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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Aula 36 - O evangelho de João
Jesus cumpriu o significado das profecias e das
festividades do Antigo Testamento. João usou as Festas Fixas (Lv
23) para mostrar os ensinamentos de Jesus, e que n’Ele se cumpriu o que
Moisés escreveu na Lei a respeito das Festas. Também Jesus veio cumprir as
profecias dadas aos profetas. Note que Jesus manifestou a riqueza da Sua glória
durante o período de SEIS Festas Judaicas. Seis vezes João escreve em seu
Evangelho que "durante uma FESTA..."
I) A Primeira Festa - a Primeira Páscoa (Jo
2:13 a Jo 4:54)
- O milagre da transformação da água em
vinho, ocorreu durante uma festa de casamento e próximo aos dias da Páscoa.
Este primeiro sinal feito por Jesus, nas Bodas de Caná da Galiléia, tem um
significado muito especial e revela o grande ministério transformador de Cristo
sobre as vidas humanas. As seis
telhas, que Jesus pediu para encher de água, a qual se transformou em
vinho, enfatizam que Ele veio trazer transformação aos homens. João explica que
aquelas seis talhas de pedra serviam para as purificações (v. 06). Esta
explicação é fundamental para se entender o significado deste milagre da
transformação, feito por Jesus.
O número seis, segundo o livro do Gênesis,
é o número do trabalho e do homem, pois, por seis dias Deus trabalhou e no
sétimo Ele descansou da obra como Criador. Ainda, no sexto dia foi criado o
homem. Seis representa o número do trabalho, do enfado e da responsabilidade do
homem. Com aquele milagre, feito antes da Festa da Páscoa, Jesus estava
mostrando que todos os esforços humanos e sacrifícios, feitos no período do
Antigo Testamento, não eram suficientes para purificar as pessoas (Hb
10:12-18). Mas, em Cristo tem o poder para transformar a água em vinho,
como também tem poder para transformar a natureza do homem: “Mas, a todos quantos o receberam, aos
que creem no seu nome, deu-lhes o PODER de se tornarem filhos de Deus; os quais
não nasceram do sangue nem da vontade do varão, mas de Deus”; Jo 1:12 e 13. Nenhum homem é
capaz de transformar sua natureza por seguir esforços e mandamentos humanos, só
a operação da graça e do poder transformador de Deus operando em sua vida. Esta
é a verdade que Jesus veio ensinar.
- (Jo 2:13-22) Jesus
vira as mesas - A purificação do templo é uma ênfase de que o “fermento deve ser posto fora”, durante
a Páscoa (1 Co 5:7-13). Na Páscoa, Jesus revelou que conhecia muito bem
a “natureza humana”; Jo 2:24,
25 (Sl 33:13-15). O profeta Malaquias havia profetizado que o
Messias viria para purificar os adoradores para que “eles tragam ao Senhor justas ofertas”. (Ml 3:1-5).
- (Jo 3:1-15)
A ênfase, na Páscoa, é o assunto do Novo
Nascimento, a Salvação e a Vida Eterna. Todos os homens precisam “nascer
de novo”. O diálogo entre Cristo e Nicodemos demonstra
claramente esta verdade. Jesus não veio julgar o mundo, mas salvá-lo. Na
Páscoa, Cristo seria levantado para que “...
todo o que NELE CRÊ tenha a vida eterna”. Esta expressão ocorre várias
vezes, principalmente aqui e na segunda Páscoa. São textos maravilhosos: (Jo 3:15, 16,
36; Jo 5:24, 39; Jo 6:27, 40, 47, 54; Jo 6:68; Jo 10:28; Jo 17:2, 3.
- (Jo 3:16-21)
Páscoa é tempo de julgamento: “... quem
crê em Jesus, não é julgado; o que não crê, já está julgado”. Note que
os homens podem já viver a salvação ou o julgamento aqui mesmo, hoje!
