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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Valadão, Ferber e Brum sbem o morro
Saem os tiros dos traficantes e entra adoração profética no Rio
No lugar dos tiros, medos e insegurança, entrará um som profético que promete abalar as estruturas do Complexo do Morro do Alemão.
Nesta quarta-feira, dia 29, a pastora Ludmila Ferber, Fernanda Brum e Ana Paula Valadão confirmaram que participarão de um culto realizado pela PM e Bope no Morro.
Pelo twitter, Ana Paula disse que estará com pai ministrando pela Paz no Rio de Janeiro.
Ela estará ao lado das amigas pastoras profetizando um tempo de vida e esperança para os cariocas.
Desde o final de novembro o Rio de Janeiro vive uma nova fase após a ocupação do Estado no Complexo do Alemão.
O lugar antes tomado pelo tráfico vive um novo momento após a entrada da polícia que culminou na expulsão do bando.
Por Redação Creio.com
No lugar dos tiros, medos e insegurança, entrará um som profético que promete abalar as estruturas do Complexo do Morro do Alemão.
Nesta quarta-feira, dia 29, a pastora Ludmila Ferber, Fernanda Brum e Ana Paula Valadão confirmaram que participarão de um culto realizado pela PM e Bope no Morro.
Pelo twitter, Ana Paula disse que estará com pai ministrando pela Paz no Rio de Janeiro.
Ela estará ao lado das amigas pastoras profetizando um tempo de vida e esperança para os cariocas.
Desde o final de novembro o Rio de Janeiro vive uma nova fase após a ocupação do Estado no Complexo do Alemão.
O lugar antes tomado pelo tráfico vive um novo momento após a entrada da polícia que culminou na expulsão do bando.
Por Redação Creio.com
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Um menino nos nasceu!!!
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. ( Isaías 9:6)
Esta doutrina extraída do texto identifica o aspecto humano do Messias. Podemos sistematizar esta doutrina da seguinte forma:
a. Um menino nos nasceu
Em primeiro lugar, o menino sobre quem Isaías profetiza é o Messias, como o Targum interpreta. Muitos judeus afirmam que esta profecia se referia a Ezequias, o que é um erro, pois Ezequias não poderia ser apresentado como uma criança recém-nascida pois já possuía cerca de 12 anos de idade quando esta profecia foi proferida e cerca de 29 anos quanto Senaqueribe se levantou com seu exército contra ele, como observa Aben Ezra. Tampouco, como afirma John Gill, Ezequias não pode ser considerado o filho referido nesta passagem de maneira tão peculiar e incomum
Em segundo lugar, continua Gill, nem se pode dizer que Ezequias era a grande luz que brilhou sobre os habitantes da Galiléia, nem que seu nascimento foi de alegria tão grande como o nascimento do filho mencionado no texto, nem pode ser dito que o aumento do seu governo e a paz não teve fim (Is 9.7), vendo que o governo de Ezequias só contemplava as tribos de Benjamim e Judá, e seu reinado foi de vinte e nove anos, em grande parte com aflição, opressão e guerra
Em terceiro lugar, O filho retratado aqui e ainda no verso 7 do mesmo capítulo está em pleno acordo com o Messias e lhe é aplicado mesmo entre judeus. Esta profecia já cumprida respeita a humanidade, encarnação e nascimento que, mesmo usando tempos verbais no passado (“nasceu” e “deu”), se refere a um evento futuro. Isto foi dito cerca de 700 anos antes da vinda de Cristo, mas para Deus um dia é como mil anos e o uso do tempo passado não desqualifica pois a visão profética não é de cunho pessoal do profeta; antes, vem de Deus para ele e assim foi descrito
b. Um filho se nos deu
Não é só um menino. É um filho. Mesmo sendo seu Filho, seu próprio Filho, seu único Filho, seu amado Filho, Deus não O censurou, antes O enviou (Gl 4.4), nos deu (Jo 3.16). Como disse o apóstolo João, “porque Deus amou o mundo de tal maneira que nos deu seu Filho” para que por meio dele, única e exclusivamente pela graça e por meio da fé em Jesus, o homem alcançasse a vida eterna. Graças a Deus por nos ter dado seu filho. Não foi qualquer menino que nasceu, foi o Filho de Deus quem nos foi dado por meio de um nascimento virginal. E tamanho amor da parte de Deus por nós em nos dar seu Filho é incomparável, indescritível, imutável e irreversível
Doutrina 2: O governo de Cristo
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9.6)
Esta doutrina se refere ao governo de Cristo e serve como ligação entre o aspecto humano e o aspecto divino de Jesus. Em primeiro lugar, este governo possui um aspecto geral e um aspecto particular. O aspecto particular se refere ao governo de Cristo em seu reino, constituído pelos santos, eleitos de Deus, salvos por sua vida, ministério, morte e ressurreição. Digo vida porque o trabalho de Jesus em adquirir redenção para nós não se iniciou quando foi capturado, preso e levado ao Sumo Sacerdote onde foi escarnecido. Pelo contrário, começou desde seu nascimento e sua vida perfeita, sem pecado (Hb 4.15), possibilitou tão grande salvação. O aspecto geral se refere ao governo abrangente de Cristo que indica que ele tem poder para governar e sustentar todas as coisas. Ele é o Deus criador (Jo 1.1-3) e sustenta todas as coisas com seu poder (Hb 1.3). Ele tem poder para criar e para sustentar e nada foge ao seu controle
Em segundo lugar, o governo não somente está sobre os ombros de Cristo como ele também sustenta este governo. Cristo tem direitos incontestáveis de governo e não há dúvida de que ele governa com sabedoria e que os frutos de seu governo são evidentes. Seu governo será de paz (v.7) e esta não terá fim. Ele tem poder para suportar e sustentar o governo e não é vulnerável às dificuldades como foi Moisés. Para o povo judeu, ninguém foi superior a Moisés, mas diversas vezes vemos Moisés reclamar do fardo que lhe é dado diante de Deus. Cristo, pelo contrário, “quando ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Is 53.7). Cristo suportou a cruz diante da alegria que lhe estava proposta (Hb 12.2). Moisés, diante da alegria que lhe estava proposta de levar o povo a uma terra abençoada que mana leite e mel, se queixa a Deus pelo fardo que lhe foi dado (Nm 11.11,14). Cristo, ao contrário, se compadece de nossas fraquezas (Hb 4.15)
Doutrina 3: As características divinas de Cristo
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9.6)
Existe um caráter progressivo na profecia descrita nesta texto, com uma conclusão perfeita exaltando a magnitude do Messias. Ela começa falando do nascimento de um menino. Em seguida, segue dizendo que não é só um menino, mas sim um filho nos será dado. Não somente um filho, como se fosse qualquer filho, mas O Filho, qualificando o menino como alguém realmente especial, o único Filho de Deus. Não seria um menino como todos os filhos dos homens. Em seguida, sobre este filho, o texto nos diz que ele será rei e governará e será poderoso para sustentar seu governo e isso pode-se entender através da expressão “sobre seus ombros” dando a entender que o Messias tem poder para sustentar tal governo. Além disso, Ele não usará do medo, crueldade, desonestidade, injustiça, aflição e perseguição para governar pois seu governo será de paz e será firmado em justiça para sempre (v.7).
Para aqueles que questionam que este “um filho” é realmente “o filho”, é nítido que o texto não poderia estar se referindo a qualquer filho, haja vista o caráter eterno do reinado. No verso 7, como continuidade da profecia do verso 6, lemos que “do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre.” Será um governo eterno e sem fim e isso não pode ser contemplado por nenhum homem, pois todos os homens morrem, sem exceção alguma. Essa característica do reino de Cristo é conclusiva e eliminatória. Ela é conclusiva no sentido que define o reinado como divino devido à sua eternidade e eliminatório pois todos os homens morrem, o reinando finda e é transferido para outro herdeiro
Para entender melhor esta doutrina sobre as características divinas de Jesus, é importante analisar em que aspectos esses nomes aqui atribuídos também se relacionam a Deus de forma especial e única, colocando Deus Pai e Deus Filho, Jesus Cristo, no mesmo patamar de igualdade em termos de divindade:
Em primeiro lugar, Isaías diz algo mais sobre este menino, Filho e Rei. Ele nos diz como ele será chamado de uma forma especial e diferenciado dos outros meninos, filhos e reis. Entramos aqui na esfera da divindade deste menino, deste Filho e deste Rei. O seu nome também será chamado, Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. O seu “nome”, não como um nome qualquer, mas como um nome de alguém que possui uma posição de honra. Por isso também é apropriada a tradução de “se chamará” como “será proclamado” dando força à posição de honra do seu nome.
Em segundo lugar, eis as formas como ele será chamado ou proclamado:
a. Maravilhoso, Conselheiro (ou Maravilhoso Conselheiro).
Alguns comentários fazem referência a Maravilhoso e Conselheiro como uma atribuição única, ou seja, Maravilhoso Conselheiro. O Targum, por exemplo, comenta no sentido de “maravilhoso em conselho” o que está em perfeito acordo com Isaías 28.29. Neste caso, comparando Isaías 9.6 com Isaías 28.29, vemos que o profeta classifica o Messias no capítulo 9 verso 6 da mesma maneira que classifica o Deus Jeová no capítulo 28 verso 29, nivelando Jesus, o Messias, e Deus Jeová, o Deus Pai, no mesmo patamar. Deus Jeová é maravilhoso em conselho, ou maravilhoso conselheiro, e assim também é Jesus, o Messias, sem qualquer distinção neste aspecto. E este é um aspecto interessante, pois ninguém jamais deu conselhos a Deus como também não encontramos, no Novo Testamento, ninguém aconselhando a Jesus.
Cristo, Deus Filho, e Jeová, Deus Pai, estavam juntos no princípio e por eles foram criadas todas as coisas (Jo 1.1-3). Eles, em conselho, decidiram criar o homem (Gn 1.26) como também estavam juntos em questões da providência (Gn 11.7). Além disso, este título de Maravilhoso Conselheiro também se aplica no relacionamento entre Cristo e seu povo, os crentes em todas as nações. A função de Maravilhoso Conselheiro está em harmonia com sua função sacerdotal e sendo nosso Sumo Sacerdote, Cristo olha para nossas fraquezas, se compadece delas e nos orienta sempre que precisamos. Por isso, diz o autor de Hebreus, que devemos chegar com confiança ao trono da graça (onde Jesus, o Rei está) para que possamos ser orientados por Jesus, o Sumo Sacerdote, e achar graça e misericórdia em momento oportuno (Hb 4.15,16) através de seu maravilhoso conselho. Observe os dois ofícios de Jesus operando em harmonia como profetizado em Zacarias 6.13.
b. Deus Forte.
Esta atribuição é chave na confirmação da divindade do Messias, divindade tal como a do Deus Jeová, qualitativamente. A palavra hebraica usada aqui é אל (lê-se ‘el) que é atribuída a Deus Jeová no Antigo Testamento dezenas de vezes.
Por exemplo, quando Abraão sai para libertar Ló e retorna, Melquisedeque, rei de Salém, vai ao encontro dele e o abençoa dizendo: “E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo (אל), o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo (אל), que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo” (Gn 14.19,20). A palavra usada por Melquisedeque aqui se referindo ao Deus Altíssimo é a mesma palavra usada por Isaías para dizer que o Messias, Jesus, é Deus Forte. E isso tem grande significado pois classifica o Messias da mesma forma que Jeová é classificado: Deus Altíssimo. Na perspectiva do profeta na há distinção e na perspectiva do Espírito de Deus, que guiou o profeta, também não há distinção. E isso é teologicamente conclusivo porque nenhum profeta das Escrituras produziu sua própria profecia através de sua própria observação e racionalização, como disse o apóstolo em 2 Pedro 1.20,21, “(…) nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. Como embaixadores de Deus os profetas transmitiram fielmente o que Deus havia lhes ordenado para transmitir. E, como disse o apóstolo, foram “inspirados pelo Espírito Santo” e isso se aplica ao texto em questão. Para o Espírito de Deus, o Deus Filho e tão Deus quando Jeová, Deus Pai; o Espírito chama o Filho de Deus Forte, Deus Altíssimo.
Em outra ocasião, no Salmo 22, um salmo tipicamente messiânico, no verso 1 lemos: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Estas foram uma das frases de Jesus na cruz. O que está acontecendo aqui? Jesus se volta para Deus, o Pai, carregando o fardo dos pecados daqueles que Deus Pai o deu, e diz: “Deus meu, porque me desamparaste”? E quando Isaías usa o mesmo termo para se referir ao Messias, ele está dizendo que o Messias, o Filho, é tão Deus Altíssimo quanto Jeová, o Pai. O Espírito de Deus, por meio de Isaías, atribuiu ao Messias em Isaías 9.6 o mesmo nome que Jesus chamaria o Deus Pai (e chamou) enquanto agonizava na cruz antes de morrer.
Além desses dois exemplos, vários textos podem ser relatados usando a mesma palavra se referindo ao Deus Jeová, mostrando que a forma que Isaías usa para qualificar o Messias como Deus é a mesma forma que vários outros autores usaram para qualificar o Deus Jeová, e o livro de Salmos é rico no uso desta palavra:
“Porque tu não és um Deus(אל) que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal.” Salmos 5.4
“Diz em seu coração: Deus(אל) esqueceu-se, cobriu o seu rosto, e nunca isto verá. Levanta-te, SENHOR. O Deus(אל), levanta a tua mão; não te esqueças dos humildes.” Salmos 10.11,12
“Guarda-me, ó Deus(אל), porque em ti confio.” Salmos 16.1
“A voz do SENHOR ouve-se sobre as suas águas; o Deus(אל)da glória troveja; o SENHOR está sobre as muitas águas.” Salmos 29.3
“Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, SENHOR Deus(אל) da verdade.” Salmos 31.5
Deste modo, por mais que na mente de alguns pensadores, tal equivalência não exista, para uma mente judaica do Antigo Testamento, para o Espírito de Deus e para as Escrituras como um todo, tal equivalência é tão clara quanto o sol do meio-dia.
c. Pai da Eternidade.
O texto em Hebraico não traz consigo a palavra “Pai”. Literalmente, a tradução deveria ser “Eterno”. Este atributo reforça o anterior; lhe da mais vigor, apesar do anterior ser suficiente. Assim como Deus Jeová, Jesus também é eterno. Não houve um ponto na história em que foi criado. Novamente, Cristo não passou a existir depois de sua manifestação em carne. Somente algo que já existe pode ser manifestado e Cristo é tão eterno como Deus Jeová. Tanto Deus Jeová (o Pai), quanto Jesus (o Filho) e o Espírito são eternos e não há início para nenhum deles. Sempre existiram. Esta não é uma questão fácil para aqueles que ainda estão mortos em seus delitos e pecados porque na verdade é uma questão de fé e este tipo de fé, que leva o homem a olhar para Deus e crer que ele existe, crer em seu Filho, não é inerente ao próprio homem. Antes, ela possui um autor e um consumador, como diz o autor de Hebreus: “Jesus, o autor e consumador da nossa fé.” A fé salvadora possui um autor e um consumador. Ela não nasce com o homem e, portanto não é inerente ao próprio homem nem pode ser desenvolvida pelo homem natural.
O texto também nos diz que Jesus é Pai. Jesus é Pai da Eternidade, mas não é Deus, o Pai, em pessoa. Este ponto demanda esclarecimento. O filho é como o Pai, em termos de divindade, mas não é o Pai como pessoa. Seu o Filho fosse o Pai, isso geraria um sério problema teológico com as palavras de Jesus na crucificação, pois Ele clama pelo Deus Pai como se estivesse sozinho ali no Gólgota, e estava. Dizer que Cristo é o Deus Pai seria o mesmo que dizer que Deus Pai foi crucificado com Cristo, o que é um absurdo e as Escrituras nos dizem que foi Cristo quem foi crucificado e não Deus, o Pai (Fp 2.8). Cristo clama pelo Pai (Mt 26.46, Mc 15.34), logo o Pai não pode estar com Cristo ali. Só existe um pai na divindade. Cristo e o Pai são um (Jo 10.30), mas mesmo assim são distintos. É um em termos de divindade, mas são pessoas diferentes com atribuições diferentes dentro da mesma divindade. Cristo, durante sua vida terrena, várias vezes chamou pelo Pai, orou com ele, é nosso advogado, nosso Sumo Sacerdote e intercede a Deus Pai por nós.
O auto de Hebreus nos diz que Cristo é a expressão exata do ser de Deus (Hb 1.3) e como disse William Hendriksen com indiscutível clareza, “o Filho é a perfeita representação do ser de Deus, isto é, Deus imprimiu em seu Filho a forma divina de seu ser. A palavra traduzida como “expressão exata” refere-se a moedas cunhadas que levam a imagem de um soberano ou presidente. Refere-se a uma reprodução precisa do original. O Filho, então, é completamente o mesmo em seu ser como o Pai. No entanto, ainda que uma impressão seja o mesmo que o tipo que faz a impressão, ambos existem separadamente. O Filho, que tem “a mesma marca” da natureza de Deus, não é o Pai, mas procede do Pai e tem uma existência separada. Mas, aquele que vê o Filho, vê o Pai, como Jesus explicou a Felipe (Jo 14.9)
d. Príncipe da paz.
