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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Naomi Campbell ganha casa de praia em forma de olho

Nova propriedade da modelo inglesa fica na ilha turca Playa de Cleopatra. Casa ecologicamente correta seria presente de seu namorado, o empresário russo Vladislav Doronin, por seu anivcersário de 41 anos.






A construção fica na Ilha Cleopatra, no Golfo de Gokova, na Turquia (Foto: Reprodução/Yahoo)

Além do desenho inusitado, a construção possui sistemas ecologicamente corretos de captação de luz solar e de reaproveitamento da água da chuva. O valor da casa, projetada pelo arquiteto Luis de Garrido, não foi divulgado.


Tire você mesmo as suas conclusões...




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Os nicolaítas hoje

O NICOLAISMO - APOCALIPSE 2.6 e 15

nikh = vitória (no sentido de dominar)
laos= ...o povo peculiar (de Israel ou Cristãos); gente, multidão;...do Século IV em diante, às vezes se refere ao leigo (conforme o grego moderno "laikos"= leigo, no sentido de povo comum)

Portanto, o nome Nikolaitwn (nicolaítas) composto destas duas palavras tem o sentido de "vitória sobre o povo" ou "os que dominam o povo".

Esta era uma heresia que se formava já no fim da era apostólica, com os falsos mestres deturpando a Pureza da Doutrina de Cristo e seus Apóstolos. A doutrina nicolaíta concebeu a idéia de uma casta especial e superior na Igreja, ou seja, o chamado Clero.
Indo além, formou-se a idéia de uma hierarquia eclesiástica dentro deste mesmo clero. Há uma grande probabilidade, lógica e historicamente, de que estes nicolaítas, dos quais muito pouco se sabe, sejam os formadores do pensamento Católico Romano e, portanto, seus antecessores.

Eles estavam, no final do séc. I, infiltrados nas igrejas de Cristo como podemos ver no texto base. Evidentemente, este desejo de exercer poder sobre o povo, disseminou entre muitos homens de liderança nas igrejas, movidos pelo instinto carnal de domínio, pela soberba e pela torpe ganância de posição e riquezas. Especialmente entre os pastores das grandes igrejas, nos grandes centros, com congregações numerosas, tornava-se uma tentação estabelecer uma ostentação de poder sobre o rebanho e outros pastores de rebanhos menores. Eis o porque de estabelecer-se o "centro da igreja" e o "trono do Papa", como o maioral e chefe máximo do Catolicismo em Roma.

Sendo ela a capital e maior centro urbano de sua época, Roma permitia a que seus pastores nutrissem uma imagem de mais poderosos e importantes que os demais. É claro que, com o apoio de Constantino (no começo do séc. IV) definitivamente o Bispo de Roma conquistou esta supremacia. Não fora o Nicolaísmo, não existiria o erro de uma IGREJA UNIVERSAL, com sede em algum lugar. Nem mesmo a primeira Igreja, formada por Jesus pessoalmente, em Jerusalém, tinha autoridade sobre as demais. Veja em Atos 15, a postura da Igreja de Jerusalém com relação a Antioquia, como mãe que exorta a seu filho independente num momento de necessidade, mas não considera justo lhe impor nada.

Observe-se, ainda, o próprio falar dos Apóstolos Pedro e Tiago (que estavam em Jerusalém e não em Roma), como não exercem eles domínio sobre a Igreja, mas servem como conselheiros junto a Ela e com o Espírito Santo (vv.23,25 e 28)

Há ainda os que acreditam que os nicolaítas sejam os seguidores de Nicolau, um dos 7 diáconos da igreja de Atos. Se assim o for, não deixam de ser pessoas que faziam partidarismo na igreja e seguiam somente os ensinos de uma pessoa, que no caso, acredita-se sejam ensinos heréticos em relação ao casamento e conduta sexual

O nicolaismo tem influenciado tem influenciado o pensamento de muitos religiosos que pensam galgar degraus na escada da Fama, Fortuna e Força. Por isto, alguns pobres infelizes "querem ser pastores", sem a chamada Divina; pastores buscam popularidade e posição em organizações; trocam de igreja em busca simplesmente de uma MAIOR ou que pague mais, sem convicção da vontade de Deus; pastores disputam posições e até brigam por isto. Mas não deve ser assim nas Igrejas de Cristo! Em Marcos 10.42-44 podemos ver claramente o Seu ensino de que o Grande é o que serve e não o que manda.

Erros como o de se pensar que só os Pastores podem realizar Batismo ou ministrar a Ceia, efetivamente não tem base bíblica e provém do pensamento nicolaita de que estes são uma categoria com poderes especiais. Se uma Igreja tem Pastor local, é evidente que, sendo este seu líder espiritual deverá exercer tais funções mas, caso a Igreja não o tenha, deve entender que a autoridade para estes serviços foi dada à Igreja e Ela pode escolher um irmão local que tenha boas condições espirituais e esteja assim apto a liderar a Igreja em tão solenes atos. É claro que ,se assim entender, a Igreja poderá também convidar o Pastor de uma Igreja irmã para lhe prestar estes serviços, embora não o seja absolutamente necessário. Jesus concedeu à Igreja esta autoridade e não ao pastor. Ele o faz, como servo (que é o verdadeiro significado da palavra MINISTRO) da Igreja.

Cristo estabeleceu irmãos com condições diferenciadas na Igreja sim, mas isto foi feito apenas visando o melhor desenvolvimento dos crentes e organização da Igreja e não para estabelecer uma hierarquia dominante (Efésios 4.11-12 e I Corintios 12.12-31). Assim, era necessário que houvesse Apóstolos, pastores, mestres, pregadores e evangelistas, mas isto não é uma corrente hierárquica onde um manda no outro. Cada um deles tem autoridade, mas só aquela concedida, não pelo título que ostenta, mas pela igreja, de acordo com o que o Espírito Santo lhe concede pela Palavra.

Todo Ministro de Deus deve ser respeitado por causa da sua função como líder e condutor espiritual da Igreja e como um irmão que seja um bom exemplo ao rebanho (Hebreus 13.7 e 17). Mas isto não o faz "dono da igreja" e todo pastor tem que tomar o cuidado de ser zeloso sem, no entanto, exercer domínio por força sobre o rebanho (I Pedro 5.1-4). Na Bíblia Vida Nova encontramos um bom estudo a respeito, no item 2.085 ! "Características dos verdadeiros ministros" do que destacaríamos: Humildade, abnegação, gentileza, dedicação e afeto para com o rebanho. A atitude de poder sobre a Igreja é Diabólica e Maligna e, portanto, precisa ser totalmente rechaçada.

Sendo assim, nosso papel como Ministros de Deus, seja Missionário, Evangelista, Professor (mestre), Pregador, Diácono ou Pastor, é o de SERVIR e não permitir que a síndrome de Lúcifer se aposse de nós, fazendo com que presumamos de nós, mais do que realmente somos. Liderança é necessária para que haja organização, ordem, decência e, principalmente edificação, seja na Igreja ou em encontros de várias igrejas, jovens, e mesmo de pastores e obreiros. Mas nunca deve haver o pensamento de buscar o primado ou a superioridade entre os demais ( Lucas 22.26). Isto estraga a comunhão, prejudica o aprendizado e a edificação dos participantes. Não sejamos como Diótrefes, um exemplo bíblico de nicolaíta que, buscando o primado, tantos males causou (III João 9-10).

Que em tudo tenha Cristo a primazia (Colossenses 1.18) e nós tenhamos nossos irmãos em consideração como superiores a nós mesmos (Filipenses 2.3)

Transcrito

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Gnosticismo - a heresia mais perigosa na Igreja

O Gnosticismo talvez fosse a heresia mais perigosa que ameaçava a igreja primitiva durante os primeiros três séculos. Influenciado por filósofos como Platão, o Gnosticismo é baseado em duas premissas falsas. Primeiro essa teoria sustenta um dualismo em relação ao espírito e à matéria. Os gnósticos acreditam que a matéria seja essencialmente perversa e que o espírito seja bom. Como resultado dessa pressuposição, os gnósticos acreditam que qualquer coisa feita no corpo, até mesmo o pior dos pecados, não tem valor algum porque a vida verdadeira existe no reino espiritual apenas. Esse pensamento tem ganhado força novamente em vários grupos religiosos e confrontam a verdade e a pureza do evangelho taxando os seus defensores de religiosos, legalistas entre outros.

