Dentro de cada dispensação Deus dispôs de Sua aliança eterna, capaz de
tornar-se acessível ao homem. Em cada uma das dispensações Deus vai se
revelando de forma progressiva e gradual ao homem.
Esta aliança tem seis elementos ou termos, onde
o homem e a mulher haviam de:
1. Encher a Terra de uma nova ordem - a humana;
2. Subjugar a Terra, para o proveito humano;
3. Ter domínio sobre a criação animal;
4. Zelar do jardim;
5. Comer ervas e frutas;
6. Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal. A penalidade pela desobediência desta última
ordenação era a morte.
Verifique os passos que o homem deu para sua
queda:
1. Ver;
2.Cobiçar;
3. Tomar;
4.Esconder;
5.Transmitir;
As Consequências da Queda do Homem
1°) Conhecimento do mal;
2°) A perda da comunhão com Deus;
3°) Separou-se de Cristo;
4°) O espírito do homem ficou em estado de morte;
5°) A perversão da natureza moral;
6°) Tornou-se escravo do pecado e de Satanás, e
7°) Perdeu muito de sua inteligência (além de outros resultados funestos).
8º Morte
física
As consequências sobre a mulher foram:
1°) O aumento de dores durante a maternidade,
2°) Sujeição ao domínio do homem.
2.
ALIANÇA ADÂMICA (Dispensação do consciência)
Enquanto a Primeira Dispensação não teve uma
duração muito certa, a Segunda Dispensação, de "Adão ao Dilúvio", teve
uma duração de 1656 anos, quando deu-se a Tentação e a queda do homem até Gn
2.
Temos no pecado de Eva, os seguintes
resultados:
a) A Concupiscência da carne: "...boa para comer";
b) A Concupiscência dos Olhos: "...agradável aos olhos", e
c) A Soberba da Vida: "...desejável para entendimento ".
A Aliança Adâmica determina a vida do homem
decaído, e marca condições que prevalecerão até a época do reino eterno. "A própria criatura
será liberada do cativeiro da correção para a liberdade da glória dos filhos de
Deus ' Rm 8.21.
Os Elementos da Aliança Adâmica, são os
seguintes:
1°)A Serpente, instrumento de Satanás, amaldiçoada;
2°) A primeira promessa de um redentor, Gn 3.15;
3°) A condição da Mulher mudada em dois sentidos, Gn 3.16: maternidade
ligada com sofrimento; sujeição ao homem, Gn 1.26,27.
4°) A Terra Amaldiçoada por causa do homem, Gn 3.17;
5°) O inevitável cansaço da vida, Gn 3.17;
6°) O leve trabalho do Éden, Gn 2.15; mudado para o serviço
laborioso, Gn 3.18,19
7°) A morte física, Gn 3.19; Rm 5.12,2; para a Morte
Espiritual.
"Deus dá uma demonstração que sua atitude
para com o Homem é sempre com o intuito de fazê-lo compreender sua pequenez e
dependência, mas jamais deixa de prover".
O incidente do Dilúvio é, sem dúvida, o
exemplo clássico de Juízo Divino e, por isso, deve ser aceito como o tipo e
ensino do Espírito Santo sobre o assunto. Lemos que juízo é uma obra estranha
de Deus, Is 28.21. Significa que é diferente de falar que Deus é amor,
paz, alegria, prazer e misericordioso. O
juízo tem cinco aspectos diferentes:
1°) É para a Glória de Deus;
2°) É para Instruir as Nações, Is 26.9;
3°) É para Purificar, Gn 15.16;
4°) É, consequentemente, uma Libertação do Mal,
5°) É Profético, Lv 7.26,27.
O desfecho da Dispensação da Consciência não
significa que Deus deixou de usar a consciência como meio de falar ao homem. A
consciência é conhecida como "a voz de Deus dentro da alma ". Noé e
sua família haviam presenciado tanto o bem como o mal e eram responsáveis,
junto com a sua posteridade, pela obediência à voz da consciência e a escolher
o bem. O Dilúvio marcou o término de um período de Intervenção Divina, na
história do homem e um novo começo com Noé e seus filhos.
