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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Aula 19 - Escola Bíblica


Apocalipse é um livro profético e divide-se em três partes: as coisas que viste (1:10-18), as coisas que são (2 – 3) e as coisas que hão de acontecer depois dessas (4 – 22), segundo se lê em 1:19 desse livro.  

1 - Coisas que viste – Glorificação de Jesus

2 - Coisas que são - A história profética da igreja

3 - Coisas que hão de acontecer depois dessas coisas - Os eventos escatológicos dos últimos sete anos

“Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.Ap.1:11

Cada uma das sete cartas que Jesus mandou que João escrevesse às Igrejas da Ásia é dirigida ao “anjo da igreja”, ou seja, ao pastor e consequentemente ao povo da igreja naquela cidade.
Estas sete Igrejas, na providência de Deus, nos fornecem um modelo de todas as igrejas, de todas as épocas, e, portanto, são representativas. As características daquelas igrejas são, pois encontradas em sete fases distintas de toda história da igreja na Terra; desde o pentecostes até a volta de Cristo à Terra. Assim como para aquelas cidades, as cartas contem elogios e repreensões para estas épocas da igreja através dos séculos.
As sete igrejas também simbolizam 07 tipos de Igrejas escatológicas encontradas nos últimos dias:

1. ÉFESO (Desejável) -  Igreja autêntica, apostólica 30 a 100 d.C  - Ap 2: 1-7
2. ESMIRNA ( Mirra  -latim)
 - Igreja perseguida, atribulada 100 a 313 d.C –
Ap 2:8-11
3. PÉRGAMO  ( Cidadela ou elevação - grego)
-  Igreja mundana, estatal 313 a 590 d.C –
Ap 2:12-17
4. TIATIRA
 - (Sacrifício de contrição) Igreja papal, corrupta 590 a 1517 d.C –
Ap 2:18-29
5. SARDES -
 (Cântico de alegria) Igreja da Reforma, morta 1517 a 1730 d.C –
Ap 3:1-6
6. FILADELFIA
( Amor fraternal -grego) Igreja missionária, evangelistica, fiel 1730 d.C. até o arrebatamento – Ap 3:7-13
7. LAODICÉIA -  Que pertence a Laodice, mulher de Antíoco II Igreja morna, apóstata, 1900 d.C. até a Segunda volta de Cristo – Ap 3:14-22

Em cada carta existe uma mensagem central:
1 ÉFESO: Deixaste o primeiro amor, arrepende-te.
2 ESMIRNA: Tereis uma tribulação de dez dias, sê fiel até a morte.
3 PÉRGAMO: Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, arrepende-te.
4 TIATIRA: Toleras Jezabel.
5 SARDES: Tens nome de que vives, e estás morto.
6 FILADELFIA: Eis que diante de ti pus uma porta aberta.
7 LAODICÉIA: Nem és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te.

Para cada igreja Jesus se revela com uma das características da visão de Cristo Glorificado, como sendo aquele que tem a resposta para a necessidade daquela igreja.
1. Para a igreja ortodoxa e sempre esforçada em Éfeso, Cristo é aquele que tem as igrejas na sua mão direita, isto é, que lhe sustenta a obra.
2. Para a igreja atribulada em Esmirna, na véspera de martírio, Jesus apresenta-se como aquele que havia experimentado a perseguição, até mesmo a morte e havia vencido.
3. À igreja mundana em Pérgamo, Cristo glorificado é quem maneja a espada dividindo a igreja do mundo.
4. Para a igreja corrupta, Tiatira, Cristo é Juiz com olhos como chamas de fogo.
5. Para a igreja morta, Sardes, Jesus tem os sete Espíritos de Deus e pode ressuscitar os crentes da morte para a vida.
6. À igreja missionária, Filadélfia, Cristo é quem quer abrir a porta para a evangelização.
7. Para a igreja morna, Laodicéia, Cristo é a Fiel e Verdadeira Testemunha, tirando da igreja a máscara da satisfação em si mesma.