Segundo, os gnósticos acreditam que possuem um conhecimento elevado, uma “verdade superior”, conhecida apenas por poucos. O Gnosticismo se origina da palavra grega gnosis, a qual significa “saber”, pois os gnósticos acreditam que possuem um conhecimento mais elevado, não da Bíblia, mas um conhecimento adquirido por algum plano místico e superior de existência. Os gnósticos se enxergam como uma classe privilegiada e mais elevada sobre todas as outras devido ao seu conhecimento superior e mais profundo de Deus. Tem suas raízes na ciência egípcia e filosofia grega e proclama a total independência de Deus e ignoram o único meio de redenção do homem - Jesus.

sábado, 24 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O secularismo na igreja

Na 2ª carta a Timóteo, Paulo, já ao final da jornada, disse:
“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos a verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”

Temos chegado a esse tempo referido pelo apóstolo: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina...”.

O secularismo invadiu as nossas igrejas, os princípios bíblicos se tornaram relativos e os que ainda defendem a sã doutrina são tidos como radicais ultrapassados. Afinal, a sociedade mudou, os valores mudaram, a liturgia tem que ser renovada, cantar salmos e hinos é coisa do século passado, pregação pode ser dispensada e oração é cousa para os fracos.

O apóstolo João, em sua 2ª Carta, adverte:
“Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más.”

A Bíblia é o manual de fé e prática que Deus deixou aos homens. Esse manual não muda, não poderá ser adaptado ao pecado. Tudo que se levante contra a santidade de Deus continua sendo pecado. Pecado é pecado, não importa o tempo passado, presente ou futuro.

Hoje, a mensagem do apóstolo Paulo aos coríntios continua na ordem do dia:
“Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.”

Devido à multiplicidade e banalização do conceito de Igreja, temos para todos os gostos.
Há muitas que, de acordo com sua conveniência, a palavra pecado é proibida de ser ventilada. Atitudes, comportamentos devem ser tolerados, mesmo que se choquem com os valores absolutos da Bíblia Sagrada.

Justifica-se que tudo é plausível de aceitação em nome do amor. No entanto, a Igreja que prima pela Palavra de Deus, que ora, que não abre mão dos princípios absolutos nela contidos, que ama o pecador, mas não compactua com o pecado, que consola os angustiados de espírito, que dá de comer aos que têm fome essa é a verdadeira Igreja de Jesus.

“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” Tito 2: 1.

A preocupação do grande apóstolo foi sempre com a doutrina. Todavia, o secularismo reinante em nossas Igrejas tem tomado conta do tempo e do pensamento do povo. Igrejas vazias nos trabalhos semanais, desinteresse com os Estudos Bíblicos,Reuniões de Orações, Escolas Dominicais, falta de pontualidade e assiduidade. O descompromisso é geral.

Voltemos ao primeiro amor, isto é: compromisso com as coisas de Deus, compromisso com as atividades da Igreja, zelo para com a Igreja. Afinal, Cristo morreu por você e o preço que Ele pagou foi muito alto.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O pecado

O pecado é a maior fraude do mundo.
Promete prazer e paga com o desgosto.
Faz propaganda de liberdade, mas escraviza.
Levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte.
Tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre.
Só os loucos zombam do pecado.
O pecado é perverso.
Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença.
Enfim, o pecado é pior do que a própria morte.

(Hernandes Dias Lopes)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Libertando os cativos

”Ninguém pode entrar na casa de um homem valente e roubar os seus bens, sem primeiro amarrá-lo. Somente assim poderá levar o que ele tem em casa.” (Mc 3:27)

1) Entrando na casa do valente

O Espírito Santo que habita em Jesus o levava na direção da casa do valente. O valente é Satanás, que mantém como prisioneiros todos os homens que ainda não conhecem o amor de Deus em seus corações. A casa do valente é o mundo, sobre o qual passou a ter domínio, assim que o recebeu das mãos do próprio homem (Lc 4:5-7).

Jesus sabia que o Seu lugar de atuação tinha de ser na casa do valente, ou seja, no mundo onde estavam os seus bens preciosos que tinha de reconquistar: vidas preciosas. Na oração que fez por seus discípulos, em João 17:15, menciona:”não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Diabo”.

Ele deixou claro que a casa do valente seria o mesmo campo de batalha para o cristão de hoje. Mas como Ele tinha vencido, assim seria com todos os que cressem em Seu poder.

2) Amarrando o valente
O texto acima diz que não adianta apenas estar na casa do valente; é preciso saquear os seus bens. Para isso acontecer é necessário que o valente seja amarrado.
O Espírito que estava em Cristo era o único que podia derrotar os demônios atormentadores de vidas. Ele era o próprio “Dedo de Deus” que fez algo que os magos do Egito não conseguiram fazer (Ex 8:18,19). Foi Ele quem ministrou a unção necessária sobre a vida de Jesus de Nazaré, com poder para curar todos os oprimidos pelo Diabo (At 10:38). O Espírito Santo era Aquele que atuava e ainda atua na liberação da unção que quebra o jugo (Is 10:27).
Portanto, o Senhor estava na casa do valente, pronto para amarrá-lo e saquear os seus bens.

3) Saqueando os bens
O objetivo final de Jesus seria o saque dos bens da casa do valente: vidas preciosas pelas quais Ele mesmo morrera na cruz do Calvário. Como já dissemos, o mundo passou para o domínio de Satanás, tendo ele cegado o entendimento dos incrédulos para que estes não entendam a revelação da Palavra e sejam salvos (2 Co 4:4). Pela manifestação sobrenatural do Espírito de Deus, porém, o véu que se encontra sobre os olhos de muitas pessoas há de cair, permitindo-lhes enxergar com clareza e perceber o mau caminho em que estão. Pelo Espírito hão de caminhar na direção do Salvador Jesus (2 Co 3:16-18; 1 Pe 2:9,10).
Os bens retidos na casa do valente são tão preciosos aos olhos de Deus, que Este deu o Seu próprio Filho para morrer por eles (Jo 3:16)

Estamos no mundo para realizar a obra de Deus. Não somos daqui, mas temos um propósito de vida neste lugar. A nossa missão é amarrar o valente por meio de uma vida santa, de intimidade com Deus e sem conivência com o mal. Neutralizamos o poder do inimigo quando oramos e andamos na Palavra de Deus. Esse continuará sendo o nosso papel enquanto vivermos. Como conseqüência, milhares de vidas terão seus jugos quebrados, no Poderoso nome de Jesus.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A oferta de encantamento

Os filhos de Deus em nossa nação, têm crido nas palavras proféticas que Deus tem enviado, de que haverá sobre a Nação Brasileira, um grande avivamento, e que o Brasil será o celeiro de missionários do mundo, etc.
Uma palavra profética que tem impactado nossas vidas, é a de que o Brasil seria como Israel, isto é, uma Nação peculiar. Significa que, o que Deus fará neste país, será diferente de todos os outros avivamentos e especificamente, muito peculiar.

Não temos dúvida que Deus usa no avivamento das nações, o dom redentivo da cada uma; e no nosso caso, no Brasil, é a Adoração.
Alguns dados sobre o chamado de Israel são importantes para nossa meditação, já que temos muito espiritualmente de peculiaridade, como Israel teve no seu chamado..

Lendo Gênesis 12:1 à 3 , podemos entender o início da profecia sobre o nascimento da Nação de Israel, com o chamado de Abrão. Como Deus é Deus de gerações, o cumprimento desta promessa aconteceu na 3ª. geração de Abraão, ou seja com Jacó, que depois da experiência no vau de Jaboque, teve seu nome trocado por “Israel”, e de seus filhos surgiram as 12 tribos de Israel.

A principal peculiaridade deste povo, chamado povo de Deus, está registrado em Deuteronômio 6:4, “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”. E este povo passou a representar o povo de Deus, invencível, e que colocava temor em todos os outros povos.

Satanás quer sempre atrapalhar e destruir os planos de Deus, e usa como forte argumento algo que chamo de “OFERTA DE ENCANTAMENTO”.