- (Jo 4)
Neste capítulo você encontrará Jesus falando a parábola da “ceifa e
os ceifeiros” (vs. 31-38),
entre os fatos ocorridos com a mulher Samaritana (vs. 1-30), a
salvação de muitos samaritanos (vs 39 a 42), além da história do
oficial do rei que, com toda a sua casa, creu em Jesus (vs. 43-54). Este
evento aborda um dos assuntos da Páscoa: o período de Ceifa – colheita da
cevada. Pelo texto vemos o cumprimento da CEIFA, pois tanto em Samaria como na
Galiléia, o Senhor salvou (ceifou) as primeiras pessoas para o Seu
Reino. Páscoa é um período de libertação, quando a Salvação entrar em
nossas vidas e em nossos lares. Aqui nesta Páscoa, Ele afirmar ter a água da vida para saciar a sede
espiritual de todos os que o buscam. Também na Páscoa, Jesus afirma que a
salvação vem dos Judeus, mas os verdadeiros adoradores são os que adoram ao Pai
em espírito e em verdade. Deus suscita filhos de todas as nações.
II) Uma Festa dos
Judeus (5:1-47)
Essa Festa não é identificada, mas ocorre entre a
primeira e segunda Páscoa do ministério de Jesus. Os ensinamentos de Jesus,
nesta festa, eram sobre purificação, cura de doenças causadas pelo pecado,
ressurreição e o relacionamento de unidade entre o Filho e o Pai
- (Jo 5:1-18)
O paralítico foi curado por Jesus no tanque de Betesda, ou seja, Casa
de Misericórdia. Jesus, no versículo 14, associa a causa
das doenças ao pecado. O que se entende é que algum pecado da juventude havia
causado a paralisia daquele homem. Mas agora, 38 anos depois, a
misericórdia de Deus o alcançou e ele foi livre dos males causado pelo pecado.
O número 38 é um número de
purificação. O povo judeu caminhou 38 anos pelo deserto (pois
2 anos estiveram ao pé do Sinai), tempo para que todo mal fosse purificado
daquela geração (Dt 2:14). As águas do tanque de Betesda tinham o poder de
purificar ou curar os enfermos. Jesus mostrou que é Ele quem cura e perdoa os
pecados dos homens, na “Casa de Misericórdia”. Tudo isso dá a entender que a Festa dos
Judeus celebrada tinha haver com Purificação. Com este sinal, Jesus mostrou que
a misericórdia de Deus triunfa sobre o juízo (Tg 2:13).
A cura do paralítico, no dia de sábado, introduz a
controvérsia que houve entre Jesus e as autoridades religiosas dos judeus. Esta
questão domina todos os Evangelhos, pois esta foi uma das questões que levou à
crucificação de Jesus, além do fato d’Ele se dizer igual a Deus (v.18).
- (Jo 5:19 a 47) Em verdade, em verdade... Jesus mostra como é o
Seu relacionamento com o Pai.
III) Segunda Páscoa (capítulo
6)
Páscoa: Ocorria no início
da primavera, tempo da colheita da cevada. (Ct 2:10-17),
este trecho de Cantares era cantado na Festa da Páscoa. Os primeiros pães
mencionados na Bíblia não incluíam fermento como ingrediente. Eram os pães
asmos. Ao multiplicar os pães, Jesus tinha a finalidade de despertar o povo
para Si mesmo, como sendo o Pão Vivo que desceu do céu. O maná
do deserto pereceu, mas o Pão Vivo permanece para a vida eterna; v. 27.
Jesus afirma, nesta Páscoa: “Eu sou o
pão da vida”; “Eu sou o pão
vivo, que desceu do céu” (em contraste com o maná que Deus deu do
céu, mas que apodrecia no dia seguinte). No dia seguinte, Jesus afirmou: o pão
é a minha carne; vs 53 a 55.
O fato de Jesus ter andado sobre as águas do mar
mostra que Ele tem autoridade sobre os elementos criados, 16 a 21.
Sendo o contexto a Páscoa, talvez João incluiu este acontecimento aqui para
lembrar a autoridade exercida por Deus, ao abrir as águas do Mar Vermelho, na
Páscoa em Êxodo.
- (Jo
6:66-71) Mais uma vez vemos que a Páscoa é um período de julgamento. O
duro discurso de Jesus, enfatizando que os discípulos precisam comer a Sua
carne e beber do Seu sangue, fez muitos dos Seus discípulos o abandonarem.
IV)
Festa dos Tabernáculos (capítulos 7 a 9)
A Festa dos Tabernáculos pode ser assim
denominada, ou também a Festa da Colheita. (Lv 23:24; Dt 16:16).
