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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Aula 20 - Escola Bíblica - Contrastes entre Velho e Novo Testamento


 Iniciamos nesta lição o segundo ciclo de estudos panorâmicos das Escrituras. Começaremos tratando das diferenças entre o Antigo Testamento e o Novo, entre a Velha e a Nova Aliança. Para tanto, usaremos as figuras de dois grandes ícones dessas alianças – Moisés na Antiga e o apóstolo Paulo na Nova.

 Moisés – Representa a Lei
Escritor do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio)

Pentateuco - É uma palavra de origem grega que significa "cinco estojos", fazendo referência aos estojos (caixas ou vasilhas) onde, antigamente se guardavam e protegiam da deterioração os rolos de papiro ou de pergaminho utilizados como material de escrita. Os judeus chamam esses livros de torah, termo hebraico que, apesar de ter sido traduzido de forma habitual por "lei", na realidade, tem um significado mais amplo. Torah inclui o conceito de "lei" e, significa "guiar", "dirigir", "instruir" ou "ensinar" (Dt 31.9).

Paulo – Representa a Graça
Escritor das Cartas Paulinas (Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito e Filemon)

A literatura paulina é formada por cartas que o apóstolos dos gentios escreveu às comunidades que ele visitou em suas trviagens. Em linhas gerais, é costume dizer que ele escreveu 13 cartas, que se encontram no Novo Testamento, logo após os Atos dos Apóstolos. Muitos estudiosos atribuem também a Paulo a carta aos Hebreus.

 O que representa o Pentateuco?
O Pentateuco não é um simples conjunto de leis humanas; é um "ensinamento" para viver segundo a vontade de Deus, um chamamento à perfeição e à santidade: "Porque Eu sou o Senhor que vos fez sair do Egito, para ser o vosso Deus. Sede santos, porque Eu sou santo." (Lv 11,45)
O Pentateuco é a Carta magna do judaísmo pós-exílico.  Sendo uma História Sagrada em que se manifesta a presença do Deus da Aliança na vida do seu povo, o PENTATEUCO desenvolve-se a partir de três fatores principais: a epopeia do Êxodo, a Lei do Sinai e a fé num Deus único.


 Cartas Paulinas                                                                                                                                                                                 Os livros do Novo Testamento que originalmente foram cartas escritas pelo Apóstolo Paulo aos membros da Igreja podem ser divididas nos seguintes grupos:    

 I e II Tessalonicenses (50–51 d.C.) -  Paulo escreveu de Corinto as Epístolas aos Tessalonicenses, durante a sua segunda viagem missionária. Sua obra em Tessalônica está descrita em Atos 17. Ele queria retornar à Tessalônica, mas não pôde (I Ts. 2:18). Enviou, portanto, Timóteo para confortar os conversos e, ao regressar, trazer-lhe notícias deles. A primeira epístola foi motivada pela gratidão que sentiu pelo retorno de Timóteo. A segunda foi escrita pouco tempo depois.

I e II Coríntios, Gálatas, Romanos (55–57 d.C.) - Paulo escreveu as Epístolas aos Coríntios em sua terceira viagem missionária, para responder perguntas e corrigir desentendimentos entre os santos de Corinto. A Epístola aos Gálatas provavelmente foi escrita a muitas unidades da Igreja espalhadas pela Galácia. Alguns membros estavam abandonando o evangelho e passando para a lei judaica. Nessa carta Paulo explicou qual era o propósito da lei mosaica e o valor de uma religião espiritual.
Paulo escreveu a Epístola aos Romanos quando estava em Corinto, em parte a fim de preparar os santos romanos para uma visita que esperava fazer-lhes. Essa carta também confirma doutrinas que estavam sendo questionadas por alguns judeus que se haviam convertido ao cristianismo.

Filipenses, Colossenses, Efésios, Filemom e Hebreus (60–62 d.C.) - Paulo escreveu estas epístolas quando esteve preso pela primeira vez em Roma. A Epístola aos Filipenses foi escrita principalmente para expressar gratidão e afeto pelos santos de Filipos e para animá-los no desalento que sentiam pelo prolongado encarceramento de Paulo.
Paulo escreveu a Epístola aos Colossenses em virtude de notícias recebidas de que os santos de Colossos estavam incorrendo em grave erro.  Acreditavam eles que a perfeição era resultante apenas da observância de ordenanças exteriores e não pelo desenvolvimento de um caráter semelhante ao de Cristo.

A Epístola aos Efésios é de grande importância, pois contém os ensinamentos de Paulo a respeito da Igreja de Cristo.
A Epístola a Filemon é uma carta particular acerca de Onésimo, um escravo que havia roubado a seu senhor, Filemom, e fugido para Roma. Paulo enviou Onésimo de volta a Filemom, com a carta pedindo-lhe que perdoasse o servo.
Paulo escreveu a Epístola aos Hebreus, os judeus membros da Igreja, a fim de persuadi-los de que a lei de Moisés tinha sido cumprida em Cristo, sendo substituída pela lei do evangelho de Cristo.
I e II Timóteo, Tito (64–65 d.C.) - Paulo escreveu estas epístolas depois de ser libertado de seu primeiro encarceramento em Roma. O apóstolo viajou a Éfeso, onde deixou Timóteo com a incumbência de fazer cessar certas especulações a respeito da doutrina, pretendendo retornar depois. Paulo escreveu a Primeira Epístola a Timóteo, talvez da Macedônia, a fim de aconselhá-lo e encorajá-lo no cumprimento de seu dever.

Paulo escreveu a Epístola a Tito numa época em que estava livre do cativeiro e provavelmente visitou Creta, onde Tito servia. O tema principal da carta é a importância de se viver em retidão e a disciplina dentro da Igreja.
Paulo escreveu sua Segunda Epístola a Timóteo na segunda vez em que esteve preso, pouco antes de seu martírio. Ela contém as últimas palavras de Paulo e revela a extraordinária coragem e confiança com que enfrentou a morte.

 

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