Veja, em Abrão só existia a promessa, mas satanás o atacou com a oferta de encantamento, conforme Gênesis 14:18 -23, quando o rei de Sodoma lhe oferece muitas riquezas, até merecidas, mas Abrão rejeita e faz uma declaração contundente: “Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, e juro que, desde um fio até à correia dum sapato, não tomarei coisa alguma de tudo que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão (grifo meu).”

Neste princípio Israel nasce e cresce como nação, e exatamente no momento em que caminha para conquistar sua terra prometida, outra investida de satanás, com a oferta de encantamento, tentando usar um profeta para isto; em Números 22:7 à 12, leia sobre Balaão e a oferta de encantamento.

Para começarmos a contextualizar o que representa hoje este tipo de oferta, temos que ler o livro de Judas, versos 11 à 13: “Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá. Estes são manchas em vossas festas de caridade, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas, ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações, estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas”.

• MANCHAS EM FESTAS DE CARIDADE

Há muitos hoje, que para conseguir dinheiro para o ministério, fazem qualquer negócio e aceitam qualquer oferta, até dinheiro ilícito. Outros que somente participam de movimento espiritual para Unidade do Corpo de Cristo, se houver algum benefício próprio, onde possam angariar recursos. As ofertas de encantamento encontram espaço, e acabam manchando o Corpo de Cristo, fazendo com que o Ter, sufoque o Ser.

• NUVENS SEM ÁGUA – O VENTO LEVA

Há líderes que aceitam qualquer proposta, e mudam seus objetivos rapidamente e de seus ministérios, ou até mudam de cobertura espiritual, em troca de títulos (bispo, apóstolo, etc), ou para se colocar em honra, buscando assim ser presidente de Conselhos, ou de Organizações, ou até por pretenderem cargos políticos.

Estão muitas vezes buscando métodos (COPIADOS) para obterem “sucesso” rápido em seus ministérios. Deus não é Deus de Cópias, Deus é Deus de Originais. Ele cria e faz!
As ofertas de encantamento sufocam os ouvidos espirituais, e assim não conseguem ouvir a voz de Deus que tudo sabe, e acabam por serem levados por todo tipo de vento.

• ÁRVORES 2 VEZES MORTA

Há ainda aqueles que por quererem crescer a qualquer custo, correm tanto com suas próprias pernas, que nem percebem que estão cada vez mais se desligando da raiz, e neste crescimento não terão tempo de frutificar, e acabam por se tornarem estéreis. João 15:6 “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.”

A INFIDELIDADE FAZ PARTE DA OFERTA DE ENCANTAMENTO

O Espírito Santo, nos adverte em Apocalipse 2: 13 e 14 : “Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se “prostituíssem.”

E em Malaquias 2:14 “E dizeis: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto”

Quando somos infiéis a tudo que votamos ou às nossas alianças, estamos debaixo da oferta de encantamento e nos tornamos abomináveis perante o Senhor. Deus é um Deus de alianças. Através de Jesus, Ele firmou uma aliança com o seu povo, e espera fidelidade como confirmação desta aliança. Todo tipo de infidelidade fere o coração de Deus e mancha o Corpo de Cristo. Satanás lança a oferta de encantamento entre os relacionamentos (marido/esposa; filhos/pais; pastores/líderes; pastores/pastores; etc), sabendo que isto os levará à infidelidade, que como resultado trará a quebra de votos, acordos, alianças.

Como Igreja do Senhor precisamos vigiar e zelar para que esta oferta de encantamento maldita não encontre espaço em nosso meio.

Medite sobre este assunto sério, em sua vida pessoal, ministério e família, e não se detenha em retirar e repugnar toda oferta de encantamento, e que você possa dizer como Abrão: “Sodoma, mundo, satanás, políticos, bajuladores...”, levanto minhas mãos aos céus, ao Deus altíssimo, e declaro que nada tomarei de vocês, para que não digam: Nós é que te abençoamos.”

Que esta palavra sirva de alerta neste momento tão importante, e ao mesmo tempo perigoso, para a Igreja brasileira.

Não esqueçamos que somos um povo peculiar aos de Deus, e olhando somente para Ele, e obedecendo à sua direção, não seremos seduzidos por ofertas de encantamento. Aleluia!

Eu te abençôo em nome de Jesus

Ap.Jesher Cardoso
Missão Evangélica Shekinah e Rede Apostólica da Aliança


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dom de socorro - um dom raro

1Co 12:28

Quando tratamos de estudar acerca dos dons espirituais, usualmente aplicamos maior interesse na famosa lista apresentada por Paulo nos primeiros versos do capítulo doze da primeira Carta aos Coríntios.
Embora devamos reconhecer a fidedignidade da aludida listagem, precisamos acrescentar que a listagem não é final. Prova disto, é que no término do mesmo capítulo, Paulo amplia a lista dos dons espirituais, modificando-a sobremaneira, apresentando-nos um total de oito, ao invés de nove, como no início do capítulo.

Um Dom Maravilhoso... e raro!
Pois bem. Numa análise um pouco mais profunda, claramente se poderá observar no vigésimo oitavo versículo do aludido capítulo, a inclusão de um dom espiritual por demais maravilhoso, embora pouco conhecido. Senão, vejamos:

“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.” 1Co 12:28 (grifo nosso).

Analisando mais acuradamente o verso acima no NT Grego, veremos que o dom espiritual (gr.carisma) chamado em nossas versões “dom de ajudar” (NTLH), “ajudar” (Bíblia Viva), ou “socorros” (caso da ARA e ARC), aparece nos originais como antílempsis, cujos significados básicos são: “atos de auxílio”, “assistências”, “socorros”.
No grego clássico, esta palavra era usada para denotar toda e qualquer espécie de ajuda seja dos deuses, dos soberanos ou dos homens.
Foi exatamente neste sentido, que Paulo a utilizou: para denotar aquelas pessoas ministeriadas por Deus com o dom de ajudar. No grego clássico, é bom salientar, a idéia do vocábulo antílempsis é a de atos concretos de ajuda.

Conclusão
Quando observamos a história contemporânea, chegamos à conclusão de que dos dons espirituais elencados pelo apóstolo Paulo, ajuda ou socorros, fazem parte de um grupo seletíssimo, ao mesmo tempo que raríssimo na Igreja do Senhor em nossos dias.

A ênfase tem recaído nos dons que geram popularidade, naqueles que fazem de seus “portadores” verdadeiros “astros”, mas não naqueles tão necessários, como é o caso do dom de ajudar. Afinal, que notoriedade pode gerar o fato de se prestar ajudas concretas ao semelhante?
Que popularidade pode render ao irmão que, levantado por Deus, sem nenhum alarde tem provido ajuda para aqueles que dela têm necessitado?
Oremos ao Senhor para que levante pessoas com este raro dom!!!


Por Pr. Lázaro Soares de Assis

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O fruto do Espírito - Daniel de Souza

A unidade

"Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo." (Ef 4:11-13).

O Caráter de Cristo em Nós
È o Espírito de Deus que forma em nós o caráter de Cristo e o equilíbrio da nossa vida.
Cabe aqui esclarecer o que é caráter, personalidade temperamento.
O caráter é a somatória das influências positivas e negativas que se vivencia ao longo da nossa vida. É o conjunto de qualidades que distingue uma pessoa da outra.
A personalidade é o caráter ou pessoalidade, o que determina a individualidade duma pessoa moral; o elemento estável da conduta de uma pessoa; sua maneira habitual de ser.

O temperamento é o conjunto dos traços psicofisiológicos de uma pessoa, e que determinam as reações emocionais, os estados de humor, o caráter. Existem basicamente quatro temperamentos numa só pessoa e um deles é predominante, são eles: melancólico, sangüíneo, colérico e fleumático.

Vida Natural e Vida Espiritual
A psicologia e pedagogia, que estudam processos mentais e de aprendizado da vida natural, concluem que tudo o que nos é ensinado vem através de quatro vias: identificação, punição, recompensa e imitação. Vinte e cinco por cento do que sou herdei dos meus avós, cinqüenta por cento dos meus pais e vinte e cinco por cento vem da somatória de influências do meio (escola, faculdade, televisão, amigos, trabalho).