Um governo de paz, este é um dos aspectos do governo de Cristo. Como diz Isaías no verso 7, “do aumento deste principado e da paz não haverá fim”. Um governo eterno e de paz eterna. Ele é chamado de Príncipe em outras partes das Escrituras como em Atos 3.15, “e matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas”, se referindo a Jesus. Príncipe da vida porque é autor da vida. Algumas traduções trazem Atos 3.15 como “Autor da vida”. Ser príncipe se refere não somente a uma posição de governo e poder, como também à posição de autor. Príncipe da paz, autor da Paz. Príncipe da vida, autor da vida. À parte de Jesus, não há vida, pois ele é a vida (Jo 14.6). À parte de Cristo, homens, mulheres e crianças estão mortos, como disse alguém certa vez, “os homens nascem mortos”.
Cristo é Príncipe da paz em dois sentidos. O primeiro e mais importante é que ele sela paz entre o homem pecador e Deus. As Escrituras nos dizem que do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens (Rm 1.18) como também nos diz que a inclinação da carne é inimizade contra Deus (Rm 8.5). Nós, que um dia andávamos segundo o curso deste mundo, fazendo a vontade da carne e andando em desobediência plena e contínua diante de Deus (Ef 2.1-3), hoje temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1)! Cristo é nossa paz (Ef 2.14)
Em segundo lugar, Cristo é o Príncipe da paz pois ele remove a barreira de inimizade entre judeus e gentios. Paulo diz aos Efésios que eles, gentios, andavam longe, mas em Cristo Jesus, chegaram perto; e isso também se aplica a nós. Não há mais barreira de separação e em Cristo não há judeu nem grego (Ef 2.14, Gl 3.28). Ambos encerrados na mesma graça salvadora, no mesmo Evangelho, pertencentes ao mesmo Senhor, possuindo um só Espírito, participantes de uma só fé e um só batismo (Ef 4.4,5). Ele é a nossa paz (Ef 2.14)! Não há mais lei cerimonial para perdão e purificação de pecados restringida a um único povo e nação. Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho e por meio dele a salvação e purificação de pecados alcança judeus e gentios, não porque Cristo anula a lei cerimonial (como diz o apóstolo em Rm 3.31, “anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei”), pelo contrário, Cristo cumpre a lei cerimonial de forma perfeita e final, de uma vez por todas, alcançando para judeus e gentios, para todos aqueles que crêem, eterna redenção, fazendo de todos os crentes, independente de raça, cultura ou nação, um só povo. Ele é capaz de fazer um descendente de Ismael e um descendente de Isaque amigos e irmãos. Ele faz com que Pedro se achegue a Cornélio, um gentio. E é Pedro quem, nesta ocasião, reconhece “que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos)” (At 10.34-36). Deus selou a paz conosco por meio de Cristo, que é capaz de trazer para dentro do mesmo aprisco, judeus e gentios. Cristo é o verdadeiro Príncipe da paz e isto é diariamente provado por todos aqueles que participam do seu reino, a saber, todos aqueles que crêem no seu nome.
Por Marcelo Castro
Esta doutrina extraída do texto identifica o aspecto humano do Messias. Podemos sistematizar esta doutrina da seguinte forma:
a. Um menino nos nasceu
Em primeiro lugar, o menino sobre quem Isaías profetiza é o Messias, como o Targum interpreta. Muitos judeus afirmam que esta profecia se referia a Ezequias, o que é um erro, pois Ezequias não poderia ser apresentado como uma criança recém-nascida pois já possuía cerca de 12 anos de idade quando esta profecia foi proferida e cerca de 29 anos quanto Senaqueribe se levantou com seu exército contra ele, como observa Aben Ezra. Tampouco, como afirma John Gill, Ezequias não pode ser considerado o filho referido nesta passagem de maneira tão peculiar e incomum
Em segundo lugar, continua Gill, nem se pode dizer que Ezequias era a grande luz que brilhou sobre os habitantes da Galiléia, nem que seu nascimento foi de alegria tão grande como o nascimento do filho mencionado no texto, nem pode ser dito que o aumento do seu governo e a paz não teve fim (Is 9.7), vendo que o governo de Ezequias só contemplava as tribos de Benjamim e Judá, e seu reinado foi de vinte e nove anos, em grande parte com aflição, opressão e guerra
Em terceiro lugar, O filho retratado aqui e ainda no verso 7 do mesmo capítulo está em pleno acordo com o Messias e lhe é aplicado mesmo entre judeus. Esta profecia já cumprida respeita a humanidade, encarnação e nascimento que, mesmo usando tempos verbais no passado (“nasceu” e “deu”), se refere a um evento futuro. Isto foi dito cerca de 700 anos antes da vinda de Cristo, mas para Deus um dia é como mil anos e o uso do tempo passado não desqualifica pois a visão profética não é de cunho pessoal do profeta; antes, vem de Deus para ele e assim foi descrito
b. Um filho se nos deu
Não é só um menino. É um filho. Mesmo sendo seu Filho, seu próprio Filho, seu único Filho, seu amado Filho, Deus não O censurou, antes O enviou (Gl 4.4), nos deu (Jo 3.16). Como disse o apóstolo João, “porque Deus amou o mundo de tal maneira que nos deu seu Filho” para que por meio dele, única e exclusivamente pela graça e por meio da fé em Jesus, o homem alcançasse a vida eterna. Graças a Deus por nos ter dado seu filho. Não foi qualquer menino que nasceu, foi o Filho de Deus quem nos foi dado por meio de um nascimento virginal. E tamanho amor da parte de Deus por nós em nos dar seu Filho é incomparável, indescritível, imutável e irreversível
Doutrina 2: O governo de Cristo
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9.6)
Esta doutrina se refere ao governo de Cristo e serve como ligação entre o aspecto humano e o aspecto divino de Jesus. Em primeiro lugar, este governo possui um aspecto geral e um aspecto particular. O aspecto particular se refere ao governo de Cristo em seu reino, constituído pelos santos, eleitos de Deus, salvos por sua vida, ministério, morte e ressurreição. Digo vida porque o trabalho de Jesus em adquirir redenção para nós não se iniciou quando foi capturado, preso e levado ao Sumo Sacerdote onde foi escarnecido. Pelo contrário, começou desde seu nascimento e sua vida perfeita, sem pecado (Hb 4.15), possibilitou tão grande salvação. O aspecto geral se refere ao governo abrangente de Cristo que indica que ele tem poder para governar e sustentar todas as coisas. Ele é o Deus criador (Jo 1.1-3) e sustenta todas as coisas com seu poder (Hb 1.3). Ele tem poder para criar e para sustentar e nada foge ao seu controle
Em segundo lugar, o governo não somente está sobre os ombros de Cristo como ele também sustenta este governo. Cristo tem direitos incontestáveis de governo e não há dúvida de que ele governa com sabedoria e que os frutos de seu governo são evidentes. Seu governo será de paz (v.7) e esta não terá fim. Ele tem poder para suportar e sustentar o governo e não é vulnerável às dificuldades como foi Moisés. Para o povo judeu, ninguém foi superior a Moisés, mas diversas vezes vemos Moisés reclamar do fardo que lhe é dado diante de Deus. Cristo, pelo contrário, “quando ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca” (Is 53.7). Cristo suportou a cruz diante da alegria que lhe estava proposta (Hb 12.2). Moisés, diante da alegria que lhe estava proposta de levar o povo a uma terra abençoada que mana leite e mel, se queixa a Deus pelo fardo que lhe foi dado (Nm 11.11,14). Cristo, ao contrário, se compadece de nossas fraquezas (Hb 4.15)
Doutrina 3: As características divinas de Cristo
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9.6)
Existe um caráter progressivo na profecia descrita nesta texto, com uma conclusão perfeita exaltando a magnitude do Messias. Ela começa falando do nascimento de um menino. Em seguida, segue dizendo que não é só um menino, mas sim um filho nos será dado. Não somente um filho, como se fosse qualquer filho, mas O Filho, qualificando o menino como alguém realmente especial, o único Filho de Deus. Não seria um menino como todos os filhos dos homens. Em seguida, sobre este filho, o texto nos diz que ele será rei e governará e será poderoso para sustentar seu governo e isso pode-se entender através da expressão “sobre seus ombros” dando a entender que o Messias tem poder para sustentar tal governo. Além disso, Ele não usará do medo, crueldade, desonestidade, injustiça, aflição e perseguição para governar pois seu governo será de paz e será firmado em justiça para sempre (v.7).
Para aqueles que questionam que este “um filho” é realmente “o filho”, é nítido que o texto não poderia estar se referindo a qualquer filho, haja vista o caráter eterno do reinado. No verso 7, como continuidade da profecia do verso 6, lemos que “do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre.” Será um governo eterno e sem fim e isso não pode ser contemplado por nenhum homem, pois todos os homens morrem, sem exceção alguma. Essa característica do reino de Cristo é conclusiva e eliminatória. Ela é conclusiva no sentido que define o reinado como divino devido à sua eternidade e eliminatório pois todos os homens morrem, o reinando finda e é transferido para outro herdeiro
Para entender melhor esta doutrina sobre as características divinas de Jesus, é importante analisar em que aspectos esses nomes aqui atribuídos também se relacionam a Deus de forma especial e única, colocando Deus Pai e Deus Filho, Jesus Cristo, no mesmo patamar de igualdade em termos de divindade:
Em primeiro lugar, Isaías diz algo mais sobre este menino, Filho e Rei. Ele nos diz como ele será chamado de uma forma especial e diferenciado dos outros meninos, filhos e reis. Entramos aqui na esfera da divindade deste menino, deste Filho e deste Rei. O seu nome também será chamado, Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz. O seu “nome”, não como um nome qualquer, mas como um nome de alguém que possui uma posição de honra. Por isso também é apropriada a tradução de “se chamará” como “será proclamado” dando força à posição de honra do seu nome.
Em segundo lugar, eis as formas como ele será chamado ou proclamado:
a. Maravilhoso, Conselheiro (ou Maravilhoso Conselheiro).
Alguns comentários fazem referência a Maravilhoso e Conselheiro como uma atribuição única, ou seja, Maravilhoso Conselheiro. O Targum, por exemplo, comenta no sentido de “maravilhoso em conselho” o que está em perfeito acordo com Isaías 28.29. Neste caso, comparando Isaías 9.6 com Isaías 28.29, vemos que o profeta classifica o Messias no capítulo 9 verso 6 da mesma maneira que classifica o Deus Jeová no capítulo 28 verso 29, nivelando Jesus, o Messias, e Deus Jeová, o Deus Pai, no mesmo patamar. Deus Jeová é maravilhoso em conselho, ou maravilhoso conselheiro, e assim também é Jesus, o Messias, sem qualquer distinção neste aspecto. E este é um aspecto interessante, pois ninguém jamais deu conselhos a Deus como também não encontramos, no Novo Testamento, ninguém aconselhando a Jesus.
Cristo, Deus Filho, e Jeová, Deus Pai, estavam juntos no princípio e por eles foram criadas todas as coisas (Jo 1.1-3). Eles, em conselho, decidiram criar o homem (Gn 1.26) como também estavam juntos em questões da providência (Gn 11.7). Além disso, este título de Maravilhoso Conselheiro também se aplica no relacionamento entre Cristo e seu povo, os crentes em todas as nações. A função de Maravilhoso Conselheiro está em harmonia com sua função sacerdotal e sendo nosso Sumo Sacerdote, Cristo olha para nossas fraquezas, se compadece delas e nos orienta sempre que precisamos. Por isso, diz o autor de Hebreus, que devemos chegar com confiança ao trono da graça (onde Jesus, o Rei está) para que possamos ser orientados por Jesus, o Sumo Sacerdote, e achar graça e misericórdia em momento oportuno (Hb 4.15,16) através de seu maravilhoso conselho. Observe os dois ofícios de Jesus operando em harmonia como profetizado em Zacarias 6.13.
b. Deus Forte.
Esta atribuição é chave na confirmação da divindade do Messias, divindade tal como a do Deus Jeová, qualitativamente. A palavra hebraica usada aqui é אל (lê-se ‘el) que é atribuída a Deus Jeová no Antigo Testamento dezenas de vezes.
Por exemplo, quando Abraão sai para libertar Ló e retorna, Melquisedeque, rei de Salém, vai ao encontro dele e o abençoa dizendo: “E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo (אל), o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo (אל), que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo” (Gn 14.19,20). A palavra usada por Melquisedeque aqui se referindo ao Deus Altíssimo é a mesma palavra usada por Isaías para dizer que o Messias, Jesus, é Deus Forte. E isso tem grande significado pois classifica o Messias da mesma forma que Jeová é classificado: Deus Altíssimo. Na perspectiva do profeta na há distinção e na perspectiva do Espírito de Deus, que guiou o profeta, também não há distinção. E isso é teologicamente conclusivo porque nenhum profeta das Escrituras produziu sua própria profecia através de sua própria observação e racionalização, como disse o apóstolo em 2 Pedro 1.20,21, “(…) nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. Como embaixadores de Deus os profetas transmitiram fielmente o que Deus havia lhes ordenado para transmitir. E, como disse o apóstolo, foram “inspirados pelo Espírito Santo” e isso se aplica ao texto em questão. Para o Espírito de Deus, o Deus Filho e tão Deus quando Jeová, Deus Pai; o Espírito chama o Filho de Deus Forte, Deus Altíssimo.
Em outra ocasião, no Salmo 22, um salmo tipicamente messiânico, no verso 1 lemos: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Estas foram uma das frases de Jesus na cruz. O que está acontecendo aqui? Jesus se volta para Deus, o Pai, carregando o fardo dos pecados daqueles que Deus Pai o deu, e diz: “Deus meu, porque me desamparaste”? E quando Isaías usa o mesmo termo para se referir ao Messias, ele está dizendo que o Messias, o Filho, é tão Deus Altíssimo quanto Jeová, o Pai. O Espírito de Deus, por meio de Isaías, atribuiu ao Messias em Isaías 9.6 o mesmo nome que Jesus chamaria o Deus Pai (e chamou) enquanto agonizava na cruz antes de morrer.
Além desses dois exemplos, vários textos podem ser relatados usando a mesma palavra se referindo ao Deus Jeová, mostrando que a forma que Isaías usa para qualificar o Messias como Deus é a mesma forma que vários outros autores usaram para qualificar o Deus Jeová, e o livro de Salmos é rico no uso desta palavra:
“Porque tu não és um Deus(אל) que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal.” Salmos 5.4
“Diz em seu coração: Deus(אל) esqueceu-se, cobriu o seu rosto, e nunca isto verá. Levanta-te, SENHOR. O Deus(אל), levanta a tua mão; não te esqueças dos humildes.” Salmos 10.11,12
“Guarda-me, ó Deus(אל), porque em ti confio.” Salmos 16.1
“A voz do SENHOR ouve-se sobre as suas águas; o Deus(אל)da glória troveja; o SENHOR está sobre as muitas águas.” Salmos 29.3
“Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, SENHOR Deus(אל) da verdade.” Salmos 31.5
Deste modo, por mais que na mente de alguns pensadores, tal equivalência não exista, para uma mente judaica do Antigo Testamento, para o Espírito de Deus e para as Escrituras como um todo, tal equivalência é tão clara quanto o sol do meio-dia.
c. Pai da Eternidade.
O texto em Hebraico não traz consigo a palavra “Pai”. Literalmente, a tradução deveria ser “Eterno”. Este atributo reforça o anterior; lhe da mais vigor, apesar do anterior ser suficiente. Assim como Deus Jeová, Jesus também é eterno. Não houve um ponto na história em que foi criado. Novamente, Cristo não passou a existir depois de sua manifestação em carne. Somente algo que já existe pode ser manifestado e Cristo é tão eterno como Deus Jeová. Tanto Deus Jeová (o Pai), quanto Jesus (o Filho) e o Espírito são eternos e não há início para nenhum deles. Sempre existiram. Esta não é uma questão fácil para aqueles que ainda estão mortos em seus delitos e pecados porque na verdade é uma questão de fé e este tipo de fé, que leva o homem a olhar para Deus e crer que ele existe, crer em seu Filho, não é inerente ao próprio homem. Antes, ela possui um autor e um consumador, como diz o autor de Hebreus: “Jesus, o autor e consumador da nossa fé.” A fé salvadora possui um autor e um consumador. Ela não nasce com o homem e, portanto não é inerente ao próprio homem nem pode ser desenvolvida pelo homem natural.
O texto também nos diz que Jesus é Pai. Jesus é Pai da Eternidade, mas não é Deus, o Pai, em pessoa. Este ponto demanda esclarecimento. O filho é como o Pai, em termos de divindade, mas não é o Pai como pessoa. Seu o Filho fosse o Pai, isso geraria um sério problema teológico com as palavras de Jesus na crucificação, pois Ele clama pelo Deus Pai como se estivesse sozinho ali no Gólgota, e estava. Dizer que Cristo é o Deus Pai seria o mesmo que dizer que Deus Pai foi crucificado com Cristo, o que é um absurdo e as Escrituras nos dizem que foi Cristo quem foi crucificado e não Deus, o Pai (Fp 2.8). Cristo clama pelo Pai (Mt 26.46, Mc 15.34), logo o Pai não pode estar com Cristo ali. Só existe um pai na divindade. Cristo e o Pai são um (Jo 10.30), mas mesmo assim são distintos. É um em termos de divindade, mas são pessoas diferentes com atribuições diferentes dentro da mesma divindade. Cristo, durante sua vida terrena, várias vezes chamou pelo Pai, orou com ele, é nosso advogado, nosso Sumo Sacerdote e intercede a Deus Pai por nós.
