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quarta-feira, 29 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Aula 23 - Para onde iam os mortos salvos no Velho Testamento?
Vimos que a lei não salva ninguém, mas a fé que o indivíduo
exerce na provisão de Deus para solucionar a questão do pecado em sua vida,
essa fé sim é que o salva e o une novamente a Deus. Estudamos a provisão de
Deus no V.T. através do sacrifício de animais, onde o animal morria no lugar do
homem pecador, o animal era o substituto. Porém, vimos também que o sangue
daquele animal não tirava o pecado do homem, apenas cobria o homem, o livrava
da a ira de Deus, que é santo, e então o homem podia se relacionar com Deus.
Então, surge uma pergunta: para onde iam os santos do V.T.
quando morriam? Eles estavam salvos, pois creram na provisão de Deus para
aquela época, mas quando morriam, seus corpos eram enterrados e a alma e o
espírito não podiam ir para o céu, o sangue de Jesus não havia sido derramado
por seus pecados e no céu não entra pecado. Estudamos que sangue de bodes e
touros não removem pecados; então para onde iam quando morriam?
Até Jesus Cristo, os santos, os salvos do V.T. quando
morriam, iam para um lugar chamado Sheol
ou Hades. Sheol, no hebraico, é "nome
de um lugar", não tem tradução.
No N.T., em grego, a palavra é Hades. Não como tradução, mas didaticamente, podemos chamar de "o
lugar dos mortos".
Todos os homens,
antes de Jesus, quando morriam iam para o Hades. O Hades ou Sheol é um lugar no
centro da terra. A Bíblia diz: "iam para baixo". Então, a
pessoa morria, seu corpo era enterrado, e a alma e o espírito iam para o Hades.
O Hades é dividido em dois compartimentos, um chamado "paraíso ou seio de Abraão" e outro chamado de "lugar de tormentos". Entre
os dois compartimentos há um abismo. Quem morria crendo na provisão de Deus, ia
para o "paraíso ou seio de Abraão" e os que morriam não
crendo na provisão de Deus, iam para o "lugar de tormentos". O
"Tártaro", o mais profundo abismo, é o lugar onde estão aprisionados
anjos caídos que agiram em rebeldia extrema, veremos adiante.
• Lucas 16:19~31
• Muitas pessoas chamam essa passagem de parábola, mas não é
uma parábola, é uma história. Jesus contou a história de um homem chamado
Lázaro. Se fosse uma parábola, Jesus diria: "um certo homem mendigo",
mas aqui Ele disse: "um mendigo chamado Lázaro". Nas parábolas não
aparecem nomes próprios.
• V.19-22; não confundir que todo homem rico não é salvo e
que todo homem pobre é salvo; Jesus não está dizendo isso de forma alguma.
• V.22; "Veio a morrer o mendigo...", aqui começa
o nosso enfoque.
• V.23; "No Hades..."; outras traduções dizem
"No inferno...", e isso gera confusão.
A palavra inferno não é a
palavra Hades. Hades é o nome de um lugar. Inferno, na Bíblia, é o "lago
do fogo", chamado "tofet" no hebraico e "geena" no
grego. Inferno é o lago do fogo e enxofre preparado para Satanás e seus anjos
caídos, nunca o inferno foi preparado para os homens (Mateus 25:41).
• Não existe ninguém ainda no inferno, hoje o inferno está
absolutamente vazio. O anti-cristo e o falso profeta serão os primeiros a irem
para o lago do fogo, que é o lugar do estado eterno para os perdidos
(Apocalipse 19:20).
• O lugar de tormentos é como uma sala de espera para o
inferno; é duro falarmos assim, mas temos que aprender. V.23; "No Hades,
... estando em tormentos...", por isso esse compartimento é chamado de lugar
de tormentos, é para facilitar o estudo.
• "... viu ao longe Abraão..."; vemos o rico, que
está no lugar de tormentos, conversando com Abraão, que está no paraíso. Então,
eram lugares no mesmo local.
