hebreus 9:12).
Domínio soberano (João 17:2; Romanos 14:9; Filipenses 2:9-11).
Poder e bondade Salvadora (Hebreus 7:25).
Intercessão ininterrupta (1 João 2:1-2).

A pregação de Jesus Cristo e Ele crucificado, quando acompanhada da atuação de Deus o Espírito Santo, é o poder eficaz de Deus para a salvação (Romanos 1:15-17; 10:13-17).
A pregação do evangelho é o catalisador pelo qual a graça é forjada na alma (1 Pedro 1:23).
Esta mesma mensagem é a mensagem de graça de Deus para admoestação, correção, conforto, inspiração, disciplina e instrução de Seus santos em justiça.
Nada inspira tanta devoção como o evangelho de Cristo.
Nada reprova mais severamente o nosso pecado e a nossa incredulidade.
Nada ministra tanto conforto às nossas almas como a doutrina de Cristo crucificado.
Nada promove tanto a santidade como a mensagem da graça rica, abundante e gratuita de Deus, fluindo até nós por meio do sangue do nosso Salvador crucificado!

Cristo é a nossa única esperança de salvação.
Cristo é a nossa única regra de vida.
Cristo é o nosso único motivo para a piedade.
Cristo é a nossa única inspiração para devoção e consagração (Romanos 12:1-2).



Por Felipe Sabino de Araújo Neto

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Está consumado!


Quais foram as últimas palavras que Jesus disse quando estava na cruz? As palavras foram: “Está consumado!”
Mas o que está por trás destas palavras? Vamos entender aquilo que foi dito por Ele e o significado disso para nós hoje.

O momento era para ser festivo, pois estamos falando sobre momentos que antecediam a Festa da Páscoa, a Festa da libertação do povo de Israel do Egito. Mas o momento na realidade torna-se trágico, pois o Ungido de Deus está suspenso numa cruz como um marginal, um bandido qualquer sendo punido apenas por ser quem Ele é: o Ungido! Não havia crime ou acusação contra Ele e tudo o que Ele sofrera até aquele momento foi por causa da injustiça da humanidade.

Mas, Ele suportou tudo isso com muita força e já nos últimos instantes de sua vida Ele declara: “Está consumado!” São palavras que em português não traduzem a verdadeira dimensão daquilo que Ele disse e nem daquilo que ocorreria por causa destas palavras.

A palavra “consumado” vem do termo hebraico “nishlem” que em sua raiz significa “estar completo, sadio, pleno”. Na raiz desta palavra temos os termos: shalom que significa: “paz, prosperidade, bem, inteireza, segurança e saúde”; shelem, que significa “oferta pacífica”; shalam que significa “estabelecer uma aliança de paz” e finalmente shillem que significa “recompensa”.

Bem, vamos então agora analisar o que foi dito por Jesus: o que Ele disse não foi somente: “Está consumado” e agora a minha obra de redenção em relação à humanidade está completa. Isso realmente aconteceu naquele momento de forma parcial, pois o fato significativo não estava relacionado somente com a sua morte, mas também com a sua ressurreição que ocorreria pouco tempo depois.

Jesus, na realidade estava nos dizendo: “através de minha morte estou dando shalom para vocês, ou seja, estou dando a vocês seis bênçãos - paz, prosperidade, bem, inteireza, segurança e saúde – que certamente mudarão toda a vida da humanidade”. Quando o homem alcança estas seis coisas, não há muito mais o que se desejar, pois esta é uma situação de plenitude. Este é o motivo pelo qual cumprimentamos as pessoas dizendo-lhes: “shalom”. Quando fazemos isso estamos ministrando-lhes estas seis bênçãos e também estamos lhes dizendo o que Jesus fez na cruz por mim e por você.

Outro aspecto que recebemos através das palavras de Jesus é que temos certeza de que Ele se tornou para nós a “oferta pacífica” que deveria ser oferecida no altar quando houvesse uma “quebra” em nosso relacionamento com Deus. O objetivo desta oferta seria restabelecer a paz entre o homem e Deus. E foi justamente isso o que Jesus fez, trazendo de volta a paz – shalom – entre a terra e os céus!

Por outro lado esta atitude gerou ainda uma “aliança de paz” e isso somente poderia ocorrer através do derramamento de sangue! O sangue além de perdoar o pecado estabelece vínculos com a vida, pois a vida está no sangue, de acordo com a Torah. “Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma” Lv 17:11.