O auto de Hebreus nos diz que Cristo é a expressão exata do ser de Deus (Hb 1.3) e como disse William Hendriksen com indiscutível clareza, “o Filho é a perfeita representação do ser de Deus, isto é, Deus imprimiu em seu Filho a forma divina de seu ser. A palavra traduzida como “expressão exata” refere-se a moedas cunhadas que levam a imagem de um soberano ou presidente. Refere-se a uma reprodução precisa do original. O Filho, então, é completamente o mesmo em seu ser como o Pai. No entanto, ainda que uma impressão seja o mesmo que o tipo que faz a impressão, ambos existem separadamente. O Filho, que tem “a mesma marca” da natureza de Deus, não é o Pai, mas procede do Pai e tem uma existência separada. Mas, aquele que vê o Filho, vê o Pai, como Jesus explicou a Felipe (Jo 14.9)
d. Príncipe da paz.
Um governo de paz, este é um dos aspectos do governo de Cristo. Como diz Isaías no verso 7, “do aumento deste principado e da paz não haverá fim”. Um governo eterno e de paz eterna. Ele é chamado de Príncipe em outras partes das Escrituras como em Atos 3.15, “e matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas”, se referindo a Jesus. Príncipe da vida porque é autor da vida. Algumas traduções trazem Atos 3.15 como “Autor da vida”. Ser príncipe se refere não somente a uma posição de governo e poder, como também à posição de autor. Príncipe da paz, autor da Paz. Príncipe da vida, autor da vida. À parte de Jesus, não há vida, pois ele é a vida (Jo 14.6). À parte de Cristo, homens, mulheres e crianças estão mortos, como disse alguém certa vez, “os homens nascem mortos”.
Cristo é Príncipe da paz em dois sentidos. O primeiro e mais importante é que ele sela paz entre o homem pecador e Deus. As Escrituras nos dizem que do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens (Rm 1.18) como também nos diz que a inclinação da carne é inimizade contra Deus (Rm 8.5). Nós, que um dia andávamos segundo o curso deste mundo, fazendo a vontade da carne e andando em desobediência plena e contínua diante de Deus (Ef 2.1-3), hoje temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1)! Cristo é nossa paz (Ef 2.14)
Em segundo lugar, Cristo é o Príncipe da paz pois ele remove a barreira de inimizade entre judeus e gentios. Paulo diz aos Efésios que eles, gentios, andavam longe, mas em Cristo Jesus, chegaram perto; e isso também se aplica a nós. Não há mais barreira de separação e em Cristo não há judeu nem grego (Ef 2.14, Gl 3.28). Ambos encerrados na mesma graça salvadora, no mesmo Evangelho, pertencentes ao mesmo Senhor, possuindo um só Espírito, participantes de uma só fé e um só batismo (Ef 4.4,5). Ele é a nossa paz (Ef 2.14)! Não há mais lei cerimonial para perdão e purificação de pecados restringida a um único povo e nação. Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho e por meio dele a salvação e purificação de pecados alcança judeus e gentios, não porque Cristo anula a lei cerimonial (como diz o apóstolo em Rm 3.31, “anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei”), pelo contrário, Cristo cumpre a lei cerimonial de forma perfeita e final, de uma vez por todas, alcançando para judeus e gentios, para todos aqueles que crêem, eterna redenção, fazendo de todos os crentes, independente de raça, cultura ou nação, um só povo. Ele é capaz de fazer um descendente de Ismael e um descendente de Isaque amigos e irmãos. Ele faz com que Pedro se achegue a Cornélio, um gentio. E é Pedro quem, nesta ocasião, reconhece “que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo. A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos)” (At 10.34-36). Deus selou a paz conosco por meio de Cristo, que é capaz de trazer para dentro do mesmo aprisco, judeus e gentios. Cristo é o verdadeiro Príncipe da paz e isto é diariamente provado por todos aqueles que participam do seu reino, a saber, todos aqueles que crêem no seu nome.
Por Marcelo Castro
O tempo
Rasgai o vosso coração...
Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes - Joel 2.13
O rasgar de vestes e outros sinais exteriores de emoção religiosa podem ser manifestados com facilidade e, freqüente-mente, são hipócritas. Sentir o verdadeiro arrependimento é muito mais difícil e, conseqüentemente, muito menos comum. Os homens atenderão às mais diversas e minuciosas normas de cerimônias religiosas que são agradáveis à carne. Mas a verdadeira fé é bastante humilhante, perscrutadora e completa, e não atrai o gosto carnal dos homens. Alguns preferem algo mais ostentoso, superficial e mundano.
Os ouvidos e olhos são satisfeitos, a presunção é alimentada, e a justiça própria é enaltecida. Todavia, eles estão enganados, porque, na hora da morte e no Dia do Juízo, a alma necessita de algo mais substancial do que cerimônias e rituais em que possa confiar. Oferecida sem um coração sincero, toda forma de adoração é um fingimento e uma zombaria descarada da majestade no céu. O rasgar do coração é uma obra realizada por Deus e experimentada com solenidade. E uma tristeza secreta experimentada pessoalmente, não como um ritual, e sim como uma obra profunda e constrangedora da alma, por parte do Espírito Santo, no coração de todo crente.
Não é uma questão para ser meramente discutida e crida, mas para ser aguda e sensitivamente experimentada em cada filho do Deus vivo. O rasgar do coração é poderosamente humilhan¬te e completamente purificador do pecado; mas, depois, é doce¬mente preparatório para as consolações graciosas que espíritos orgulhosos não podem receber. É distintamente característico, pois pertence aos eleitos de Deus, e para os tais apenas. O ver¬sículo de hoje nos ordena a rasgar o coração, mas ele natural¬mente é tão duro quanto o mármore.
Como, então, podemos fazer isto? Temos de levar nosso coração até ao Calvário. A voz de um Salvador quase morto rasgou as rochas naquela ocasião e continua tão poderosa agora como o foi naquele dia. O bendito Espírito Santo, faze-nos ouvir os clamores de morte do Senhor Jesus, e nosso coração será rasgado, à semelhança de homens que rasgavam suas vestes no dia de lamentação.
C. H Spurgeon
O rasgar de vestes e outros sinais exteriores de emoção religiosa podem ser manifestados com facilidade e, freqüente-mente, são hipócritas. Sentir o verdadeiro arrependimento é muito mais difícil e, conseqüentemente, muito menos comum. Os homens atenderão às mais diversas e minuciosas normas de cerimônias religiosas que são agradáveis à carne. Mas a verdadeira fé é bastante humilhante, perscrutadora e completa, e não atrai o gosto carnal dos homens. Alguns preferem algo mais ostentoso, superficial e mundano.
Os ouvidos e olhos são satisfeitos, a presunção é alimentada, e a justiça própria é enaltecida. Todavia, eles estão enganados, porque, na hora da morte e no Dia do Juízo, a alma necessita de algo mais substancial do que cerimônias e rituais em que possa confiar. Oferecida sem um coração sincero, toda forma de adoração é um fingimento e uma zombaria descarada da majestade no céu. O rasgar do coração é uma obra realizada por Deus e experimentada com solenidade. E uma tristeza secreta experimentada pessoalmente, não como um ritual, e sim como uma obra profunda e constrangedora da alma, por parte do Espírito Santo, no coração de todo crente.
Não é uma questão para ser meramente discutida e crida, mas para ser aguda e sensitivamente experimentada em cada filho do Deus vivo. O rasgar do coração é poderosamente humilhan¬te e completamente purificador do pecado; mas, depois, é doce¬mente preparatório para as consolações graciosas que espíritos orgulhosos não podem receber. É distintamente característico, pois pertence aos eleitos de Deus, e para os tais apenas. O ver¬sículo de hoje nos ordena a rasgar o coração, mas ele natural¬mente é tão duro quanto o mármore.
Como, então, podemos fazer isto? Temos de levar nosso coração até ao Calvário. A voz de um Salvador quase morto rasgou as rochas naquela ocasião e continua tão poderosa agora como o foi naquele dia. O bendito Espírito Santo, faze-nos ouvir os clamores de morte do Senhor Jesus, e nosso coração será rasgado, à semelhança de homens que rasgavam suas vestes no dia de lamentação.
C. H Spurgeon
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Um menino nos nasceu!!!
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9.6)
Logo no primeiro século, ainda no embrião da era cristã, já surgia dentro das próprias comunidades cristãs o ensino de que Jesus não veio em carne, que não veio ao mundo em uma forma humana, com as características, feições e afeições, desejos e sentimentos humanos. E um dos motivos para isto pode parecer óbvio: a era cristã havia se iniciado há alguns anos e mesmo assim, com a maioria dos apóstolos e testemunhas oculares falecidos e com a dispersão dos crentes devido à perseguição que ocorreu no início da era Cristã, este ensino começou a ser ministrado nas comunidades cristãs onde cada vez menos testemunhas oculares estavam presentes. Neste cenário, surge as cartas do apóstolo João e em sua primeira carta já alertava sobre este falso ensino. Ele, João, testemunha ocular da vida e obra de Jesus, disse: E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo (1 Jo 4.3). Reconhecer que Jesus, o Filho de Deus, veio plenamente em carne e desviar desta doutrina um milímetro sequer, nos coloca em grande perigo. A humanidade de Jesus era essencial em 4 aspectos:
Aspecto 1
Para o cumprimento da profecia: “porque um menino nos nasceu”, extraído do texto de Isaías 9.6. Um menino nos nasceu, implica diretamente que haveria um nascimento físico do Messias por meio de uma mulher. Ele não seria um espírito ou um fantasma. A promessa era: “e um menino nos nasceu, um, filho se nos deu”. O Messias era prometido na forma humana e se manifestou na forma humana. Se Cristo não veio na forma humana, tampouco poderia ser nascido de mulher. Se Cristo não nasceu de mulher, tampouco poderia ter nascido de qualquer outra maneira e ser ao mesmo tempo homem. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei (Gl 4.4). “Nascido de mulher”, diz o apóstolo. O Messias, Jesus, fora prometido na forma humana e se manifestou na forma humana. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós (Jo 1.14). E o Verbo, a Palavra, Jesus, se fez carne e não só isso: ele habitou entre nós; o que na verdade significa que ele viveu entre nós, os que habitam nesta terra, conviveu com os que habitam nela e pelos que habitam nela foi reconhecido como homem.
Aspecto 2
Como disse João, Cristo veio e isto é significativo. Somente alguém que já existe pode vir. Antes de sua manifestação em carne, Cristo já existia e por isso “veio em carne”. Além disso, como mencionado, Paulo nos diz que “Deus enviou seu Filho”. Isto também é significativo e está em perfeita convergência com o que disse João. Neste caso, Deus enviou a Jesus o que implica a preexistência de Jesus antes de sua vinda. Somente alguém que existe pode ser enviado. Cristo veio em carne porque Deus o enviou. No verso 14 do Evangelho de João, capítulo 1, o apóstolo nos fala sobre a natureza física do Messias, já não mais oculta, mas ao invés disso, visivelmente revelada. Ele nos diz que este Verbo, o Logos em grego, a Palavra, que já existia no princípio da criação de todas as coisas, como também estava no princípio com Deus e, além disso, que era próprio Deus; este que estava no princípio e que era Deus e que fez todas as coisas (Jo 1.1-3), ele “se fez carne”. E a palavra grega traduzida para o português como “se fez”, no grego, tem um sentido mais esclarecedor, a saber: “foi manifestado” em carne. Este termo também é utilizado por Paulo em Romanos 10.20, citando Isaías
E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que não me buscavam, fui manifestado [mesma palavra usada em João 1.14 para descrever que o Verbo "se fez" carne] aos que por mim não perguntavam. (Rm 10.20)
Cristo não passou a existir depois de sua manifestação em carne. Ele já existia porque somente aquilo que existe pode ser manifestado, tornar-se visível. O que não existe, jamais poderá ser manifestado antes de ser criado primeiro e mantido em oculto até o dia de sua manifestação. Este não é o caso do Senhor Jesus. A Bíblia nos diz que ele “foi manifestado”, a Palavra eterna de Deus tomou a forma humana. Aqui temos outro ensino: Cristo não deixou de ser o que sempre foi; Ele sempre foi e sempre será o Filho de Deus e sempre foi e sempre será também o próprio Deus; seja na sua forma antes da primeira vinda, seja na sua forma humana atual. A forma que o Filho se manifestava na eternidade passada antes da primeira vinda mudou. A forma mudou, o ser é o mesmo.
Aspecto 3
Era necessário um cordeiro puro e perfeito para expiar o pecado. Com as leis cerimoniais do Antigo Testamento, com todos os seus sacrifícios, Deus nos mostrava que era necessário derramamento de sangue para perdão de pecados e purificação. E isso era necessário para qualquer indivíduo se aproximar de Deus. Nosso Deus é um Deus santo e ele mesmo conclama: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 20.26, 1Pe 1.16), ou ainda, “anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Mas, uma vez que tais sacrifícios, constantes e repetitivos, não perdoavam realmente os pecados (Hb 10.4), Deus enviou seu filho em forma humana, cordeiro perfeito e sem mancha, de uma vez por todas para perdão dos pecados e o cordeiro derradeiro foi Jesus. Porque Jesus era necessário para perdão de pecados e purificação e não a morte pessoal de cada homem pelo seu próprio pecado? A dignidade do ofendido é o que importa aqui. Quando alguém mata um animal como um pássaro (com ou sem propósito), por exemplo, qual é a pena que deve ser aplicada? Mesmo em nossos dias onde as leis de proteção aos animais estão cada vez mais severas, possivelmente o ofensor não será punido pela morte do pássaro. Mas se alguém mata uma criança, certamente será punido pelo seu ato. Porque essa diferença? A diferença se encontra na dignidade entre os dois: uma criança possui uma dignidade muito maior do que um animal. Como homem e criança pertencem a mesma esfera e compartilham da mesma essência e ambos são qualificados como o mesmo ser em termos de gênero, então o homem é capaz de pagar pelo crime de uma criança porque possui uma dignidade igual a da criança. O homem também pode ser condenado a pagar pelo crime feito a um animal, porque possui uma dignidade superior a do animal. Mas pode o homem, ao cometer um pecado e ofender a Deus, sendo o pecado o mal maior e sendo Deus eterno e santo, ser apto a pagar pelo que cometeu e sair livre após o pagamento? De modo nenhum! Por isso a morte do homem natural não o salva nem o liberta, antes o escraviza eternamente. Deus é eterno, maravilhoso, conselheiro e soberano. Ele possui uma dignidade superior a do homem de tal modo que o homem, mesmo morrendo pelos seus pecados, não pode ser absolvido deles. Somente alguém com a mesma dignidade da parte ofendida, que é Deus, é capaz de pagar a pena. Como no mundo não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10), Deus enviou seu Filho, o Filho tão digno quanto o Pai, para morrer no lugar de pecadores injustos, o justo pelos injustos (1 Pe 3.16), para que houvesse perdão de pecados e purificação. A pena pela ofensa à dignidade de Deus é totalmente satisfeita através da condenação, morte e ressurreição de Jesus
Aspecto 4
O aspeto profético. Deus prometeu que a descendência da mulher, a semente da mulher, iria esmagar o domínio de satanás e de suas influências mortais e pecaminosas na vida do homem. Os profetas do Antigo Testamento já falavam da manifestação física de Jesus. Textos como Isaías 7.14 nos dizem claramente sobre o aspecto humano de Jesus: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel [que significa Deus Conosco].” No mesmo texto, uma referência ao aspecto humano (“e a virgem conceberá e dará luz a um filho”) e ao aspecto divino do Messias (“e chamará o seu nome Emanuel”). O profeta Miquéias também fala do aspecto humano e eterno de Cristo: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq 5.2)”. Neste trecho, Miquéias nos diz que não é qualquer rei que sairá de Belém. Este rei possui uma característica peculiar: sua eternidade. Aqui, Miquéias está falando a respeito de Cristo, que veio de Belém, e Isaías nos diz que ele nasceu de uma virgem. Que outro rei de Israel ou no mundo inteiro veio de Belém e nasceu de uma virgem? Estas duas profecias, por si só, são eliminatórias e no Antigo Testamento existem outras dezenas de profecias que testificam vários aspectos a respeito do Messias. Ainda antes de entrar na terra que Deus havia prometido, Moisés, nas campinas de Moabe, declara ao povo que o “SENHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;” (Dt 18.15). Quando Jesus fez a multiplicação dos pães, os Judeus maravilhados com o que acabaram de ver, declararam: “Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” (Jo 6.14). Este texto revela que os Judeus esperavam um profeta distinto dos demais. Eles aguardavam um profeta como Moisés. Deus levantou vários profetas durante o governo dos reis para exortar ao povo. A presença de profetas no meio do povo judeu não era algo novo. Houve vários, mas os judeus aguardavam o profeta, aquele mesmo profeta que Moisés havia profetizado. Assim, observe que os judeus não estão se referindo a qualquer profeta neste texto, mas sim a “o profeta”, como alusão à profecia feita por Moisés nas campinas de Moabe.