Estrutura Triúna
O homem é um espírito que tem uma alma que habita no corpo. (I Ts 5:23)
O corpo é o veículo para que o homem tenha contato com o mundo exterior. Exemplo: locomover e expressar.
O espírito é onde está a presença de Deus no homem e está no mais interior, no mais íntimo do seu ser.

A alma é o Ego, o Eu, a vida natural, todos estes termos são sinônimos, querem dizer a mesma coisa. Na alma está orgulho, prepotência, petulância, avareza, que funcionam como um bloqueio à saída de Deus na vida do homem. Alma é tudo o que o homem é, sua personalidade; é o mundo dos pensamentos, sentimentos e decisões. A alma está ligada ao mundo material através do corpo e ligada ao mundo espiritual através do espírito.
O homem espiritual é aquele que tem o seu espírito governando todo o seu ser. E o homem carnal é aquele que tem a alma dirigindo todo o seu ser.

Obs.: Quando Adão, no Jardim do Édem, caiu da graça de Deus, o Criador não pôde mais falar com o homem. O diabo colocou em choque a vontade de Deus (espírito) em relação vontade do homem (alma). Despertou no homem dúvida, medo, desconfiança e incredulidade; e cortou o cabo de ligação do homem com Deus, porque Deus é espírito. O homem imediatamente morreu espiritualmente.

Quebrantamento da Alma
A alma sem quebrantamento e a mente indisciplinada seguem a própria vontade, independente, e se torna impedimento ao fluir espiritual. Precisamos orar para que Deus discipline a nossa alma e coloque a nossa mente em linha com o espírito.
Não se devem confundir emoção, sentimento, choro e lágrimas com quebrantamento. É algo mais profundo, é quando o nosso homem exterior (eu, ego, alma) é quebrado e o espírito passa pela fenda e expressa a Deus.
A alma tem três faculdades: a mente (intelecto, raciocínio), as emoções (sentimentos, alegria, tristeza, amor, raiva) e vontade (querer, escolhas).

Transformação do Homem para União com Deus
"...E tu serás mudado em outro homem" (I Sm 10:6).

Na vida espiritual, Espírito Santo é o responsável de formar o caráter de Cristo no homem, a partir do momento que ele se torna maleável, moldável, flexível e sensível, aceitando o tratamento de Deus sem resistência. O Espírito Santo molda o nosso caráter usando como principal instrumento a CRUZ. Caso sejamos resistentes, Ele ainda lança mão de instrumentos que são: as circunstâncias e o deserto. Desta forma, alcança o objetivo descrito em At 11:26 de fazer de cada crente um protótipo (modelo em menor escala) de Cristo. (ver também Rm 8:12 e II Pe 1:4)

CRUZ – É um instrumento de Deus que aceitamos voluntariamente, negando a nós mesmos sem que para isso alguém precise nos ordenar. As áreas que a cruz opera são nos relacionamentos, nos meus bens e sobre a minha vontade.
É importante separar a cruz de conseqüências de atitudes erradas.
Negar-se a si mesmo não é anulação da vontade. A cruz é a harmonia com a vontade de Deus.
Negar-se a si mesmo não é ser alienado. Não ler revistas, jornais, assistir tv,...
Andar na cruz não é viver uma vida contra tudo o que é material.

CIRCUNSTÂNCIAS – É um processo involuntário que Deus impõe às nossas vidas nos levando a renúncias. Por exemplo, o “espinho na carne” de Paulo, pessoas que nos incomodam, situações desagradáveis e constrangedoras a que não podemos fugir.

DESERTO – Este processo é para quem é de dura cerviz, que não se dobra, e que possui resistência reiterada à ação de Deus. São situações extremas que a pessoa se sente sozinha e sai viva mas marcada para sempre. Pv 6:12-15.

Características do Caráter
O caráter se divide em três partes:
Sua forma de pensar;
Seu estilo de vida;
Sua conduta.
A pessoa revela o seu caráter através de suas atitudes.

A Importância do Caráter na Igreja
Os dons e ministérios expressam o poder [aspecto] de Deus, o que Ele faz. Já o caráter do cristão, manifesta a personalidade [brandura] de Deus. (Mt 7:22; I Sm 10:9-12) Esta é a diferença entre DONS e FRUTO do Espírito Santo. (Gl 5:22).
Uma pessoa pode ter os dons e não expressar o caráter de Deus, como no caso do crente caloteiro, fofoqueiro, perseguidor, mentiroso, falso, adúltero, etc.

Uma pessoa pode ter o caráter de Deus e não expressar o aspecto (dons) de Deus. Como o crente que é amoroso, bondoso, sensível, que perdoa, porém tem medo de demônios, de escuro, de “sexta-feira treze”.
Temos que buscar o equilíbrio entre o aspecto e o caráter de Deus.

O meu tempo de igreja, o título de pastor, o diploma de Teologia, Psicologia, títulos seculares, etc, não podem formar o caráter de Cristo em mim. Quanto maior for o meu chamado ministerial, mais Deus vai cavar minhas bases para estruturar, como na construção de um prédio, que quanto mais alto ele for, mais fundo e fortes devem ser os alicerces. Neste caso, o nosso maior exemplo foi o que aconteceu com José do Egito.

Para se tornar um líder, o cristão precisa observar pelo menos quatro traços elementares e indispensáveis:

Espírito Ensinável – ele precisa ter a disposição o desejo de aprender para poder crescer. A vida é uma escola. Como já disse um filósofo “só sei que nada sei”; partindo deste princípio a pessoa interessa-se na busca do conhecimento. (Oséias 4:6: "O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento")

Disposição Para Servir – “o Filho do Homem não veio para ser servido e sim para servir e dar a Sua vida” (Mc 10:45). “Quem não vive para servir, não serve para viver.”

Caráter Humilde – há um provérbio inglês que diz que a soberba precede a queda. “Deus resiste aos soberbos, porém concede sua graça aos humildes” Tg 4:6; Dn 4:37.

Fidelidade– é uma das nove características do Fruto do Espírito (Gl 5:22). Jesus foi o maior modelo de fidelidade, foi fiel e obediente ao Pai (Fp 2:8).

Bispo Paulo Mattos

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Brooklin Tabernacle Choir - Days of Elijah

Unidade, comunhão e misericórdia




O tema da unidade e comunhão de todos/as os/as discípulos/as de Jesus Cristo é deveras importante. Penso que esta temática é muito maior do que as segundas intenções que povoam alguns setores eclesiais e eclesiásticos da Igreja, pois ela nasce no coração de Deus visando com que o Corpo de Cristo espalhado por toda a terra seja o maior beneficiado.



A unidade e a comunhão tornam-nos fortes e demonstram às sociedades que é possível viver de uma maneira diferenciada. Esta vivência própria das comunidades de Jesus Cristo mostra ao mundo que existe uma divina alternativa para a indiferença, o individualismo, a ganância, o partidarismo, a traição, a reificação, o desamor, a barganha, o exclusivismo, a desunião, o egoísmo, a politicagem, o ódio, a violência, o tradicionalismo, o misticismo, o fanatismo, o ateísmo, o autoritarismo etc.



Este modo de existir da Igreja demonstra que ela não é a salvadora do mundo, mas que caminha orientada pelo Salvador concedendo refrigério, sabor e luminosidade a todos/as que se acham cansados/as e sobrecarregados/as com uma existência desumana e distante do Pai Celeste.

Antigamente esta unidade e comunhão daqueles/as que foram transformados/as por Jesus era chamado de ecumenismo. Entretanto, é notório que este termo está muito desgastado. Muitas foram as contribuições para que isso ocorresse. Dentre estas, é possível destacar o mau uso da terminação por vários setores midiáticos, por pessoas ávidas pela fusão de todas as religiões, também como por uma parte da liderança “cristã” (defensora e opositora) que agregou a ela os seus preconceitos, os seus “sacros” pontos de vista, a falta de reflexão e devoção, o cínico temor a Deus, o frágil compromisso com Jesus Cristo, a precária sensibilidade ao Espírito Santo e o limitado amor ao/à próximo/a.