Éfeso - Esta era a igreja dos apóstolos, que começou no dia do Pentecostes, uma igreja que nasceu com milagres e avivamento, mas com o passar do tempo foi perdendo o seu poder e se tornou uma igreja ortodoxa e sem amor, que punia severamente aqueles que falhavam.

Esmirna - O período da Igreja de Esmirna foi o tempo dos mártires. Os cristãos eram perseguidos e mortos, jogados nas arenas de leões, crucificados ou queimados em fogueiras. Todos os apóstolos que andavam com Jesus morreram como mártires, com exceção de dois: Judas Iscariotes, que traiu Jesus e acabou se enforcando, e João, que após ser exilado na ilha de Patmos, obteve a liberdade e morreu de morte natural.

Pérgamo  - Do nome da cidade vem o termo “pergaminho”. Esta cidade era um lugar de imoralidade, mais de que qualquer outra cidade de então. O Senhor mandou dizer a igreja desta cidade: “…eu sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás.”  A igreja de Pérgamo era mundana. Esta igreja começou os ensinos sobre a recompensa de bens materiais aliada a pregação da Palavra e, isto é classificado como fornicação, adultério.  Cessaram as perseguições e a Igreja foi elevada à condição de Igreja Imperial e à categoria de Igreja do Estado, passando os imperadores, a partir de Constantino I – O Grande – a ter preponderância na vida da Igreja. Este período foi até ao ano de 538. Nesse ano, em razão da derrota dos ostrogodos, um povo que fazia parte das nações bárbaras mencionadas na História Universal, entrou em vigor o Decreto do Imperador Justiniano, assinado em 533, elevando o bispo de Roma, chamado Papa, à condição de Chefe da Igreja Universal (Católica)

Tiatira - A igreja corrupta, papal. O período desta igreja é maior de todos. Foi a época em que as trevas cobriram a verdadeira igreja. A idolatria, o culto às relíquias e aos santos, o sacrifício da missa, o batismo de crianças, o celibato clerical e muitos outros dogmas de homens foram introduzidos no seio da igreja e a verdadeira doutrina sucumbiu. Os acontecimentos descritos nesta quarta carta harmonizam-se inteiramente com os horrores vividos pela Igreja Cristã, perseguida pelo poder papal da Idade Média, especialmente pelas inomináveis atrocidades praticadas pelo Tribunal do Santo Ofício , tão tristemente conhecido como “Santa Inquisição”.

Sardes - A igreja morna. Tempo do reforma protestante. A Reforma se baseava em cinco pontos:

1-Soli Deo Gloria (Glória somente a Deus)  / 2- Sola Fide (Somente a Fé) /  3-Sola Gratia (Somente a Graça)  /  4- Sola Christus (Somente Cristo)  /  5- Sola Scriptura (Somente as Escrituras)

Esta ruptura inicial com a igreja católica foi se perdendo ao longo do tempo e, salvo algumas pequenas mudanças e variantes, se tornou muito parecida à mãe meretriz. É por isso que é descrita como tendo o nome que vive, mas esta morta.

Filadélfia - Uma igreja irrepreensível.  É a Igreja fiel. Nasceu no avivamento após a Reforma Protestante. Ela segue paralela com a igreja Laodicéia, a igreja morna. Nos últimos dias da história da igreja o joio e o trigo estarão juntos, sendo separados no dia da colheita. Importante observar que a Igreja de Filadélfia encerra no dia do Arrebatamento, pois ela não vai passar pelos sete anos da Grande Tribulação.

“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”. Ap 3:10.

 

Laodicéia -  É a igreja que não recebeu nenhum elogio do Senhor. Esta igreja é chamada de apóstata, pois tem negado o seu Senhor através de suas atitudes mundanas.
Apesar de vivermos nos dias da igreja morna, existe também a igreja fiel e irrepreensiva. É esta Igreja que o Senhor Jesus vem buscar. Para todas as igrejas de todas as épocas e cidades, a mensagem final do Senhor Jesus é: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Aula 18 - Escola Bíblica


Figuras que simbolizam a Igreja
O mistério de deus                                                                                                                                            “desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra;” Ef. 1:9-10

Paulo diz que a Igreja é o mistério de Deus. Em Efésios o mistério de Deus é a Igreja. A Igreja nada mais é que Cristo em nós. Isto não é uma mera ilustração, de fato a divindade veio habitar dentro da humanidade para glorificá-la. Não é que Deus colocou um pouco do seu poder em nós, ele colocou-se a si mesmo em nosso espírito humano.

