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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

No fundo, eu quero reinar (Parte 1)

A Bíblia tem uma história envolvendo trezentos homens: descreve a ação corajosa destes trezentos para proteger seu povo de um exército injustamente superior em contingente. Fala da coragem do líder destes trezentos em unir seu grupo em torno de uma estratégia suicida.

Estamos falando de um homem chamado Gideão.

Caso você tenha frequentado uma igreja desde a infância, em algum momento lhe contaram sobre Gideão. Um homem comum. Apenas um jovem franzino que teve a missão de enfrentar um exército composto por impetuosos nômades do deserto. Por sete anos, os midianitas humilhavam Israel, saqueando suas colheitas. Enquanto Gideão e sua família emagreciam, os colares se multiplicavam no pescoço dos camelos de seus inimigos.

Depois de convocado por Deus, Gideão organizou um respeitável exército de trinta e dois mil homens. Deus pediu-lhe que dispensasse os covardes e fracos. Restaram dez mil. Uma nova bateria de testes reduziu ainda mais a frota, restando um bando de trezentos.

Lançando mão da ofensiva mais kamikasi possível, Gideão se armou não com pólvora, ogivas e caças ultra-velozes. As armas eram três: trombetas, cântaros e tochas. Não se preocupe, você leu corretamente: trombetas, cântaros e tochas.

Gideão dividiu seu grupo em três companhias e, por volta das dez da noite, a ação começou. O efeito de trezentos cântaros se partindo, trezentas trombetas soando e trezentas tochas acesas fez os midianitas imaginarem que um numeroso exército vinha atacá-los. Das barracas saíam pálidos soldados atacando de forma desordenada, sem perceber que as formas que atacavam nas penumbras eram seus próprios irmãos. Impressionante! Como Leônidas não pensou em algo semelhante?

Sem dúvida a história de Gideão e seus rapazes é memorável. Muitos a conhecem, ou pelo menos já ouviram menções àquela façanha. Porém preciso dizer que esta não é toda a história. Existe, infelizmente, algo de vergonhoso na maneira como Gideão terminou a sua vida. Prepare-se para ouvir sobre alguém que tinha um desejo sombrio: reinar!

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