O ecumenismo que dizia respeito exclusivo ao relacionamento entre os/as seguidores/as de Jesus tornou-se uma confusão terrível. Além disso, pesou na balança o fato de que vários/as “cristãos/ãs” defendiam muito mais os seus interesses financeiros, os seus anseios por poder e fama, as suas limitadas posturas teológicas e litúrgicas do que o Evangelho em si. Diante deste quadro, faz-se necessário reformular a terminação e, se necessário, evitá-la valendo-se de uma outra. Revisitar a Palavra de Deus pode nos ajudar neste trabalho, todavia não há como descartar a carga sócio-religiosa-cultural contemporânea que imprimiu nesta palavra sentidos, valores e sentimentos diversos.



Para amenizar ou transformar esta dura realidade é imprescindível buscar a unção do Espírito e disponibilizar ao Reino tudo aquilo que temos e somos. Uma vez que apresentamos esta gama de coisas a fim de abençoar pessoas, o Senhor será honrado em nossas ações e nos concederá o privilégio de visualizar os frutos desta obra.

Quando eu uso a expressão “unidade e comunhão dos/as cristãos/ãs” ela vem marcada por um ideário que para mim está claro. Peço-lhes licença para explicar. Muitos/as homens/mulheres tiveram um encontro com Jesus Cristo e por isso suas vidas foram transformadas, isto é, eles/as adquiriram novos valores, entenderam que o Senhor é quem os/as orienta a viver melhor como seres humanos, experimentam na atualidade parte da eternidade que lhes está preparada, esforçam-se por viverem o Evangelho e o Espírito Santo lhes ajuda no processo pedagógico da santificação.



Cristo, que é o Evangelho, tornou-se “os óculos” que lhes permitem observar, avaliar e relacionar-se com o mundo que os/as rodeia e consigo mesmos/as. Via de regra, a pessoa que acolheu a Jesus como Senhor e Salvador foi evangelizada por um/a cristão/ã que congrega em uma determinada igreja que possui características próprias. Seguindo esta lógica, conclui-se que as comunidades cristãs têm particularidades e semelhanças. A isso eu chamo heterogeneidade. Tal diversidade se percebe em uma única igreja local.



Uma igreja formada por pessoas diferentes, com posturas diferentes, com visões bíblico-teológicas diferentes, com vivências litúrgicas diferentes, com culturas diferentes e que se relacionam porque fazem parte do povo de Deus. Não obstante, estas diferenças não são obstáculos para aqueles/as que são discípulos/as de Jesus. Mesmo que surjam atritos interpessoais, os/as envolvidos/as buscam podar as arestas reconciliando-se, perdoando-se mutuamente e dando prosseguimento à caminhada cristã. Se o essencial no discipulado cristão é seguir a Cristo, fortalecer-se no Espírito e espalhar as sementes do Reino de Deus por toda a terra, aquilo que não é essencial não atrapalha a comunhão e unidade daqueles/as que foram resgatados/a por Jesus.

Quando priorizamos a comunhão e buscamos incessantemente a unidade dos/as discípulos/as de Jesus nós temos maiores condições de realizarmos tarefas que espelhem o Evangelho do Reino. É através dos relacionamentos que temos a possibilidade de demonstrarmos com ações, palavras e silêncios que fomos transformados/as por Cristo. Ao nos unirmos temos condições de aprender uns/umas com os/as outros/as.



As semelhanças conferem entusiasmo, alegria, disposição e vontade de influenciar positivamente os grupos humanos com os quais convivemos. As diferenças observadas na vida do/a irmão/ã nos ajudam em nossa auto-avaliação a detectarmos os nossos limites, valores, fragilidades e incompatibilidades. Com isso nós aprendemos a compartilhar, a dialogar, a respeitar e a conviver movidos/as pelo amor do Pai Celeste. Crescemos juntos/as. Evangelizamos juntos/as.

Eu aspiro pelo desenvolvimento e a promoção da comunhão e da unidade dos/as seguidores/as de Cristo. Mas, em alguns momentos, tenho que confessar, eu me entristeço por perceber que existem pecados e barreiras que impedem a concretização deste anelo. Esta realidade poderia começar a mudar desde que todas as lideranças das igrejas locais exercitassem e estimulassem a comunhão e a unidade entre os membros. Aquele/a que é líder precisaria viver do modo que se espera porque ele/a influencia pessoas. Se ele/a exerce uma função de liderança então ele/a poderia esforçar-se por viver o Evangelho e ter uma prática de devoção e reflexão ativa, instigante e sincera.



Apesar de minhas duras palavras, compreendo esta questão da seguinte forma: ou ele/a é líder por vocação e consciência do seu papel, ou é melhor ele/ fazer outra coisa na vida – porque liderança cristã é coisa séria. Assim sendo, o tema em pauta deveria ser amplamente divulgado pelas lideranças nos grupos de discipulado, nos encontros para culto, nas Escolas Dominicais, nos momentos de estudos bíblicos, nas famílias das comunidades cristãs, nas reuniões, nos retiros espirituais, nas festas, nas brincadeiras, nos passeios etc. Na minha visão... é tempo de adotar uma postura definida.

A diversidade ainda é uma característica positiva da Igreja. Todavia, em certos lugares, ela pode se curvar diante das famosas tentações sofridas por Jesus antes do início do seu Ministério, a saber, poder, fama e riqueza. Além disso, infelizmente há quem possa se utilizar ainda dos rótulos “tradicional”, “conservador/a”, “avivado/a”, “carismático/a”, “liberal”, “pentecostal”, “neopentecostal”, “progressista”, dentre outros que não facilitam as tarefas missionárias, antes serve para classificar diabolicamente as pessoas e as “facções cristãs” a qual pertencem. Veladamente, à semelhança do nosso Inimigo, indivíduos descristianizados se agridem travestidos de piedosos crentes exercitando de modo eficaz os atos de matar, roubar e destruir com classe.



Quando se observa a busca pela unidade e comunhão na história da Igreja nota-se que há elementos positivos e negativos. Especialmente estes últimos devem ser observados, pois além de deixarem feridas abertas nos corações de muitos/as irmãos/ãs, fomentam em outros/as tantos/as uma supervalorização das desgraças experimentadas ou ojeriza crônica. Por conseguinte, estão diante de nós vítimas de maldades, manipulações e confusões. Há pessoas traumatizadas que não experimentaram a cura que Deus oferece às “feridas interiores”, tampouco se submeteram às apropriadas terapias aplicadas por profissionais da área da saúde que intencionam promover uma vida psicologicamente adequada e a mais equilibrada possível. Logo, amor, carinho e sensibilidade são imprescindíveis no trato deste tema junto aos/às discípulos/as de Cristo. Por isso poderíamos dar pequenos passos, isto é, exercitando a unidade e comunhão inicialmente dentro da primeira igreja local que é a nossa casa, em nossa Comunidade de Fé, depois na instituição cristã à qual pertencemos e assim sucessivamente...

Construamos uma Igreja cheia do Espírito Santo que não anula sua diversidade. Construamos uma Igreja que se esforça por viver em unidade e comunhão por amor e gratidão a Jesus Cristo. Construamos uma Igreja que ama a Deus acima de tudo e ao/à próximo/a como a si mesma.

Se vocês puderem, convidem outros/as irmãos/ãs a se unirem em oração com o propósito de preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.

Entendo que a Igreja, no poder do Espírito Santo, tem condições de se portar como um Farol nestes dias tão escuros. Cabe-nos, então, prosseguir refletindo, vivendo e anunciando o Evangelho.