Tratava-se de uma das três grandes peregrinações do ano religioso dos judeus;
era celebrada durante um período de sete dias entre setembro e outubro. Também
foi dado mais um dia, o oitavo. Ocorria no fim do ano, quando os labores do
campo se encerravam com a colheita. Era ocasião de grande júbilo (Dt
16:14). Seu nome, “Festa dos Tabernáculos”,
deriva-se do fato de que era exigido que todo o indivíduo nascido como
israelita morasse em cabanas feitas de palmas ou ramos de árvores durante sete
dias, em lembrança ao tempo do êxodo dos judeus da escravidão egípcia, e de
terem vagueado pelo deserto, habitando em tendas (Lv 23:34).
Também comemoravam a Festa da Colheita,
agradecendo a Deus pelo suprimento abundante durante o ano que se encerrava.
Diversos sacrifícios eram oferecidos, e o oitavo dia era motivo de solene assembleia,
ocasião em que ainda outros sacrifícios eram feitos. Esse oitavo dia era designado pelo nome de Grande dia da festa (Lv 23:36 e Nm 29:35).
Ligado às festividades desse dia, havia a Cerimônia do Derramamento
de Água o que está relacionado com a declaração de Jesus em Jo 7:37. Era um reconhecimento das
chuvas, como dom de Deus, o que é necessário para uma colheita bem-sucedida. (Zc 14:17) – “Todos os que restarem de todas as
nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o
SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos. Se alguma das
famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos
Exércitos, não virá sobre ela a chuva. Se a família dos egípcios não subir, nem
vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o SENHOR ferirá as
nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos”.
O último dia da Festa dos Tabernáculos também era
chamado de o Dia do Grande
Hosana, porque se fazia um circuito, por sete vezes, em torno do altar,
e todos clamavam Hosana! Também era chamado o Dia dos Salgueiros ou Dia do Agitar dos
Ramos, porquanto todas as folhas eram tiradas dos ramos dos salgueiros e as
palmas das palmeiras eram batidas nos lados do altar, a fim de se despedaçarem.
-
(Jo 7:1-13)
Jesus sobe à festa ocultamente –
Assim é seu tabernáculo em nós, sua manifestação em nós e a do Seu Reino, em
sua etapa inicial (Lc 17:20, 21 e 2 Ts 1:10).
- (Jo
7:14-24) No meio da Festa, o Senhor aparece ensinando com autoridade e
falando abertamente. O verdadeiro conhecimento de Deus vem àqueles que querem
verdadeiramente fazer a vontade do Pai, (v. 17). O Senhor só se manifesta a
estes famintos e autênticos.
- (Jo 7:37-42)
- Regozijo da Extração da Água: Durante a Festa dos
Tabernáculos era realizada a “Cerimônia do Derramamento da Água”,
com muita alegria, para tirar água na noite seguinte ao primeiro dia. Quando
o galo cantava, na hora do sacrifício matutino, os sacerdotes tocavam
trombetas e saiam pelo portão oriental para tirar água do poço de Siloé, ( Jo
9:7), recitando a passagem de (Is 12:3) “Vós com alegria tirareis águas das fontes da
salvação” e o cântico do Halel (Slmos 113 a 118). A
água era colocada num vaso de ouro e derramada ao pé do ângulo sudeste (o lado
donde os ventos deviam trazer as chuvas) do altar de holocaustos.
Visualize Jesus pondo-Se de pé e clamando: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”, exatamente no
momento em que o sacerdote derramava a água sobre o altar e o povo entoava o
cântico de Halel. João está ensinando que Jesus é o cumprimento desta Festa dos
Tabernáculos: Ele é a água da vida, Ele é a fonte da água viva. Você crê em
Jesus? Celebra a Sua manifestação em você? Tem “subido” a celebrar a Festa?
Então você se transforma numa fonte de água viva, pelo Cristo em vós.
A chuva serôdia é prometida para o
sétimo mês (Jl 2:23; Zc 14:16,17). Quem não sair para adorar o
Rei na Festa dos Tabernáculos, não virá sobre ele a chuva. Daí
podermos compreender as palavras de Jesus em Jo 7:37-39. A
cerimônia do derramamento da água está associada com o derramamento do Espírito
Santo na vida dos que crêem.
Por que João, ao escrever o seu Evangelho,
preocupou-se tanto com os ensinamentos de Jesus durante as Festas? As igrejas
neotestamentárias continuaram a celebrar estas Festas, não, porém, segundo a “letra”,
mas a realidade espiritual apresentada por Jesus (a Verdade e a Vida).
