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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A túnica sem costura

"Então os soldados, após crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, para cada soldado uma parte, e também a túnica. A túnica era sem costura, tecida em uma peça. Pelo que disseram entre si: Não vamos rasgá-la, mas deitemos sorte sobre ela, de quem será, para que se cumprisse a escritura que diz: Eles dividiram minhas roupas entre si, e para a minha túnica lançaram sorte”. João 19:23-24
Um homem judeu, nos tempos de Jesus, normalmente usava um vestuário composto por quatro peças: turbante, cinto, túnica e capa externa. A capa externa usada por Jesus foi confeccionada de maneira especial, de modo a identificá-Lo como um sumo sacerdote. Nela não havia remendos nem costuras laterais conforme Êxodo 28:31-33. Assim era a túnica usada pelos sumos sacerdotes designados a oferecer sacrifícios diante de Deus em favor do povo.
Era um costume romano que as vestimentas usadas por condenados na hora da execução se tornassem propriedade dos seus algozes. Assim, os quatro soldados que crucificaram a Jesus dividiram entre si as peças do seu vestuário. Como o manto era sem costura e de grande valor não podia sofrer avarias; rasgado perderia seu valor, então decidiram sorteá-lo para ver com quem ficaria.
Aqui os soldados romanos se detiveram apenas no valor monetário do manto de Jesus sem perceber que estava diante deles muito mais do que uma peça de vestuário valiosa – havia ali a riqueza da oportunidade. Não perceberam que “O Grande Sacerdote” estava tão perto deles, acessível, embora estivessem executando um ofício carregado de injustiça.
Hoje somos convidados a olhar para o sacrifício da cruz e o Cristo ali crucificado com maior valor e importância. Os soldados romanos conheciam apenas o preço daquelas vestes, mas não o seu valor. Desconheciam as profecias; não discerniram o real significado daquele manto e momento - desperdiçaram uma oportunidade única.
Quantos têm despertado para o sacrifício de Cristo apenas no que tange as bênçãos materiais e temporais que dele advém e ignoram que o manto sem costuras não estava sobre Ele no momento da sua crucificação porque naquele instante Ele padecia a nossa miséria.
Ele se despiu de seu manto sacerdotal para que nós fôssemos envolvidos por ele. Toda a riqueza das vestes sacerdotais foi nos dada, mesmo sendo seus ferrenhos algozes, para nos cobrir e nos tornar um sacerdócio eterno e santo.

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