“Bem-aventurado
o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.
Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os
tanques. Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece
perante Deus”.
Salmos
84:5-7
O Vale de
Baca citado nesse texto era passagem obrigatória a todo peregrino que periodicamente
subia ao Templo em Jerusalém para adorar e sacrificar a Deus. Todos aqueles que
desejavam chegar a Sião, invariavelmente, teriam que atravessar o árido e
pedregoso vale.
Baca era
conhecido por “Vale das lágrimas”, não por sua aridez ou infortúnio, mas pelos
bálsamos ali existentes que “choravam”, ou seja, destilavam um líquido com
aroma muito agradável que tinha propriedades medicinais e era um calmante
natural.
Por ser
de grande extensão, muitas vezes, os peregrinos cavavam poços para obtenção de
água, caso contrário nem eles nem os animais suportariam atravessar esse
deserto. Às vezes, muitos dos que atravessavam esse vale não tinham tanto
trabalho assim - encontravam os poços cavados e cheios pelas águas da chuva.
Muitas
vezes passamos por esse vale; alguns com mais frequência do que outros. Alguns
necessitam empreender muito esforço para cavar poços e sobreviver, outros
desfrutarão em Baca do esforço que outros fizeram - encontram poços já cavados
e cheios pela água da chuva.
Nesse vale
também há poços cavados e vazios que se enchem de lágrimas. Nessas lágrimas há
perfume e calmaria que nos revigora, traz cura, nos forja a exercer a paciência
e perseverança. Nos faz mais fortes e sábios, capacitados em meio a escassez
dessa estação a encontrar sustento e refrigério.
Afinal,
quem deseja chegar a Sião sabe que o “vale das lágrimas”, num futuro bem próximo,
se tornará apenas lembranças de um caminho longo e recompensador.
Deus vos aguarda em Sião!!!
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