- (Jo 8:1-11) A “Mulher Adultera” – este
fato ocorreu no lugar do gazofilácio, (v. 20), que se encontrava no “Átrio
das Mulheres”. As mulheres podiam entrar no templo, até aquele ponto,
pois segundo o A.T. os homens possuíam mais elevados privilégios do que as
mulheres. Este fato, porém, mostra que Jesus não faz distinção entre homem ou
mulher: “Pois todos vós sois filhos
de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em
Cristo de Cristo vos revestistes. De sorte, não pode haver judeu nem grego; nem
escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo
Jesus.” (Gl 3:26-28).
- (Jo 8:1-20) A Luz do mundo: Nas noites dos dias comemorativos da Festa
dos Tabernáculos os sacerdotes dançavam com tochas nas mãos. Ao
tempo de Jesus, os átrios do templo de Jerusalém eram bem iluminados. Quatro
grandes candelabros de ouro, na forma de candeeiros de vários ramos, projetavam
luz sobre toda a cidade. Isso justifica a afirmação de Jesus, de madrugada, no
átrio das mulheres, em Jo 8:2, 12. Aqui precisamos lembrar dos
primeiros versículos de João: Jesus é a Vida, a Luz dos homens, quem nEle crê e
o recebe, não andará nas trevas, eternamente!
- (Jo 8:21-59) Jesus veio para livrar
a todos da escravidão do pecado: “Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
- (Jo 9)
A cura de um cego de nascença - Se os acontecimentos anteriores ocorreram de
madrugada, parece que aqui estamos no raiar do dia. O assunto é retomado: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do
mundo”. Os versículos chaves são: 4,
7, 32, 33, 39-41. Com a cura do cego de nascença - uma pessoa que nunca
havia visto a luz - a quem Jesus mandou lavar-se no tanque de Siloé, Jesus
estava mostrando o sinal de que Ele
é o Enviado, dando cumprimento ao
que se entoava no “Dia do Grande Hosana”.
O ensinamento central é que Jesus veio ao mundo
para juízo. Isso tem tanto o aspecto positivo como um aspecto negativo: luz e
salvação para os que aceitam a Ele a à Sua palavra; mas trevas e condenação
para aqueles cujos corações se mantém rebeldes e duro. O ensinamento de João
1:1 a 14 tem seu cumprimento aqui, durante a Festa dos Tabernáculos.
V) Festa da Dedicação (capítulo 10)
Era inverno, (v.
22). No grego, a palavra aqui traduzida por “dedicação” significa renovação.
Essa Festa era realizada no dia 25 de Quisleu (novembro-dezembro). Durava oito
dias e era efetuada a fim de comemorar a purificação do templo e do altar, por
Judas Macabeu, em 165 ou 164 a.C., três anos exatos após terem sido aqueles
contaminados por Antíoco Epifânio.
Neste contexto Jesus afirma: “Eu sou a porta das
ovelhas... Eu sou o bom pastor... o
verdadeiro pastor dá a vida pelas ovelhas”. Este texto é considerado o Salmo
23 do Novo Testamento.
VI)
Terceira Páscoa (capítulos 11 a 19)
Aqui
temos vários fatos que acontecem antes da Páscoa da Crucificação:
- (Jo 11:1-47) A ressurreição de
Lázaro (versículos chaves: 25 e 26);
- (Jo 11:48-54) Retira-se para Efraim, enquanto os judeus o esperam;
- (Jo 11:55 - 12:11) Jesus ungido por Maria, em Betânia;
- (Jo 11:48-54) Retira-se para Efraim, enquanto os judeus o esperam;
- (Jo 11:55 - 12:11) Jesus ungido por Maria, em Betânia;
-
(Jo 12:12-50) A grande Semana da Paixão:
- (Jo 12:12-19) Entrada triunfal em Jerusalém (domingo);
- (Jo 12:20-36) Os gentios buscam a Jesus (terça-feira);
- (Jo 12:37-50) Os judeus rejeitam a Jesus;
- (Jo 12:12-19) Entrada triunfal em Jerusalém (domingo);
- (Jo 12:20-36) Os gentios buscam a Jesus (terça-feira);
- (Jo 12:37-50) Os judeus rejeitam a Jesus;
FESTA: O Messias no templo
- (Jo 13:1-38) A Páscoa e a Ceia do
Senhor (quinta-feira);
Discurso
de despedida (Durante a última Ceia):
- (Jo 14:1-16:33) O legado de Cristo a Seus seguidores;
- (Jo 17:1-26) Oração de intercessão.