Por Marcelo Castro
Logo no primeiro século, ainda no embrião da era cristã, já surgia dentro das próprias comunidades cristãs o ensino de que Jesus não veio em carne, que não veio ao mundo em uma forma humana, com as características, feições e afeições, desejos e sentimentos humanos. E um dos motivos para isto pode parecer óbvio: a era cristã havia se iniciado há alguns anos e mesmo assim, com a maioria dos apóstolos e testemunhas oculares falecidos e com a dispersão dos crentes devido à perseguição que ocorreu no início da era Cristã, este ensino começou a ser ministrado nas comunidades cristãs onde cada vez menos testemunhas oculares estavam presentes. Neste cenário, surge as cartas do apóstolo João e em sua primeira carta já alertava sobre este falso ensino. Ele, João, testemunha ocular da vida e obra de Jesus, disse: E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo (1 Jo 4.3). Reconhecer que Jesus, o Filho de Deus, veio plenamente em carne e desviar desta doutrina um milímetro sequer, nos coloca em grande perigo. A humanidade de Jesus era essencial em 4 aspectos:
Aspecto 1
Para o cumprimento da profecia: “porque um menino nos nasceu”, extraído do texto de Isaías 9.6. Um menino nos nasceu, implica diretamente que haveria um nascimento físico do Messias por meio de uma mulher. Ele não seria um espírito ou um fantasma. A promessa era: “e um menino nos nasceu, um, filho se nos deu”. O Messias era prometido na forma humana e se manifestou na forma humana. Se Cristo não veio na forma humana, tampouco poderia ser nascido de mulher. Se Cristo não nasceu de mulher, tampouco poderia ter nascido de qualquer outra maneira e ser ao mesmo tempo homem. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei (Gl 4.4). “Nascido de mulher”, diz o apóstolo. O Messias, Jesus, fora prometido na forma humana e se manifestou na forma humana. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós (Jo 1.14). E o Verbo, a Palavra, Jesus, se fez carne e não só isso: ele habitou entre nós; o que na verdade significa que ele viveu entre nós, os que habitam nesta terra, conviveu com os que habitam nela e pelos que habitam nela foi reconhecido como homem.
Aspecto 2
Como disse João, Cristo veio e isto é significativo. Somente alguém que já existe pode vir. Antes de sua manifestação em carne, Cristo já existia e por isso “veio em carne”. Além disso, como mencionado, Paulo nos diz que “Deus enviou seu Filho”. Isto também é significativo e está em perfeita convergência com o que disse João. Neste caso, Deus enviou a Jesus o que implica a preexistência de Jesus antes de sua vinda. Somente alguém que existe pode ser enviado. Cristo veio em carne porque Deus o enviou. No verso 14 do Evangelho de João, capítulo 1, o apóstolo nos fala sobre a natureza física do Messias, já não mais oculta, mas ao invés disso, visivelmente revelada. Ele nos diz que este Verbo, o Logos em grego, a Palavra, que já existia no princípio da criação de todas as coisas, como também estava no princípio com Deus e, além disso, que era próprio Deus; este que estava no princípio e que era Deus e que fez todas as coisas (Jo 1.1-3), ele “se fez carne”. E a palavra grega traduzida para o português como “se fez”, no grego, tem um sentido mais esclarecedor, a saber: “foi manifestado” em carne. Este termo também é utilizado por Paulo em Romanos 10.20, citando Isaías
E Isaías ousadamente diz: Fui achado pelos que não me buscavam, fui manifestado [mesma palavra usada em João 1.14 para descrever que o Verbo "se fez" carne] aos que por mim não perguntavam. (Rm 10.20)
Cristo não passou a existir depois de sua manifestação em carne. Ele já existia porque somente aquilo que existe pode ser manifestado, tornar-se visível. O que não existe, jamais poderá ser manifestado antes de ser criado primeiro e mantido em oculto até o dia de sua manifestação. Este não é o caso do Senhor Jesus. A Bíblia nos diz que ele “foi manifestado”, a Palavra eterna de Deus tomou a forma humana. Aqui temos outro ensino: Cristo não deixou de ser o que sempre foi; Ele sempre foi e sempre será o Filho de Deus e sempre foi e sempre será também o próprio Deus; seja na sua forma antes da primeira vinda, seja na sua forma humana atual. A forma que o Filho se manifestava na eternidade passada antes da primeira vinda mudou. A forma mudou, o ser é o mesmo.
Aspecto 3
Era necessário um cordeiro puro e perfeito para expiar o pecado. Com as leis cerimoniais do Antigo Testamento, com todos os seus sacrifícios, Deus nos mostrava que era necessário derramamento de sangue para perdão de pecados e purificação. E isso era necessário para qualquer indivíduo se aproximar de Deus. Nosso Deus é um Deus santo e ele mesmo conclama: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 20.26, 1Pe 1.16), ou ainda, “anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Mas, uma vez que tais sacrifícios, constantes e repetitivos, não perdoavam realmente os pecados (Hb 10.4), Deus enviou seu filho em forma humana, cordeiro perfeito e sem mancha, de uma vez por todas para perdão dos pecados e o cordeiro derradeiro foi Jesus. Porque Jesus era necessário para perdão de pecados e purificação e não a morte pessoal de cada homem pelo seu próprio pecado? A dignidade do ofendido é o que importa aqui. Quando alguém mata um animal como um pássaro (com ou sem propósito), por exemplo, qual é a pena que deve ser aplicada? Mesmo em nossos dias onde as leis de proteção aos animais estão cada vez mais severas, possivelmente o ofensor não será punido pela morte do pássaro. Mas se alguém mata uma criança, certamente será punido pelo seu ato. Porque essa diferença? A diferença se encontra na dignidade entre os dois: uma criança possui uma dignidade muito maior do que um animal. Como homem e criança pertencem a mesma esfera e compartilham da mesma essência e ambos são qualificados como o mesmo ser em termos de gênero, então o homem é capaz de pagar pelo crime de uma criança porque possui uma dignidade igual a da criança. O homem também pode ser condenado a pagar pelo crime feito a um animal, porque possui uma dignidade superior a do animal. Mas pode o homem, ao cometer um pecado e ofender a Deus, sendo o pecado o mal maior e sendo Deus eterno e santo, ser apto a pagar pelo que cometeu e sair livre após o pagamento? De modo nenhum! Por isso a morte do homem natural não o salva nem o liberta, antes o escraviza eternamente. Deus é eterno, maravilhoso, conselheiro e soberano. Ele possui uma dignidade superior a do homem de tal modo que o homem, mesmo morrendo pelos seus pecados, não pode ser absolvido deles. Somente alguém com a mesma dignidade da parte ofendida, que é Deus, é capaz de pagar a pena. Como no mundo não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10), Deus enviou seu Filho, o Filho tão digno quanto o Pai, para morrer no lugar de pecadores injustos, o justo pelos injustos (1 Pe 3.16), para que houvesse perdão de pecados e purificação. A pena pela ofensa à dignidade de Deus é totalmente satisfeita através da condenação, morte e ressurreição de Jesus
Aspecto 4
O aspeto profético. Deus prometeu que a descendência da mulher, a semente da mulher, iria esmagar o domínio de satanás e de suas influências mortais e pecaminosas na vida do homem. Os profetas do Antigo Testamento já falavam da manifestação física de Jesus. Textos como Isaías 7.14 nos dizem claramente sobre o aspecto humano de Jesus: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel [que significa Deus Conosco].” No mesmo texto, uma referência ao aspecto humano (“e a virgem conceberá e dará luz a um filho”) e ao aspecto divino do Messias (“e chamará o seu nome Emanuel”). O profeta Miquéias também fala do aspecto humano e eterno de Cristo: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq 5.2)”. Neste trecho, Miquéias nos diz que não é qualquer rei que sairá de Belém. Este rei possui uma característica peculiar: sua eternidade. Aqui, Miquéias está falando a respeito de Cristo, que veio de Belém, e Isaías nos diz que ele nasceu de uma virgem. Que outro rei de Israel ou no mundo inteiro veio de Belém e nasceu de uma virgem? Estas duas profecias, por si só, são eliminatórias e no Antigo Testamento existem outras dezenas de profecias que testificam vários aspectos a respeito do Messias. Ainda antes de entrar na terra que Deus havia prometido, Moisés, nas campinas de Moabe, declara ao povo que o “SENHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;” (Dt 18.15). Quando Jesus fez a multiplicação dos pães, os Judeus maravilhados com o que acabaram de ver, declararam: “Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” (Jo 6.14). Este texto revela que os Judeus esperavam um profeta distinto dos demais. Eles aguardavam um profeta como Moisés. Deus levantou vários profetas durante o governo dos reis para exortar ao povo. A presença de profetas no meio do povo judeu não era algo novo. Houve vários, mas os judeus aguardavam o profeta, aquele mesmo profeta que Moisés havia profetizado. Assim, observe que os judeus não estão se referindo a qualquer profeta neste texto, mas sim a “o profeta”, como alusão à profecia feita por Moisés nas campinas de Moabe.
Por Marcelo Castro
O cântico de Zacarias
Bendito seja o Deus onipotente,
porque amparou seu povo em sua mão,
e sob o teto do seu servo crente
fez renascer a sua salvação.
Como por seus profetas tem falado
desde que fez o mundo com amor,
livrar-nos-ia do mortal pecado
e das ignóbeis mãos do enganador,
para manifestar sua bondade
e do seu pacto eterno se lembrar,
e conceder a toda a humanidade
a bênção de o servir e de o adorar.
Seja-lhe o nosso tempo dedicado
em santidade e amor, justiça e luz,
e tu serás então, filho, chamado
profeta e irás adiante de Jesus.
Prepararás caminhos apertados
e por veredas rudes passarás,
clamando ao povo contra seus pecados
e a salvação de Deus anunciarás.
E alumiarás os que andam assentados
nas trevas onde a morte dá pavor,
porque serás, nos ermos desolados,
profeta entre os profetas do Senhor.
Do livro A Maravilhosa Luz (CPAD, 1985)
porque amparou seu povo em sua mão,
e sob o teto do seu servo crente
fez renascer a sua salvação.
Como por seus profetas tem falado
desde que fez o mundo com amor,
livrar-nos-ia do mortal pecado
e das ignóbeis mãos do enganador,
para manifestar sua bondade
e do seu pacto eterno se lembrar,
e conceder a toda a humanidade
a bênção de o servir e de o adorar.
Seja-lhe o nosso tempo dedicado
em santidade e amor, justiça e luz,
e tu serás então, filho, chamado
profeta e irás adiante de Jesus.
Prepararás caminhos apertados
e por veredas rudes passarás,
clamando ao povo contra seus pecados
e a salvação de Deus anunciarás.
E alumiarás os que andam assentados
nas trevas onde a morte dá pavor,
porque serás, nos ermos desolados,
profeta entre os profetas do Senhor.
Do livro A Maravilhosa Luz (CPAD, 1985)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
El niño de Belém - Marcos Vidal
Nació como un bebé pequeño y nada más,
como uno entre tantos que a la vida nacen ya.
No ocurrió nada más, era un ni....ño.
Nació y ninguno preguntó si de mayor
Él tendría gran poder para sanar,
si andaría sobre el mar.
Era un ni....ño.
Nació y ninguno preguntó si iba a morir,
si la gente algún día lo iba a odiar,
si sería el redentor,
si traería libertad.
¿Quién pensó que aquel niñito moriría en la cruz
trayendo a nuestro mundo nueva aurora de luz
y una nueva vida y una oportunidad
de llegar al Padre una vez más?
¿Quién pensó que al tercer día iba a resucitar
batiendo al infierno y a la muerte fatal,
abriendo nuevos tiempos de felicidad
Por amor, por amor a ti?
Hoy nuestro mundo se ha olvidado de Jesús,
ha cambiado Su victoria por placer terrenal,
de Su cruz queda ya un recuerdo.
Vivir, matar si es necesario alguna vez,
cortar la vida antes de que pueda aun nacer,
y del niño de Belén un recuerdo;
jugar a ser una mejor generación
marcharse si es posible del hogar
sembrar odio y rencor, sin saber perdonar.
Escucha en esta hora la eterna verdad
que el niño de Belén un día va a regresar
y en gloria y en poder Él juzgara tanta maldad
marcando frontera final
y todo el universo le podrá contemplar
y toda obra oculta a la luz nacerá.
Su iglesia marchara con Él a un nuevo lugar,
un hogar, un dulce hogar que Él prepara ya.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Pobreza!!!
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
A certeza com ares de incerteza!
"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.28).
Precisamos admitir que é muito difícil acreditar na afirmativa de Paulo de que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus - parece até um contra-senso teológico - que coisas ruins e detestáveis têm sua contribuição positiva. Afinal, encontramos nas Escrituras uma linha de raciocínio teológica de que Deus sempre nos guarda, protege e livra-nos do mal. Como crer que o próprio mal contribua para o bem? E o que fazer com todos aqueles versículos da caixinha de promessas?
No dia a dia do aconselhamento pastoral somos desafiados a crer nessa verdade, do contrário, como levar as pessoas a entenderem que o mal que lhes sobreveio tem um propósito que contribuirá para seu bem? No entanto, as pessoas têm muita dificuldade de se apoderar dessa verdade bíblica, o que dá margens para o surgimento de um certo rancor contra Deus. A morte de um membro da família, o nascimento de uma pessoa com uma síndrome qualquer; uma deficiência física depois de um desastre, etc. nunca conseguem ser entendidas como um mal que vem para o bem! Será que nesse versículo está a origem da expressão popular, "há males que vêm para o bem"? Como fica a querida irmã cujo marido está há oito anos entrevado, em coma, tendo que ser cuidado dia e noite?
E sempre que procuro uma explicação nas notas de rodapé das Bíblias que possuo - e creio que possuo um bom acervo dessas Bíblias - parece-me que alguns evitam comentar a expressão, todas as coisas cooperam para o bem. Mas dois deles - Mathew Henry e Albert Barnes - não fogem à responsabilidade. São minuciosos em seus comentários. A esse respeito, diz Barnes:
Todas as coisas trarão a sua contribuição e mutuamente contribuirão para o nosso bem. Afastam de nós o apego pelas coisas do mundo; ensinam-nos a verdade sobre as condições de vida, sua transitoriedade e fragilidade. Levam-nos a colocar nossos olhos em Deus em busca de socorro, e a anelar o céu como nossa última morada. Produzem em nós um espírito submisso, humildade, paciência e disposição para ajudarmos os outros em amor. Essa tem sido a experiência de todos os santos, e no fim da vida podem dizer que foi bom passar por aflições. "Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos" (Sl 119.71). "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto da justiça" (Hb 12.11).
Todas as coisas contribuem para o nosso bem-estar. Contribuem para a promoção da verdadeira piedade, paz e felicidade em nossos corações. 1
Mathew Henry, teólogo que sabia, como poucos, extrair do texto bíblico uma lição, um devocional, afirma que as providências de Deus são como os vários ingredientes de um remédio feito para curar. São ruins, intragáveis, mas necessários para a cura física. Assim também as dificuldades. As tribulações são, muitas vezes, um "santo remédio" para nos aproximar de Deus, levar-nos ao arrependimento, à mudança de vida, etc.
As coisas ruins que nos acontecem marcam profundamente nossas vidas, redirecionam nosso estilo de viver, fazem-nos refletir sobre o bem e o mal e, como no caso do sofrimento abrem a fresta que descortina diante de nós a misericórdia de Deus.
É evidente que a pessoa que não tem uma experiência de amizade e companheirismo com Deus jamais entenderá esse versículo - eis porque no gabinete pastoral muitos dos que nos procuram e que não conhecem a Deus também não admitem ou não conseguem entender essa verdade! O crente, no entanto vê todas as coisas por um ângulo divino, de tratamento pessoal de Deus para com ele. Quando se lê o que os místicos escreveram sobre o tema- João da Cruz, Evelyn Underhill, Teresa de Jesus, Madame Guyon, além de pessoas como Oswald Chambers, Stanley Jones, W. Nee, nota-se que essas pessoas tinham uma perspectiva positiva do sofrimento e das coisas ruins que lhes aconteciam; viam em tudo a boa mão de Deus operando no processo da transformação, do quebrantamento e da santificação.
Nada resta ao crente fiel senão confiar em Deus que está no controle de toda situação! O crente não precisa buscar o sofrimento, nem lutas ou situações de risco; tudo vem de forma natural! Tem que buscar, isso sim, a amizade e um bom relacionamento com Deus! Afinal, ele controla nossas vidas e dirige nossos passos melhor que nossos amigos!
Por João A. de Souza Filho
Precisamos admitir que é muito difícil acreditar na afirmativa de Paulo de que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus - parece até um contra-senso teológico - que coisas ruins e detestáveis têm sua contribuição positiva. Afinal, encontramos nas Escrituras uma linha de raciocínio teológica de que Deus sempre nos guarda, protege e livra-nos do mal. Como crer que o próprio mal contribua para o bem? E o que fazer com todos aqueles versículos da caixinha de promessas?