Graça e paz




Por Edemir Antunes

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os meios da graça






A vida cristã é uma experiência maravilhosa. Começa através de uma obra sobrenatural realizada pela imerecida graça de Deus no coração e na vida de uma pessoa. O Espírito de Deus aplica a obra de Cristo, na cruz, aos muitos que estão espiritualmente mortos. Ele os regenera, levando-os a arrependerem-se do pecado e a exercitarem a fé no Senhor Jesus Cristo. Isto se chama salvação, que é uma obra gloriosa da graça e do Espírito de Deus.
Com freqüência, os novos convertidos indagam o que acontece após nascerem de novo e iniciarem a vida cristã. Uma vez que Deus os salvou, Ele os deixa prosseguir motivados em seus próprios recursos e nas obras de sua própria carne, para chegarem à presença dEle, no céu? O apóstolo Paulo responde: .Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?. (Gl 3.3).
A vida cristã começa pela graça, pela atividade do soberano Espírito de Deus, e deve ser continuada da mesma maneira. Isto não significa que não existe qualquer atividade da parte do crente. Pelo contrário, a Palavra de Deus afirma que os salvos foram criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. (Ef 2.10); e: .Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. (Fp 2.12-13) . nota: estes versículos, que têm sido grosseiramente mal utilizados pelas seitas, não ensinam a salvação pelas obras; antes, são dos muitos versículos que demonstram a completa gratuidade da salvação). Além disso, os crentes são instruídos a crescerem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. (2 Pe 3.18).
O que o gracioso e amável Deus do céu concedeu aos crentes para ajudá-los a desenvolverem sua salvação, fazerem as boas obras que Ele determinou e crescerem na graça? Deus ofereceu-lhes coisas específicas a fim de obterem esses resultados desejados; ofereceu-lhes o que os teólogos chamam de meios da graça. A seguir, consideraremos esses meios da graça e de crescimento. Quando você utiliza os meios da graça, percebe os resultados em sua própria vida: crescimento espiritual, maturidade, alegria, santidade e semelhança a Cristo. Se estas qualidades estiverem sendo praticadas em sua vida, haverá crescente comunhão com Deus. o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Você será fortalecido e encorajado a andar com Cristo. Receberá a força e o poder espiritual necessários para vencer a tentação, o pecado e Satanás. Obterá ajuda indescritível em cada aspecto da vida cristã.

O que significa a expressão meios da graça?
O Dicionário Aurélio define a palavra meio como recurso empregado para alcançar um objetivo.. Por conseguinte, os meios da graça são os instrumentos pelos quais Deus transmite bênçãos ao seu povo. O Catecismo de Westminster define a expressão meios da graça como os recursos visíveis e comuns pelos quais Cristo transmite à sua igreja os benefícios de sua mediação [ou seja, de sua morte]. Ilustrando isso, pense em uma mangueira de jardim. A mangueira não é especial em si mesma, porem é o canal pelo qual flui a água que produz vida e refresca. O mesmo acontece com os meios da graça. Em si mesmos, eles nada possuem de especial, mas são os instrumentos ou os canais pelos quais fluem as bênçãos divinas que outorgam vida e refrigeram a alma. Através dos meios da graça, Deus concede força, paz, conforto, instrução, disciplina, orientação, alegria e muitas outras coisas necessárias à vida cristã.
Ainda que a expressão meios da graça não se encontre na Bíblia, é uma designação adequada para aquilo que está ali ensinado. Há dois tipos de meios da graça: os particulares e os públicos. O restante desse artigo abordará os diferentes aspectos de cada um desses tipos.

Quais os meios particulares da graça?
1-.O primeiro destes é a leitura da Palavra de Deus.
Deus nos deu um livro através do qual Ele fala conosco. Ele não mais se comunica com os homens utilizando sua voz audível, como o fazia no passado. Agora Deus fala através de seu Filho (Hb 1.1-4), que nos transmite sua palavra por meio das Sagradas Escrituras, a Bíblia.
Nas páginas das Escrituras, Ele manifesta sua voz, capaz de despertar os mortos, outorgando-lhes vida.
A Bíblia foi escrita por homens santos, enquanto Deus os inspirava e guiava, por intermédio do Espírito Santo. É o perfeito tesouro de instruções e conhecimento celestiais. Deus é o autor da Bíblia, a salvação é o seu objetivo, e a verdade sem qualquer erro é o seu conteúdo. Ela nos ensina, principalmente, o que precisamos crer a respeito de Deus e quais os deveres que Ele exige de nós. A Bíblia revela os princípios pelos quais Ele nos julgará e demonstra o supremo padrão pelo qual devem ser averiguados todos os comportamentos, credos e opiniões dos homens. Por isso, J. C. Ryle escreveu: Separe uma parte de cada dia para ler e meditar alguma porção da Palavra de Deus. O pão de ontem não alimentará o trabalhador de hoje; tampouco o pão de hoje nutrirá o trabalhador de amanhã. Recolha seu maná a cada manhã. Escolha a ocasião e a hora adequadas. Não cochile ou se apresse enquanto lê. Dê à sua Bíblia o melhor e não o pior de seu tempo. Leia toda a Bíblia, fazendo-o de maneira sistemática. Receio que existem várias partes da Palavra de Deus que alguns crentes nunca lêem. Dessa atitude resulta a falta de amplos e bem equilibrados pontos de vista a respeito da verdade, uma falta tão comum em nossos dias. Creio que um bom plano é ler o Antigo e o Novo Testamento ao mesmo tempo, do começo até ao fim; e, depois, fazê-lo novamente.
Leia a Bíblia com um espírito de obediência e auto-aplicação. Assente-se para estudá-la com a determinação de que você viverá pelas suas regras, confiará em suas afirmativas e se comportará de acordo com seus mandamentos. A Bíblia mais lida é aquela mais praticada. Ela é o instrumento pelo qual Deus fala ao seu povo. Enquanto lêem a Bíblia, Deus abençoa e fortalece os crentes com tudo que necessitam para seu viver diário.

2. O segundo meio particular da graça é a oração.
O que significa oração? É um dos meios pelos quais o crente cultiva um vivificante relacionamento com o Deus vivo. A oração é indispensável na devoção pessoal. Envolve conversar e ter comunhão com Deus. Nesta comunhão, apresentamos a Deus nossos desejos íntimos. A oração assemelha-se a conversar com Deus .face a face.. O Antigo Testamento apresenta numerosos exemplos: Gênesis 18.23, ss.; Êxodo 5.22, 6.1,10,12,28-30; Deuteronômio 3.23-26; Salmo 27.8. O Novo
Testamento apresenta um sumário da oração em Atos 13.1-2. Pedir a Deus as boas coisas que Ele tem prometido aos seus filhos é uma parte vital da oração (Mt. 7.7,11; Lc 11.5-13; Cl 1.9-12; Tg 1.5-6). De acordo com Filipenses 4.6-7, a oração é uma chave para que o crente experimente a paz de Deus. Ela é também um meio que facilita a nossa rendição à vontade de Deus (ver o exemplo do Senhor Jesus em Mateus 6.39,42,44). Existem várias partes na oração. Ela pode incluir um ou mais destes aspectos: adoração e louvor, ação de graças, confissão de pecados, súplica, intercessão e entrega de nós mesmos a Deus.
De acordo com Efésios 6.18 e Judas 20, a oração deve ser feita no Espírito. O Espírito Santo é Aquele que ajuda o crente a orar. Ele testifica ao espírito do crente que ele é filho de Deus, levando-o a clamar: Aba Pai. (Rm 8.15; Gl 4.6). O Espírito Santo impulsiona o crente a orar, trazendo à sua mente as palavras e promessas de Jesus. Ele também inflama nossos corações em benefício dos outros (Rm 10.1; cf. 9.1-2).
Portanto, quando você não sentir desejo de orar, peça ao Espírito Santo que o ajude a envolver-se na oração.
Cristo ofereceu ao seu povo um modelo para ajudá-los na oração. Em geral, tem sido chamada de .Oração do Pai Nosso. e se encontra em Mateus 6.9-13 e Lucas 11.1-4. Este modelo de oração não foi dado com o propósito de ser repetido, como um ritual, quer em particular, quer em público. Recitar esta oração não remove nossa obrigação de orar. Cristo a ensinou para que os crentes saibam como orar adequadamente.
Há seis petições nesta oração: as três primeiras estão relacionadas às prioridades de Deus, as três últimas vinculam-se às nossas necessidades. Nesta oração-modelo, o Senhor Jesus nos ensina que, antes de suplicar por nossas necessidades, temos de orar pelas prioridades divinas.

