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sábado, 21 de maio de 2016

A figueira murcha - Figura da religiosidade infrutífera

“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. E vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz.” 
                                           Marcos 11:12-20

A figueira é um tipo de árvore bastante comum na Palestina. Essa árvore tem uma característica bastante peculiar – os seus frutos aparecem antes das folhas. Sendo assim, seria razoável que ao se deparar com essa figueira repleta de folhas Jesus encontrasse nela frutos.

A figueira infrutífera, mas com muitas folhas era um engodo, um engano, uma mentira. Ela atraia aqueles que tinham fome, mas não os alimentava. Aqueles que se achegavam a ela podiam no máximo desfrutar de sua sombra.

Sombras representam sistemas religiosos, filosofias e todo tipo de coisa que se usa como uma capa e se baseiam em aparência, reputação, posição social, status e até fama, mas não podem alimentar, saciar e nutrir. É necessário que se produza frutos. Uma árvore é conhecida pelos seus frutos e não apenas pela sua aparência.

Jesus não julgou a figueira baseado em sua aparência, mas sim em sua essência. Jesus condenou e amaldiçoou a figueira porque na prática ela já era uma maldição.

Se professo ter fé e não a vivo, se pareço amar, mas odeio de forma velada, se incentivo, mas interiormente conspiro o fracasso alheio, se valorizo mais o ter do que o ser,  sou como a figueira estéril cheia de folhas e sem fruto algum. Sou um fariseu hipócrita que alardeia virtudes incompatíveis com minha natureza - sou uma mentira, uma maldição.

É necessário que a figueira da religiosidade e do engano morra para que uma nova árvore cheia de frutos e verdade renasça.



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