ALIANÇA NOÉTICA
(Dispensação do governo humano)
Esta Dispensação durou
427 anos, desde o tempo do Dilúvio até a Dispersão do homem sobre a superfície
da Terra, Gn 10.35; 11.
O homem fracassou
inteiramente e o julgamento do Dilúvio marca o fim da Segunda Dispensação e o
começo da Terceira.
A declaração da aliança
com Noé sujeita a humanidade a uma prova: "o homem é essencialmente
responsável pelo governo do mundo, de acordo com a vontade de Deus".
Essa responsabilidade
pesou sobre os judeus e gentios, até que o fracasso de Israel sobre a Aliança
da Palestina, Dt 28-30.1-10, resultou no julgamento dos cativos quando
começaram "os tempos dos gentios", Lc 21.24. O governo do mundo
passou definitivamente para os gentios, Dn 2.3 6-45; At 15.14-17, e Israel,
como os Gentios, têm governado para si e não para Deus.
Sete pontos na aliança noética:
1) Confirmação de que o homem seria relacionado à terra, conforme a
Aliança Adâmica,Gn8.21;
2) Confirmação da ordem da natureza, Gn 8.22;
3) Estabelecimento do governo humano, Gn 9. l -6;
4) Garantia de que a Terra não sofreria outro Dilúvio, Gn 8.21;
9.11;
5) Declaração profética de que procederia de Cão uma posteridade inferior
e serviçal, Gn9.24.25;
6) Declaração profética de que haveria uma relação especial entre Jeová e
Sem, Gn 9.26.27,
7) Declaração profética de que de JAFÉ procederiam as "raças
dilatadas ", Gn 9.27.
A Torre de Babel, Gn 11
Neste capítulo do Gênesis encontramos o começo da confederação e do
engrandecimento humano. E Deus desaprovou essa confederação: impediu o projeto
de se fazer uma alta torre que tocasse no "céu".
ALIANÇA ABRAÃMICA ( Dispensação da promessa ou
patriarcal)
Começa aqui a História da Redenção. Agora,
1963 anos após a criação e a queda do homem, ou seja, 427 anos após o Dilúvio,
num mundo que desenfreadamente aderiu-se a idolatria e a maldade. Foi aí que
houve por objetivo a recuperação e a redenção do gênero humano.
A duração desta
Dispensação foi de 430 anos, considerada a Dispensação da Promessa, que
terminou quando Israel recebeu Lei ( Êx 19.8).
Separação Para Deus
Agora Abraão volta do
Egito e vira o rosto para a Terra Prometida. Sua vida de peregrinação é
caracterizada por Três Coisas: a Tenda; o Altar e o Poço. Nada
lemos sobre altar no Egito.
Em Gn 14, é mencionado pela primeira vez o termo Reis. Dois reis
encontram- se com Abraão em sua volta vitoriosa: o de Sodoma e Melquisedeque.
Ele é também o primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia: um Sacerdote Real e por
isso uma figura do Senhor Jesus Cristo. Depois da divina bênção, pronunciada
por Melquisedeque, vem a tentação material por parte do rei de Sodoma.
Acerca de Melquisedeque, vamos observar os seguintes pontos, como
seguem:
1) Por ser ele o Primeiro Sacerdote mencionado na Bíblia, tem sido escolhido
pelo Espírito Santo como tipo de Cristo, um Sacerdote maior que Aarão;
2) Ele era Rei e também Sacerdote. Rei de Salém (da paz) e seu nome
significa "Rei da Justiçai Cl 6.12,13; Hb 7.2;
3) Assim, no SI 110.4 está escrito de Cristo: "Tu és
Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque ";
4) Não há alguma menção de seu pai ou de sua mãe, do seu nascimento ou
morte; por isso é tomado em Hb 7.3, como um tipo de Cristo: O Sacerdote
Eterno.
Para estudar o assunto
mais detalhadamente, é preciso ler com cuidado Hb 5.7.
