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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Aula 41 - Terceira viagem missionária de Paulo

a)     Resumo e itinerário
Terceira viagem missionária: Paulo vai à Ásia Menor, (At 18:18-19:41). Viagem de confirmação das igrejas, (At 18:18-23), Apolo, (At 18:24-28). Paulo em Éfeso, (At 19:1-41). Retorno à Ásia Menor, (At 19:1-12). Paulo e os exorcistas, (At 19:13-20). Planos de Paulo sobre o futuro, (At 19:21-22). O levante em Éfeso, (At 19:23-41).

b)     A missão da terceira viagem
Terceira viagem (53-58; At 18,23-21,14). Pouco depois partiu novamente para a Galácia (cf. Gl 4,13), onde reinavam a piedade e a paz nas comunidades cristãs (At 1,6; 5,7), atravessou a Frígia, as montanhas do centro da Ásia Menor e o vale do Meandro, e chegou a Éfeso (At 18,23; 19,1.8.10; 20,31). Aí Priscila e Áquilas já haviam completado a instrução cristã de Apolo, judeu alexandrino douto e eloquente que com zelo e sucesso pregara o cristianismo na sinagoga, e já partira para Corinto (At 18,24-28; 19,1).

Em Éfeso Paulo conheceu também uma dúzia de discípulos de João Batista, que ele ganhou para o cristianismo (At 19,2-7), e pregou durante três meses na sinagoga. Como a maior parte dos judeus continuava incrédula, dirigiu-se aos pagãos, pregando no auditório de um tal de Tirano, provavelmente um reitor grego. Lucas narra detalhadamente alguns episódios das atividades de Paulo em Éfeso; curas e expulsão de demônios, a destruição de um grande número de livros de magia (At 19,11-19) e o tumulto que, depois de três anos, ocasionou o fim da estadia de Paulo naquela cidade (At 19,23-20,1). At 19,20.26 refere-se em termos vagos à propagação do cristianismo “por toda a Ásia”. 
De fato, abrira-se para Paulo em Éfeso “uma porta larga e poderosa” (1Cor 16,9); quem a abriu foi ele mesmo e os seus colaboradores (Timóteo, Tito, Erasto, Gaio, Aristarco e Epafras: At 19,22,29; 2Cor 12,18; Cl 1,7); e fundaram-se comunidades cristãs em Colossos, Laodicéia, Hierápolis (Cl 1,7; 2.1; 4,12s), Tróade (At 20,5-12; 2Cor 2.12) e mui provavelmente também em Esmirna, Tiatira, Sardes e Filadélfia (Ap 1:11).

Em Éfeso Paulo sofreu muitas e duras provações: perseguições da parte dos judeus (At 20:19; cf. 21:27), uma determinada tribulação que “acima de suas forças” o oprimiu, a ponto de ele “perder a esperança de conservar a vida” (2 Co 1:8), uma doença ou perigo mortal (cf. 2Cor 1:9s; 11:23), uma luta contra as feras (1Cor 15:32), seja em sentido literal, seja em sentido metafórico, de uma luta contra homens maus e violentos; afinal, em Rm 16:4 Paulo fala num perigo mortal, do qual foi salvo por Priscila e Áquilas; esse acontecimento desconhecido deve-se localizar provavelmente em Éfeso.
Além disso, Paulo andava muito preocupado com algumas comunidades cristãs. Os gálatas quase deixaram afastar-se dele pelos judaizantes; escreveu-lhes Gálatas. Na comunidade de Corinto infiltraram-se graves abusos morais. Paulo reagiu numa carta que se perdeu (1Co 5:9), e mandou Timóteo e Erasto a Corinto (At 19:22; 1Cor 4:17).

Depois, vieram de Corinto alguns cristãos com uma carta da comunidade, na qual se propunham a Paulo diversas perguntas. A essa carta Paulo respondeu com 1 Coríntios, provavelmente em 55. Entretanto, chegaram a Corinto alguns judeu-cristãos que minaram a autoridade de Paulo. Esse resolveu então ir pessoalmente a Corinto (2Co 2:1; 12:14; 13:1s). Esta “visita intermediária” efetuou-se em tristeza, pois Paulo não conseguiu quebrar a desconfiança dos coríntios, e foi até ofendido por um cristão (2Co 2:1.5; 7:12; cf. 12:21).

Demorou pouco, e voltou a Éfeso, de onde dirigiu “com muitas lágrimas” uma terceira carta aos coríntios (2Co 2:4,9; 7:8,12). Tito foi portador dessa carta, que não foi guardada. Nela Paulo exigia desagravo e a submissão da comunidade (2Co 2:9).

Enquanto aguardava o resultado da carta e da missão de Tito, Paulo foi obrigado a deixar Éfeso. Viajou para Tróade (At 20:1; 2Co 2:13), onde esperava encontrar-se com Tito. Quando esse demorava, embarcou para Macedônia. Aí se encontrou com Tito (provavelmente em Filipos) e ouviu, com muita alegria, que os coríntios se submetiam.

Da Macedônia escreveu-lhes 2Co (em 57). Depois de uma visita às comunidades da Macedônia e, talvez, depois de uma viagem pela Ilíria (Rm 15:19), Paulo cumpriu a promessa já antiga de visitar Corinto (1Co 16:5), onde ficou três meses (At 20:3). Em Corinto Paulo escreveu Rm (fins de 57 ou princípios de 58), para preparar uma visita há muito planejada (At 29:21).

Para terminar essa viagem, Paulo queria viajar por mar a Síria, junto com os representantes das comunidades que haviam arrecadado dinheiro para os cristãos, mas, por causa de um atentado contra a sua vida, tramado pelos judeus, viajou por terra. Em Filipos, Lucas ajuntou-se a ele; em Tróade esperavam-no os companheiros de viagem. 

Em Tróade tomaram o navio para Mileto, onde Paulo mandou chamar os anciãos de Éfeso, para se despedir; pressentia que nunca mais os veria (At 20:1-38). Depois navegaram até Tiro, onde profetas tentaram convencer Paulo que não fosse a Jerusalém. Paulo, porém, continuou sua viagem até Ptolemaide e daí por terra até Cesaréia, onde durante vários dias foi hóspede de Filipe, um dos Sete (At 6:5). Um profeta da Judéia, Ágabo, predisse que em Jerusalém esperavam-no algemas e prisão, mas Paulo não se deixou deter (At 21:1-16).

                                                          

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