Com o fim de ano se aproximando, vêm aqueles pensamentos ou reflexões a respeito do que fizemos com o nosso tempo neste ano que passou. Pensando nisso, vamos refletir:
As pessoas deixam os maiores tesouros da vida passarem pelos seus olhos, sem os perceber. Acordam, levantam, vão ao banheiro, comem alguma coisa, veem o noticiário, enfrentam o transito, mais um dia de trabalho, almoçam, descem para faculdade, encontram amigos, voltam pra casa e assim é o outro dia até que a semana termine. Independente do que as pessoas fazem, cada um exerce uma atividade rotineira. O que na maioria dos casos são marcados pela falta de tempo.
Bem vindo à cultura comtemporânea. Antes se fazia de tudo e o dia não passava. Mas com a violência da rapidez ao receber às informações, dá a impressão do encurtamento dos dias. O tempo parece resumido, consumido.Pais, não tem tempo para filhos, mães preferem deixar seus rebentos com babás e avós. Até a alimentação é comprometida, pois substituem o saudável, pelo mais prático e rápido, o fast food. Isso tudo para se enquadrar na sociedade global e capitalista.
Numa busca implacável para se tornar o melhor entre os competidores. O mais bem preparado e apto às exigências mercadológicas. Essa rotina diária torna os indivíduos displicentes nas entrelinhas da vida. Perde-se a beleza do singelo e simples. Só percebe as verdadeiras riquezas quem tem "feeling". Só aprecia quem observa os pequenos detalhes, poucas oportunidades, gestos inesperados, encontros e desencontros.
São frações de segundos fora do roteiro programado, e quando isso acontece, ninguém aceita. Murmuram quando o ocorrido encontra-se fora do planejamento; e acham que, por isso, deu tudo errado. Esquecem que na vida tudo tem um propósito. E o que é mais louvável é saber, que antes das planilhas de erros e acertos, idas e voltas com hora marcada, existe o planejamento de DEUS. É Ele quem faz esse mover diferente das expectativas humanas. Ainda que “torçam o nariz”, muitas vezes até indignados com Deus. Ele age no sublime. Tudo isso porque não esperam a hora certa. O que há são os "achismos" e as adivinhações antes do "final do espetáculo". E só quando o dia acaba, tudo se encaixa. Tudo dá certo. Melhor, tudo é perfeito. Mas apenas para aqueles que se mantiveram atentos. Sem deixar escapar qualquer detalhe.
Será que nessa correria toda existe espaço para disposição a serviços voluntários? Vende-se serviços ocupando grande parte dos instantes. E quando sobra “um bucadinho”, o que fazer com ele? Existe alguém disposto a servir sem vínculo salarial? Ou até mesmo abdicar-se de afazeres particulares para servir ao próximo? Vontade, as pessoas têm. Mas fica difícil negociar o pouco tempo para atividades sociais de assistência à entidades carentes ou derivados do voluntariado. E quando se trata de um "espaço na agenda", o que é muito valioso, torna-se doloroso compartilhar o tempo que tem.
O que é mais importante afinal? A busca pela recompensa financeira, status social, realização pessoal e indiferença social? Teoricamente jamais, mas na prática só a desejar. Antes da conquista está o viver e muita gente desperdiça esse tempo com a preocupação do fim. A verdade é que a "mina de ouro" pode estar antes mesmo de se chegar ao “the end” de nossas histórias.
Por Luana Tachiki (Equipe Desafiadores )
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