Pelo menos 62 pessoas morreram em
Portugal depois de "um incêndio quase incontrolável", que começou no
último sábado (17). Dezenas de casas foram destruídas em Pedrogão Grande, uma
região montanhosa no centro do país.
Esta é a "pior tragédia humana
desse tipo em Portugal", disse o primeiro-ministro Antonio Costa. O país
decretou três dias de luto nacional. Dezenas de pessoas ficaram feridas,
enquanto fugiam do "cenário de destruição", de acordo com
testemunhas. Muitos dos sobreviventes foram encontrados em "um estado de
choque", depois de perder familiares e amigos.
Muitos morreram enquanto tentavam
escapar das chamas. 30 corpos foram encontrados dentro de carros e outros 17
corpos ao lado de veículos. Cerca de 1.600 bombeiros trabalham para controlar
as chamas, que têm avançado para a região da cidade de Góis, onde a situação é
considerada preocupante.
Sobreviventes: "Havia um
estranho silêncio"
Uma mulher que conseguiu fugir com segurança, disse à emissora de TV portuguesa 'RTP': "Todos os carros estavam queimando de repente, incluindo o nosso. Meu marido e eu já sabíamos que estávamos nas mãos de Deus. De alguma forma conseguimos abrir a porta [de casa] e atravessar os pinheiros caídos".
Uma mulher que conseguiu fugir com segurança, disse à emissora de TV portuguesa 'RTP': "Todos os carros estavam queimando de repente, incluindo o nosso. Meu marido e eu já sabíamos que estávamos nas mãos de Deus. De alguma forma conseguimos abrir a porta [de casa] e atravessar os pinheiros caídos".
Outro sobrevivente disse à BBC:
"Depois que o fogo passou, pensamos que ainda estaria tudo claro, mas já
estava escuro. Havia uma estranha camada de fumaça sobre os olhos de todos.
Você poderia ouvir as câmaras de gás explodindo, ver os flashes azuis
desaparecendo. Havia também um estranho silêncio. (...) Eu não tenho vergonha
de dizer: 'estava orando, todos nós estávamos orando. Eu não sou religioso, mas
naquele momento, não havia mais nada a fazer".
Evangélicos: "Orem! A dor
inundou o país"
A Aliança Evangélica Portuguesa tem se mobilizado para ajudar os feridos, desabrigados e pessoas que perderam entes queridos no incêndio.
A Aliança Evangélica Portuguesa tem se mobilizado para ajudar os feridos, desabrigados e pessoas que perderam entes queridos no incêndio.
"A tragédia de Pedrogão Grande
está agitando o país. Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Ansião e Lousã
são outros lugares onde a dor e sofrimento estão inundando nesta hora de
tristeza ", analisou a Aliança Evangélica Portuguesa (AEP) no domingo.
"Nós choramos com aqueles que
choram. Oramos pelas famílias que perderam membros, oramos pelos feridos e
pelas famílias que estão com seus parentes no hospital. Oramos pelos grupos de
resgate, bombeiros e agentes de proteção civil, bem como por todos os
voluntários que agora estão colaborando com todas as suas forças ", disse
a organização evangélica.
A AEP pediu a todos os cristãos do
país que orem e "se disponibilizem para ajudar no que for
necessário". A organização também informou que vários voluntários já se
prontificaram e estão "a caminho para apoiar o trabalho das igrejas
evangélicas locais", que recebem desabrigados.
As comunidades evangélicas em todo o
país "realizaram momentos especiais, manifestando sua solidariedade e
apoio de diferentes maneiras".
As igrejas têm coletado doações para
enviar às regiões afetadas. Além disso, a Aliança Evangélica Portuguesa disse
que está coletando "doações em dinheiro que serão entregues no início de
julho para atender às necessidades das igrejas e comunidades na região de Pedrogão
Grande".
FONTE:
GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EVANGELICAL FOCUS