No dia a dia do aconselhamento pastoral somos desafiados a crer nessa verdade, do contrário, como levar as pessoas a entenderem que o mal que lhes sobreveio tem um propósito que contribuirá para seu bem? No entanto, as pessoas têm muita dificuldade de se apoderar dessa verdade bíblica, o que dá margens para o surgimento de um certo rancor contra Deus. A morte de um membro da família, o nascimento de uma pessoa com uma síndrome qualquer; uma deficiência física depois de um desastre, etc. nunca conseguem ser entendidas como um mal que vem para o bem! Será que nesse versículo está a origem da expressão popular, "há males que vêm para o bem"? Como fica a querida irmã cujo marido está há oito anos entrevado, em coma, tendo que ser cuidado dia e noite?
E sempre que procuro uma explicação nas notas de rodapé das Bíblias que possuo - e creio que possuo um bom acervo dessas Bíblias - parece-me que alguns evitam comentar a expressão, todas as coisas cooperam para o bem. Mas dois deles - Mathew Henry e Albert Barnes - não fogem à responsabilidade. São minuciosos em seus comentários. A esse respeito, diz Barnes:
Todas as coisas trarão a sua contribuição e mutuamente contribuirão para o nosso bem. Afastam de nós o apego pelas coisas do mundo; ensinam-nos a verdade sobre as condições de vida, sua transitoriedade e fragilidade. Levam-nos a colocar nossos olhos em Deus em busca de socorro, e a anelar o céu como nossa última morada. Produzem em nós um espírito submisso, humildade, paciência e disposição para ajudarmos os outros em amor. Essa tem sido a experiência de todos os santos, e no fim da vida podem dizer que foi bom passar por aflições. "Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos" (Sl 119.71). "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto da justiça" (Hb 12.11).
Todas as coisas contribuem para o nosso bem-estar. Contribuem para a promoção da verdadeira piedade, paz e felicidade em nossos corações. 1
Mathew Henry, teólogo que sabia, como poucos, extrair do texto bíblico uma lição, um devocional, afirma que as providências de Deus são como os vários ingredientes de um remédio feito para curar. São ruins, intragáveis, mas necessários para a cura física. Assim também as dificuldades. As tribulações são, muitas vezes, um "santo remédio" para nos aproximar de Deus, levar-nos ao arrependimento, à mudança de vida, etc.
As coisas ruins que nos acontecem marcam profundamente nossas vidas, redirecionam nosso estilo de viver, fazem-nos refletir sobre o bem e o mal e, como no caso do sofrimento abrem a fresta que descortina diante de nós a misericórdia de Deus.
É evidente que a pessoa que não tem uma experiência de amizade e companheirismo com Deus jamais entenderá esse versículo - eis porque no gabinete pastoral muitos dos que nos procuram e que não conhecem a Deus também não admitem ou não conseguem entender essa verdade! O crente, no entanto vê todas as coisas por um ângulo divino, de tratamento pessoal de Deus para com ele. Quando se lê o que os místicos escreveram sobre o tema- João da Cruz, Evelyn Underhill, Teresa de Jesus, Madame Guyon, além de pessoas como Oswald Chambers, Stanley Jones, W. Nee, nota-se que essas pessoas tinham uma perspectiva positiva do sofrimento e das coisas ruins que lhes aconteciam; viam em tudo a boa mão de Deus operando no processo da transformação, do quebrantamento e da santificação.
Nada resta ao crente fiel senão confiar em Deus que está no controle de toda situação! O crente não precisa buscar o sofrimento, nem lutas ou situações de risco; tudo vem de forma natural! Tem que buscar, isso sim, a amizade e um bom relacionamento com Deus! Afinal, ele controla nossas vidas e dirige nossos passos melhor que nossos amigos!
Por João A. de Souza Filho
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Desígnio
Deus tem um desígnio para cada um de nós!
Desígnio= projeto; plano; intenção; propósito
Tudo que Deus criou foi para resolver um problema. Se você tem um computador que está com defeito, você irá procurar alguém que tenha capacidade para resolver seu problema. É assim que Deus age. Quando precisamos de ajuda ou de um companheiro, Deus levanta alguém que está designado a nos ajudar.
Pensemos bem: Deus criou Adão... e ao perceber que ele precisava de uma companhia, Deus formou uma mulher através das costelas de Adão.
Cada um de nós possui um problema a ser resolvido e cada ser humano foi capacitado por Deus para ajudar alguém. Logo, ao amanhecermos nos deparamos com inúmeras pessoas que são capazes de nos ajudar em cada área de nossa vida.
Caro leitor, eu e você somos uma recompensa para alguém. Deus nos capacitou para ajudar o outro.
“Antes que Eu te formasse no ventre, Eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta” (Jeremias 1.5)
Deus te atribuiu um dom específico. Você foi criado para um propósito único e muito especial.
Fomos designados a ajudar as pessoas usando o dom que Deus nos deu!
Deus prometeu que iria nos ajudar em nosso desígnio: “Porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor” ( Jeremias 1. 7,8)
Deus criou Eva para solucionar o problema de Adão. E quem iria consolá-los na velhice?
Deus deu a eles filhos. E tudo isso só demonstra o grande cuidado que Deus tem pela gente!
Leitor-amigo-irmão, é FUNDAMENTAL que você descubra o seu desígnio e dedique-se a ele por completo. Por que sempre que decidimos criar o nosso próprio desígnio sem buscar descobrir o projeto que Deus tem para a nossa vida... afundamos feito Pedro que ao andar sobre as águas tirou os olhos de Jesus por um momento!
Busque olhar SOMENTE para Jesus! Busque descobrir o desígnio que Deus tem pra você.
A vitória vem quando estamos exercendo o propósito que Deus separou para as nossas vidas.
Por Mari Paixão
Desígnio= projeto; plano; intenção; propósito
Tudo que Deus criou foi para resolver um problema. Se você tem um computador que está com defeito, você irá procurar alguém que tenha capacidade para resolver seu problema. É assim que Deus age. Quando precisamos de ajuda ou de um companheiro, Deus levanta alguém que está designado a nos ajudar.
Pensemos bem: Deus criou Adão... e ao perceber que ele precisava de uma companhia, Deus formou uma mulher através das costelas de Adão.
Cada um de nós possui um problema a ser resolvido e cada ser humano foi capacitado por Deus para ajudar alguém. Logo, ao amanhecermos nos deparamos com inúmeras pessoas que são capazes de nos ajudar em cada área de nossa vida.
Caro leitor, eu e você somos uma recompensa para alguém. Deus nos capacitou para ajudar o outro.
“Antes que Eu te formasse no ventre, Eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta” (Jeremias 1.5)
Deus te atribuiu um dom específico. Você foi criado para um propósito único e muito especial.
Fomos designados a ajudar as pessoas usando o dom que Deus nos deu!
Deus prometeu que iria nos ajudar em nosso desígnio: “Porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor” ( Jeremias 1. 7,8)
Deus criou Eva para solucionar o problema de Adão. E quem iria consolá-los na velhice?
Deus deu a eles filhos. E tudo isso só demonstra o grande cuidado que Deus tem pela gente!
Leitor-amigo-irmão, é FUNDAMENTAL que você descubra o seu desígnio e dedique-se a ele por completo. Por que sempre que decidimos criar o nosso próprio desígnio sem buscar descobrir o projeto que Deus tem para a nossa vida... afundamos feito Pedro que ao andar sobre as águas tirou os olhos de Jesus por um momento!
Busque olhar SOMENTE para Jesus! Busque descobrir o desígnio que Deus tem pra você.
A vitória vem quando estamos exercendo o propósito que Deus separou para as nossas vidas.
Por Mari Paixão
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Bom caráter
"Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é, reputação é apenas o que os outros pensam que você é." John Wooden
"Caráter é a habilidade de manter uma resolução muito depois que a emoção com a qual foi tomada ter passado." Brian Tracy
“O caráter é a expressão mais exata da sua pessoa, sem máscaras, sem fingimentos ou aparências: o seu verdadeiro ser interior.”
O termo "caráter" procede do grego "charaktēr" e significa literalmente "estampa", "impressão", "gravação", "sinal", "marca" ou "reprodução exata". Quais princípios, valores e sentimentos estão impressos nas suas atitudes?
O caráter é a "marca" pessoal de uma pessoa. O "sinal" que a distingue dos outros e pela qual o indivíduo define o seu estilo, a sua maneira de ser, de sentir e de reagir. Também pode ser definido como o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que determina-lhe a conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo. O caráter, não apenas define quem o homem é, mas também descreve o estado moral do homem.
O caráter é distinto do temperamento e da personalidade, embora esteja relacionado a eles. O temperamento refere-se ao estado de humor e às reações emocionais de uma pessoa – o modo de ser. A personalidade envolve a emoção, vontade e inteligência de uma pessoa – aquilo que o individuo é. O caráter, influenciado pelo temperamento e personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina a conduta – como a pessoa age.
O caráter é a forma mais externa e visível da personalidade. Segundo Aristóteles, a disposição moral (caráter) é adquirida ou formada no indivíduo pela prática. Afirma um antigo provérbio que ao “semear um hábito, o indivíduo colhe um caráter”. O caráter, segundo a sabedoria dos antigos, é o resultado de um hábito interiorizado, aprendido através do exercício contínuo das virtudes ou dos vícios. Não deve ser confundido com as paixões (ira, desejos, ódio), muito menos com as faculdades (razão, emoção e vontade), pois estas categorias são naturais, próprias do ser.
Mediante o temperamento, a personalidade e o caráter, o indivíduo afirma sua autonomia; passa a ter consciência de si mesmo como ser humano e também que tipo de pessoa é. Esta descoberta existencial é um processo contínuo.
Há uma relação direta entre hábitos e caráter. “... o tipo de vida que desejamos depende do tipo de pessoa que somos – depende de nosso caráter.” Não é o que temos ou as técnicas que empregamos que nos tornam bem sucedidos. É quem nós somos. Os hábitos mais importantes são os que envolvem nossas relações com Deus, conosco, com as pessoas e com o resto do mundo. Pessoas de princípios nobres e de bom caráter tem hábitos como integridade, interesse pelos outros, generosidade, solidariedade, confiabilidade. Bons hábitos fazem a diferença em tudo que fazemos.
Então, você tem escolha. Mentir ou falar a verdade. Ser desonesto ou ser honesto, ainda que pagando um preço. Assumir responsabilidade por sua vida ou viver vitimizado. Agir com sabedoria ou reagir impulsivamente. Amar ou odiar. Perdoar ou guardar ressentimentos. Ser uma pessoa confiável ou falsa. Ser ético no falar ou ser fofoqueiro. Ter palavras que edificam ou ter uma linguagem destrutiva. Investir amor e atenção na família ou ignorá-los.
Você tem escolha. Suas escolhas definem seu caráter. Comece hoje a imprimir valores e princípios de um bom caráter na sua vida.
Ande com Deus e permita que Ele imprima em você a excelência de Seu caráter.
Por Tami Santana
"Caráter é a habilidade de manter uma resolução muito depois que a emoção com a qual foi tomada ter passado." Brian Tracy
“O caráter é a expressão mais exata da sua pessoa, sem máscaras, sem fingimentos ou aparências: o seu verdadeiro ser interior.”
O termo "caráter" procede do grego "charaktēr" e significa literalmente "estampa", "impressão", "gravação", "sinal", "marca" ou "reprodução exata". Quais princípios, valores e sentimentos estão impressos nas suas atitudes?
O caráter é a "marca" pessoal de uma pessoa. O "sinal" que a distingue dos outros e pela qual o indivíduo define o seu estilo, a sua maneira de ser, de sentir e de reagir. Também pode ser definido como o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que determina-lhe a conduta em relação a Deus, a si mesmo e ao próximo. O caráter, não apenas define quem o homem é, mas também descreve o estado moral do homem.
O caráter é distinto do temperamento e da personalidade, embora esteja relacionado a eles. O temperamento refere-se ao estado de humor e às reações emocionais de uma pessoa – o modo de ser. A personalidade envolve a emoção, vontade e inteligência de uma pessoa – aquilo que o individuo é. O caráter, influenciado pelo temperamento e personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina a conduta – como a pessoa age.
O caráter é a forma mais externa e visível da personalidade. Segundo Aristóteles, a disposição moral (caráter) é adquirida ou formada no indivíduo pela prática. Afirma um antigo provérbio que ao “semear um hábito, o indivíduo colhe um caráter”. O caráter, segundo a sabedoria dos antigos, é o resultado de um hábito interiorizado, aprendido através do exercício contínuo das virtudes ou dos vícios. Não deve ser confundido com as paixões (ira, desejos, ódio), muito menos com as faculdades (razão, emoção e vontade), pois estas categorias são naturais, próprias do ser.
Mediante o temperamento, a personalidade e o caráter, o indivíduo afirma sua autonomia; passa a ter consciência de si mesmo como ser humano e também que tipo de pessoa é. Esta descoberta existencial é um processo contínuo.
Há uma relação direta entre hábitos e caráter. “... o tipo de vida que desejamos depende do tipo de pessoa que somos – depende de nosso caráter.” Não é o que temos ou as técnicas que empregamos que nos tornam bem sucedidos. É quem nós somos. Os hábitos mais importantes são os que envolvem nossas relações com Deus, conosco, com as pessoas e com o resto do mundo. Pessoas de princípios nobres e de bom caráter tem hábitos como integridade, interesse pelos outros, generosidade, solidariedade, confiabilidade. Bons hábitos fazem a diferença em tudo que fazemos.
Então, você tem escolha. Mentir ou falar a verdade. Ser desonesto ou ser honesto, ainda que pagando um preço. Assumir responsabilidade por sua vida ou viver vitimizado. Agir com sabedoria ou reagir impulsivamente. Amar ou odiar. Perdoar ou guardar ressentimentos. Ser uma pessoa confiável ou falsa. Ser ético no falar ou ser fofoqueiro. Ter palavras que edificam ou ter uma linguagem destrutiva. Investir amor e atenção na família ou ignorá-los.
Você tem escolha. Suas escolhas definem seu caráter. Comece hoje a imprimir valores e princípios de um bom caráter na sua vida.
Ande com Deus e permita que Ele imprima em você a excelência de Seu caráter.
Por Tami Santana
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Legalismo total - Apóstolo proíbe uso de USB
Uma igreja evangélica localizada no interior de São Paulo, inseriu em seus cultos a proibição do uso de qualquer tecnologia USB pelos seus fieis. O motivo? A igreja alega que o USB carrega um símbolo que prega apologia ao demônio.
O apóstolo Welder Saldanha, fundador do templo evangélico, declara que o USB representa um símbolo de satanás e não deve estar presente em lares critãos.
Em suas palavras: “O símbolo daquilo [USB] é um tridente, que é usado para torturar almas que vão para o inferno. Usar um símbolo daqueles apenas mostra que todos os usuários dessa pífia tecnologia são de fato, adoradores de satã”, elucida o apóstolo.
O apóstolo Welder Saldanha, fundador do templo evangélico, declara que o USB representa um símbolo de satanás e não deve estar presente em lares critãos.
Em suas palavras: “O símbolo daquilo [USB] é um tridente, que é usado para torturar almas que vão para o inferno. Usar um símbolo daqueles apenas mostra que todos os usuários dessa pífia tecnologia são de fato, adoradores de satã”, elucida o apóstolo.
Por conta dessa medida, os fieis foram instruídos a trocar todas as conexões USB por conexões comuns ou Bluetooth, que segundo Saldanha foi pertimida, já que “Azul era a cor dos olhos de nosso salvador Jesus Cristo”.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Organização cristã não aceita doações de brinquedos relacionados a Crepúsculo e Harry Potter
O Exército da Salvação no Canadá optou por não aceitar os itens doados relacionados ao Crepúsculo ou a série de fantasia Harry Potter para a sua unidade de brinquedo.
Embora se espera que os itens sejam populares nesta temporada de férias, eles foram considerados inadequados, porque promovem a coisas como o ocultismo, vampiros ou magia negra, como relatado pela CTV notícias de Calgary, no Canadá.
Todo Natal, milhares de novos brinquedos desembrulhados são recolhidos através da campanha da CTV Toy Mountain e distribuída pelo Exército de Salvação. Este é o 15º ano que a unidade do brinquedo está sendo executada.
De acordo com o capitão John Murray, do Exército de Salvação, os pedidos de assistência neste Natal são até 25 por cento em Toronto.
“É mais importante que nunca que Torontenses dêem generosamente para garantir que a manhã de Natal seja especial para cada criança,” disse ele em um comunicado.
No ano passado, mais de 141 mil brinquedos foram distribuídos às crianças.
Brinquedos doados que não são distribuídos através do Exército de Salvação são dados a outras agências de distribuição – isto é, se os pais os aprovam. Isso inclui todas as coisas de Crepúsculo e Harry Potter.
A Capitã Pam Goodyear, porta-voz do grupo cristão, disse ao The Calgary Herald que os pais pediram para não incluir determinados itens nos sacos do presente.
“Os itens que têm chegado ao meu conhecimento incluem a série “Crepúsculo” e também não dão armas de brinquedo,” explicou ela à publicação local.
O Crepúsculo é uma série de romance de vampiros com temática de fantasia, muito popular entre os adolescentes e adultos jovens. Mais de 100 milhões de cópias foram vendidas em todo o mundo e as adaptações cinematográficas têm liderado as bilheterias.
Harry Potter, centrado em um menino bruxo, também obteve imenso sucesso com o escritório de vendas de livros e caixa.