• "... No Hades estando em tormentos, levantou os
olhos...", precisou olhar para cima. Portanto, o lugar de tormentos ficava
mais abaixo que o paraíso.
. "... e viu ao longe Abraão e a Lázaro..."; vocês
acham que Lázaro e Abraão estavam no céu? Não, porque o Hades fica no centro da
terra, fica embaixo, não sabemos onde, mas sabemos que é na terra e embaixo (I
Samuel 2:6).
Efésios 4:9-10; diz que Jesus desceu as partes mais baixas
da terra, ao seio da terra. Então, no lugar de tormentos o rico consegue ver
Abraão e Lázaro, que foi levado para o seio de Abraão.
• V.24; "E clamando disse: pai Abraão, tem misericórdia
de mim..."; ele era descendente de sangue de Abraão. "...porque estou
atormentado nesta chama", já está atormentado.
• V.25; o que Jesus está ensinado aqui é que não é a nossa
posição social e bens que vão nos salvar.
• V.26; "... entre nós e vós está posto um grande
abismo...", aqui é Abraão falando.
• V.27; o que o rico estava querendo? "Olha pai Abraão,
manda Lázaro voltar a casa de meu pai, .V.28 porque tenho cinco irmãos".
Reparem a consciência, a total lembrança de tudo após a morte física.; Em
nenhuma vez esse rico disse: "eu estou aqui injustamente". Creio que
o grande tormento é passar desta vida física para a morte eterna e lembrar, lá
no Hades, de todas as oportunidades perdidas. Não é brincadeira, pois podemos
ver isso retratado nesse homem rico.
• V. 28; vejam a preocupação do rico com seus cinco irmãos
que ainda estão na terra; ele não está mais preocupado consigo mesmo. Depois
que a pessoa morre não há mais nada a fazer, caso houvesse ele estaria pedindo;
"manda rezar pela minha alma", "manda acender uma vela para
mim", "manda fazer isso ou aquilo". Não existe mais nada a
fazer.
Hebreus 9:27; aos homens está ordenado morrerem uma só
vez, vindo depois disso o juízo.
. Jó 7:9-10; aquele que desce à sepultura, nunca mais
tornará a subir; nunca mais tornará a sua casa.
• V.29; "Disse-lhe Abraão: Tem Moisés e os profetas;
ouçam-nos". Em outras palavras Abraão disse: leiam a Bíblia.
• V.30; morto nenhum jamais voltou e jamais vai voltar. Todo
morto que aparece nas seções espíritas, ou seja lá onde for, são demônios
familiares. São demônios destacados que acompanham a pessoa o tempo todo, sabem
até imitar a voz da pessoa e os assuntos que a envolve. Este homem estava
pedindo para que Lázaro voltasse e Abraão vai deixar muito claro que só há uma
maneira de voltar, é ressuscitando.
• V.31; "... ainda que ressuscite alguém dentre os
mortos."
• Jesus explica muitas coisas nesta história:
1º) Para um morto voltar a terra, somente ressuscitando.
Abraão foi bem claro.
2º) Após a morte não há mais nada a fazer pela alma das
pessoas.
3º) Há total consciência da pessoa após a morte; quem é,
onde está, reconhece os outros, etc.
4º) A pessoa aceita o lugar onde está, pois nessa história
não houve reclamação do homem rico, ele somente pediu para mandar Lázaro voltar
e avisar seus, e não irem para aquele lugar
que ele estava. Lá acaba toda ilusão, toda mentira, toda
névoa, todo sofisma; lá toda a verdade aparece. Ele sabia; "mande que meus
irmãos encontrem o caminho para não virem para cá".
• Entenderam? Que passagem mais esclarecedora, quantos
ensinamentos. Então, as pessoas morriam e iam para o Hades, para o "seio
de Abraão -paraíso" ou para o "lugar de tormentos".
