A restauração da nação de Israel descrita em Esdras e
Neemias perfaz um período de aproximadamente 100 anos.
Ela se deu de maneira gradual e processual – começou com a restauração
do altar, depois do templo, dos muros e por fim das portas.
O período de restauração deste povo foi precedido de um
período de cativeiro fora de suas terras, longe de sua possessão.
Toda a história do cativeiro babilônico começa com uma má
escolha. A escolha de um rei. Mesmo sendo aviados pelo profeta Samuel que a
partir do momento que tivessem um rei todo o seu trabalho, sua colheita e
rebanho seriam do rei, da casa real e de seu exército, optaram por ter um rei
da mesma forma que as nações vizinhas.
Com isso começaram a perceber que o seu
trabalho e suas colheitas eram insuficientes para a sobrevivência. A partir
daí, começaram a violar o ano sabático, pois nada do que plantavam ou adquiriam
era suficiente para atender as sua necessidades, as necessidades reais quanto a sua casa e seu
exército. Violar o ano sabático era mais do que deixar de dar descanso a terra.
Na verdade, o ano sabático era um tempo para se promover a justiça na terra.
Nesse tempo, era tempo de perdoar dívidas, prover as viúvas, velhos e órfãos e
devolver propriedades aos seus primeiros donos.
Por 490 anos negligenciaram esse mandamento de Deus e caíram
no pecado de iniquidade, pecado consciente, deliberado, voluntário, rejeitando
a instrução, a exortação, o amor e a misericórdia de Deus. Isso e culminou com
a punição do desterro, ou seja, foram desarraigados, desinstalados de sua
terra, por violarem a herança de Deus.
Aparentemente a vida na Babilônia não parecia tão ruim – eles
tinham os mesmos direitos e deveres que qualquer cidadão caldeu, babilônico
tinha, tinham até direito de culto, com uma única diferença – não podiam sair
da Babilônia. Eles tinham uma restrição quanto até onde poderiam ir. Seus
movimentos eram, de certa forma, limitados, restringidos.
O sentimento da alma desse povo é expresso no Salmo 137. Assim estava o coração
deles. Assim é o altar (alma, coração) de um cativo espiritual:
- Apatia coletiva – “Nós
nos assentávamos” – Estavam paralisados, sem motivação, passivos, sem
nenhuma ação ou reação
- Melancolia – “nós chorávamos” – Choro que se
traduz em impotência, falta de perspectiva, desesperança, era como um luto
coletivo.
- Nostalgia –
“lembrando-nos
de Sião”- Viviam das lembranças do passado, se alimentavam de memórias
passadas e não conseguiam olhar para o futuro, não havia visão de futuro.
- Incapazes de
adorar – Como cantaremos os cânticos
do Senhor em terra estranha?
Falta de perdão- A
primeira vez que olham para o futuro é pra desejarem a tragédia e a destruição
dos seus inimigos – Feliz aquele que te pagar o mal que nos fizeste
Vingança –
eles quere ver o mal dos edomitas que se regozijaram por seu cativeiro
Restaurando o
altar de Deus – chega o fim do cativeiro
Salmo 126
Estavam como os que sonham. Voltou o riso, os cânticos.
Quando há reconhecimento da nossa própria desgraça, da nossa
miséria, quando há arrependimento, confissão de pecados, mesmo aqueles pecados
de estimação, quando se libera perdão e a paz dá lugar ao sentimento de
vingança, vem então a restauração do altar de Deus
Salmo 124
Senão fora o Senhor, as águas teriam nos engolido, serviríamos
de presa aos nossos inimigos.
A nossa alma escapou como um pássaro escapa do laço do
passarinheiro. O nosso socorro está no nome do Senhor, criador do céus e da
terra.
Tenha um bom dia!!!
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