- (Jo 14:1-16:33) O legado de Cristo a Seus seguidores;
- (Jo 17:1-26) Oração de intercessão.
Traição e aprisionamento no Getsêname:
-(sexta-feira) – Jo 18:1 a Jo 20:42
- (Jo 18:12 – Jo 19:16) O julgamento de Jesus;
- (Jo 19:17-42) A crucificação e o sepultamento;
- (domingo) O Senhor ressurreto
e Sua família redimida - (Jo 20:1 – Jo 21:25)
- (Jo 20:1-10) O túmulo vazio;
- (Jo 20:11-18) Jesus Aparece a Maria Madalena;
- (Jo 20:19-25) Jesus Aparece aos discípulos;
- (Jo 20:1-10) O túmulo vazio;
- (Jo 20:11-18) Jesus Aparece a Maria Madalena;
- (Jo 20:19-25) Jesus Aparece aos discípulos;
- (segundo domingo)
- (Jo 20:26-29) Novamente Jesus aparece aos discípulos;
- (Jo 20:30, 31) O objetivo deste Evangelho de João;
- (Jo 21:1-23) Jesus aparece aos discípulos na Galiléia.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Aula 35 - O Evangelho de João
Uma característica forte do Evangelho
de João é o simbolismo, organizado para revelar tudo o que nele se
relata: milagres, diálogos e discursos. Assim, os milagres são chamados “sinais”,
porque revelam a identidade de Jesus, a sua glória, o seu ser divino e o seu
poder salvador, como pão (cap. 6), luz (cap. 9), vida e ressurreição (cap. 11),
em ordem a crer nele; outras vezes são “obras do Pai”, mas que o Filho
também faz (Jo 5,19 / Jo 20.36).
Em João a obra de Jesus é mostrar
até o fim que Deus é amor. A chave da teologia de João é a manifestação da
glória do Pai no seu Filho amado.
I. Manifestação de Jesus ao mundo (Jo 1:19 / Jo 12:50), como Messias, Filho de Deus, através de
sinais, discursos e encontros. Distinguem-se aqui cinco grandes secções:
A.1 - Primeiro ciclo da manifestação de Jesus: (Jo 1:19 / Jo 4:54). Semana inaugural. Nessa
semana temos dois momentos: Nos quatro primeiros dias
João narra o testemunho de João Batista e a formação do primeiro grupo de
discípulos. No sétimo dia Jesus realiza o seu primeiro sinal em Caná (Jo 2:1-11), abrindo o quadro de narração dos sinais como o início da
manifestação de sua glória.
A.2 - Jesus
revela a sua divindade: Ele é “o Filho”, igual ao Pai: (Jo 5:1-47). A
partir de agora, a atuação de Jesus se torna mais conflituosa. As contestações
situam-se principalmente em Jerusalém. Ao combinar os sinais de Jesus com as
discussões sobre sua missão, João realça o conflito com a incredulidade. O
desejo de crer dos gregos, em oposição à incredulidade dos judeus, é o ponto
alto dessa seção.
A.3 - Jesus
é o Pão da Vida: (Jo 6:1-71).
A.4 - Jesus é a luz do mundo: grandes declarações messiânicas
por ocasião das festas das Cabanas e da Dedicação: (Jo 7:1 / Jo 10:42).
A.5 - Jesus
é a vida do mundo: (Jo 11:1 / Jo 12:50).
II. Revelação de Jesus aos seus (Jo 13:1 / Jo 21,25): manifestação a todos como Messias e Filho de
Deus através do “Grande Sinal”, por ocasião da sua Páscoa definitiva.
A.1 - A
Última Ceia: (Jo 13:1 / Jo 17:26). João acena que para imitar Jesus é preciso que o discípulo aceite
o que Jesus faz por ele. O cristianismo não é só bom comportamento; é
seguimento e imitação radical de Jesus Cristo. Jesus não dá preceitos ou
manuais, dá-se a si mesmo como caminho a ser imitado, vida a ser vivida e
verdade a se experimentar. Diferente dos sinóticos, João não narra a última
ceia. No seu lugar coloca a cena do lava-pés, como momento máximo do
ensinamento de Jesus acompanhado do discurso de despedida.
Para João Jesus põe o amor
fraterno em primeiro lugar ao lado do mandamento do amor de Deus. O amor a Deus
se torna implícito; é amor que doa a própria vida. O capítulo 17 pode ser divido em três momentos: Jesus dá graças e ora por si (vs. 1 a 8); Jesus ora pelos discípulos (vs. 9 a 19); Jesus ora pelos que crerão a partir do testemunho dos discípulos (vs.