• Quando Jesus morreu, morreu primeiro a morte espiritual e
depois a morte física e desceu aos "infernos". O credo católico diz:
"desceu a mansão dos mortos". A palavra é mesmo o Hades; muitos
falam: "desceu ao Hades".
Efésios 4:7-10
• V.8; "subindo ao alto...", quem? Cristo.
• V.9; "...desceu as partes mais baixas da terra?"
• V.10; "Aquele que desceu é também o mesmo que
subiu..." Então Jesus desceu ao Hades. Veremos que Jesus desceu também ao
"tártaro", onde proclamou Sua vitória aos espíritos em prisões.
. I Pedro 3:18-20; pregou aos espíritos em prisão; onde? no
tártaro, o mais profundo abismo.
. II Pedro 2:4; inferno, aqui a palavra é
"tártaros".
. Judas 6; anjos reservados em prisões eternas; guardados
para o juízo do grande dia, quando então irão para o lago do fogo.
. Portanto, Jesus foi também ao "tártaro", o mais
profundo abismo. Lá Jesus pregou o evangelho aos espíritos em prisões; o mais
correto e falar que Jesus "proclamou" o evangelho aos espíritos em
prisões. A palavra no grego "pregar o evangelho" é diferente de
"proclamar", aqui é mais no sentido de proclamação. Jesus faz uma proclamação aos espíritos em prisão, no tártaro (local que
não se refere aos que estão no "seio de Abraão", nem aos que estão no
"lugar de tormentos"), local onde estão anjos aprisionados; anjos são
espíritos.
A Bíblia nunca usa a palavra espírito sozinha para designar homens;
para homens é comum a palavra alma. "Aos espíritos em prisão",
refere-se a anjos; aos quais Jesus proclamou Sua vitória. Vemos então, que
nenhum ser no universo desconhece esse fato.
• Em seguida Jesus pegou todos os que estavam no Hades, no
lugar do seio de Abraão paraíso e disse: "Agora Eu substitui o sangue dos
animais que cobriam seus pecados diante do Pai; o Meu sangue já foi derramado e
vocês estão lavados". Jesus substitui o sangue da expiação, o sangue dos
animais, pelo Seu próprio sangue, para as pessoas que estavam aguardando, para
as pessoas que creram na provisão de Deus no V.T. Então, Jesus os leva para o
3º céu, lugar da habitação de Deus, onde hoje é chamado de "paraíso",
e fecha o "seio de Abraão".
• Mateus 16:18; e as portas do Hades não prevalecerão contra
a igreja.
• A palavra correta aqui também é Hades e não inferno. Jesus
está dizendo: "ninguém da igreja virá para cá". Agora que o sangue de
Jesus já foi derramado, todos os que morrem lavados nesse sangue, que morrem
fisicamente, a alma e o espírito vão para o céu diretamente ao encontro do
Senhor.
• Paulo diz: "eu prefiro deixar este corpo e estar com
Cristo". Onde está Cristo? A direita de Deus Pai, portanto no céu.
• O "seio de Abraão" no Hades está fechado, as
pessoas da igreja que morrem não vão para lá. Cada um da igreja que adormece
(este é o termo a que a Bíblia usa para os que morrem salvos, (I Coríntios11:30)
está lavado pelo sangue de Cristo, fecha os olhos na terra e vai imediatamente
para o encontro com o seu Salvador no céu. A Bíblia diz que o corpo adormece,
pois no arrebatamento aquele corpo vai ser restaurado e vai subir para o céu.
• Lucas 23:39-43
• O ladrão que creu em Jesus na cruz, quando morreu, teve
uma experiência singular,. ele foi para o Hades, para o "seio de Abraão
-paraíso" V.43. Vimos em Efésios 4:10 que Jesus desceu e aqui Jesus falou
para o ladrão: "hoje estarás comigo no paraíso". Por isso aquele
lugar no Hades é também chamado de paraíso. Mas hoje, onde está o paraíso? No 3º céu.
Efésios 4:8; "subindo ao alto, levou cativo o
cativeiro".
