Pelo menos 40 pessoas foram mortas,
após um massacre brutal a uma comunidade cristã na Nigéria.
Homens armados (provavelmente membros
de tribos Fulani) invadiram
Godogodo no estado de Kaduna, Nigéria - um assentamento predominantemente
cristão - no último sábado (15). O incidente ocorreu após assassinatos
anteriores na mesma aldeia.
Além dos mortos e feridos neste
ataque recente, centenas de pessoas foram expulsas de suas casas e igrejas
também foram destruídas.
Moradores da aldeia disseram que o
massacre aconteceu pouco depois de alguns jornalistas terem passado por lá para
fazer uma matéria sobre um ataque com facões que havia matado oito pessoas no
final de setembro, segundo relatórios da agência cristã 'Morning Star News'.
Uma testemunha do ataque, Peter
Atangi, viu seus quatro filhos sendo mortos pelos Fulani [grupos de extremistas
islâmicos que perseguem cristãos na Nigéria].
"Eles vieram à noite, no sábado
[15 de outubro]. Invadiram nossas casas depois de atacar um posto de controle
militar. Eles usavam armas sofisticadas, além de facões, facas e paus. Assim que
eles chegaram, começaram a atirar indiscriminadamente e começamos a correr em
direções diferentes", disse ele.
"Eles atiraram e mataram meus
quatro filhos. Enquanto corríamos para salvar nossas vidas, eles também atearam
fogo em nossas casas. Muitos estão desabrigados agora", acrescentou.
O pastor Isaac Balason, da Igreja
Batista Nasara, em Godogodo, falou com a agência 'Morning Star News' pelo
telefone durante o momento ataque.
"Agora são 20:30 e o ataque está
acontecendo", disse ele. "Não temos certeza se vamos sobreviver a
isto. Por favor, estejam em oração conosco", pediu.
Solomon Musa, advogado e presidente
da União Popular do Sul de Kaduna, disse em uma conferência de imprensa na
última segunda-feira (17), que os residentes locais identificaram pelo menos 40
pessoas que morreram.
Ele disse: "A comunidade
Godogodo voltou a sofrer um ataque feroz, aterrador, brutal, selvagem e bárbaro
por parte dos pastores Fulani sem qualquer motivo aparente, no último sábado,
15 de outubro de 2016", disse ele. "Até agora, os moradores
conseguiram identificar pelo menos 40 corpos, além de vários outros cadáveres
queimados, o que dificulta o reconhecimento".
De acordo com Solomon quase todas as
casas da aldeia foram queimadas.
"A selvageria e barbárie do
ataque é inacreditável", disse ele. "No entanto, os governos federal
e estadual parecem permanecer tranquilos e evasivos. Fomos abandonados e
negligenciados".
Rev Thomas Akut, da Igreja Evangélica
'Winning All Good News', em Godogodo disse que o ataque expulsou todos os 245
membros de sua igreja.
"A maioria das aldeias ao redor
de Godogodo foram destruídas e milhares de cristãos foram expulsos de suas
casas", disse ele, observando que considera que este ataque é parte de uma
guerra islâmica contra os cristãos.
"Esta é uma jihad", disse
ele. "É uma guerra santa islâmica contra cristãos na parte sul do estado
de Kaduna".
A organização cristã 'World Watch
Monitor' relatou que mais de 300 pessoas - a maioria sendo cristãs - foram
mortas em ataques de pastores Fulani nos últimos cinco meses e mais de 5.000 pessoas
foram expulsas de suas aldeias.
Outro pastor nigeriano, Rev Agostinho
Akpen Lev, disse ao site da organização: "Este é outro jihadista, assim
como o Boko Haram no nordeste do país. Os terroristas transportam armas
sofisticadas, às vezes até usam armas químicas em nossas comunidades. Eles
atacam muitas vezes durante a noite, quando as pessoas estão dormindo. Eles
atacam pessoas indefesas e vão embora. Eles têm claramente um objetivo: Acabar
com a presença do cristianismo e assumir as terras".
Com informações do Christian Today
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