Abraão contava com 80
anos quando se encontrou com Melquisedeque e foi abençoado por ele. Tinha 86
anos quando nasceu Ismael, fruto de uma fragilidade em sua vida.
Persuadido pela esposa, lança mão de outro meio, sugerido pela sua desconfiança
quanto a conseguir as promessas de Deus. Toma a serva egípcia de sua mulher e
por ela tem seu filho Ismael. Depois desse incidente sua fé foi provada mais 13
anos. Em Gn 17, seu nome foi mudado.
ALIANÇA MOSAICA ( Dispensação da Lei)
A Dispensação da Lei teve uma duração de 1.430
anos: do "Êxodo do Egito" até a "Crucificação de Cristo". Nessa dispensação verificamos importantes revelações de Deus, a saber:
1) O "Eu Sou ", na sarça ardente - Um Deus que mantém aliança;
2) As pragas - Um Deus de punição;
3) A Páscoa - Um Deus de redenção;
4) A travessia do Mar Vermelho - Um Deus de poder;
5) A jornada até o Sinai - Um Deus de provisão;
6) A Lei - Um Deus de santidade;
7) Tabernáculo, sacerdote, ofertas - Um Deus de comunhão;
8) A punição devida do bezerro de ouro - Um Deus de disciplina;
9) A Renovação da Aliança - Um Deus de graça;
10) A vinda da glória - Um Deus de glória.
Após sair do Egito, Israel
chega ao monte Sinai depois de 3 meses de uma longa viagem.
Neste momento. Deus
chama-o a um Concerto mais sério, e passa-lhe uma nova lição:
1. Mediante ao mandamento aprendeu a Santidade de Deus;
2. Mediante ao seu próprio erro, aprendeu a sua fraqueza pecaminosa;
3. Mediante a provisão do sacerdócio e do sacrifício, aprendeu a Bondade
de Deus.
Em Gl 3.6-25,
aprendemos a relação da Lei para com a Aliança Abraãmica:
1. A Lei não pode anular esta aliança;
2. Foi "acrescentada " para convencer do pecado;
3. Servia de pedagoga até a vinda de Cristo;
4. Era uma disciplina preparatória "até que viesse a semente
". A trajetória de Israel no deserto e em Canaã é uma longa história
de violação da Lei. A prova terminou no julgamento dos cativeiros, mas a
Dispensação propriamente dita só terminou na Cruz.
Nessa aliança, na podemos deixar de observar o
Tabernáculo, considerado a grande Tipologia do Plano da Salvação, uma ordenança
de Deus a Moisés para proteção e orientação do povo de Deus. Vejamos alguns significados:
1. Tenda provisória onde Deus falava ao seu povo, Êx 33.3-10;
2. Construção portátil em forma de tenda, Êx 25.8,9;
3. Recebeu o nome de habitação, Êx 25.9;
4. Onde estava depositada a tábua da lei;
5. O tabernáculo do testemunho;
6. Denominado casa do Deus, Êx 34.26;
ALIANÇA DAVÍDICA ( Dispensação da Lei)
A Aliança Dravídica é uma aliança de Deus feita com o rei Davi. É a
última aliança no Antigo Testamento e extensão da Aliança Abraâmica. A promessa feita constitui-se em Reino
Eterno, Casa ou Dinastia Eterna, Descendência Eterna e Trono Eterno. Quando se fala em reinado aponta-se para
Jesus, pois Cristo é o cumprimento final das duas Alianças: Abraâmica e
Davídica.
“Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã”
(Apo. 22:16).
Davi foi “um homem segundo o coração de Deus” (1 Samuel
13:14), Deus se agradou de Davi de tal maneira que lhe fez uma promessa que
nunca tinha feito a nenhum homem: “Teu trono (Davi) será firme para
sempre” (2 Samuel 7:16), ou seja a Casa de Davi existirá para sempre,
jamais terminará.
Várias vezes nos livros de Salmos, Amós, Isaías, Miquéias, Jeremias e
Zacarias, e em um período de 500 anos Deus sempre lembrou a promessa: “Seu
trono (Davi) não terá fim”.