II Coríntios 12:2-4; paraíso é sinônimo de 3º céu.
Quando Paulo foi arrebatado ao 3º céu, ele fala ora 3º céu
ora paraíso. (já estudamos que existe o 1º céu -o azul que vemos, o 2º céu -a
estratosfera e o 3º céu -o céu dos céus, o lugar da habitação de Deus)
Então o paraíso foi levado para o 3º céu. Jesus falou:
"hoje estarás comigo no paraíso" e a Bíblia diz que Jesus desceu ao
seio da terra, as partes inferiores da terra. Depois Paulo fala que "fui
ao 3º céu, fui ao paraíso".
O paraíso é o conjunto dos salvos do V.T. que
agora podiam subir ao céu, pois Jesus derramou o Seu sangue; substituiu o
sangue dos bodes e dos touros. Jesus levou-os para cima e hoje toda pessoa que
morre crendo em Jesus, os que adormecem em Cristo, imediatamente sua alma e
espírito, vão para o céu, vão para o paraíso.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Aula 22 - Escola Bíblica
Dez razões porque a Lei foi dada:
1ª)
Revelar a santidade de Deus -Os
israelitas, vindo do paganismo egípcio, precisavam conhecer a santidade de Deus
e o caráter de Deus. Quem olhasse para a lei falava: "para estar com Deus, tenho
que ser assim, porque Deus é assim". A lei dizia: "sede
santos porque Eu, Jeová, sou santo". A lei revela a santidade de
Deus.
2ª)
Expor a pecaminosidade do homem e incapacidade de cumpri-la - O homem olhava para a lei e deveria dizer: "eu
jamais vou conseguir cumpri-la".
3ª)
Revelar o tipo de vida, o padrão de santidade, que Deus requeria das pessoas
que tinham comunhão com Ele - Israel
tinha sido redimido. E depois, qual o tipo de vida que o Redentor requer? Salmos 24:3-5
4ª) A
lei era o aio para conduzir ao Messias, Cristo - A lei serviu para supervisionar o desenvolvimento
físico, mental e espiritual dos israelitas, até que chegassem a maturidade no
Senhor. A lei conduzia a criança até sua maioridade que viria na plenitude dos
tempos, quando Jesus viesse e vindicasse a lei, quando tirasse a lei como
controlador da vida. Portanto, serviu de aio até Cristo.
5ª)
Era o princípio unificador que fez possível o estabelecimento da nação - Voluntariamente a nação se submeteu a este
princípio.
-
Êxodos 19:5-8: O povo aceitou
livremente
- Deuteronômio
5:27; idem.
- Deuteronômio
5:28-29: Deus sabia da futura infidelidade de Israel.
- Deuteronômio
4:8: que nação há que tem a lei com
Israel? A lei deixava Israel diferente das demais nações; fazia parte do
testemunho que Israel é perante as demais nações. Então, a lei era o princípio
unificador que diferenciava Israel das demais nações.
6ª)
Separar Israel das outras nações - Para
que se tornasse uma nação de sacerdotes, nação santa e "luz do mundo".
( Êxodos 19:5-6). Israel foi criada
para ser nação sacerdotal, isto é, uma nação que intermediasse entre Deus e as
demais nações. Deus criou uma nação para abençoar as outras nações que O haviam
rejeitado. Testemunho e sacerdócio, luz do mundo!
7ª) A
lei foi dada a um povo redimido e para que houvesse provisão para perdão de
pecados e restauração da comunhão com Deus -A
nação era preservada perante Deus através da oferta anual do sangue de expiação
e os indivíduos da nação eram restaurados e recebiam perdão por pecados
específicos, através das ofertas que Deus providenciou. (Levítico 1 a 7). Nação redimida (ou indivíduo redimido), é aquela
nação (ou indivíduo) que possui a provisão de Deus para perdão dos pecados.
