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terça-feira, 13 de julho de 2010

Gatilho psicológico e a fogueira da superação

Na noite em que Jesus foi traído ele também foi negado.
Dois personagens, Pedro e Judas, marcaram e foram marcados profundamente por suas ações. Judas, cheio de remorso e de desgosto pela traição cometida, não agüentando o ato que marcou profundamente a sua alma, se suicidou. Pedro, logo após havê-lo negado, desapareceu na escuridão da noite chorando amargamente. Carregava na alma a tatuagem da covardia cometida.
Não havia nenhuma diferença entre a covardia de Pedro e a traição de Judas para Jesus. Ambos episódios haviam sido predito pelo Senhor. Penso que até as motivações de Judas foram mais "legítimas" do que as de Pedro. O problema é que Judas se entregou ao desespero e não suportando o horror e a pressão diabólica e psicológica, num ato de terror, pois cabo à vida! Mas Pedro ficaria marcado para sempre.
Havia um trauma instalado em sua alma. A alma humana tem a capacidade de se deixar marcar perene e profundamente "pelo resto da vida" - e Jesus sabia disso!
Na noite fatídica da sexta - feira, no curso em que o julgamento de Jesus acontecia diante das autoridades do templo, diz os evangelhos que Pedro aguardava do lado de fora no pátio. Fazia frio, e a multidão presente fizera uma fogueira para se esquentar. No crepitar da lenha e nas faíscas que dali subiam e desapareciam no ar, Pedro foi surpreendido pela acusação de estar sendo cúmplice de Jesus. Ali, diante do braseiro em fogo, Pedro nega e ao negar, Jesus aparece e o flagra no mesmo instante. A partir daquele momento, nunca mais Pedro voltaria a olhar para uma fogueira sem se lembrar do ato covarde que havia cometido. Um gatilho psicológico havia se instalado para sempre em sua alma.
Toda vez que Pedro, feliz ou não, bem sucedido ou não, se deparasse com o crepitar da lenha no fogo, ele se lembraria do fracasso de seu próprio caráter.
E é assim que a vida vai nos marcando...É assim que os "gatilhos" psicológicos vão se instalando dentro de nós. Em momentos de maiores alegrias eles podem ser acionados.
Podemos nos tornar refém deles!
Traumas profundos são marcados pelo cheiro, pelo som, pelo toque, por uma frase, por um gesto simples e corriqueiro do dia a dia. Acender uma fogueira na primitividade dos dias de Pedro era algo muito comum e simples, mas para Pedro seria sempre uma perseguição, uma tristeza, uma agonia. Um cenário comum e simples - uma fogueira - mas de um gosto amargo pelo resto de sua vida.
E Jesus sabia disso... Então o que é que Jesus faz?
As marcas indeléveis na alma só podem ser apagadas pelo perdão, pelo aconchego e pela aceitação em amor.
Num daqueles dias, após a ressurreição, Pedro e seus companheiros resolvem pescar, já em meio ao mar, eles olham e tem alguém na praia - "É Jesus!" - alguém diz. Pedro se lança na água numa atitude de desespero e enfrentamento na hipótese, talvez, de consertar o mau entendido com Ele.
Quando se aproxima de Jesus o que é que ele vê? Vê Jesus sentado próximo de uma fogueira. Fogueira que o próprio Jesus fez!
No mesmo cenário, com o mesmo cheiro e som do crepitar da lenha no fogo, Jesus lhe faz três perguntas. Não foram três vezes o número de negações que ele cometeu? Então Pedro terá três vezes a oportunidade de confessar o seu amor e consertar as coisas novamente! E Jesus não esqueceu nenhum detalhe.
"Pedro, tu me amas?" Jesus não toca no assunto da negação feita nos dias anteriores, o que importa é o que vai acontecer daquele momento em diante. Ele é assim e sempre será! Com Pedro. Comigo. Com você.
A partir daquele dia o braseiro não seria mais o gatilho do fracasso na vida de Pedro. O braseiro seria a lembrança do seu "perdão". A imagem de um Pedro covarde, despertada pela fogueira, seria suplantada pela recordação daquele momento em que ele pôde diante de Jesus e de seus companheiros reafirmar seu amor e sua paixão pelo Senhor.
Jesus havia curado o seu trauma.
Jesus havia removido o gatilho da derrota de sua alma. Nenhum psicólogo e nenhum psicanalista poderia ter trabalhado tão bem na mente de Pedro.
Penso que todos nós temos nossos gatilhos psicológicos que ainda não foram removidos pelo Senhor.
Não foram removidos porque não conhecemos o Jesus que os Evangelhos nos apresentam.
Conhecemos um "Jesus" da religião, da igreja, criado pela história feita pelos homens. Um "Jesus" Frankenstein, criado de pedaços fornecidos pelas religiões, pelas denominações evangélicas e pelas sistematizações teológicas dos homens.
Então, os gatilhos permanecem na alma. Então, buscamos ajuda nos profissionais das mentes humanas. Então, gastamos montanhas de dinheiros em pílulas e remédios.
Então, se auto-flagelamos nas várias opções que as religiões, os cultos, os ritos, os sacrifícios nos oferecem. Mas os gatilhos permanecem e se multiplicam em nossas almas.
Crentes, religiosos, cristãos católicos e evangélicos cheios de traumas e doenças psicossomáticas. Religião nenhuma remove isso!
Creio que para cada gatilho psicológico que a vida nos impõe, há uma cura que Jesus nos oferece no Evangelho. Você já encontrou a sua?

Por Reinaldo de Almeida

Um comentário:

  1. Judas ele sucidou do que? biblia fala que ele foi se enfocar-se?
    e tb que suas entranha foram abertas ele nao se enforcou?
    E quando pedro chegou e seus dicipulos desviados, desapontados Jesus estava ali com os paes, e peixe pronto. Jesus ele transformou aquelas pedras em paes e peixe... vc cre?
    Eu creio
    Graça e paz
    Deus abençoe pela mensagem Maravilhosa que Deus continui te usando...

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