Alguns Cristãos têm denunciado as últimas manias, chamando-os perigosos. O Exército da Salvação é o último a revelar sua posição.
Goodyear disse simplesmente: “O Exército da Salvação não oferece suporte à feitiçaria, bruxaria e magia negra,” de acordo com o arauto de Calgary.
Embora se espera que os itens sejam populares nesta temporada de férias, eles foram considerados inadequados, porque promovem a coisas como o ocultismo, vampiros ou magia negra, como relatado pela CTV notícias de Calgary, no Canadá.
Todo Natal, milhares de novos brinquedos desembrulhados são recolhidos através da campanha da CTV Toy Mountain e distribuída pelo Exército de Salvação. Este é o 15º ano que a unidade do brinquedo está sendo executada.
De acordo com o capitão John Murray, do Exército de Salvação, os pedidos de assistência neste Natal são até 25 por cento em Toronto.
“É mais importante que nunca que Torontenses dêem generosamente para garantir que a manhã de Natal seja especial para cada criança,” disse ele em um comunicado.
No ano passado, mais de 141 mil brinquedos foram distribuídos às crianças.
Brinquedos doados que não são distribuídos através do Exército de Salvação são dados a outras agências de distribuição – isto é, se os pais os aprovam. Isso inclui todas as coisas de Crepúsculo e Harry Potter.
A Capitã Pam Goodyear, porta-voz do grupo cristão, disse ao The Calgary Herald que os pais pediram para não incluir determinados itens nos sacos do presente.
“Os itens que têm chegado ao meu conhecimento incluem a série “Crepúsculo” e também não dão armas de brinquedo,” explicou ela à publicação local.
O Crepúsculo é uma série de romance de vampiros com temática de fantasia, muito popular entre os adolescentes e adultos jovens. Mais de 100 milhões de cópias foram vendidas em todo o mundo e as adaptações cinematográficas têm liderado as bilheterias.
Harry Potter, centrado em um menino bruxo, também obteve imenso sucesso com o escritório de vendas de livros e caixa.
Alguns Cristãos têm denunciado as últimas manias, chamando-os perigosos. O Exército da Salvação é o último a revelar sua posição.
Goodyear disse simplesmente: “O Exército da Salvação não oferece suporte à feitiçaria, bruxaria e magia negra,” de acordo com o arauto de Calgary.
Fonte: The Christian Post/ Gospel Jovens
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Tempo não é dinheiro, é vida!!!
Com o fim de ano se aproximando, vêm aqueles pensamentos ou reflexões a respeito do que fizemos com o nosso tempo neste ano que passou. Pensando nisso, vamos refletir:
As pessoas deixam os maiores tesouros da vida passarem pelos seus olhos, sem os perceber. Acordam, levantam, vão ao banheiro, comem alguma coisa, veem o noticiário, enfrentam o transito, mais um dia de trabalho, almoçam, descem para faculdade, encontram amigos, voltam pra casa e assim é o outro dia até que a semana termine. Independente do que as pessoas fazem, cada um exerce uma atividade rotineira. O que na maioria dos casos são marcados pela falta de tempo.
Bem vindo à cultura comtemporânea. Antes se fazia de tudo e o dia não passava. Mas com a violência da rapidez ao receber às informações, dá a impressão do encurtamento dos dias. O tempo parece resumido, consumido.Pais, não tem tempo para filhos, mães preferem deixar seus rebentos com babás e avós. Até a alimentação é comprometida, pois substituem o saudável, pelo mais prático e rápido, o fast food. Isso tudo para se enquadrar na sociedade global e capitalista.
Numa busca implacável para se tornar o melhor entre os competidores. O mais bem preparado e apto às exigências mercadológicas. Essa rotina diária torna os indivíduos displicentes nas entrelinhas da vida. Perde-se a beleza do singelo e simples. Só percebe as verdadeiras riquezas quem tem "feeling". Só aprecia quem observa os pequenos detalhes, poucas oportunidades, gestos inesperados, encontros e desencontros.
São frações de segundos fora do roteiro programado, e quando isso acontece, ninguém aceita. Murmuram quando o ocorrido encontra-se fora do planejamento; e acham que, por isso, deu tudo errado. Esquecem que na vida tudo tem um propósito. E o que é mais louvável é saber, que antes das planilhas de erros e acertos, idas e voltas com hora marcada, existe o planejamento de DEUS. É Ele quem faz esse mover diferente das expectativas humanas. Ainda que “torçam o nariz”, muitas vezes até indignados com Deus. Ele age no sublime. Tudo isso porque não esperam a hora certa. O que há são os "achismos" e as adivinhações antes do "final do espetáculo". E só quando o dia acaba, tudo se encaixa. Tudo dá certo. Melhor, tudo é perfeito. Mas apenas para aqueles que se mantiveram atentos. Sem deixar escapar qualquer detalhe.
Será que nessa correria toda existe espaço para disposição a serviços voluntários? Vende-se serviços ocupando grande parte dos instantes. E quando sobra “um bucadinho”, o que fazer com ele? Existe alguém disposto a servir sem vínculo salarial? Ou até mesmo abdicar-se de afazeres particulares para servir ao próximo? Vontade, as pessoas têm. Mas fica difícil negociar o pouco tempo para atividades sociais de assistência à entidades carentes ou derivados do voluntariado. E quando se trata de um "espaço na agenda", o que é muito valioso, torna-se doloroso compartilhar o tempo que tem.
O que é mais importante afinal? A busca pela recompensa financeira, status social, realização pessoal e indiferença social? Teoricamente jamais, mas na prática só a desejar. Antes da conquista está o viver e muita gente desperdiça esse tempo com a preocupação do fim. A verdade é que a "mina de ouro" pode estar antes mesmo de se chegar ao “the end” de nossas histórias.
Por Luana Tachiki (Equipe Desafiadores )
As pessoas deixam os maiores tesouros da vida passarem pelos seus olhos, sem os perceber. Acordam, levantam, vão ao banheiro, comem alguma coisa, veem o noticiário, enfrentam o transito, mais um dia de trabalho, almoçam, descem para faculdade, encontram amigos, voltam pra casa e assim é o outro dia até que a semana termine. Independente do que as pessoas fazem, cada um exerce uma atividade rotineira. O que na maioria dos casos são marcados pela falta de tempo.
Bem vindo à cultura comtemporânea. Antes se fazia de tudo e o dia não passava. Mas com a violência da rapidez ao receber às informações, dá a impressão do encurtamento dos dias. O tempo parece resumido, consumido.Pais, não tem tempo para filhos, mães preferem deixar seus rebentos com babás e avós. Até a alimentação é comprometida, pois substituem o saudável, pelo mais prático e rápido, o fast food. Isso tudo para se enquadrar na sociedade global e capitalista.
Numa busca implacável para se tornar o melhor entre os competidores. O mais bem preparado e apto às exigências mercadológicas. Essa rotina diária torna os indivíduos displicentes nas entrelinhas da vida. Perde-se a beleza do singelo e simples. Só percebe as verdadeiras riquezas quem tem "feeling". Só aprecia quem observa os pequenos detalhes, poucas oportunidades, gestos inesperados, encontros e desencontros.
São frações de segundos fora do roteiro programado, e quando isso acontece, ninguém aceita. Murmuram quando o ocorrido encontra-se fora do planejamento; e acham que, por isso, deu tudo errado. Esquecem que na vida tudo tem um propósito. E o que é mais louvável é saber, que antes das planilhas de erros e acertos, idas e voltas com hora marcada, existe o planejamento de DEUS. É Ele quem faz esse mover diferente das expectativas humanas. Ainda que “torçam o nariz”, muitas vezes até indignados com Deus. Ele age no sublime. Tudo isso porque não esperam a hora certa. O que há são os "achismos" e as adivinhações antes do "final do espetáculo". E só quando o dia acaba, tudo se encaixa. Tudo dá certo. Melhor, tudo é perfeito. Mas apenas para aqueles que se mantiveram atentos. Sem deixar escapar qualquer detalhe.
Será que nessa correria toda existe espaço para disposição a serviços voluntários? Vende-se serviços ocupando grande parte dos instantes. E quando sobra “um bucadinho”, o que fazer com ele? Existe alguém disposto a servir sem vínculo salarial? Ou até mesmo abdicar-se de afazeres particulares para servir ao próximo? Vontade, as pessoas têm. Mas fica difícil negociar o pouco tempo para atividades sociais de assistência à entidades carentes ou derivados do voluntariado. E quando se trata de um "espaço na agenda", o que é muito valioso, torna-se doloroso compartilhar o tempo que tem.
O que é mais importante afinal? A busca pela recompensa financeira, status social, realização pessoal e indiferença social? Teoricamente jamais, mas na prática só a desejar. Antes da conquista está o viver e muita gente desperdiça esse tempo com a preocupação do fim. A verdade é que a "mina de ouro" pode estar antes mesmo de se chegar ao “the end” de nossas histórias.
Por Luana Tachiki (Equipe Desafiadores )
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Contra a ditatura da aparência
Uma mensagem para quem tem um conceito errado sobre a Igreja de Deus e para os que medem o sucesso de uma igreja pelo tamanho numérico que ela apresenta ter. Isso é tão falso como absolutamente equivocado.
“Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2.19).
Antes de dizer qualquer coisa, preciso compartilhar com vocês sobre os males dessa época presente:
1. Pragmatismo (o que funciona é aceito)
2. A ética do econômico (os tele-evangelistas)
3. A centralidade excessiva do Eu (eu necessito...)
4. A troca acelerada de heróis (perda de referenciais
5. A substantivação do ativismo.
6. O anti-ativismo – Atividade virtual de fuga (prisioneiros da garrafa)
A DITADURA DA APARÊNCIA
A ditadura da aparência tem feito dos homens assassinos de essências. Os valores cristãos já não são a quinta-essência buscada pelos homens; o imediatismo, o utilitário é o que tem mais valor hoje. Não conseguimos manter algo por muito tempo, não conseguimos fazer algo por muito tempo, não conseguimos ser consistentes.
Esta supervalorização da aparência faz do homem um ser fugaz, efêmero, transitório. Isto porque a mesma velocidade com que conquistamos nossas metas é a mesma com que nos desfazemos delas.
Temos mesmo que reaprender as dimensões de Deus no novo milênio que estamos vivendo. Para tanto nada melhor do que lermos as palavras de Jesus sobre desconstrução e nova construção: “Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2.19).
Jesus aqui estava falando da sua morte e ressurreição, mas estava também falando de um novo começo, um novo momento da história, uma coisa que iria revolucionar o culto, a liturgia, o templo.
Com essas palavras, Jesus estava mudando o conceito de templo grande para grande templo, ou seja: igreja grande para grande igreja.
CRESCIMENTO ESPIRITUAL OBRIGA-NOS, HOJE, A MUDANÇA DE PARADIGMAS
Eu estou muito preocupado, como pastor de igreja, com as tendências comportamentais do povo de Deus. Estamos trocando o “evangelho certo” pelo “evangelho que dá certo”, a essência pela existência, a ajuda do céu pela auto-ajuda, a face de Deus pelas mãos de Deus, a piedade pelo personalismo, a grandeza dos valores pelos grandes valores, o Evangelho pelo Eu-vangelho, a necessidade de “ser” para Deus pela ganância do ter.
SOMOS PRESAS DA APARÊNCIA E DA PUBLICIDADE! O TEMPLO QUE CRESCE PARA DENTRO
Uma leitura feita em Ezequiel do capítulo 40 ao 43 e 47, do versículo 1 em diante nos dará um motivo para continuar a obra de reconstrução dos valores cristãos.
O CONTEXTO DO LIVRO DE EZEQUIEL
O contexto histórico é o do exílio de Israel em Babilônia, na geografia do atual Iraque, quinhentos anos antes de Cristo (40:1). A experiência é espiritual, portanto, de natureza subje- tiva (40.2; 43.1-6).
Duas coisas precisamos entender desta revelação que Ezequiel está recebendo de Deus:
Primeiro, Ezequiel tem uma visão do Templo Construído Por Mãos Humanas, onde as vaidades dos construtores, dos sacerdotes, dos ricos e dos reis ganhavam sua simbolização; e emprestava a esses personagens da vaidade um sentimento de importância: valia a pena até mesmo ser enterrado nas imediações (43.7-9). O Templo dos Homens era lugar de ideologia, política e auto-afirmação!
Segundo, Deus revela a Ezequiel um NOVO MODELO: “Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel este templo, para que ela se envergonhe de suas iniquidades; e meça o modelo” (43.10). O templo feito pelas mãos dos homens tem o tamanho do que eles imaginam de grandeza, mas o que Deus está mostrando agora a Ezequiel é um modelo revolucionário (40.6 a 42.20). É um edifício impossível de caber nos padrões da matemática, da física e de qualquer arquitetura moderna!
Vejamos o que Deus está mostrando a Ezequiel:
1. As medidas são anti-físicas: o lugar começa mínimo (40.5,6) e, à medida em que se entra por essa Porta Estreita e nesse Lugar Pequeno, tudo começa a crescer. A sequência da leitura mostra que as dimensões vão ficando cada vez maiores quando se entra por essa pequena porta.
2. O crescimento é para dentro: do v.7 ao 41.5 esse é um fato inescusável. Quanto mais se entra, mas o lugar aumenta em suas dimensões e espaços.
3. O lugar não apenas cresce para dentro, mas também para cima (41.6,7). E o acesso de um nível para o outro não poderia ser alcançado por fora, mas somente por dentro. O lugar cresce se se entra nele e, uma vez nele, só se passa de um nível para o outro num caminho interior.
4. O lugar não se limita às simbolizações da terra. Suas decorações são manifestações de todas as criações de Deus: querubins e palmeiras. A primeira criação — a dos anjos — e a segunda criação — a da natureza que nos circunda (41.17-20). Elementos de ambas as criações estão presentes no lugar, de madeira à rostos animais e seres angelicais. Até os anjos que nele aparecem tem cara de homem e leãozinho!
5. As portas dos lugares mais sagrados contêm as mesmas simbolizações multicriacionais (41.25). Outra vez anjos e natureza estão juntos.
6. Ao ser totalmente medido, subitamente o lugar se projeta para amplidões incomparáveis, maiores do que todas as dimensões anteriormente mencionadas (42.15 – 20).
7. Somente após visitar esse lugar cuja entrada é estreita, pequena que violenta os conceitos de espaço — pois cresce para dentro e para cima —, que está marcado por todos os signos de todas as criações, e cuja saída remete para um mundo de dimensões bem maiores, é que se diz que aquela viagem permite a instalação na consciência do discernimento entre o “santo e o profano” (42.20c).
Portanto, não se está falando de um templo construível por mãos humanas. Ele não é desta ordem de coisas! A conclusão divina dada a Ezequiel é dupla:
1. Estou mostrando o meu Lugar Santo para que eles “se envergonhem e meçam o modelo” (43.10).
2. “Esta é a lei do Templo” (43.12). É o que Ele diz aos que se preocupam com exterioridades! A questão é: e daí? Bem, para quem não entendeu ainda, Deus está nos dando, através da visão de Ezequiel, alguns parâmetros de crescimento:
. A Porta é Estreita e o Lugar é Pequeno. De fora não se sabe o quão grande é dentro.
. Quanto mais se entra, maior fica.
. As subidas de andares só acontecem por dentro.
. A espiritualidade do lugar põe querubins (anjos) e palmeiras (natureza) em equivalência.
. Uma vez fazendo a viagem para dentro às dimensões aumentam para fora. E a consciência aprende a fazer a distinção entre o santo e o profano.
O desejo de Deus é que “meçamos o modelo”. Seu desejo é que comparemos o que chamamos de religião com aquilo que Ele chama de “lugar da minha habitação”.
Nos nossos templos os reis e os que se julgam importantes pensam que apenas “um muro” os separa de Deus (43.7c e 8a). Nos nossos templos a vaidade dá lugar a monumentos ao Ego (43.7c). Nossos templos são obras do homem! Já nesse lugar da habitação de Deus, as matemáticas humanas cessam e as medidas do homem são todas elas extrapoladas (Ef 3.14-19).
CONCLUSÃO:
Nesse lugar a gente só cresce se a viagem for para dentro e para cima. Não há escadas do lado de fora! E mais: a visão que nele se encontra acerca de Deus é a de uma espiritualidade que combina anjo e palmeira: o natural e sobrenatural! Esta é a lei do templo: entre pela porta estreita, viaje para dentro de si mesmo guiado pelo Espírito — o que estiver morto ganhará vida —, cresça interiormente, inclua toda a criação em sua espiritualidade, e não tenha medo do mundo exterior, pois, uma vez fazendo a viagem, ganha-se na consciência — não nas exterioridades — o discernimento entre o que é santo e o que é profano! “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundices e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em voz espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ez 36.25,26, v. 11.19,20).
Este era o sonho dos profetas! Este é o Templo que Jesus disse que em sendo destruído Ele o reconstruiria em três dias! E nós nos tornamos esse templo em Cristo! Afinal, eu estou Nele, por isto Ele vive em mim! Assim, fica-se sabendo que o único lugar onde o caminho de Deus se realiza é o coração. Isto porque “os céus dos céus” não podem conter a Deus. Ele, no entanto, habita com o quebrantado e com o contrito de coração!
Por Rev. Paulo Cesar Lima
“Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2.19).