3. O terceiro meio particular da graça é a meditação.
Após o crente ter vindo à presença de Deus, através da leitura da Bíblia e pela oração, ele se alimenta do que já recebeu por meio da meditação. Thomas Watson, um dos Puritanos, disse: A meditação é semelhante ao regar uma planta, faz aparecer os frutos da graça.. A meditação é para nossa alma o que a digestão é para o corpo. C. H. Spurgeon apresentou uma excelente instrução, ao declarar: Nossos corpos não se sustentam apenas por ingerir o alimento através da boca; mas o processo de digestão resulta em músculos, nervos, tendões e ossos. Por meio da digestão, o alimento exterior é assimilado pela vida interior. O mesmo acontece às nossas almas: elas são nutridas não apenas por aquilo que ouvem aqui e acolá. Ler, ouvir, observar e aprender tudo exige uma digestão interior; e a digestão interior da verdade ocorre através de meditarmos nela. A atitude do salmista Davi foi: .Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito. Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra. (Sl 119.15-16). Setecentos anos antes de Cristo nascer, Davi já sabia o valor da meditação.

Quais são os meios públicos da graça?
1. Reunir-se para adoração é o primeiro destes meios.

Deus jamais tencionou que o verdadeiro crente vivesse sozinho. Após a ascensão de Cristo, os apóstolos saíram por todo o mundo implantando igrejas e estabelecendo presbíteros em cada uma delas (At 14.23). Eles fizeram isto, para que os crentes novos fossem fortalecidos, encorajados, guiados, instruídos e, acima de tudo, adorassem a Deus juntos. Deus, e não os homens, ordenou que por intermédio da reunião coletiva, para adoração, o crente recebesse bênção e ajuda divina para os dias futuros. Reunido, o povo de Deus receberia não somente a bênção dEle, mas também se fortaleceria mutuamente. Os cristãos receberam a ordem de não abandonarem o reunirem-se para adoração pública (Hb 10.25). Historicamente, as igrejas cristãs sempre adoraram no domingo. Foi no primeiro dia da semana, o domingo, que o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos e assegurou a ruína do domínio de Satanás. Cinqüenta dias após a ressurreição de Cristo, no Pentecostes, novamente no primeiro dia da semana, o Espírito Santo veio sobre os crentes para enchê-los de poder. Desde então, os cristãos se reúnem aos domingos, o primeiro, o melhor e mais admirável dia da semana, para adorar o primeiro, o melhor e mais admirável dos seres, o SENHOR Deus dos Exércitos e seu Filho, Jesus Cristo (At 20.7; 1 Co 16.2).
Os elementos da adoração pública são: leitura pública das Escrituras, acompanhada de pregação e ensino; cantar salmos, hinos e cânticos espirituais; ofertas e orações. Na leitura e exposição das Escrituras, Deus fala conosco; nos cânticos, ofertas e orações, nós falamos com Ele. Ainda que esses dois elementos da adoração são importantes, o mais relevante deles é a pregação da Palavra. Nossos pais entenderam isto, quando escreveram: O Espírito torna a leitura (em especial, a pregação da Palavra) o meio eficaz de convencer e converter os pecadores, edificando-os em santidade e conforto. (Breve Catecismo de Westminster, pergunta 89)

2. O segundo meio público da graça são as ordenanças do evangelho.
Uma ordenança é um costume e prática iniciada pelo Senhor Jesus Cristo, enquanto Ele esteve na terra. Nas verdadeiras igrejas do Senhor
Jesus, há apenas duas ordenanças: o batismo e a ceia do Senhor.
O batismo é a primeira ordenança instituída pelo Senhor Jesus Cristo, enquanto esteve entre os homens. Ele ordenou que o batismo fosse realizado por seus apóstolos e igrejas até ao fim do mundo (cf. Mt 28.18- 20). Uma pessoa que declara ser crente e negligencia o batismo, a primeira ordenança de Cristo, não tem o direito de chamar-se de cristão. O batismo deve ser realizado por completa imersão na água, em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo.
O batismo é reservado somente para os crentes. Não é para pequenas crianças descrentes. Não existe uma única instância de batismo infantil no Novo Testamento. O batismo sempre foi aplicado àqueles que se arrependeram e creram e para aqueles que foram convertidos e salvos (veja Atos 2.41; 18.8). Esta ordenança foi designada a ser um testemunho para o mundo, a fim de demonstrar que somos seguidores de Cristo e fortalecer nossa decisão de segui-Lo. A ceia do Senhor é a segunda ordenança instituída pelo Senhor Jesus, enquanto esteve na terra. É o meio divinamente designado para fortalecer a fé exercida pelos crentes. A ceia do Senhor não é um sacrifício oferecido a Deus, e sim apenas uma comemoração daquela oferta que Cristo fez de si mesmo, uma vez por todas, na cruz, em pagamento dos nossos pecados. Sempre que participamos da ceia do Senhor, nós o fazemos em memória dEle (1 Co 11.24-26). Os elementos da ceia do Senhor, pão e vinho, são apenas símbolos. Cada elemento representa um diferente aspecto do sacrifício de Cristo. O pão simboliza o corpo traspassado e morto do Salvador, por causa de nossos pecados. O vinho representa o sangue de Cristo que foi derramado a fim de purificar nossos pecados. Não existe nada mágico no pão e no vinho. Eles não se alteram, tornando-se literalmente o corpo e o sangue de Jesus; permanecem aquilo que eles mesmos são. Devemos lembrar que esta ordenança não foi dada a indivíduos, e sim a igrejas locais e seus membros.

3. Comunhão com irmãos e irmãs em Cristo é o terceiro meio público da graça.
O povo de Deus procede de todos os tipos de pessoas. Todavia, existe algo que os une: em Cristo, eles são um! Cristo os amou com amor eterno e os atraiu com bondade. Todos os obstáculos foram removidos ante à eleição, à redenção e ao salvífico amor de Cristo (ver Ef 2.14-16). Comunhão significa .compartilhar juntos ou vida compartilhada , especialmente quando esta se relaciona aos outros crentes. Quando Cristo nos salvou, Ele não tencionava que vivêssemos isolados. Ele nos destinou para sermos parte de uma de suas igrejas e desfrutarmos comunhão com outros crentes (cf. At 2.41-42). Uma das mais profundas verdades que compreendemos após a conversão é o vínculo que temos com os verdadeiros crentes. Comunhão não significa reunir-se com outros crentes para falar sobre esportes, diversões, clima, economia ou política, embora não exista qualquer prejuízo em fazermos isso. Pelo contrário, comunhão é compartilhar, de coração, uns com os outros, as coisas do Senhor Jesus e de sua Palavra. A singularidade da comunhão cristã se encontra em sermos capazes de conversar e compartilhar, juntos, as alegrias, a felicidade, as vitórias, os problemas, as tentações, as tristezas e as bênçãos de nosso andar com Deus. Provérbios 27.17 afirma: .Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo.. Desfrutar comunhão com irmãos e irmãs em Cristo, em uma igreja local, é semelhante ao .ferro. afiando o .ferro.; é o meio da graça que nos mantém espiritualmente saudáveis e vigorosos.

4. O quarto meio público da graça é a oração coletiva (At 2.42).
As igrejas primitivas não somente permaneciam na doutrina dos apóstolos, na ceia do Senhor e na comunhão, também perseveravam na oração juntos. As reuniões da igreja, a fim de orar, era um dos meios de levar as cargas uns dos outros e cumprir a lei de Cristo (Gl 6.2). No livro de Atos, há diversos exemplos dos irmãos orando juntos, na igreja primitiva. No dia de Pentecostes, o que os crentes estavam fazendo?
Orando (At 1.12-14; cf. 2.1). Através da oração coletiva, a igreja contemplou o Senhor Deus libertando-a das mãos de seus inimigos (4.23- 33). Pedro foi liberto da prisão porque os crentes estavam juntos em oração a favor dele (12.5). A história das igrejas do Novo Testamento ilustra a bênção e a necessidade de orarmos juntos. Tudo o que é verdadeiro a respeito da oração particular também é verdadeiro sobre a oração pública, exceto que esta se realiza coletivamente. Se Deus está com seu povo e individualmente os abençoa com sua presença, quanto mais isto acontece ao se reunir a igreja para oração coletiva. Se Ele ouve e responde as orações de um crente, quanto mais ouvirá e atenderá as orações de muitos? Um Puritano, David Clarkson, disse: A presença de Deus, desfrutada em oração particular, assemelha-se apenas a um regato, mas na oração coletiva torna-se como um rio que alegra a cidade de Deus. Um Pai amoroso, sábio e gracioso, que habita nos céus, outorgou aos seus filhos estes meios para o bem deles (cf. Dt 10.13). Ele não os deu a fim de colocar seus filhos em escravidão a regras estabelecidas pelo homem, mas para abençoar, fortalecer e encorajá-los. Os meios particulares da graça nos foram concedidos para sustentar-nos em nossa vida cristã diária, em um mundo de atividades cotidianas. Os meios públicos da graça são para nosso benefício, na igreja local pertencente ao Senhor Jesus Cristo. Praticá-los agora resultará em crescimento e frutificação de nossa vida cristã. Utilizar estes meios designados por Deus redundará em glória para Ele, expansão de seu reino e nos proporcionará retidão, paz e alegria.

sábado, 3 de setembro de 2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sou Feliz - Thales Roberto


A renovação do entendimento


"Renovar é viver" ensina um velho ditado. Renovamos a pintura de nossa casa, e parece que essa mudança nos ajuda a viver melhor.
Estreamos um novo terno, um novo vestido, uma nova roupa, colocamos um novo calçado ou simplesmente renovamos a disposição dos móveis da casa, e tais alterações da rotina diária nos reanimam e criam uma melhor disposição.