20 a 26). João expressa a alegria plena dos discípulos, pois eles não
precisam de outra revelação ou manifestação de Jesus; ele é o ato salvífico de
Deus por excelência. Jesus fica presente na comunidade através do Paráclito e
da sua palavra sempre atualizada.
A.2 -
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus: (Jo
18:1 / Jo 20:29). João
dividiu o tema do evento pascal em dois esquemas maiores: Paixão e Morte (caps. 18 e 19) e Ressurreição (cap. 20). Esses
esquemas maiores podem ser subdivididos da seguinte forma: (I) Paixão e Morte a) Prisão: confronto com os judeus – (Jo 18:1-27); b)
Pilatos: confronto com o poder romano – (Jo 18:28 / Jo 19,16a); c)
Crucificação: vítima de judeus e romanos (que passam a simbolizar o mundo
fechado que não aceita o enviado de Deus e, consequentemente, não aceita os
discípulos de Jesus) – (Jo 19:16-42).
(II)
Ressurreição- O
episódio da ressurreição pode ser em duas cenas:
(1) Junto ao sepulcro (Jo 20:1-18), que se divide em sepulcro vazio (Jo 20:1-10); Jesus e Maria Madalena (Jo 20:11-18);
(2) No cenáculo (Jo 20:19-29), que subdivide-se em aparição aos onze (Jo 20:19-23); aparição a Tomé (Jo 20:24-29).
João
conclui o Livro convidando o leitor para fazer a mesma experiência da
comunidade: Jesus ressuscitou; e quem vive nele já experimenta a glória de
Deus.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Aula 34 - Os quatro Evangelhos
A palavra
“evangelho” nunca é usada no Novo Testamento para designar um livro, mas é
sempre usada com o sentido exclusivo de “boas novas” ou “boas
notícias”. Existe, na realidade, somente um Evangelho e quatro apresentações do
mesmo. É por isso que em nossas Bíblias se lê: O Evangelho segundo Mateus,
Marcos, Lucas e João. Os quatro Evangelhos apresentam quatro retratos de um
Cristo só, e o valor deles se encontra na harmonia dos relatos que os quatro
dão ao Messias.
Por que quatro
Evangelhos?
É provável
que nenhum Evangelho pudesse sozinho apresentar a plenitude e a glória da
Pessoa e da Obra de Cristo. Além disse, há o princípio bíblico da confirmação:
os ensinos de Jesus precisam ter mais de uma testemunha, para provar sua veracidade.
. Mateus - Apresenta Jesus como o Messias; foi escrito para
os Judeus. . Marcos - Apresenta Jesus como
Conquistador e Servo; foi escrito para os Romanos. . Lucas - Apresenta Jesus como Homem;
foi escrito para os Gregos. . João - Apresenta Jesus como Deus; foi
escrito para a Igreja.
Um retrato
completo de Cristo
Já no
segundo século, os pais da Igreja observavam uma profunda relação entre os quatro
Evangelhos e os querubins das visões de Ezequiel e do Apocalipse:
“Há diante
do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do
trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e
por detrás. O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o segundo,
semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem,
e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está
voando”; Ap
4:6, 7.
“A forma de
seus rostos era como o de homem; à direita os quatro tinham rosto
de leão; à esquerda, rosto de boi; e também rosto
de águia todos os quatro”; Ez 1:10.
A simbologia
é que Mateus apresenta Cristo como o Messias dos judeus, o Leão da
Tribo de Judá; Marcos, como o Servo, simbolizado pelo boi (novilho
ou bezerro), o servo por excelência do homem; Lucas, como Filho do
Homem, simbolizado pelo animal com o rosto de homem; e João, como o Filho
de Deus, simbolizado pela águia voando nas alturas. Esta compreensão já existia
desde os primórdios da Igreja Primitiva.
O Tabernáculo de
Moisés é uma revelação de Jesus. Deus mandou usar na construção do Tabernáculo
quatro cores que vão de encontro aos Evangelhos.
Azul - Jesus, o Filho de Deus. Onde ele
está apresentado como filho de Deus? Em
João.
Púrpura – Jesus, O Rei. Onde
está isto? Em Mateus. Escarlate
– Jesus, O Salvador, onde está? Em
Lucas.
