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terça-feira, 17 de abril de 2012
A igreja de Laodicéia e o evangelho diluído
Sem sombra de dúvidas vivemos o tempo representado em Apocalipse 3 como sendo a Igreja de Laodicéia. Igreja esta que era símbolo de arrogância e apostasia.
Havia um evangelho em Laodicéia, assim como há hoje, diluído. Eles perderam a essência do cristianismo, enquanto que Jesus estabeleceu o principio da reunião cristã em Mateus 18:20, afirmando que onde estivesse dois ou três reunidos ele estaria no meio, em Laodiceia ele estava do lado de fora. Havia muitos reunidos, mas Cristo não estava no meio. (Apocalipse 3:20)
Havia na igreja de Laodicéia, assim como hoje, todo um esplendor e uma pompa invejável a qualquer religioso mundano. Havia sofisticação, e porque não dizer cultura. Talvez os sermões eram polidos, e tudo estava em volta de um único motivo o humanismo. Já que Laodicéia era uma igreja rica, sua ostentação estava na autossuficiência a de que não precisavam de Jesus.Sua mornidão gerava uma espécie de ambiente prolífero para a hipocrisia.
Eles afirmavam que não tinham falta de nada, mas Jesus não estava dentro da igreja! Jesus estava na liturgia e até mesmo nos cânticos congregacionais, nos sermões, mas qual Jesus? Não era o verdadeiro Jesus, pois o verdadeiro JESUS estava do lado de fora, batendo para entrar.
Será que existem igrejas hoje que pregam outro “Jesus”? Essa é uma pergunta um tanto inquietante, já que a confusão está reinando no meio cristão, se faz justo fazer uma pergunta desse quilate.
Embora isso seja uma realidade em muitas igrejas, todas elas não permitem qualquer tipo de correção, não assumem seus erros, toda a liturgia pode estar impregnada de muitos “jesuses”, mas no final das contas ela sempre diz que está completa, está rica liturgicamente, abastada no cerimonialismo e nos requintes teológicos, e na autossuficiência de seus membros, operando pela força da carne os mais diversos realces artísticos, como a música, a prédica e o cristicismo teológico e operando também através de estratégias de marketing que funcionam muito bem no contexto eclesiástico mundano. Isso sem falar nas mensagens “psicológicas” e triunfalistas para atender a demanda de um povo que aprecia ouvir aquilo que massageia o ego, e tenta exaltar a natureza humana.
Os crentes de Laodicéia são verdadeiros empreendedores eclesiásticos, a riqueza predomina, isso é a franca prosperidade material, em seu seio, os remete a uma mornidão fúnebre. Uma igreja rica, próspera, onde a ganância e a avareza são vistas como virtudes cardeais. Onde a pobreza é vista com desprezo
A igreja de Laodicéia não estava vendo que era pobre, cega, estava em nudez e era miserável. Eu vejo um enorme peso nas palavras de Jesus, quando apresenta a verdadeira condição de Laodicéia. Mas eles não viam a realidade da maneira como realmente ela é. Eram cegos diante da verdadeira realidade, estavam alheios perante a verdadeira condição escondida atrás das aparências envernizadas de uma religião lapidada segundo os conceitos do mundo e do homem. O orgulho predominava os corações, e obscurecia a visão, necessitavam com urgência de um colírio divino, para ver a condição deplorável em que se encontravam.
Esse amalgama do secular com o sagrado seguindo no mesmo caminho, na mesma direção, reflete muito bem a condição da igreja hoje. Segue a mesma direção do mundo, os mesmos princípios do mundo e o um evangelho totalmente diluído e sem poder transformador.
Há uma saída para igrejas mornas, causadora de náuseas espirituais no Senhor. E é o arrependimento, e um retorno aos princípios bíblicos fundamentais, a andar pelas veredas antigas, a praticar as primeiras obras e andar no primeiro amor.
Estejamos cientes disso, e que a condição do evangelho em Laodicéia sirva para nossa reflexão e para ver as coisas da maneira certa, pois nesses tempos de perturbações espirituais, o cristianismo apostata de Laodicéia está se alastrando por todos os lados, e infelizmente está sendo aceito como cristianismo autêntico.
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