Antes de dizer qualquer coisa, preciso compartilhar com vocês sobre os males dessa época presente:
1. Pragmatismo (o que funciona é aceito)
2. A ética do econômico (os tele-evangelistas)
3. A centralidade excessiva do Eu (eu necessito...)
4. A troca acelerada de heróis (perda de referenciais
5. A substantivação do ativismo.
6. O anti-ativismo – Atividade virtual de fuga (prisioneiros da garrafa)
A DITADURA DA APARÊNCIA
A ditadura da aparência tem feito dos homens assassinos de essências. Os valores cristãos já não são a quinta-essência buscada pelos homens; o imediatismo, o utilitário é o que tem mais valor hoje. Não conseguimos manter algo por muito tempo, não conseguimos fazer algo por muito tempo, não conseguimos ser consistentes.
Esta supervalorização da aparência faz do homem um ser fugaz, efêmero, transitório. Isto porque a mesma velocidade com que conquistamos nossas metas é a mesma com que nos desfazemos delas.
Temos mesmo que reaprender as dimensões de Deus no novo milênio que estamos vivendo. Para tanto nada melhor do que lermos as palavras de Jesus sobre desconstrução e nova construção: “Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2.19).
Jesus aqui estava falando da sua morte e ressurreição, mas estava também falando de um novo começo, um novo momento da história, uma coisa que iria revolucionar o culto, a liturgia, o templo.
Com essas palavras, Jesus estava mudando o conceito de templo grande para grande templo, ou seja: igreja grande para grande igreja.
CRESCIMENTO ESPIRITUAL OBRIGA-NOS, HOJE, A MUDANÇA DE PARADIGMAS
Eu estou muito preocupado, como pastor de igreja, com as tendências comportamentais do povo de Deus. Estamos trocando o “evangelho certo” pelo “evangelho que dá certo”, a essência pela existência, a ajuda do céu pela auto-ajuda, a face de Deus pelas mãos de Deus, a piedade pelo personalismo, a grandeza dos valores pelos grandes valores, o Evangelho pelo Eu-vangelho, a necessidade de “ser” para Deus pela ganância do ter.
SOMOS PRESAS DA APARÊNCIA E DA PUBLICIDADE! O TEMPLO QUE CRESCE PARA DENTRO
Uma leitura feita em Ezequiel do capítulo 40 ao 43 e 47, do versículo 1 em diante nos dará um motivo para continuar a obra de reconstrução dos valores cristãos.
O CONTEXTO DO LIVRO DE EZEQUIEL
O contexto histórico é o do exílio de Israel em Babilônia, na geografia do atual Iraque, quinhentos anos antes de Cristo (40:1). A experiência é espiritual, portanto, de natureza subje- tiva (40.2; 43.1-6).
Duas coisas precisamos entender desta revelação que Ezequiel está recebendo de Deus:
Primeiro, Ezequiel tem uma visão do Templo Construído Por Mãos Humanas, onde as vaidades dos construtores, dos sacerdotes, dos ricos e dos reis ganhavam sua simbolização; e emprestava a esses personagens da vaidade um sentimento de importância: valia a pena até mesmo ser enterrado nas imediações (43.7-9). O Templo dos Homens era lugar de ideologia, política e auto-afirmação!
Segundo, Deus revela a Ezequiel um NOVO MODELO: “Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel este templo, para que ela se envergonhe de suas iniquidades; e meça o modelo” (43.10). O templo feito pelas mãos dos homens tem o tamanho do que eles imaginam de grandeza, mas o que Deus está mostrando agora a Ezequiel é um modelo revolucionário (40.6 a 42.20). É um edifício impossível de caber nos padrões da matemática, da física e de qualquer arquitetura moderna!
Vejamos o que Deus está mostrando a Ezequiel:
1. As medidas são anti-físicas: o lugar começa mínimo (40.5,6) e, à medida em que se entra por essa Porta Estreita e nesse Lugar Pequeno, tudo começa a crescer. A sequência da leitura mostra que as dimensões vão ficando cada vez maiores quando se entra por essa pequena porta.
2. O crescimento é para dentro: do v.7 ao 41.5 esse é um fato inescusável. Quanto mais se entra, mas o lugar aumenta em suas dimensões e espaços.
3. O lugar não apenas cresce para dentro, mas também para cima (41.6,7). E o acesso de um nível para o outro não poderia ser alcançado por fora, mas somente por dentro. O lugar cresce se se entra nele e, uma vez nele, só se passa de um nível para o outro num caminho interior.
4. O lugar não se limita às simbolizações da terra. Suas decorações são manifestações de todas as criações de Deus: querubins e palmeiras. A primeira criação — a dos anjos — e a segunda criação — a da natureza que nos circunda (41.17-20). Elementos de ambas as criações estão presentes no lugar, de madeira à rostos animais e seres angelicais. Até os anjos que nele aparecem tem cara de homem e leãozinho!
5. As portas dos lugares mais sagrados contêm as mesmas simbolizações multicriacionais (41.25). Outra vez anjos e natureza estão juntos.
6. Ao ser totalmente medido, subitamente o lugar se projeta para amplidões incomparáveis, maiores do que todas as dimensões anteriormente mencionadas (42.15 – 20).
7. Somente após visitar esse lugar cuja entrada é estreita, pequena que violenta os conceitos de espaço — pois cresce para dentro e para cima —, que está marcado por todos os signos de todas as criações, e cuja saída remete para um mundo de dimensões bem maiores, é que se diz que aquela viagem permite a instalação na consciência do discernimento entre o “santo e o profano” (42.20c).
Portanto, não se está falando de um templo construível por mãos humanas. Ele não é desta ordem de coisas! A conclusão divina dada a Ezequiel é dupla:
1. Estou mostrando o meu Lugar Santo para que eles “se envergonhem e meçam o modelo” (43.10).
2. “Esta é a lei do Templo” (43.12). É o que Ele diz aos que se preocupam com exterioridades! A questão é: e daí? Bem, para quem não entendeu ainda, Deus está nos dando, através da visão de Ezequiel, alguns parâmetros de crescimento:
. A Porta é Estreita e o Lugar é Pequeno. De fora não se sabe o quão grande é dentro.
. Quanto mais se entra, maior fica.
. As subidas de andares só acontecem por dentro.
. A espiritualidade do lugar põe querubins (anjos) e palmeiras (natureza) em equivalência.
. Uma vez fazendo a viagem para dentro às dimensões aumentam para fora. E a consciência aprende a fazer a distinção entre o santo e o profano.
O desejo de Deus é que “meçamos o modelo”. Seu desejo é que comparemos o que chamamos de religião com aquilo que Ele chama de “lugar da minha habitação”.
Nos nossos templos os reis e os que se julgam importantes pensam que apenas “um muro” os separa de Deus (43.7c e 8a). Nos nossos templos a vaidade dá lugar a monumentos ao Ego (43.7c). Nossos templos são obras do homem! Já nesse lugar da habitação de Deus, as matemáticas humanas cessam e as medidas do homem são todas elas extrapoladas (Ef 3.14-19).
CONCLUSÃO:
Nesse lugar a gente só cresce se a viagem for para dentro e para cima. Não há escadas do lado de fora! E mais: a visão que nele se encontra acerca de Deus é a de uma espiritualidade que combina anjo e palmeira: o natural e sobrenatural! Esta é a lei do templo: entre pela porta estreita, viaje para dentro de si mesmo guiado pelo Espírito — o que estiver morto ganhará vida —, cresça interiormente, inclua toda a criação em sua espiritualidade, e não tenha medo do mundo exterior, pois, uma vez fazendo a viagem, ganha-se na consciência — não nas exterioridades — o discernimento entre o que é santo e o que é profano! “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundices e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em voz espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ez 36.25,26, v. 11.19,20).
Este era o sonho dos profetas! Este é o Templo que Jesus disse que em sendo destruído Ele o reconstruiria em três dias! E nós nos tornamos esse templo em Cristo! Afinal, eu estou Nele, por isto Ele vive em mim! Assim, fica-se sabendo que o único lugar onde o caminho de Deus se realiza é o coração. Isto porque “os céus dos céus” não podem conter a Deus. Ele, no entanto, habita com o quebrantado e com o contrito de coração!
Por Rev. Paulo Cesar Lima
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Cristão "Nesca-fé solúvel"
Errar para quem quer acertar é chato, ruim, doloroso e irritante para a fé impaciente e imediatista, na qual estamos acostumados a "ver a vida, breve, passar". Quem começou com a fé em pó solúvel, "nesca-fé", não sei, mas o movimento cresceu e ganhou proporções continentais. Teorias fenomenais.
Cristão não pode espirrar, engasgar, tossir e gemer, sem que alguém lhe culpe pela sua falta de fé!
Sinceramente? Já passei por situações nas quais me arrependi profundamente por ser humana. Mas ser o quê? Só posso ser gente! Gente é mortal! Gente sofre! Gente erra! Gente é pó! Gente é costela! Gente é Adão! Gente é Eva! Gente é gente!
Uma coisa tenho aprendido: É possível chegar ao fundo de um poço e descobrir que só resta a alternativa de escalar e subir! Tudo é possível pela fé. Agora, qual fé? A fé dos super-crentes indolores? A fé da "raça de víboras", indicada por Jesus nos evangelhos? Não! Milhões de vezes não!
A fé é a certeza das coisas que se esperam. É preciso esperar! Só que aprendemos a não esperar e isto pela fé! Fé "Nesca-fé"!
"Posso todos as coisas naquele que me fortalece!" O contexto deste texto bíblico é ignorado. Nele, o escritor fala de superações de sofrimentos, mas a teoria da prosperidade bateu duro contra a realidade do sofrimento humano para combater a teoria da miséria. Pelo amor de Deus, podemos sofrer com fé, em paz e se preciso for, morrer com fé, mas crendo em paz, sem com tudo, alcançar as promessas, como os heróis da fé fizeram, descritos na carta aos hebreus?
Também será que podemos ser vitoriosos como os leprosos que foram curados imediatamente ou como aqueles paralíticos, coxos, mudos, enfermos, endemoniados e cegos que foram instantaneamente sarados pelo toque de Jesus, cuspe de Jesus ou a sombra de Pedro e lenços suados dos apóstolos?
Gente, por favor, vamos dar espaço para Deus ser Deus em nossas vidas. Ele é o Senhor! Ele governa! Ele é soberano!
Aquele que é curado não condene o que não foi! Quem estiver nadando em dinheiro não condene aquele que está se afogando para pagar as contas! Vamos ser misericordiosos uns cons os outros. Repartir o pão! Visitar o enfermo! Dar água ao sedento! Ou... Receber o pão! Receber a visita! Beber a água!
Precisamos, nós cristãos, abrirmos um espaço, protegidos sob o teto de Deus, para a sua soberania em nos dizer sim ou não! Sim não é talvez e não é não! Mas sentimos uma profunda dificuldade com: O sim é sim e o não é não!
- Sim! É possível viver algo sobrenatural e imediato dentro de uma situação urgente e difícil através da fé em Cristo.
- Sim! É possível viver um não de Deus, doloroso, dentro de uma mesma situação urgente e difícil, mas sem perder a fé. Morrer crendo, não necessariamente é morrer literalmente de morte morrida. A morte pode ser de uma coisa que se deseja muito, mas que... sinto muito... o não foi ou é definitivo e que apesar disso, o amor de Deus é maior dentro do coração.Podemos amar a Deus por ser Ele quem é!Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, príncipe da paz e Pai da eternidade.
- Para onde iremos? Só tu tens as palavras da Vida Eterna! Disseram isso para Jesus, quando a coisa colidiu em cheio contra os interesses humanos de levar vantagens em tudo.
Tudo tem seu tempo! Creio ser esta a lição mais difícil das que são difíceis de se aprender e respeitar nas leis de Deus, o Todo Poderoso!
"Tempo de plantar..colher...nascer...morrer...gastar...economizar...rir... chorar...abraçar...afastar-se...".
Não aceite nenhuma doutrina cristã, supostamente, que te poupe da dor de viver ou da alegria dela!Viver sempre terão os dois lados da moeda. Nossa fé tem que ser para viver e para morrer por Jesus Cristo!
Por Bispa Gisela Sanchez
Cristão não pode espirrar, engasgar, tossir e gemer, sem que alguém lhe culpe pela sua falta de fé!
Sinceramente? Já passei por situações nas quais me arrependi profundamente por ser humana. Mas ser o quê? Só posso ser gente! Gente é mortal! Gente sofre! Gente erra! Gente é pó! Gente é costela! Gente é Adão! Gente é Eva! Gente é gente!
Uma coisa tenho aprendido: É possível chegar ao fundo de um poço e descobrir que só resta a alternativa de escalar e subir! Tudo é possível pela fé. Agora, qual fé? A fé dos super-crentes indolores? A fé da "raça de víboras", indicada por Jesus nos evangelhos? Não! Milhões de vezes não!
A fé é a certeza das coisas que se esperam. É preciso esperar! Só que aprendemos a não esperar e isto pela fé! Fé "Nesca-fé"!
"Posso todos as coisas naquele que me fortalece!" O contexto deste texto bíblico é ignorado. Nele, o escritor fala de superações de sofrimentos, mas a teoria da prosperidade bateu duro contra a realidade do sofrimento humano para combater a teoria da miséria. Pelo amor de Deus, podemos sofrer com fé, em paz e se preciso for, morrer com fé, mas crendo em paz, sem com tudo, alcançar as promessas, como os heróis da fé fizeram, descritos na carta aos hebreus?
Também será que podemos ser vitoriosos como os leprosos que foram curados imediatamente ou como aqueles paralíticos, coxos, mudos, enfermos, endemoniados e cegos que foram instantaneamente sarados pelo toque de Jesus, cuspe de Jesus ou a sombra de Pedro e lenços suados dos apóstolos?
Gente, por favor, vamos dar espaço para Deus ser Deus em nossas vidas. Ele é o Senhor! Ele governa! Ele é soberano!
Aquele que é curado não condene o que não foi! Quem estiver nadando em dinheiro não condene aquele que está se afogando para pagar as contas! Vamos ser misericordiosos uns cons os outros. Repartir o pão! Visitar o enfermo! Dar água ao sedento! Ou... Receber o pão! Receber a visita! Beber a água!
Precisamos, nós cristãos, abrirmos um espaço, protegidos sob o teto de Deus, para a sua soberania em nos dizer sim ou não! Sim não é talvez e não é não! Mas sentimos uma profunda dificuldade com: O sim é sim e o não é não!
- Sim! É possível viver algo sobrenatural e imediato dentro de uma situação urgente e difícil através da fé em Cristo.
- Sim! É possível viver um não de Deus, doloroso, dentro de uma mesma situação urgente e difícil, mas sem perder a fé. Morrer crendo, não necessariamente é morrer literalmente de morte morrida. A morte pode ser de uma coisa que se deseja muito, mas que... sinto muito... o não foi ou é definitivo e que apesar disso, o amor de Deus é maior dentro do coração.Podemos amar a Deus por ser Ele quem é!Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, príncipe da paz e Pai da eternidade.
- Para onde iremos? Só tu tens as palavras da Vida Eterna! Disseram isso para Jesus, quando a coisa colidiu em cheio contra os interesses humanos de levar vantagens em tudo.
Tudo tem seu tempo! Creio ser esta a lição mais difícil das que são difíceis de se aprender e respeitar nas leis de Deus, o Todo Poderoso!
"Tempo de plantar..colher...nascer...morrer...gastar...economizar...rir... chorar...abraçar...afastar-se...".
Não aceite nenhuma doutrina cristã, supostamente, que te poupe da dor de viver ou da alegria dela!Viver sempre terão os dois lados da moeda. Nossa fé tem que ser para viver e para morrer por Jesus Cristo!
Por Bispa Gisela Sanchez
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Pentecostalismo sem o Espírito Santo (I e II Coríntios)
Pentecostalismo sem o Espírito Santo é um absurdo, mas existe, é o mesmo fenômeno de cristianismo sem Cristo, de expiação sem sangue, de fé sem obras
- Os exemplos mais recentes são os escândalos envolvendo crentes e até mesmo obreiros
- O exemplo mais remoto é a igreja de Corinto
- Em Corinto havia um grande interesse por línguas e pelos dons espirituais
- O culto era nitidamente pentecostal, mas não havia santidade de vida
1) Em Corinto havia muita carnalidade
- Os membros da igreja andavam segundo a carne e não segundo o Espírito
- Eram eternas crianças em Cristo, não podiam comer alimento sólido
- Alimentavam-se de mamadeiras (I Co 3.1-3)
- Embora chamados para serem santos, não produziam o fruto do Espírito Santo
2) Em Corinto havia contendas e divisões
- Formava-se vários grupos: O de Paulo, o de Cefas, o de Apolo e o grupo de Cristo, talvez esse fosse o mais arrogante (I Co 1.12,13)
- Todos buscavam dons, mas nunca o dom supremo
3) Em Corinto havia escândalos
- Um de seus membros subiu ao próprio leito de seu pai (I Co 5.1)
- Alguns se embriagavam nas reuniões de Santa ceia
- Questões internas eram levadas a autoridades não crentes
4) Em Corinto havia soberba
- A igreja se esqueceu que a glória toda pertence a Jesus
- Eles não louvavam a Deus, mas a si mesmo
- Eles não gloriavam ao Senhor
- Eles se consideravam ricos e fartos
5)Em Corinto havia luxúria (I Co 7.8-13)
- Acostumados com a filosofia de que era preciso dar livre vazão as seus desejos carnais
- Alguns procuravam prostitutas e pecavam contra o próprio corpo
6) Precisamos acabar com isto...
