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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O "Modalismo" e seus perigos



O Modalismo é definido como a “ideia de que as três pessoas da Trindade são, antes, um simples modo de uma única pessoa em Deus e não pessoas distintas”


Esta tese defende uma idéia de progressão de papeis “... três energias sucessivas, o Pai como Criador e doador da lei, o Filho como Redentor começando na encarnação e indo até a ascensão e finalmente o Espírito como Doador e sustentador da vida...”

Ou ainda “... Trata-se da heresia trinitária que não vê o Pai, o Filho e o Espírito como três pessoas singulares em uma relação, mas apenas três modos ou manifestações de uma pessoa divina: Deus, assim vem na história da salvação como Pai para criar e dar a lei, como o Filho para redimir e como o Espírito para ministrar graça. Esta heresia modalística às vezes também é conhecida como Sabelianismo “Seita dos princípios do terceiro século fundada em Esmirna por Noeto, seu discípulo a levou para Roma onde se estendeu através de Práxeas e Sabélio...O Sabelianismo é a posição teológica conhecida mais tarde como Unitarismo...”

Não é muito comum nós adorarmos nos moldes do hino 01 do Cantor Cristão: Antífona. Neste hino todas as pessoas são igualmente retratadas. Nossa prática de oração em geral é dirigida somente a Deus Pai nos moldes de Mateus 6 com o acréscimo de “em nome de Jesus” no final.

É óbvio que o Senhor nos apresentou somente um modelo de oração e nós não devemos mecanizar este modelo o que contradiz exatamente o ensino da passagem. Não é necessário que Cristo participe de nossas orações somente como um apêndice.

Também nós reprovamos a seita herética dos Testemunhas de Jeová que classificam o Espírito Santo como uma força ativa de Deus, porém como disse A.W. Tozer “se o Espírito Santo fosse tirado de algumas Igrejas elas permaneceriam exatamente como estão”.

Naturalmente sabemos que a obra do Espírito é apontar para o Filho e não falar de Si mesmo (João 16:13,14). Mas isto não quer dizer\ que nós não adoremos Espírito Santo e nem O citemos em orações públicas. Tais equívocos já estão tão enraizados em nossa cultura eclesiástica que já é possível pressentir que você mesmo não ache se estou indo longe demais.

Nas orações e “ministrações” de louvor precisamos nos acautelar em não cometermos heresias involuntárias tais como “Obrigado Pai por ter morrido na cruz por nós”; “Jesus obrigado por ser nosso Pai”; “Oh Pai estamos aguardando a Sua volta”.

As três pessoas da Trindade podem ter funções e operações distintas, mas são um único Deus. Ainda assim se distinguem em três pessoas co-existentes e não em um deus mutável que vai se transformando em determinada pessoa de acordo com o período da história. Os unicistas ou modalistas usarão textos fora do contexto, mal interpretando frases de Jesus como “Eu e o Pai somos um” e “Quem vê a mim vê ao Pai” fazendo uso de uma hermenêutica pobre e lastimável.

Veja como estes argumentos falsos podem ser rebatidos rapidamente:

“... Costumam citar João 10:30: “Eu e o Pai somos um”.


O texto prova que Jesus é Deus absoluto igual ao Pai, mas não a mesma Pessoa do Pai. “Um” no grego, aqui, neste versículo, está no neutro hen e não no masculino que seria heis, isto mostra duas Pessoas numa só Deidade, nessa passagem.

Além disso, o verbo está no plural “somos” e não no singular “sou”; não pode, portanto, Pai e Filho serem uma mesma pessoa... ”

Além disso, desprezam o farto material das Escrituras em ambos os testamentos que implicam em um Deus triúno (Mt. 20:23; 28:19; Mc. 13:32; Lc. 23:46; Jo. 8:17, 18,42; Jo. 14:16, 26; Jo. 16:30; At. 10:38; 1 Co. 15:24; Cl. 3:1; 1 Jo. 2:22, 23; II Jo. 3.). Estas são apenas algumas passagens que desmentem o modalismo e unicismo.

Enfim Modalismo é heresia, porque a crença na doutrina da Trindade é essencial para uma Teologia sadia. O modalismo deve nos lembrar que precisamos desenvolver práticas de oração e adoração mais trinitarianas ao invés de nos conformarmos em acabar praticando um modalismo involuntário.





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