Através da lei vinha o conhecimento do pecado, mas para cada pecado, na própria
lei, Deus dava provisão de acerto com Ele. Fazia parte da lei, todas as ofertas
por pecados.
8ª)
Providenciar a adoração para um povo redimido .( Levítico 23) - Fala do
ciclo anual das festas de adoração a Deus. Estas festas dirigiam Israel para o passado (lembrar-se
da libertação do Egito) e para o futuro (Fé na redenção futura prometida).
Quando saíram do Egito, devem ter pensado: como vamos adorar a Deus? Então,
Deus determina um ciclo de festas de adoração, as quais eram profecias do
programa do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jesus Cristo. Naquelas
sete festas anuais, está profetizado o programa de Jesus Cristo como o Cordeiro
de Deus. Estas festas são básicas para entendermos, em profecia, o que Deus ia
fazer para salvação do homem.
9ª)
Era um teste para provar a fé das pessoas - Embora
a nação como um todo tivesse entrado na terra prometida, nem todos criam
pessoalmente em Deus. A lei revelava se a pessoa estava ou não corretamente
relacionada com Deus. Era a FÉ que a pessoa tinha em Deus, que a fazia submissa
e obediente à lei.
10ª) A
lei foi dada para revelar Jesus Cristo - O
N.T. deixa bem claro: a lei foi dada para preparar a nação para receber seu Rei
e Redentor, O Messias.
Observando estas dez razões para a lei ser
dada, notamos que há algo na lei que é revelador
e algo que é regulador.
Revelador: da santidade de Deus; da pecaminosidade do homem;
do padrão de santidade que Deus requer; da pessoa e obra de Jesus Cristo.
Aspecto revelador da lei que é PERMANENTE.
Regulador: pois regulava a vida e adoração dos israelitas.
Aspecto regulador da lei que é TEMPORÁRIO.
- I Timóteo 1:8: Usar a lei hoje, legitimamente, é usar o seu
aspecto revelador.
- Romanos
10:4: O aspecto regulador foi
só até Jesus Cristo.
A lei deixou bem claro que pecado é pecado (Gálatas 3:22), e que sem sangue não há
remissão de pecados ( Hebreus 9:22). Para
cada transgressão da lei, havia a provisão de sacrificar um animal e oferecer o
sangue como expiação.
-
Tiago 2:10 - Ao todo haviam 613
leis, estatutos e mandamentos. Para estar no padrão de santidade de Deus, era
necessário que nenhum mandamento fosse quebrado.
- Hebreus
10:4 X I João 1:7 - Os sacrifícios de animais não lavavam os
pecados como só o sangue de Jesus o faz, os sacrifícios cobriam (Kippur) os
pecados. As pessoas que sacrificavam, demonstravam sua fé na provisão de Deus.
Era na base da fé que os pecados eram cobertos, até Cristo vir e removê-los
definitivamente.
- Hebreus
10:1-10 - A lei é a sombra do
sacrifício de Jesus.
- Gálatas 5:1- A lei era um jugo de escravidão, pois nela não
havia liberdade nem poder para obedecer.
- Romanos
7:12 - Mas a lei é chamada
de "boa, santa e justa", pois revela o padrão da santidade de Deus.
Estudamos as razões para a lei ser dada ao povo de Israel no
plano de Deus e uma das razões era a de revelar Jesus Cristo como o Messias e
Sua obra. Toda a lei está impregnada da obra salvadora de Jesus. O livro de
Levítico mostra as ofertas pelas transgressões e cada uma delas tipificava um
aspecto do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário; o pão moído, os
holocaustos, a oferta pela culpa, tudo falava de Jesus e que, através de Seu
sacrifício, Deus perdoaria todos os nossos pecados.
• Vimos também e identificamos que na lei há um aspecto
revelador, que é eterno, o qual é útil para nosso ensino e conhecimento de
Deus.
. Romanos 10:4;
Jesus é o fim da lei.
. Mateus 5:17;
Jesus diz que não veio para destruir a lei e sim para cumpri-la.
