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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Uma mulher adoradora, porém cativa



Lucas 13: 10 a 17

“E ensinava no sábado, numa das sinagogas. E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se. E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher! Estás livre da tua enfermidade. E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus. E, tomando a palavra o príncipe da sinagoga, indignado porque Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que é mister trabalhar; nestes, pois, vinde para serdes curados, e não no dia de sábado. Respondeu-lhe, porém, o Senhor, e disse: Hipócritas, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi, ou jumento, e não o leva a beber? E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa? E, dizendo ele isto, todos os seus adversários ficaram envergonhados, e todo o povo se alegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele.”


Introdução:

Havia uma mulher encurvada dentro da comunidade, ela faz tudo direitinho, participa das reuniões, faz suas orações, entrega suas ofertas, é assídua, é zelosa com as coisas de Deus, porém algo gritante esta errado, e não se encaixa... Como é que uma pessoa que é temente a Deus, pertence a uma igreja não consegue obter a cura?
Esta mulher, que não é citada por nome, chegou a um final feliz conseguindo alcançar a sua cura. Porem quantos adoradores passa a vida inteira servindo a Deus e nunca é liberto?
Esta reflexão pretende questionar sobre o seguinte: Porque gente boa, de Deus tem dificuldades de chegar à sua libertação e alcançar a cura? Pense...


1 – Uma mulher que é temente a Deus.
Esta mulher é alguém muito especial, ela tem todas as características de alguém que teme a Deus, observe;
Assídua freqüentadora dos cultos na sinagoga - Jesus quando chega à Sinagoga a mulher já estava ali e parece que todos já a conheciam.
Temente e escolhida de Deus - Jesus disse diante de todos que ela era uma “filha de Abraão”, portanto ela já era uma escolhida de Deus.
Fazia leituras das Escrituras – seu interesse é tão profundo por Deus que estava ouvindo a exposição de Jesus.
Busca determinadamente a sua cura – toda mulher tem seus afazeres domésticos e a sua enfermidade era um impedimento e certamente ela clamava a Deus pela sua cura.
2 – Descrevendo sua enfermidade.
Aparentemente sua enfermidade estava relacionada à coluna vertebral que impedia dela endireitar-se. Imagine a sua deformidade, os ossos da sua espinha foram completamente fundidos, imagine a dor que ela sentia 24 horas por dia, creio que era quase insuportável, pois sentar, andar, deitar era uma verdadeira tortura.
3 – A origem de sua enfermidade.
A origem de sua enfermidade aparentemente física tinha seu fundo no espiritual, pois o próprio Jesus descreve-a como uma prisão satânica que já durava 18 (dezoito) anos.
É difícil imaginar o motivo de sua enfermidade, certamente alguma legalidade dada por ela para que Satanás pudesse atormentá-la por tantos anos, mas qual legalidade?
Sabe-se que os demônios usam os médiuns e espiritualistas como “cavalos”, logo eu creio que eles (demônios) literalmente montam em cima da pessoa, utilizando-se da coluna e do sistema nervoso central, possivelmente o problema com aquela mulher.
4 – Os motivos do cativeiro espiritual.
Algo me chama a atenção, por que há pessoas que carregam tantos vícios, tentações e demônios sobre as suas vidas, se aparentemente fazem tudo certinho? Com certeza devido a não observância de algum mandamento das Escrituras Sagradas.
Entretanto observe atentamente para alguns motivos para um cativeiro espiritual;
Alguns não conseguem libertação porque Deus não está entronizado sobre a sua cabeça – Quando o adorador cria uma dependência cega por outros adoradores devido a sua espiritualidade, ou seu “cacife espiritual”, e, por não querer pagar o preço da santidade e não posicionar-se diante do Pai Eterno e buscar determinadamente as conquistas individuais como: a leitura e as meditações bíblicas, orações e intercessões, prefere entronizar um rei humano sobre si. Sabe-se que o homem por si só não liberta ninguém, ao contrário, quem verdadeiramente liberta o homem é o poder de Deus, por meio de Jesus Cristo, o autor da vida.
Outro motivo ainda mais sério é o fato que o homem é um ser extremamente orgulhoso, vaidoso e egoísta. Por isso, ao entronizar o seu próprio “eu”, torna-o o centro do seu universo particular, vivendo em função de sua auto-satisfação. A essa disposição mental pecaminosa dá-se o nome de narcisismo, que é o amor excessivo e mórbido à própria pessoa, e particularmente ao próprio físico. As Escrituras referem-se ao narcisismo chamando-o de “o coração do homem”, observe: “Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si” (Rm. 1: 24). Por sua disposição reprovável diante de Deus, simplesmente Ele abandona-o as suas espúrias decisões egocêntricas.
Com o “eu”, a soberba surge um novo motivo que é a falta de perdão e arrependimento, onde leva o adorador a ficar preso pelos atormentadores, que são demônios que por direito legal afligem sofrimentos. Veja o texto bíblico de Mt.18: 34 e 35 “E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.
Conforme a análise das motivações, aquela mulher tinha um espírito de religiosidade, que a levava à egolatria e com isso a falta de perdão, que redundava no atormentamento por espíritos malignos que atuavam em cheio em sua coluna cervical. Portanto, podemos afirmar que aquela mulher tinha um espírito de soberba, altivez em sua vida possibilitando que os demônios entrassem em sua vida e a prendessem por 18 (dezoito) anos.
5 – O momento da libertação do cativeiro espiritual.
Na realidade o que a prendia eram suas estruturas mentais pecaminosas. Quando ela firma sua mente em Deus, coloca-o como o primeiro lugar em sua vida, abandona o “eu sou” e centraliza sua vida no poder de Deus, automaticamente ela anulou o poder da carne e seus desejos, não se justificando e entrando em arrependimento.
Talvez por isso o apóstolo Paulo diz que devemos nos entregar incondicionalmente a Deus, à sua vontade, morrendo para o “Eu” , observe:


“ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Rm. 12: 1,2).

Quando ela é chamada por Jesus para ir à frente da sinagoga, não relutou, levantou-se de seu lugar e foi destemidamente em direção daquele que é a própria vida, Jesus Cristo, o filho de Deus. A seqüência você já sabe, a alegria em meio às lágrimas, a adoração espontânea e louvores àquele que vive e reina para todo o sempre, e sempre... Ela era só alegria.

Conclusão.


Sabemos que aquela mulher sofria a 18 (dezoito) anos daquela enfermidade, no entanto, há fortes indícios que ela não alcançava a sua libertação, por haver legalidade espiritual, a saber:
Que ao entronizar homens sobre as nossas cabeças, estes promovem escravidão espiritual e ausência de libertação. O motivo primordial é que o homem não consegue libertar o próprio homem, a não ser na pessoa de Jesus Cristo.
Que quaisquer organizações dirigida por homens, mesmo as “intituladas” religiosas, não promovem libertação, mesmo uma bem organizada sinagoga.
Que a soberba e o orgulho próprio (“Eu”) somente promovem a abertura de lacunas espirituais para a atuação de demônios.
Que a falta de perdão e de arrependimento dá direito legal à atuação de atormentadores (demônios) que agem por muitos anos.
O milagre só acontece quando ela dá ouvidos à voz de Deus nos ensinamentos de Jesus Cristo, possibilitando sua libertação e cura. Ora, sabe-se que adoradores comprometidos exclusivamente com Deus e com o poder da sua Palavra é que promovem exaltação ao Pai celestial. Caro leitor, você tem sido um adorador liberto?

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