 “O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos qual Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; Cl. 1:26-27
O CORPO DE CRISTO                                                                                                                                                                                                   “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas”. Ef 1:22-23

A Igreja é a Plenitude de Cristo, ou seja, somos a expressão de Cristo. Isso significa que quando Deus quer se revelar a alguém Ele mostra Cristo através da Igreja. O Corpo é a expressão de uma pessoa. Ninguém pode conhecer alguém se não conhece o seu corpo.  Como corpo temos avançado para ser plenitude e expressão como o Senhor espera.  Significa que há um ambiente de vida entre nós. O Corpo é caracterizado por vida. Vida em nossas reuniões, nas células, etc. Todos são imprescindíveis no corpo. Todos têm sua função.

Assim como o corpo humano não pode sobreviver separado da cabeça, não podemos viver sem nosso cabeça, Jesus Cristo (Ef 5:23; Cl 1:18). Discípulos de Jesus são membros do corpo (Rm 12:4-5; Ef 3:6; 4:16; 5:30).

A OBRA PRIMA DE DEUS                                                                                                                                                                                              “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. Ef 2:10

Feitura (no grego Poyema ) significa Poema – Obra Prima – significa uma obra de arte excelente. Então se fossemos traduzir estes versículos, ficariam: “Somos Obra prima Dele”, criados em Cristo Jesus para boas Obras. Deus criou o céu a terra o mar e tudo o que neles há, mas só para uma Deus chamou de Obra Prima – a Igreja do Senhor Jesus. A Obra Prima não está acabada, finalizada e a conclusão acontecerá quando formos glorificados naquele dia que “seremos tal qual como Ele é”.

Obra prima é para ser exposta, mostrada para que todos possam ver. Deus quer mostrar sua obra Prima para que todos vejam e todo universo saiba que a sua obra Prima é a sua Igreja.                                                                                                                              “Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,” Ef 3:10

O REINO DE DEUS                                                                                                                                                                    “Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadão dos santos”. Ef 2:19

Cidadão é um morador de uma cidade, de um país, um reino. A igreja é um Reino e nós somos cidadãos deste Reino. O termo “concidadãos” refere-se a participar de certos direitos civis. Como cidadãos desse Reino temos direitos e também responsabilidades. No reino só tem direito que nasce nele.  E também só pode representa-lo que cumpre seus deveres. Embaixador é representante. Os embaixadores de cada país ou reino têm uma serie de obrigações para representa-lo bem.                                                                                                                                                                                     "De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus." II Co 5:20

O Reino de Deus se caracteriza por três conceitos: Justiça, paz e alegria no Espírito Santo.                                                                                                                                                            "Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." Rm. 14:17
FAMILIA DE DEUS                                                                                                                                                                                      “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus”. Ef 2:19

A igreja é a família de Deus. Isso significa que somos membros de uma família. Somos filhos e, portanto temos direito  á herança. Filhos têm a natureza do Pai. Filhos tem acesso à todo suprimento da casa.

EDIFÍCIO DE DEUS                                                                                                                                                                       “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” . Ef 2:20-22

Toda construção é formada sobre um lugar firme, que chamamos de alicerce. É a base para que o edifício não caia e possa resistir todas as intempéries. Na comparação da igreja temos dois componentes deste alicerce:  Cristo, a Pedra angular.  Jesus Cristo é a pedra de base sobre a qual a igreja como edifício de Deus é formada. Sobre a pedra básica vem o fundamento dos Apóstolos e Profetas. Os Apóstolos receberam o ensino básico do Senhor Jesus, e foram responsabilizados de passar adiante estes princípios. Os Profetas foram aqueles que trouxeram todas as revelações e promessas de Deus descritas no Antigo Testamento. Nossa base é a Palavra de Deus.

