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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Muçulmano mata sua própria irmã, após ela se casar com cristão: "Não havia escolha"

O paquistanês Mubeen Rajhu, de 24 anos, baleou sua irmã Tasleem, de 18 anos de idade e afirmou que ela estava "envergonhando a família" ao se casar com um cristão.
Um homem paquistanês que matou a tiros a sua própria irmã, porque ela se casou com um cristão, disse que "não tinha escolha" e a matou porque ela "trouxe vergonha" para sua família.

Mubeen Rajhu, de 24 anos, baleou sua irmã de 18 anos de idade, Tasleem, com uma pistola em sua casa, na cidade de Lahore, no nordeste do Paquistão, em agosto.

Em uma extensa entrevista, concedida à Associated Press (AP), Rajhu disse que amava sua irmã e a fez prometer que não se casaria com o homem cristão, que tinha sido visto em sua companhia. "Eu lhe disse que teria vergonha de aparecer na fábrica [seu local de trabalho], aparecer na frente dos meus vizinhos. Por isso pedi: 'Não faça isso", disse ele. "Mas ela não quis ouvir."

Tasleem se casou com um homem cristão, chamado Jehangir, tendo outro irmão como testemunha. Jehangir se converteu ao islamismo para apaziguar sua família, mas não foi o suficiente. "Eu não podia deixar passar. Era tudo o que eu conseguia pensar. Eu tive que matá-la", disse Rajhu. "Não havia nenhuma escolha".

Uma semana depois, em 14 de agosto, Rajhu atirou em Tasleem, enquanto ela estava sentada em sua cozinha com sua mãe e irmã. "Ela não gritou", lembrou Rajhu. "Eu só atirei e ela morreu".
Várias entrevistas foram realizadas pela AP com os membros da comunidade muçulmana em Lahore. Os depoimentos revelaram que existe um apoio generalizado para as ações de Rajhu. "Estou orgulhoso deste homem, porque ele fez a coisa certa, matando-a", disse um vizinho. "Não podemos permitir que qualquer pessoa se case fora da nossa religião. Ele fez a coisa certa".

Até mesmo o pai de Rajhu e Tasleem, Evern culpa sua filha e disse que ficou com medo do que sua família mais ampla poderia pensar sobre o casamento da moça. "Minha família está destruída", disse ele. "Tudo está destruído, somente por causa dessa menina vergonhosa. Mesmo após a morte, eu estarei destruído por causa dela".

Enquanto isso, a comunidade cristã em Lahore diz que está vivendo com medo, desde a morte de Tasleem. Homens armados dispararam tiros contra as casas dos cristãos que vivem na área de Jehangir. Ele fugiu na noite em que Tasleem foi assassinada.
"Estamos com medo desde que o assassinato ocorreu", disse um vizinho cristão à AP. "Há apenas algumas casas de cristãos aqui, mas não temos mais para onde ir".

Os cristãos são "protegidos" pela Constituição do Paquistão, mas muitos enfrentam severa perseguição por causa de sua fé. Segundo o relatório 'Casamentos Forçados e Privação de Herança', elaborado por uma fundação com sede em Karachi Aurat, afirma que até 700 jovens cristãs foram submetidas a casamentos forçados a cada ano, além de também serem forçadas a se converterem ao Islã.

Um relatório divulgado em maio pela 'Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional' (USCIRF) constatou que o governo paquistanês no ano passado, "continuou a cometer e tolerar violações sistemáticas, contínuas e flagrantes da liberdade religiosa".


Lahore é considerado um lugar particularmente perigoso para os cristãos viverem. Nasir Saeed, diretor da 'CLAAS-UK', uma instituição de caridade dedicada a ajudar os cristãos perseguidos no Paquistão, tem apontado a grande cidade como "a província onde os cristãos mais sofrem".

No domingo de Páscoa deste ano, um atentado suicida em um parque de Lahore matou 72 pessoas. Foi o ataque mais fatal no Paquistão, desde o massacre de 134 crianças em uma escola militar, na cidade de Peshawar, em Dezembro de 2014. Embora tenham sido mortos muito mais muçulmanos que cristãos no ataque, a facção paquistanesa do Taliban que reivindicou a responsabilidade pela explosão, confirmou que os cristãos eram o alvo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN TODAY


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