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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Frutos de plástico não morrem


Na mesa da cozinha, da velha casa onde eu cresci, minha mãe sempre teve lindas imitações de frutas. Já aconteceu, quando eu era criança, tentar morder essas frutas achando que fossem reais. Meus amigos quando estavam na casa da minha mãe sempre se enganavam com essas imitações. Mas depois de experimentar, todos sabem que não são de verdade.

Essas frutas artificiais são feitas em fábricas barulhentas e quentes, que emitem um cheiro ruim, cheias de processos artificiais e químicos para causarem o melhor impacto nas pessoas que as olham. Ao contrário disso, se visitássemos uma vinha, iríamos querer um travesseiro para deitar entre as fileiras de parreiras. Poderíamos descansar embaixo da fresca sombra, sentir o cheiro agradável das uvas, da terra, do vento que circula entre as doces uvas e torna o lugar mágico. Ouvir o som suave das folhas agitadas levemente pelo vento enquanto as uvas crescem aos poucos e em silêncio. Há uma grande diferença entre as máquinas que trabalham para produzir as imitações de vida, e a videira que produz vida.

A mesma dessemelhança encontramos entre o cristão que imita a vida e o que vive a vida de Cristo. Toda imitação é falsa, por isso leva o nome de “imitação”, nós devemos imitar as atitudes de Cristo e das pessoas corretas, mas a vida ninguém pode imitar, ou se tem vida ou não. Os cristãos que tentam imitar a vida são barulhentos e febris; seus esforços não produzem o doce aroma do Senhor. Seus frutos, que enganam os outros na primeira olhada, são uma falsificação, e em geral são ativistas religiosos. Mas o cristão que aprendeu o segredo de permanecer na Videira é calmo, refrescante e cheio de vida a vida de Cristo! Ele tem um fruto de aroma agradável e saboroso, cheio de nutrientes, produzido não para si mesmo, mas para que os outros possam provar e se alimentar dele. Sua vida é espontânea, ele nunca enfatiza o fazer, mas o permanecer, ele jamais tira os olhos da sua preciosa Videira. Ele não tem preocupações, pois sabe que o Agricultor e a Videira tomam conta de tudo, sabe também que o fruto não é produzido por ele, mas pela Videira com os cuidados do Agricultor “Sem mim nada podem fazer” Disse Jesus. O cristão verdadeiro está sempre pronto para ser aparado, pois cada vez que isso acontece, ele se sente mais perto da vontade do Agricultor e gera mais vida.

Algo interessante sobre esse fruto, é que ele sabe, sendo verdadeiro, que o lugar dele não é na igreja ou na religião fazendo serviços ou atividades, o lugar dele é nas mãos e na boca das pessoas para alimentar os que ainda não conhecem a Vida Verdadeira de Cristo. Diferente dos frutos artificiais, que ficam sobre a mesa, na casa de quem os compra apenas para enfeitar, para gerar beleza só para aqueles que são do seu convívio.

É interessante ver isso em nossos dias, o cristão artificial mantém relacionamentos de amizades apenas com pessoas cristãs, a pergunta é: Quem eles querem impactar? Outros cristãos? Se pararmos para olhar as uvas verdadeiras, veremos que depois de colhidas, elas são esmagadas para produzirem o vinho que gera alegria para todas as pessoas. As uvas doam suas vidas porque a vida não é delas, é da Videira. Além disso, uvas não se alimentam de uvas, mas de seiva que é a Vida dada pela Videira. Uvas são feitas para alimentar pessoas e não apenas para estar no meio de outras uvas.

Frutos de plástico não morrem porque já estão mortos, e as uvas vivas não devem achar que são melhores umas que as outras, pois Jesus mesmo falou: “sem mim nada podem fazer” Quando entendemos isso, tudo fica mais tranqüilo, nosso objetivo é apenas permanecer na Videira que é Cristo, o resto é com ele.

"Eu sou a videira, vocês os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podem fazer.” João 15:1-5



Por Sóli Limberger

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