Os membros da igreja são as pedras vivas. Sobre o alicerce, são colocadas as pedras que formam o edifício. O Apóstolo Pedro chama os membros da igreja de Pedras Vivas, que são ligados por uma argamassa muito especial, composta pela unidade do Espírito Santo e o amor de Deus.                                                                                                                                                                   Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo”.  1 Pe 2:5

A NOIVA E ESPOSA DE CRISTO                                                                                                                                                                   “Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja”. Ef 5:31-32

Cristo é o noivo e a igreja é a noiva. Quando falamos da igreja como noiva, estamos falando de paixão. A principal característica de noivo (a) é sua paixão. E o sentimento mais forte de quem é noivo é a vontade de casar. Aqui está um grande mistério: “Um dia a divindade vai se casar com a humanidade”.  Assim como o homem se torna uma só carne através do relacionamento com sua mulher, um dia Deus se tornará um com a humanidade. Como será isso? Paulo fala que é um mistério.

REBANHO DE DEUS                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           "Cuidai, pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue." At 20:28

Jesus é o bom pastor que deu sua vida pelas ovelhas                                                                                                                                                                                 “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” . Jo 10:11

 As ovelhas ouvem sua voz e o seguem para receber a vida eterna .  As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem:  “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.” Jo 10:27-28

 COLUNA E FUNDAMENTO DA VERDADE                                                                                                                                                          “Para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é  a igreja do Deus vivo, coluna e esteio da verdade."  1 Tm 3:15

Essa é uma instrução, com profundo significado eclesiológico e doutrinário, mostrando também o caráter ideal da Igreja. O motivo da carta do apóstolo Paulo foi o perigo que a Igreja corria, devido ao aparecimento das heresias, falsas doutrinas e falsos mestres, que confundiam e até desviavam os crentes que faziam parte da Igreja nascente. Um exemplo está na carta que Paulo enviou às Igrejas da Galácia: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” . Gl 1:6,7.

LAVOURA DE DEUS                                                                                                                                                                                    “Vocês são lavoura de Deus”  1 Co 3.9. O apóstolo Paulo fala a igreja de Corinto que ele e Apolo, na condição de pregadores do evangelho são apenas cooperadores do verdadeiro agricultor. A igreja precisa estar consciente de que assim como o agricultor cuida de sua lavoura é Deus quem cuida de seu povo. Jesus disse certa vez: “meu Pai é o agricultor” (Jo 15.1). O agricultor é aquele que cultiva o solo e tira o fruto da terra.

O EXÉRCITO DE DEUS                                                                                                                                                                                                                                                                              Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Ef 6:12

Estar nas regiões celestiais significa que estamos envolvidos numa grande batalha.
A oração e o jejum é a principal arma nesta batalha: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas.” II Co. 10:4

Nas regiões celestiais as nossas orações são ouvidas: “por causa das tuas palavras, é que eu vim”. Dn. 10:11

Não precisamos temer a batalha espiritual: "Então, me tornou a tocar aquele semelhante a um homem e me fortaleceu; e disse: Não temas, homem muito amado! Paz seja contigo! Sê forte, sê forte. Ao falar ele comigo, fiquei fortalecido e disse: fala, meu senhor, pois me fortaleceste.” Dn 10:18-19

O CANDELABRO DE OURO                                                                                                                                                                    Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, semelhante a homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.(…) Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. (…) os sete candeeiros são as sete igrejas.” Ap 1:12-20
UMA MULHER                                                                                                                                                                                        A Palavra de Deus sempre se utilizou da figura de uma mulher como símbolo de uma igreja. A mulher pura simboliza a verdadeira igreja de Deus, assim como uma prostituta representa uma igreja falsa, mundana, adúltera, apóstata.Ao antigo Israel, ainda em seu tempo de graça, disse o Senhor:                                                                                                                                                                  “Porque o teu Criador é o teu Marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; Ele será chamado o Deus de toda a Terra. Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e triste de espírito, como a mulher da mocidade que é desprezada, diz o Senhor”. (Isaías 54:5-6).
No entanto, ao se afastar dos caminhos do Senhor, foi aquela nação comparada a uma prostituta e todo o capítulo 16 do profeta Ezequiel retrata fielmente esta imagem.
Referindo-se a Jerusalém e a toda aquela nação, a Palavra do Senhor expressa a tristeza pungente do Criador, ao declarar dela: “Foste como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos “.Ez 16:32.
O livro do Apocalipse nos capítulos 2 e 3 resumem a história da Igreja Cristã em sete períodos diferentes. Em cartas dirigidas a igrejas simbólicas, o Senhor Jesus antecipa os acontecimentos mais marcantes da Sua Igreja, desde o período apostólico até ao tempo do fim. E no capítulo 12 a pureza da Igreja de Deus é representada por uma mulher com qualidades extraordinárias: “Uma mulher vestida do sol, tendo a lua embaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça”. Ap 12:1.