• Analisando essas passagens poderíamos ter dúvidas sobre
como usar a lei hoje. Quando Jesus veio, Ele disse: "Eu não vim para
destruir a lei, mas vim para cumpri-la". A lei estava toda quebrada e os
homens não morriam como a lei dizia, porque haviam os substitutos, os animais.
Mas, diante de Deus, a lei estava quebrada. Jesus vem, cumpre integralmente a
lei, cumpre em todos os pontos, e quando Jesus subiu na cruz, estava morrendo
no lugar dos transgressores da lei. Então, a lei podia ser retirada para Deus
começar uma nova fase em Seu plano. Porém, o aspecto revelador da lei, p. ex.,
aspecto que revela a santidade de Deus, a pecaminosidade do homem, a obra de
Jesus na cruz, a perfeição de Deus, todo o aspecto revelador da lei, pode
passar? Não, porque a lei é um retrato de Deus; e como deixaríamos de lado esse
retrato? Continuo vendo Deus na lei, continuo vendo meu pecado na lei. Então o
que a lei revela é para sempre.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Aula 21 - Escola Bíblica
Israel como povo no plano de Deus, após a
saída do Egito, era como uma criança que tinha acabado de nascer e que estava
caminhando para sua terra. Deus então, começa a lidar com esse povo como se
lida com uma criança. Uma criança depende de você para tudo; você tem que estar
junto ensinando todas as coisas; era assim com Israel. A lei era essa "babá"!
Aquele povo não sabia algo, então a lei conduzia.
Paulo aqui, está usando esse paralelo, que
era conhecido dos Gálatas, para explicar que Israel, enquanto estava sob a lei,
estava como que debaixo do aio, do tutor. Porém, quando Deus determinou a
plenitude dos tempos (V.4), vejam o
paralelo, a vinda de Jesus Cristo, era para Israel sair da direção do aio, sair
da direção da lei, para a maturidade. É muito importante entendermos esse
aspecto da lei.
- João
1:17: a graça e a verdade
vieram através de Jesus. Até Cristo vir,
a lei nos confinava e nos guardava sob custódia. Mas quando Cristo veio,
alcançamos a liberdade e maturidade da fé. Aqueles que vivem na lei têm uma
posição inferior em relação àqueles que vivem pela fé.
Era para Israel sair da lei, reconhecer o seu
Messias e passar para uma época de maturidade, onde não existiria mais aquele
aio duro e frio da lei. Ou faz ou morre, a lei assim determina! Mas Israel
deveria passar para a maioridade. Como é a nossa maioridade? É a mesma figura,
continua igual, Deus usa as coisas naturais para explicar as espirituais. Como
é com um filho entre 18-25 anos? Normalmente não mais ficamos dizendo (tem pais
que ficam e acabam atrapalhando): escovou os dentes? Cumprimentou a visita? Faça
assim ou assim. Se agirmos assim, é conservar o filho na imaturidade, ninguém
faz isso ou não deveria fazer, pois o filho já é maior. Todos os princípios já
estão "dentro" da pessoa e as coisas passam a ser feitas
automaticamente, já é um adulto.
Gálatas 3:23-27 - Paulo, aqui, está explicando aos Gálatas na
condição de israelita:
V.23:.. estávamos guardados debaixo da lei...; em outra versão temos: ... estávamos sob a tutela da lei
e nela encerrados...
V.24: ... a lei se tornou nosso aio...;
nos serviu de aio. Aio = preceptor
de crianças, mestre de crianças, camareiro, escudeiro; é como Paulo falando: a lei
se tornou nosso professor, nosso mestre, nossa "babá".
V.25: então quando veio a fé, aquela criança deveria
estar crescida e reconhecer o seu tempo de maioridade.
V.26: condição para ser filho de Deus: só pela fé em
Jesus Cristo.