Jesus não veio para fazer uma “Nova aliança” como dizem por aí; Ele veio para Restaurar a Aliança entre o Deus e o homem, pois uma aliança com derramamento de sangue não pode ser anulada e por isso o que Jesus fez foi restaurar este contato entre o homem e o Deus. Por isso Ele precisava vir como homem e nesta condição humana vencer a tudo e a todos para poder trazer ao homem a devida redenção e também reconectá-lo com a eternidade.

Finalmente Jesus nos declara que Ele traria ainda como benefício para nossa vida uma recompensa. Isso é algo muito extraordinário, levando-se em consideração que muitas pessoas buscam isso com todo o vigor físico que possuem, trabalhando muito para alcançar pouco. Mas o que Jesus fez foi nos proporcionar uma recompensa em dois níveis: o espiritual e o material.
A recompensa espiritual está ligada à nossa redenção final e a certeza de que estaremos com Ele para sempre na eternidade. Isso foi um “resgate” imenso para o homem, pois sobre a humanidade pesava a condenação e com Jesus isso mudou. Ainda mais, pois quando Ele morre e ressuscita temos também a possibilidade de obtermos vitórias sobre os demônios e sobre todo o reino das trevas. Usamos para isso o nome de Jesus, pois Ele mesmo declarou que assim seria feito: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” Mc 16:17-18.

Esta é a herança espiritual que recebemos e desde o momento em que me torno um filho de Deus através de
Jesus e então tenho livre acesso à estas bênçãos também! Mas temos também as bênçãos materiais – recompensas – que estão ligadas as nossas finanças (dinheiro). Isso aponta para uma situação em que quando obedeço a Deus, então posso receber d´Ele muito mais do que sequer imagino. Isso ocorre quando trato de forma lícita a questão financeira – dízimos e ofertas – além de me lembrar que nada levarei deste mundo, ou seja, não tenho necessidade de buscar a riqueza; se a riqueza me alcançar a receberei de bom grado, mas não devo buscá-la como uma prioridade. A prioridade é outra!

Duas palavras que mudaram a forma como o mundo se relaciona com Deus e vice-versa. Estas palavras ecoam até hoje na eternidade e fazem a diferença quando o nosso adversário busca “travar” nossas vidas. Podemos então dizer-lhe: “Satanás, Jesus declarou na cruz que para mim agora há benefícios que eu não tinha antes.. Você não tem direito de reter aquilo que é meu!"

Não temos méritos para alcançar isso; porém temos Jesus que nos amou tanto que nos permitiu ter acesso à essa maravilhosa benção de receber aquilo que Ele mesmo, através de seu sacrifício nos legou: a vida eterna e as bênçãos terrenas que nos enriquecem e que não acrescentam dores!

Que o próprio Jesus se encarregue de perscrutar nossos corações para que tenhamos condições de receber aquilo que Ele nos falou: “Está consumado!”

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tesouro em vasos de barro


“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”     II Coríntios 4:7-9



Este verso nos apresenta algumas verdades importantes:

Primeiramente, ele revela de que material somos feitos – e descreve como sendo um vaso de barro. Este não é o único texto em que esta figura é apresentada. Trata-se do conceito essencial e fundamental da idéia bíblica a respeito do homem. É importante que tenhamos tal consciência. E mais, diz não apenas que somos vasos, mas que somos “vasos de barro” – um material muito simples, que, em si mesmo, tem pouco valor. O homem, de si mesmo, não tem nada de que se possa orgulhar. À parte de Deus, ele nada mais é que um insignificante vaso de barro – e às vezes, um vaso rachado.

Existem vários tipos de vaso. Alguns se assemelham a lama ressequida, que esmigalham ao primeiro toque. Outros são duros e resistentes por natureza, outros mais moldáveis, maleáveis, outros, de porcelana muito fina, lindo, mas que racham facilmente. Contudo, não passam de um tipo de barro. No fundo, somos todos pessoas comuns.

Em segundo lugar, trata para que servem os vasos? Basicamente, são recipientes em que se coloca alguma coisa. Os vasos têm por finalidade conter alguma coisa e, quando não há nada neles, são vasos vazios. É isso que esse verso significa. Ele nos lembra que fomos criados para conter alguma coisa.

E o que deveríamos conter? Essa pergunta tem intrigado o homem, fazendo com que se lance numa busca desenfreada de sua própria identidade. A Bíblia responde: fomos criados para conter Deus!


“Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus”    I Cor. 6:19

Portanto, é correto dizer que uma vida sem Deus é um “vaso vazio”. O resultado disso é que temos pessoas exibindo uma casca exterior de felicidade e realização, quando por dentro não há nada, a não ser um grande vazio.