 

 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Aula 17 - As festas do Senhor - Levítico 23

As Festas do Senhor.   – Levítico 23                                                                                   

Significados proféticos e escatológicos das Sete Festas do Senhor                                                                                           
 
Por trás destas festas há significados profundos e eternos. A Bíblia as chama de festas de Javé, do eterno. Como se tratam de sete festas do Deus Eterno elas devem ter também um significado eterno. As primeiras quatro festas caem na Primavera (Páscoa, Pães Asmos, Primícias e Pentecostes) . Seu significado profético e eterno é claro. Elas tiveram seu cumprimento profético na primeira vinda do Messias de Deus, Jesus.  A realização ocorreu em sua morte, ressurreição, em sua vida sem pecado, no derramamento do Espírito Santo e na formação da Igreja.                                                                                     
Cristo cumpriu as quatro festas comemoradas na Primavera, no tempo exato designado para sua celebração, segundo o calendário judaico. Isso quer dizer que, uma vez que o ciclo de festas da Primavera foi cumprido por Cristo em sua primeira Vinda, também o ciclo de festas do Outono será cumprido, no futuro, com os eventos relacionados à segunda vinda de Jesus.

As três últimas festas ( Trombetas, Expiação e Tabernáculos)  ocorrem no Outono. Seu significado profético se encontra na volta de Jesus nos tempos finais. Fazendo uma retrospectiva das quatro primeiras festas, tudo é claro e ficamos admirados com a exatidão do seu cumprimento. Por isso, podemos esperar a mesma exatidão na realização profética futura das outras três festas.

1 - A Festa da Páscoa  - "Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós" 1 Co 5.7 

Veremos que a primeira festa, a festa da Páscoa, cumpriu-se de maneira maravilhosa em Jesus Cristo. A Páscoa foi instituída na noite em que ocorreu o Êxodo do Egito. A primeira Páscoa foi celebrada na Lua Cheia, no final do dia 14 do mês de Abib, dali em diante deveria ser celebrada anualmente. A festa começa com a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado (Ex.12:2,6), no dia 14 do mês de Abib, ou seja, um dia antes dos Pães Asmos (Lv.23:6) e dois dias antes das Primícias (Lv.23:12). O sacrifício da Páscoa era oferecido "no crepúsculo da tarde" (Lv.23:5; Nm.28:4,8). Jesus foi crucificado na hora terceira, ou seja, às 09:00h: "E era a hora terceira, e o crucificaram."  (Mc.15:25). Na hora nona, compreendida entre 15h00h e 18h00h (pôr-do-sol), Jesus rendeu o espírito cumprindo o mesmo período designado para o sacrifício da Páscoa, ou seja, no crepúsculo da tarde: "E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;  E rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou."  Lc.23:44-46