ALIANÇA DA GRAÇA ( Dispensação da Graça ou da
Igreja)
A palavra-chave é Graça. Sua duração começa com a crucificação de
Cristo e vai até a sua vinda.
Esta dispensação findará com o toque da
trombeta, quando acontecerá a segunda etapa da vinda de Cristo convocando os
fiéis ao Arrebatamento. Na
Dispensação da Graça, Deus fez uma aliança com o homem, uma aliança superior às
outras, ou seja, o próprio Filho enviado por Deus à humanidade.
A Graça não dispensa mandamentos, pois há
1050 deles no NT; mas, ao contrário da Lei, ela dá poder ao homem para
cumpri-los.
São estas as provisões da graça:
1. Ressurreição dos crentes;
2. Transformação dos crentes vivos na vinda do Senhor;
3. Arrebatamento;
4. Tribunal de Cristo (compensação);
5. Casamento da Igreja (bodas do Cordeiro);
6. Glorificação da Igreja;
7. E nos fez Reis e Sacerdotes para Deus seu Pai.
ALIANÇA MILÊNICA (Dispensação milenial)
O plano redentor de Deus para com o homem
termina com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra, que serão seguidos
do Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá pessoalmente a
terra e será REI. Ele denominou esta Dispensação de "Regeneração",
Mt 19.28; é também chamada de "Tempo de_ Restauração", At
3.20,21.
A juntura destes "Séculos", presente
e vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações, isto é,
às vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro.
Sua duração, o próprio título indica, terá mil
anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia) de Cristo na segunda
etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará com a
instalação do grande Trono Branco, Ap 20.11-15.
O próprio Cristo voltará literalmente a terra,
onde Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará sobre a mesma por um
espaço de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA. Ela voltará dos céus
para onde foi levada no Arrebatamento.
O Plano de Deus para com o mundo é fazer
"Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na plenitude dos
tempos, Ef 1.10.
Havendo efetuado a redenção dos homens pelo
seu sangue derramado na cruz, e Deus no século vindouro mostrará a suprema
riqueza de sua graça.
A
SEDE DO GOVERNO
A capital do mundo não será Washington,
Londres, Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada cidade tantas
vezes pisada pelos exércitos invasores. Ela será totalmente restaurada, vindo a
realizar-se a visão do salmista que disse:
"Grande é o Senhor e mui digno de ser
louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a
alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados do Norte, a cidade do
grande Rei. Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como alto refúgio ' SI
48.1-3; Is 2.2-4.
A
BÍBLIA NO SEU TRANSCURSO MILENIAL
1. Será um reino literal e universal, Dn
2.34,35;
2. Jerusalém será a capital do reino, Jr
3.27; Is 24.23; Ez 48;
3. Os animais serão dóceis. Is 11.6-9;
65.25; Os 2.18;
4. Época de justiça e paz. Is 9.6,7; 11.4;
Zc 9.10; SI 96.13;
5. A terra ficará mais fértil, Is 35. l; Am
9.3,6;
6. O prolongamento da vida humana. Is
65.20,22; Zc 8.4,5;
7. Satanás será amarrado, Ap 20.20,22,23.
Haverá duas classes de pessoas:
1. Glorificados e
2. Não-glorificados.
Os glorificados são os crentes do AT e NT e os
do período da Grande Tribulação e as não-glorificados são os judeus
sobreviventes da Grande Tribulação, gentios remanescentes das nações e os
nascidos no Milênio.
A cena final e a justificação do grande Trono
Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e Rei todos os mortos de todas
as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a Segunda Ressurreição.
O julgamento iniciará por ocasião da abertura
dos livros de Deus, Ap 20.12:
Cada
pessoa serei julgada',
1.Os inimigos do Rei serão punidos',
2.Os inimigos espirituais do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o
Falso Profeta; os demônios; o Inferno e a morte.
Cristo colocará sob seus pés todos os seus
inimigos, I Co 15.24,25.
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