Gálatas 4:1-7 - Era costume naquela época, inclusive na Galácia, as
famílias ricas gregas e romanas, destacarem um escravo, quase sempre o mais
culto, para tomar conta do filho em sua casa, enquanto estivesse em idade que
precisasse de orientação, enquanto era menor de idade. ( II Reis 10:1-2; é algo bem antigo )
Os curadores, tutores, os aios, eram
responsáveis pela educação total da criança. O pai determinava o tempo em que o
menino seria declarado maior (V.2),
o tempo em que atingiria a maioridade; são como os nossos 18 ou 21 anos. Hoje é
automático, para algumas coisas atinge-se a maioridade aos 18 anos e para
outras aos 21 anos, porém naquela época, o pai é quem estabelecia a idade de
maioridade do filho. Então, até o menino chegar àquela idade, o escravo mandava
nele. Por isso o V.1 diz: "ainda
que seja senhor de tudo (quem? o menino), em nada difere de um servo",
ou seja, está no mesmo nível de um escravo para com o seu tutor. Mas quando
viesse o dia de sua emancipação, havia uma cerimônia que se chamava "adoção
de filhos" (V.5). Aqui, adoção de filhos não significa um pai que
não tem filhos então adota de outra pessoa, aqui era o nome da cerimônia de
maioridade, o dia em que o pai determinava a maioridade do filho e ratificava
em uma cerimônia pública. O dia em que o filho passava a ter a mesma autoridade
do pai poderia negociar, usar o nome da família, fazer como nossos filhos
quando atingem a maioridade.
Não é assim que vivemos? Espiritualmente
deveríamos agir da mesma forma, pois no plano de Deus, hoje, estamos na época
da maioridade, na época da graça. A diferença é: não é mais a lei que rege o
povo de Deus, mas sim o Espírito Santo. Meu novo espírito, habitado pelo
Espírito Santo é que me dirige. Quando permito que o Espírito Santo tome
controle total de mim, então vou fazendo naturalmente as coisas de Deus, como
um adulto espiritual, onde o pecado não tem mais domínio sobre mim.
- Hebreus
5:12-14: O autor falando aos hebreus sobre a maturidade cristã.
-I
Coríntios 3:1-3: Crente carnal
(infantil) x crente espiritual (adulto).
-
Romanos 7:1-6: A lei e a graça.
-
Romanos 7:7-25: A lei e o pecado;
através da lei conheço o pecado.
- Romanos
8:1-17: A nova vida debaixo da
graça, segundo o Espírito de santidade e adoção.
Paulo está ensinando para não voltarmos para
a lei; não se segue mais a Deus guardando a lei da forma tradicional. Isso tem
que ficar muito claro para entendermos a Bíblia. Era por causa da imaturidade
de Israel que foi necessária a lei, até que viesse o descendente a quem a
promessa tinha sido feita. (Gálatas
3:19)
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Aula 20 - Escola Bíblica - Contrastes entre Velho e Novo Testamento
Pentateuco - É uma palavra de origem grega que significa "cinco estojos", fazendo referência aos estojos (caixas ou vasilhas) onde, antigamente se guardavam e protegiam da deterioração os rolos de papiro ou de pergaminho utilizados como material de escrita. Os judeus chamam esses livros de torah, termo hebraico que, apesar de ter sido traduzido de forma habitual por "lei", na realidade, tem um significado mais amplo. Torah inclui o conceito de "lei" e, significa "guiar", "dirigir", "instruir" ou "ensinar" (Dt 31.9).
Paulo
– Representa a Graça
Escritor das Cartas Paulinas (Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I
Timóteo, II Timóteo, Tito e Filemon)
A literatura
paulina é formada por cartas que o apóstolos dos gentios escreveu às comunidades
que ele visitou em suas trviagens. Em linhas gerais, é costume dizer que ele
escreveu 13 cartas, que se encontram no Novo Testamento, logo após os Atos dos
Apóstolos. Muitos estudiosos atribuem também a Paulo a carta aos Hebreus.