 2 – Festa dos Pães Asmos                                                                                                                                                                     Pão ázimo ou asmo, do hebraico matstsah ou matzah, é um tipo de pão assado sem fermento, feito somente de farinha de trigo (ou de outros cereais como aveia, cevada e centeio) e água.  A Páscoa era celebrada na tarde do dia 14 do mês de Abib, enquanto que a Festa dos Pães Asmos começava no dia 15 de Abib e se estendia por sete dias. Juntas formavam uma Festa dupla.  O pão asmo era de suma importância para o povo de Israel, pois era usado na consagração dos sacerdotes (Ex 29:2/Lv 8:2), na separação dos nazireus (Nm 6:15,17) e na Páscoa. É chamado de Pães da Proposição ou Pão da face ou da presença e significa alimento espiritual. O Pão Asmo não continha fermento porque representava a pureza de Cristo.  Também é o símbolo do verdadeiro Pão da Vida, Jesus Cristo, onde até o local do Seu nascimento era profético, Belém significa “Casa do Pão”.                                                                                                                                     
O aspecto profético da Festa dos Pães Asmos é que ela retrata o sepultamento de Jesus. Assim como a Festa da Páscoa ilustrava a Sua morte na Cruz, assim também a observância dos Pães Asmos ilustrava o Seu sepultamento.

3 – Festa das Primícias
A Festa das Primícias ou o Dia dos Primeiros Frutos (Bikkurim) acontecia no dia seguinte à Festa dos Pães Asmos e era observada apenas um único dia.  Era celebrada no dia 16 de Abib ou Nisã (Março/Abril do nosso calendário) e caía no primeiro dia da sem­ana (domingo). A Festa marcava o início da colheita e seu propósito principal era recon­hecer e agradecer as bênçãos de Deus com as primeiras col­heitas da cevada. A partir desse dia começava o início da contagem dos 50 dias (ou 7 semanas) para a celebração de outra festa: o Pentecoste.

 Jesus morreu no dia que era celebrada a Páscoa e ressuscitou no dia que era celebrada a Festa das Primícias (como primeiro fruto da Ressurreição): "Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem." (1 Co 15:20);  "…Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem" (I Co.15:20); "Cristo é o primogênito de entre os mortos" (Cl.1:18).;  "…sendo o primeiro da ressurreição dos mortos…" (At.26:23).

 4 – Festa de Pentecostes
A Festa das Semanas ou Colheita (Shavuot em hebraico) era comemorada cinquenta dias depois da Festa das Primícias. Por causa desta contagem era também chamada de Pentecoste (em grego:  quinquagésimo dia).
Shavuot é a última Festa comemorada na estação da Primavera e também a última que possui cumprimento profético realizado, já que as três Festas de Outono ainda não se cumpriram profeticamente.
Cinquenta dias após a ressurreição de Cristo, o Espírito Santo veio sobre os apóstolos no dia de Pentecostes e batizou-os.  Shavuot ou Pentecoste foi cumprido com a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos: "E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…" (At 2:1)
Em Levítico 23:16 diz que em Shavuot deveria ser feito uma nova oferta de cereais ao Senhor: "…até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de cereais ao Senhor." Jesus já havia sido oferecido ao Senhor nas Primícias, agora em Shavuot uma nova oferta de cereal deveria ser oferecida: a Igreja.

5 – Festa das Trombetas
A Festa das Trombetas ou Yom Teru'ah é comemorada no 1º dia do mês Tishrei, o sétimo mês do calendário bíblico e o primeiro do calendário civil judaico (setembro/outubro no nosso calendário). A festa também pode ser considerada uma celebração da Lua Nova. Os judeus seguiam o calendário lunar, que é baseado nos movimentos da Lua, portanto, o dia da festa não poderia ser conhecido antes do tempo, uma vez que dependia do aparecimento da Lua Nova. Tão logo a Lua Nova aparecia, o shofar era tocado anunciando que a festa tinha chegado: "Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade." (Sl 81:3) . 

O aparecimento da Lua Nova não podia ser calculado com precisão, então se tornou costume comemorar dois dias em vez de um. Assim, a Festa das Trombetas é comemorada no primeiro e segundo dia de Tishri para que se tenha a certeza de que a lua nova apareceria.

A Festa das Trombetas será a próxima festa que terá seu cumprimento profético. Yom Teru'ah ocorre no 1º dia da Lua Nova, considerada a noite mais escura do mês, por isso não era fácil identificá-la, pois sua face escura está voltada para a Terra e sem acesso ao sol. Segundo a tradição judaica, este dia é referido como o 'tempo de angústia para Jacó' e o 'Dia da Ira do Senhor'.  Um indício de que o Arrebatamento poderá acontecer em Yom Teru'ah é o fato dela ocorrer na noite mais escura do mês, onde não era fácil identificar o início da Lua Nova, precisando de duas testemunhas para a certificação. Portanto ninguém sabia o dia e a hora do início da Festa das Trombetas até que ela fosse anunciada ao som de trombetas, conectando-se com o que Jesus disse: "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir. (Mt 25:13).