A razão porque o tesouro é colocado dentro de pessoas falhas, faltosas, fracas e pecaminosas, é para que fique bem claro que esse poder não se origina em nós. Ele não resulta de uma personalidade forte, nem de mente arguta, bem treinada, nem de uma educação e escolaridade superiores. Nada disso! Ele vem de Deus. Nossa condição de “barro” deve ficar bem explícita para os outros e para nós mesmos, que o segredo não está em nós, mas em Deus.

“...para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”

Para mostrar como isso tudo é bem prático, o apóstolo Paulo descreve a maneira como isso se aplica aos fatos corriqueiros da vida. Ele descreve quatro tipos de problemas que podem atingir um vaso:

Tribulações: “Em tudo somos atribulados”.

São as irritações normais da vida, que todo mundo enfrenta, os incidentes inoportunos e problemáticos que nos afligem. São aborrecimentos normais da vida, que todos sofrem. E os salvos não se acham isentos deles.

Perplexidades: “Perplexos, porém não desanimados”

São aquelas situações que não sabemos entender o que está acontecendo. Paulo passou por alguns desses momentos. Ele tentou ir a Bitínia, mas O Espírito não lho permitiu. Tencionava pregar na província da Ásia, mas foi impedido pelo Espírito Santo (Atos 16). Sempre haverá muitas ocasiões para indecisões em nossa vida, quando não saberemos o que fazer ou dizer. São perplexidades normais da vida.

Perseguições: “Perseguidos, porém não desamparados”

Essa palavra compreende toda a gama de ofensas, provocações, menosprezo, frieza no trato, palavras mentirosas, críticas, esforços deliberados para nos prejudicar, ataques corporais, etc... Podemos esperar qualquer uma dessas coisas contra nós. Os apóstolos e o Senhor foram perseguidos até a morte.

Abatimentos: “abatidos, porém não destruídos”

Essa palavra diz respeito a golpes rudes e esmagadores, que parecem vir-nos do nada – câncer, perdas familiares, acidentes fatais, ataques cardíacos, tumultos, guerras, terremotos ... Os cristãos nem sempre estão protegidos de tais coisas. São experiências terríveis, que provam a nossa fé e nos deixam assustados e confusos.

Entretanto: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”

Por quê? Porque dentro de nós há uma força sobrenatural. Assim, não ficamos angustiados, nem desanimados, nem desamparados, nem destruídos. Glória a Deus! Esse poder foi-nos concedido com o objetivo de solucionar o problema das aflições, que são nosso fardo. Elas nos sobrevêm a fim de que possamos demonstrar reação diferente daquela tomada por uma pessoa sem Cristo. Nossos vizinhos, observando nossas reações, não conseguem entender o que se passa conosco, e aí, temos a oportunidade de mostrar-lhes, as vantagens de nossa fé. Existe em nós algo que só poderá ser explicado como uma operação divina. Fica claro então, que a diferença é a “excelência do Poder de Deus que habita em nós”.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Recebei o Espírito Santo"


Jo 20.22 “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”



A outorga do Espírito Santo por Jesus aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no Espírito Santo como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4).


Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cristo ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.

Durante a última reunião de Jesus com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o Espírito Santo, como aquele que os regeneraria: “habita convosco, e estará em vós” (Jo 14.17 ). Jesus agora cumpre aquela promessa.

Da frase, “assoprou sobre eles”, em Jo 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT) em Gn 2.7, onde Deus “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”.

É o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9: “Assopra sobre estes mortos, para que vivam”.
O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que Jesus estava lhes outorgando o Espírito a fim de neles produzir nova vida e nova criação. Isto é, assim como Deus soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, Jesus soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas (Regeneração, ou seja, nascer de novo). Mediante sua ressurreição, Jesus tornou-se em “espírito vivificante” (1Co 15.45).

O imperativo “Recebei o Espírito Santo” estabelece o fato que o Espírito, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento imediato. Este “recebimento” da vida pelo Espírito Santo antecede a outorga da autoridade de Jesus para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no Espírito Santo, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).

Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em Cristo, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança. A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de Jesus (Mt 26.28; Lc 22.20; 1Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17).


Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecostes, que a igreja nasceu, surgindo assim, uma nova ordem espiritual, assim como no princípio Deus soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).

Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do Espírito Santo entre o povo de Deus:

1- Os discípulos receberam o espírito Santo (O Espírito Santo passou a habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e

2- O derramamento do Espírito Santo em At 2.4. Isto se seguiu à primeira experiência. O batismo no Espírito no dia do Pentecoste foi, portanto, uma segunda e distinta obra do Espírito neles.

Estas duas obras distintas do Espírito Santo na vida dos discípulos de Jesus são normativas para todo cristão. Isto é, todos os autênticos crentes recebem o Espírito Santo ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no Espírito Santo para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4).