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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O povo clama por pastores e não por gestores de coisas

Publiquei a frase acima no twitter e alguém me perguntou: "como isso pode ser possível numa igreja que adotou um modelo empresarial de gestão, onde pastores se tornaram executivos?". A resposta, apesar de parecer simplória, é aquela que entendo ser a menos utópica e mais condizente com um sistema onde não vejo a mínima possibilidade de mudança imediata.

Em primeiro lugar, discernindo a organização igreja (instituição) do organismo igreja (povo, comunidade). A atividade pastoral na atualidade se encontra muito dividida entre organização e organismo, onde na maioria dos casos o envolvimento com a organização (coisas) suplanta o cuidado com o organismo (povo, comunidade).

Em segundo lugar, delegando o cuidado das coisas da organização igreja (instituição) para os especialistas (administradores, contadores, advogados, funcionários em geral, etc), e as coisas do organismo igreja (povo, comunidade) para os portadores dos diversos dons e talentos concedidos e distribuídos pelo Espírito (diaconia, governos, etc.), e se voltando para o cotidiano pastoral (visita, aconselhamento, oração, ensino e pregação).

Se isso não acontecer, o povo continuará gemendo e sofrendo, além de no final sermos cobrados por aquele que nos vocacionou e comissionou para pastorear (socorrer, visitar, tratar, cuidar, alimentar, proteger, etc.) as suas ovelhas.

"Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas." (Jo 21.17)

"Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra." (At 6.3-4)



Por Altair Germano

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