 O toque do shofar seria o símbolo da partida da Igreja deste mundo: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Ts 4:16,17)

A tradição rabínica ensina que em Yom Teru'ah é o dia que os portões dos Céus são abertos, o que se torna um forte argumento para sustentar que o Arrebatamento ocorrerá por ocasião desta Festa.

“Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas, e louvarei ao SENHOR. Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão." (Sl 118:19-20.

 
Outro indício que esta festa se refere ao arrebatamento está atrelado à tradição judaica. Era costume judaico que o casamento fosse celebrado no período da Lua Nova.  Os noivos entravam em uma câmara (quarto) e ali ficavam por sete dias com a porta fechada.  Uma clara alusão a Bodas do Cordeiro por ocasião do Arrebatamento da Igreja (noiva) que ao encontrar Cristo (noivo) no céu (câmara) ficarão por sete anos (tribulação) com as portas fechadas (tempo da Graça encerrado).

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou." (Ap 19:7). 

6 -Expiação                                                                                                                                                                                                A palavra 'expiação' significa reconciliar, restaurar, tornar a ser um só, recomeçar. A necessidade da Expiação surgiu do fato de que os pecados de Israel, caso não fossem expiados, os deixariam expostos à ira de Deus. O Dia da Expiação tinha como propósito prover um sacrifício amplo, para expiar os pecados que porventura não tivessem sido cobertos pelos sacrifícios oferecidos durante todo o ano que estava chegando ao fim. Dessa maneira, o povo seria purificado dos seus pecados, afastando a ira de Deus e mantendo sua comunhão com Ele. São estes os outros nomes pelo qual se chama ao dia de expiação:   Dia de jejum e aflição de alma, O Grande Dia, Grande Shofar (Shofar HaGadol) e  Fechamento dos Portões (Neilah)

É no Yom Kippur quea grande trombeta, conhecida em hebraico como o "Shofar HaGadol" é tocada: "E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém." (Is 27:13)

 Shofar HaGadol é a última trombeta do Yom Kippur e, segundo muitos acreditam, significa o fim do período da GrandeTribulação e a Segunda Vinda de Cristo: "E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu." (Mc 13:27).  Este Shofar HaGadol trará os eleitos de Deus, tanto no céu e na terra para iniciar o Reino Milenar com Jesus Cristo como Rei.  Em Yom Teru'ah, os portões dos Céus eram abertos e dez dias depois, com o toque do Shofar HaGadol no encerramento do Yom Kippur, conhecido como Ne'ilah, ocorria o fechamento dos Portões.

Após o Arrebatamento e durante a Grande Tribulação haverá um tempo para arrependimento, porém com muita angústia e aflição de alma. Com o estabelecimento do governo maligno do Anticristo e os juízos de Deus que sobrevirão a terra, levarão o povo judeu ao arrependimento, evidenciando assim o significado profético do Dia da Expiação: o arrependimento e consequente conversão do povo de Israel. (Ver Dt 30:1-10).  O final desses dias culminará no Dia do Julgamento, onde o Livro da Vida estará selado e os portões dos Céus serão fechados.

7- Festa das trombetas                                                                                                                            Também chamada de Festa das cabanas ou Sukkot. É a mais importante festa do Senhor.  O significado profético desta última festa aponta para o Reino Milenar de Jesus Cristo. É o governo do Messias sobre as nações da Terra. É a festa que será celebrada no milênio Zc 14:17-18: “E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva. E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com que o Senhor ferirá os gentios que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos.”

O significado profético desta sétima e última festa apontam para o Leão da Tribo de Judá, o Rei dos reis, o qual, juntamente com a Igreja e Israel, reinará sobre as nações:  “E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores.” (Ap 19:15-16).