Porém, se estas pequenas mudanças externas podem, nos oferecer satisfação, você é capaz de imaginar quanto mais proveito poderia nos oferecer uma renovação interior? Uma renovação espiritual?
Quando uma pessoa melhora por dentro, seus pensamentos, suas intenções e seus sentimentos, adquire-se então vida nova. Seu modo de ser se torna mais agradável e até seu semblante se ilumina.

Mas, muitas vezes temos certas atitudes que na realidade, não gostaríamos de ter. E logo sobrevem um sentimento de desgosto, e nos perguntamos confundidos: "Por que sou assim? Quero fazer o bem e quantas vezes as coisas me saem mal."?!

Na verdade, estas palavras não são novas, porque já em seus dias o apóstolo, Paulo se expressou de maneira parecida. Vejamos o que ele escreveu em Romanos 7:18-20 "Eu sei que em mim, isto é, em minha carne, não mora bem algum, porque o querer o bem está em mim, porém não faço. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço.
E se faço o que não quero, já não faço eu, senão o pecado que mora em mim."

Esta é a luta de todo o ser humano; querer fazer o bem, porém comprovar com tristeza que nossa inclinação natural nos induz a cometer o mal. O profeta Jeremias afirma em seu livro: "Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" Jeremias 17:9

Quando os Escritos Sagrados mencionam a palavra coração, quase sempre se referem à mente, à vontade, à intimidade da alma. É a nossa mente que é "enganosa" e, "perversa", e está doente e tantas vezes nos atraiçoa.
Porém essa parte do ser pode ser mudada, e em consequência, pode nos assegurar plena felicidade.

Mas, como nossa mente pode ser mudada? A simples compreensão de nossa necessidade não basta; nem tampouco são suficientes a lucidez mental e a força de vontade.
Podemos lutar toda a vida para combater os nossos defeitos, e ainda assim, seguir dominados por eles. A única maneira de mudar a mente é buscando a ajuda de Deus.

Só Ele tem poder para transformar o coração humano. É o único que pode fazê-lo. O mesmo Deus que criou o homem pode recriar o nosso coração, a nossa mente.
A Palavra de Deus deixa claro que uma nova vida é possível e está ao nosso alcance.

"Vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade." Efésios 4:22-24

Temos exemplos na Bíblia de homens que tiveram a experiência de serem tocados pelo dedo de Deus. A voz de Cristo falou claramente ao seu coração.

Saulo era um ardoroso perseguidor de cristãos. Um dia indo, pela estrada de Damasco foi acolhido por um grande luz. Não suportando a claridade caiu, e humildemente perguntou: "Quem és Senhor?" Atos 9: 5

E quando a voz divina indicou o seu dever, Saulo obedeceu sem vacilar. E dias mais tarde, abandonou sua obra perseguidora e começou a pregar a excelência da mensagem de Cristo. Passou das trevas para a luz; do erro para a verdade; do ódio para o amor.
Tempos depois ele haveria de escrever: " Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento." Romanos 12: 2

"Se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". II Cor 5.17

Ninguém pode querer mudar por si mesmo. Todo intento humano termina em fracasso. Porém a maravilha é que, onde fracassa o homem, triunfa Deus!

Vidas, famílias e tribos inteiras tem sido transformadas pela ação da verdade bíblica.

Com razão o Salmista Davi, falando da Palavra de Deus disse que "Restaura a alma". Salmo 19:7. E o apóstolo Pedro foi mais claro quando disse: "Pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, mediante a Palavra de Deus, a qual vive e é permanente." I Pedro 1:23

Por sua parte o apóstolo Paulo, referindo-se ao poder do evangelho como ensino redentor do homem, declarou que "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê." Romanos 1:16

Tem você algum defeito, vício ou debilidade que deseja vencer? Lembre-se então que o mesmo poder que mudou Saulo de Tarso, e os canibais do Pacífico, e transpor outros é suficientemente grande para mudar o nosso interior.
Se reconhecermos nossa necessidade e solicitarmos a assistência de Deus, Ele poderá operar o milagre. Seu Divino Espírito e Sua Sagrada Palavra atuarão como invencíveis agentes da divindade.

O Senhor cumprirá então a sua promessa: "Dar-vos ei um coração novo, e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei um coração de carne." Ezequiel 36:26

Vida nova! Dela podemos desfrutar cada dia, com paz e alegria, se pedirmos a Deus, um novo coração, uma mudança de hábitos, porque nossa mente estará restaurada pelo poder do Espírito Santo.
Peça agora mesmo a Deus que lhe dê um novo coração, uma nova vida e você também à semelhança de milhares e milhões, viverá vida nova em Cristo

Por Pr. Stina

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Herdeiro da Promessa - Aliança do Tabernáculo


Herdeiros conforme a promessa


“Uma das grandes lutas da igreja cristã, desde seus primórdios, uma luta que estava no coração da Reforma protestante (e que de algum modo continua hoje, mesmo em nossa igreja), trata da questão do evangelho, salvação, ou sobre a maneira pela qual somos salvos.

Na igreja da Galácia, Paulo teve que tratar essa questão de maneira franca e direta, porque uma teologia falsa tinha penetrado na comunidade e ameaçado a integridade do próprio evangelho.”

O principal ponto apresentado em Gálatas 3:26-29, resalta que, “pela fé, somos limpos do pecado e revestidos com Seu manto de justiça, e nos tornamos herdeiros das promessas.”

“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.” (Gl. 3:26-29). “

Note que a palavra grega traduzida como ‘revestistes’ significa ‘estar vestido’”

“No verso 27, Paulo diz que todos aqueles que foram batizados ‘de Cristo [se revestiram’]. Embora todos fossem pecadores, seu pecado tinha sido afastado, os velhos trapos descartados e eles agora estão ‘revestidos’, cobertos pela justiça de Jesus. Sua vida, perfeição e Seu caráter, podem ser reclamados como sendo deles mesmos.

Todas as promessas da aliança se cumpriram em Jesus. Agora, revestidos de Cristo, eles podem reivindicar essas promessas como deles mesmos. São herdeiros da promessa, feita primeiramente a Abraão (Gn 12:2, 3), não por causa de status, gênero ou nacionalidade, mas apenas por meio da fé em Cristo.”

No texto de Romanos 6:1-6, o estar “revestido de Cristo”, significa “morrer para o pecado e ser batizado; ressurgir para uma nova vida é vencer a velha vida.”

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;” (Rm. 6:1-6).

“Estar revestido de Cristo é mais que uma reputação legal diante de Deus. Os cristãos são unidos com Cristo; são entregues a Ele; e, através dEle, estão sendo renovados, rejuvenescidos e restaurados. Cristãos que se recusam a mudar seus antigos caminhos, hábitos e estilo de vida, necessitam olhar no espelho, para ver do que estão realmente revestidos.”

“O que você está vestindo? O que você veste em público é diferente do que usa quando ninguém está (ou você pensa que não está) olhando? O que sua resposta diz sobre você?”

Por Paulo R. C. Mendonça