A
Segunda viagem missionária
a) Resumo e itinerário
Segunda viagem missionária: Paulo vai à Europa, (At 16:1-18:17):
Galácia e A. Menor, (At 16:1-10). Timóteo e Paulo, (At. 16:1-5) e
missão a Trôade, (At 16:6-10). Trabalho na Macedônia, (At
16:11-17:15). Em Filipos, (At 16:11-50). Em Tessalônica, (At
17:1-9). Em Beréia, (At 17:10-15). Na Acaia, (At 17:16-18:17).
Esta última fase inclui Atenas e Corinto.
b) A missão da segunda viagem
Segunda viagem (49-52; At 15,36-18,22). Paulo não demorou muito em
Antioquia, mas visitou com Silas as comunidades cristãs da Síria, da Cilicia,
de Derbe, Listra e Antioquia da Pisídia. Em Listra conheceu Timóteo, que se
tornou um dos colaboradores mais fiéis do apóstolo (At.15,35-16,5). Daí
surgiu com Silas para a Frígia, a terra dos gálatas, onde foi detido por uma
doença e recebido “como um anjo de Deus”, como o próprio Cristo (Gl
4,13-15).
Depois de atravessar a Míssil chegou em Trôade (At 16,6-8), onde
se encontrou com um médico, Lucas, que se juntou à sua companhia. No mesmo
lugar teve a visão noturna da Macedônia, clamando por socorro. Seguiu
imediatamente para a Macedônia e via Neápolis para Filipos, onde foi fundada
uma comunidade muito florescente, composta quase exclusivamente de gentios (At
16,11-40; 1 Ts 2,2), que mostrou grande afeição para com Paulo. (Fp
1,3-8.10-16). Os magistrados da cidade mandaram prender Paulo e Silas; mas,
durante a noite, foram soltos por serem cidadãos romanos.
Pela Via Egnatia os missionários continuaram sua viagem, por Anfípolis e
Apolônia, até Tessalônica. Aí Paulo pregou durante três semanas na sinagoga e
converteu numerosos “tementes a Deus” e alguns judeus, teve também muitas
conversas nas casas particulares (1 Ts 2,11s), sobretudo à noite, porque
de dia exercia a sua profissão (At. 2,7-10). Apesar da oposição de
alguns (At 2,14), Paulo fundou uma comunidade florescente, composta,
sobretudo de gentio-cristãos.
De Tessalônica Paulo e Silas partiram para Beréia, onde numerosos judeus e
gentios da elite foram conquistados para o cristianismo, até que Paulo, pelas
ameaças dos judeus, foi obrigado a abandonar a cidade. Deixou Silas e Timóteo
em Beréia e viajou sozinho a Atenas (At 17,1-5); aí Timóteo se ajuntou a
Paulo, mas foi mandado de volta a Macedônia (1 Ts 3,1-6).
Em Atenas Paulo pregou na sinagoga e no mercado. Alguns ouvintes,
entre os quais havia filósofos epicuristas e estóicos, pensaram que estivesse
anunciado novos deuses; foi convidado para apresentar a sua doutrina no Areópago;
aí Paulo pregou o Deus único. Mas, quando começou a falar sobre o juízo e a
ressurreição, interromperam-no. Alguns gentios apenas deixaram se convencer
Dâmaris e Dionísio.
O Apóstolo aos gentios entristeceu-se profundamente por esse fracasso (1
Ts 3,3s) e desanimou (cf. 1Cor 2,3). Nesse estado chegou a Corinto,
com o firme propósito de renunciar doravante à eloquência e sabedoria humanas,
e de só conhecer e pregar o Cristo crucificado (1 Cor 2,2). Em Corinto
esteve durante 18 meses hospedado com Áquila e Priscila. Nos dias de semana
exercia a sua profissão; nos sábados pregava na sinagoga. Quando Silas e
Timóteo, porém, lhe trouxeram ajuda financeira dos filipenses (2 Cor 11,9;
Fp 4,16), dedicou-se ele inteiramente à pregação. Converteu alguns judeus (At.
18,8; 1 Cor 1,14) e muitos pagãos, principalmente das classes mais baixas,
sem cultura (1 Cor 1,26).
Em Corinto, Paulo escreveu 1Ts e 2Ts. Invejosos do seu sucesso, os
judeus o acusaram diante de Galião, provavelmente no princípio de seu consulado
(meados de 52), como propagandista de uma “religião ilícita”. Galião, porém,
rejeitou a acusação dos judeus. Em Corinto o apóstolo embarcou-se para a Síria,
junto com Áquilas e Priscila. Deixou seus companheiros em Éfeso, aterrou em
Cesaréia, visitou talvez Jerusalém, e voltou para Antioquia (At 18,18-22).
Nenhum comentário:
Postar um comentário