- Pentecostalismo sem o Espírito Santo
- Ele não nos interessa, não produz poder, não produz a santidade, não produz a humildade
- O pentecostalismo que precisamos é aquele com o Espírito Santo
- Na base do amor, na base da unidade, na base da renuncia, na base da plena submissão, na base do arrependimento
Pentecostes com os dons, mas com frutos...
Por Pr. Abílio Rocha
- Os exemplos mais recentes são os escândalos envolvendo crentes e até mesmo obreiros
- O exemplo mais remoto é a igreja de Corinto
- Em Corinto havia um grande interesse por línguas e pelos dons espirituais
- O culto era nitidamente pentecostal, mas não havia santidade de vida
1) Em Corinto havia muita carnalidade
- Os membros da igreja andavam segundo a carne e não segundo o Espírito
- Eram eternas crianças em Cristo, não podiam comer alimento sólido
- Alimentavam-se de mamadeiras (I Co 3.1-3)
- Embora chamados para serem santos, não produziam o fruto do Espírito Santo
2) Em Corinto havia contendas e divisões
- Formava-se vários grupos: O de Paulo, o de Cefas, o de Apolo e o grupo de Cristo, talvez esse fosse o mais arrogante (I Co 1.12,13)
- Todos buscavam dons, mas nunca o dom supremo
3) Em Corinto havia escândalos
- Um de seus membros subiu ao próprio leito de seu pai (I Co 5.1)
- Alguns se embriagavam nas reuniões de Santa ceia
- Questões internas eram levadas a autoridades não crentes
4) Em Corinto havia soberba
- A igreja se esqueceu que a glória toda pertence a Jesus
- Eles não louvavam a Deus, mas a si mesmo
- Eles não gloriavam ao Senhor
- Eles se consideravam ricos e fartos
5)Em Corinto havia luxúria (I Co 7.8-13)
- Acostumados com a filosofia de que era preciso dar livre vazão as seus desejos carnais
- Alguns procuravam prostitutas e pecavam contra o próprio corpo
6) Precisamos acabar com isto...
- Pentecostalismo sem o Espírito Santo
- Ele não nos interessa, não produz poder, não produz a santidade, não produz a humildade
- O pentecostalismo que precisamos é aquele com o Espírito Santo
- Na base do amor, na base da unidade, na base da renuncia, na base da plena submissão, na base do arrependimento
Pentecostes com os dons, mas com frutos...
Por Pr. Abílio Rocha
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
"Arca de Noé" em tamanho real será construída em breve
Uma réplica da Arca de Noé em escala real será a maior atração de um parque temático do Criacionismo. A previsão é que seja terminado até 2014 e ficará no norte do estado americano de Kentucky, anunciou esta semana o governador Steve Beshear.
O parque, que custará 150 milhões de dólares, será financiado por um grupo chamado Ark Encounter LLC, o mesmo que atua uma parceria com o ministério cristão fundamentalista Answers in Genesis. Trata-se do mesmo grupo que já mantém o Museu da Criação, onde funcionam exibições em tamanho real de histórias da Bíblia.
A escolha do local ainda não está decidida oficialmente, mas os organizadores podem optar por uma área de 800 hectares, distando cerca de 70 km do Museu da Criação, AQUI que já funciona perto da divisa de Kentucky e Ohio.
“Trazer novos empregos para Kentucky é minha prioridade, e com os 900 empregos este projecto vai criar, estou feliz com o impacto econômico que terá na região Norte do Estado,” disse Beshear em pronunciamento esta semana.
Ken Ham, presidente do ministério Answers In Genesis [Respostas em Gênesis], cita uma pesquisa que indica o interesse de 63% de americanos em visitar uma réplica em tamanho real da Arca de Noé. Por isso, acredita-se que o parque poderá atrair 1.6 milhão de visitantes por ano, segundo esse estudo de viabilidade da America Research Group.
Além da arca, que seguirá as proporções bíblicas, o complexo incluirá uma cidade cercada de muros, uma mostra de animais vivos dentro da Arca, com área infantil interativa, uma réplica da Torre de Babel, um cinema com efeitos especiais (5D) com 500 lugares, um roteiro de viagem através da Bíblia e uma reprodução de uma aldeia típica do Oriente Médio nos tempos de Jesus. O espaço utilizado pelo Parque “Arca do Encontro” será pouco maior que o da Disneylândia.
Parte do financiamento está sendo promovido pelo ministério em seu site AQUI, onde voluntários podem “adotar”, com doações entre 100 e 5.000 dólares, pedaços da Arca. Cerca de 113 mil já foi arrecadado na primeira semana.
O apoio formal do Estado à construção de um parque temático religioso já tem atraído controvérsias. O governo assumiu 1/4 dos custos. Embora não seja ilegal, Ed Kagin, procurador do Estado considerou o esforço “questionável”.
Por outro lado, o deputado democrata Royce Adams declarou seu apoio e afirmou: “Além dos 900 empregos gerados, a atração será um marco para aqueles que compartilham de nossa fé”. Enquanto o juíz do Conmdado Darrel Link, declarou: “Com a arca virá um arco-íris, e no final de cada arco-íris tem um pote de ouro”.
A administração do Museu da Criação, que será a mantenedora do parque, acredita que essa construção também atrairá muitos desses visitantes para o Museu. Desde que foi inaugurado em 2007, o Museu já recebeu quase um milhão e meio de visitantes. O Museu da Criação foi criado para divulgar o Cristianismo e sempre gerou controvérsias por defender uma interpretação literal do Livro de Gênesis, questionando a teoria da evolução e mostrando que seres humanos conviveram com dinossauros. Conheça mais sobre o Museu AQUI
Tradução e edição Jarbas Aragão, com informações de MSNBC e NEWS5
O parque, que custará 150 milhões de dólares, será financiado por um grupo chamado Ark Encounter LLC, o mesmo que atua uma parceria com o ministério cristão fundamentalista Answers in Genesis. Trata-se do mesmo grupo que já mantém o Museu da Criação, onde funcionam exibições em tamanho real de histórias da Bíblia.
A escolha do local ainda não está decidida oficialmente, mas os organizadores podem optar por uma área de 800 hectares, distando cerca de 70 km do Museu da Criação, AQUI que já funciona perto da divisa de Kentucky e Ohio.
“Trazer novos empregos para Kentucky é minha prioridade, e com os 900 empregos este projecto vai criar, estou feliz com o impacto econômico que terá na região Norte do Estado,” disse Beshear em pronunciamento esta semana.
Ken Ham, presidente do ministério Answers In Genesis [Respostas em Gênesis], cita uma pesquisa que indica o interesse de 63% de americanos em visitar uma réplica em tamanho real da Arca de Noé. Por isso, acredita-se que o parque poderá atrair 1.6 milhão de visitantes por ano, segundo esse estudo de viabilidade da America Research Group.
Além da arca, que seguirá as proporções bíblicas, o complexo incluirá uma cidade cercada de muros, uma mostra de animais vivos dentro da Arca, com área infantil interativa, uma réplica da Torre de Babel, um cinema com efeitos especiais (5D) com 500 lugares, um roteiro de viagem através da Bíblia e uma reprodução de uma aldeia típica do Oriente Médio nos tempos de Jesus. O espaço utilizado pelo Parque “Arca do Encontro” será pouco maior que o da Disneylândia.
Parte do financiamento está sendo promovido pelo ministério em seu site AQUI, onde voluntários podem “adotar”, com doações entre 100 e 5.000 dólares, pedaços da Arca. Cerca de 113 mil já foi arrecadado na primeira semana.
O apoio formal do Estado à construção de um parque temático religioso já tem atraído controvérsias. O governo assumiu 1/4 dos custos. Embora não seja ilegal, Ed Kagin, procurador do Estado considerou o esforço “questionável”.
Por outro lado, o deputado democrata Royce Adams declarou seu apoio e afirmou: “Além dos 900 empregos gerados, a atração será um marco para aqueles que compartilham de nossa fé”. Enquanto o juíz do Conmdado Darrel Link, declarou: “Com a arca virá um arco-íris, e no final de cada arco-íris tem um pote de ouro”.
A administração do Museu da Criação, que será a mantenedora do parque, acredita que essa construção também atrairá muitos desses visitantes para o Museu. Desde que foi inaugurado em 2007, o Museu já recebeu quase um milhão e meio de visitantes. O Museu da Criação foi criado para divulgar o Cristianismo e sempre gerou controvérsias por defender uma interpretação literal do Livro de Gênesis, questionando a teoria da evolução e mostrando que seres humanos conviveram com dinossauros. Conheça mais sobre o Museu AQUI
Tradução e edição Jarbas Aragão, com informações de MSNBC e NEWS5
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Abigail - uma mulher bela, generosa e sábia
“Abigail... era a mulher de bom entendimento e formosa...” (1Sa 25:3).
O livro de 1º Samuel 25 nos relata história de um homem que tinha muitas posses no Carmelo, muitos gados, muitas ovelhas, enfim, um homem muito rico. Seu nome era Nabal. Homem duro de coração, maligno em todo o seu trato. Era ele da casa de Calebe. Sua mulher chamava-se Abigail, sensata, formosa e prudente.
Davi estava acampado no deserto com seus homens quando ouviu falar que Nabal estava no Carmelo tosquiando suas ovelhas, mandou dez homens subirem lá ao encontro de Nabal, porém ao deram o recado de Davi são mal recebidos. Nesse meio tempo um dos moços de Nabal vai ao encontro Abigail, conta o que acontecera e pede que ela faça alguma coisa, porque ninguém consegue lidar com Nabal (homem de Belial, homem perverso).
”Porém um dentre os moços o anunciou a Abigail, mulher de Nabal, dizendo: Eis que Davi enviou mensageiros desde o deserto a saudar o nosso amo; porém ele os destratou. Todavia, aqueles homens têm-nos sido muito bons, e nunca fomos agravado por eles, e nada nos faltou em todos os dias que convivemos com eles quando estavam ao campo. De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas. Considera, pois, e vê o que hás de fazer, porque o mal já está de todo determinado contra o nosso amo e contra toda a sua casa, e ele é um homem vil, que não há quem lhe possa falar.”
Homem rico, porém tolo e insensato!
Observando estes versículos podemos ver que o relacionamento entre Abigail e seus servos era de pura confiança, enquanto o de Nabal com eles era de completa desconfiança.
Ao examinarmos o nosso caminhar diário podemos saber de que lado estamos:
Será que somos parecidos com Abigail, uma mulher equilibrada, sábia e dócil de coração ou será que somos mais parecidos com Nabal, um homem duro nas decisões, autoritário e com um coração insensível?.
Por causa da resposta insensata de Nabal, Abigail teve que agir com rapidez e sabedoria a fim de salvar a vida de seu marido, de toda a sua família e de seus servos.
Ela não mediu esforços para levar até Davi tudo que ele estava precisando e muito mais – “... duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados...” (1Sa 25:18).
Abigail levou consigo não somente a comida para Davi e seus homens mas também levou um coração humilde. A Bíblia nos diz em 1 Samuel 25:23 que Abigail foi até Davi e “...se inclinou à terra. E lançou-se a seus pés e disse: Ah, Senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos, e ouve as palavras da tua serva.” E Abigail continuou pedindo a Davi que não matasse seu marido nem ninguém da sua casa. E deus usou esta mulher...
1- uma mulher fiel para por em prática o Seu plano na vida dela [“... e ela seguiu os mensageiros de Davi, e foi sua mulher” (1Sa 25:42)];
2- uma mulher sábia que, rapidamente, decidiu como deveria salvar a sua família e seus servos [“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tia 1:5)].
A Bíblia nos diz que “... passados quase dez dias, feriu o Senhor a Nabal, e este morreu” (1Sa 25:38).
Com a morte de Nabal, Abigail começou uma nova vida. O Senhor pôs um ponto final nos problemas que perturbavam o seu dia-a-dia.
Quando Davi soube da morte do homem que o afrontou, mandou chamá-la para ser sua esposa. Que alegria! Sua vida, agora, iria mudar! Ela seria a esposa daquele que ela livrara de cometer um crime, daquele que era o amado do Senhor, daquele que era segundo o coração de Deus. Ela ia ser esposa de Davi.
Os planos de Deus para Abigail se tornaram realidade:
1- com um marido que ouvia e obedecia a voz de Deus de todo o seu coração;
2- com um filho (o segundo de Davi) cujo nome, Quileade, significava “Deus é meu juiz” (2Sa 3:3).
Ao observarmos todo o desenrolar da vida de Abigail, podemos aproveitar as lições sábias de uma mulher que temia ao Senhor (portanto, uma mulher sábia, pois a Bíblia nos diz que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sal 111:10) e, por isso, era submissa a um marido tolo e ímpio.
“Então disse Davi a Abigail: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me impediste de derramar sangue, e de vingar-me pela minha própria mão” (1Sa 25:32-33).
O livro de 1º Samuel 25 nos relata história de um homem que tinha muitas posses no Carmelo, muitos gados, muitas ovelhas, enfim, um homem muito rico. Seu nome era Nabal. Homem duro de coração, maligno em todo o seu trato. Era ele da casa de Calebe. Sua mulher chamava-se Abigail, sensata, formosa e prudente.
Davi estava acampado no deserto com seus homens quando ouviu falar que Nabal estava no Carmelo tosquiando suas ovelhas, mandou dez homens subirem lá ao encontro de Nabal, porém ao deram o recado de Davi são mal recebidos. Nesse meio tempo um dos moços de Nabal vai ao encontro Abigail, conta o que acontecera e pede que ela faça alguma coisa, porque ninguém consegue lidar com Nabal (homem de Belial, homem perverso).
”Porém um dentre os moços o anunciou a Abigail, mulher de Nabal, dizendo: Eis que Davi enviou mensageiros desde o deserto a saudar o nosso amo; porém ele os destratou. Todavia, aqueles homens têm-nos sido muito bons, e nunca fomos agravado por eles, e nada nos faltou em todos os dias que convivemos com eles quando estavam ao campo. De muro em redor nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas. Considera, pois, e vê o que hás de fazer, porque o mal já está de todo determinado contra o nosso amo e contra toda a sua casa, e ele é um homem vil, que não há quem lhe possa falar.”
Homem rico, porém tolo e insensato!
Observando estes versículos podemos ver que o relacionamento entre Abigail e seus servos era de pura confiança, enquanto o de Nabal com eles era de completa desconfiança.
Ao examinarmos o nosso caminhar diário podemos saber de que lado estamos:
Será que somos parecidos com Abigail, uma mulher equilibrada, sábia e dócil de coração ou será que somos mais parecidos com Nabal, um homem duro nas decisões, autoritário e com um coração insensível?.
Por causa da resposta insensata de Nabal, Abigail teve que agir com rapidez e sabedoria a fim de salvar a vida de seu marido, de toda a sua família e de seus servos.
Ela não mediu esforços para levar até Davi tudo que ele estava precisando e muito mais – “... duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados...” (1Sa 25:18).
Abigail levou consigo não somente a comida para Davi e seus homens mas também levou um coração humilde. A Bíblia nos diz em 1 Samuel 25:23 que Abigail foi até Davi e “...se inclinou à terra. E lançou-se a seus pés e disse: Ah, Senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos, e ouve as palavras da tua serva.” E Abigail continuou pedindo a Davi que não matasse seu marido nem ninguém da sua casa. E deus usou esta mulher...
1- uma mulher fiel para por em prática o Seu plano na vida dela [“... e ela seguiu os mensageiros de Davi, e foi sua mulher” (1Sa 25:42)];
2- uma mulher sábia que, rapidamente, decidiu como deveria salvar a sua família e seus servos [“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tia 1:5)].
A Bíblia nos diz que “... passados quase dez dias, feriu o Senhor a Nabal, e este morreu” (1Sa 25:38).
Com a morte de Nabal, Abigail começou uma nova vida. O Senhor pôs um ponto final nos problemas que perturbavam o seu dia-a-dia.
Quando Davi soube da morte do homem que o afrontou, mandou chamá-la para ser sua esposa. Que alegria! Sua vida, agora, iria mudar! Ela seria a esposa daquele que ela livrara de cometer um crime, daquele que era o amado do Senhor, daquele que era segundo o coração de Deus. Ela ia ser esposa de Davi.
Os planos de Deus para Abigail se tornaram realidade:
1- com um marido que ouvia e obedecia a voz de Deus de todo o seu coração;
2- com um filho (o segundo de Davi) cujo nome, Quileade, significava “Deus é meu juiz” (2Sa 3:3).
Ao observarmos todo o desenrolar da vida de Abigail, podemos aproveitar as lições sábias de uma mulher que temia ao Senhor (portanto, uma mulher sábia, pois a Bíblia nos diz que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sal 111:10) e, por isso, era submissa a um marido tolo e ímpio.
“Então disse Davi a Abigail: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro. E bendito o teu conselho, e bendita tu, que hoje me impediste de derramar sangue, e de vingar-me pela minha própria mão” (1Sa 25:32-33).
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