Linho fino – Jesus, o Homem Perfeito, onde está? Em Marcos.
Gênesis
2:10-14: “Um rio saía
de Éden para regar o jardim e de lá se dividia formando quatro braços. O
primeiro chama-se Pison; rodeia toda
a terra de Hévila, onde há ouro; é puro o ouro dessa terra na qual se encontram
o bdélio e a pedra de ônix. O segundo rio chama-se Gion: rodeia toda a terra de Cuch. O terceiro rio se chama Tigre: corre pelo oriente da Assíria. O
quarto rio é o Eufrates”.
Pisom = que flui (Espírito Santo) – Havilá = ouro (divindade) :
Evangelho de João.
Giom = turbulência (poder) – Cuxe (Egito) escravidão (pecado) = servidão bdélio (pérola vegetal) sofrimento: Evangelho de Marcos.
Tigre = rápido, poderoso – Assíria = impérios, reinado (Rei): Evangelho de Mateus.
Eufrates = dócil, fértil (homem perfeito) : Evangelho de Lucas.
Giom = turbulência (poder) – Cuxe (Egito) escravidão (pecado) = servidão bdélio (pérola vegetal) sofrimento: Evangelho de Marcos.
Tigre = rápido, poderoso – Assíria = impérios, reinado (Rei): Evangelho de Mateus.
Eufrates = dócil, fértil (homem perfeito) : Evangelho de Lucas.
Pisom – Plenitude
Giom – Que vem do Oriente
Tigre – Estreito, rápido
Eufrates – Dispersão ou flor
Os três primeiros evangelhos são chamados
de sinóticos, apresentam uma perspectiva comum devido ao alto grau de
semelhanças entre Mateus, Marcos e Lucas em suas apresentações do ministério de
Jesus. . Esses três evangelhos são mais movimentados, descrevendo muitos
acontecimentos, maior número de sinais, milagres e pregações. Por sua vez, João
é mais intimista, mais contemplativo trazendo maiores diálogos.
O Evangelho de João
Embora
o quarto Evangelho em parte alguma dê definitivamente o nome de seu escritor,
pouca dúvida existe de que João, “o
discípulo amado”, foi o seu
autor. O nome de seu pai era Zebedeu (Mt. 4:21) , sua mãe parece que foi
Salomé (Mt. 27:56; Mc. 15:40) a qual, comparando-se com (João
19:25), é possível que fosse irmã de Maria, mãe de Jesus. Se assim foi
então João era primo em primeiro grau de Jesus, e sendo de quase a mesma idade,
deve tê-lo conhecido desde a infância. Jesus deu-lhe o sobrenome de “filho
do trovão”, Mc. 3:17, o que parece implicar ter ele um temperamento
explosivo, mas conseguiu dominar-se.
O propósito do Evangelho segundo João é descrito na
passagem: “Na verdade fez Jesus diante dos discípulos fez muitos outros
sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para
que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais
vida em seu nome”; 20:30, 31. A palavra CRER aparece 98 vezes em João, mais do que em todos os outros
Evangelhos juntos.
Há algumas outras características marcantes do
Evangelho de João:
- Evangelho da Universalidade: João não se
preocupa com a genealogia de Jesus, começa apresentando-O como o Verbo de Deus.
Apresenta, portanto, um Cristo universal. Sua linguagem também é universal:
fala de luz e trevas; crença e descrença; água da vida, etc.
Evangelho do Amor: É o Evangelho que
descreve Deus como sendo AMOR, tema desenvolvido, principalmente, em sua
primeira carta.
Evangelho das Festas Fixas: João apresenta
Jesus trazendo seus principais ensinamentos e fazendo seus principais sinais,
durante as Festas Judaicas:
- Páscoa, 2:23 (cap. 3 (tirando o fermento da casa do
Pai; conversão de Nicodemos; conversão dos Samaritanos – Jesus a água viva);
- Uma outra festa, 4:45; -
Uma outra festa dos judeus, 5:1;
-
Outra Páscoa (marcando o segundo ano do ministério de Jesus), 6:4.
Multiplicação dos pães. Jesus é apresentado como o Pão da Vida.
-
Festa dos Tabernáculos, cap. 7 e 8. Jesus é a Fonte das Águas e a
Luz da Vida.
- Festa da Páscoa, caps. 12 em diante. Última Páscoa de
Jesus com Seus discípulos. Sua crucificação.
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