O Pentateuco é a Carta magna do judaísmo pós-exílico. Sendo uma História Sagrada em que se manifesta a presença do Deus da Aliança na vida do seu povo, o PENTATEUCO desenvolve-se a partir de três fatores principais: a epopeia do Êxodo, a Lei do Sinai e a fé num Deus único.
I e II Tessalonicenses (50–51 d.C.) - Paulo escreveu de Corinto as Epístolas aos
Tessalonicenses, durante a sua segunda viagem missionária. Sua obra em
Tessalônica está descrita em Atos 17.
Ele queria retornar à Tessalônica, mas não pôde (I Ts. 2:18). Enviou, portanto, Timóteo para confortar os conversos
e, ao regressar, trazer-lhe notícias deles. A primeira epístola foi motivada
pela gratidão que sentiu pelo retorno de Timóteo. A segunda foi escrita pouco
tempo depois.
I e II Coríntios,
Gálatas, Romanos (55–57 d.C.) - Paulo escreveu as Epístolas aos Coríntios em sua terceira viagem
missionária, para responder perguntas e corrigir desentendimentos entre os
santos de Corinto. A Epístola aos Gálatas provavelmente foi escrita a muitas unidades da Igreja
espalhadas pela Galácia. Alguns membros estavam abandonando o evangelho e
passando para a lei judaica. Nessa carta Paulo explicou qual era o propósito da
lei mosaica e o valor de uma religião espiritual.
Paulo escreveu a Epístola aos Romanos quando estava em Corinto, em
parte a fim de preparar os santos romanos para uma visita que esperava
fazer-lhes. Essa carta também confirma doutrinas que estavam sendo questionadas
por alguns judeus que se haviam convertido ao cristianismo.
Filipenses,
Colossenses, Efésios, Filemom e Hebreus (60–62 d.C.) - Paulo escreveu estas
epístolas quando esteve preso pela primeira vez em Roma. A Epístola aos Filipenses foi escrita principalmente
para expressar gratidão e afeto pelos santos de Filipos e para animá-los no
desalento que sentiam pelo prolongado encarceramento de Paulo.
Paulo escreveu a Epístola aos Colossenses em virtude de notícias recebidas de que os santos de
Colossos estavam incorrendo em grave erro. Acreditavam eles que a perfeição era
resultante apenas da observância de ordenanças exteriores e não pelo
desenvolvimento de um caráter semelhante ao de Cristo.
A Epístola aos Efésios
é de grande importância, pois contém os ensinamentos de Paulo a respeito da
Igreja de Cristo.
A Epístola a Filemon
é uma carta particular acerca de Onésimo, um escravo que havia roubado a seu
senhor, Filemom, e fugido para Roma. Paulo enviou Onésimo de volta a Filemom,
com a carta pedindo-lhe que perdoasse o servo.Paulo escreveu a Epístola aos Hebreus, os judeus membros da Igreja, a fim de persuadi-los de que a lei de Moisés tinha sido cumprida em Cristo, sendo substituída pela lei do evangelho de Cristo.
I e II Timóteo, Tito (64–65 d.C.) - Paulo escreveu estas epístolas depois de ser libertado de seu primeiro encarceramento em Roma. O apóstolo viajou a Éfeso, onde deixou Timóteo com a incumbência de fazer cessar certas especulações a respeito da doutrina, pretendendo retornar depois. Paulo escreveu a Primeira Epístola a Timóteo, talvez da Macedônia, a fim de aconselhá-lo e encorajá-lo no cumprimento de seu dever.
Paulo escreveu a Epístola a Tito numa época em que estava livre do cativeiro e provavelmente
visitou Creta, onde Tito servia. O tema principal da carta é a importância de
se viver em retidão e a disciplina dentro da Igreja.
Paulo escreveu sua Segunda
Epístola a Timóteo na segunda vez
em que esteve preso, pouco antes de seu martírio. Ela contém as últimas
palavras de Paulo e revela a extraordinária coragem e confiança com que
enfrentou a morte.
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