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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tesouro em vasos de barro


“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”     II Coríntios 4:7-9



Este verso nos apresenta algumas verdades importantes:

Primeiramente, ele revela de que material somos feitos – e descreve como sendo um vaso de barro. Este não é o único texto em que esta figura é apresentada. Trata-se do conceito essencial e fundamental da idéia bíblica a respeito do homem. É importante que tenhamos tal consciência. E mais, diz não apenas que somos vasos, mas que somos “vasos de barro” – um material muito simples, que, em si mesmo, tem pouco valor. O homem, de si mesmo, não tem nada de que se possa orgulhar. À parte de Deus, ele nada mais é que um insignificante vaso de barro – e às vezes, um vaso rachado.

Existem vários tipos de vaso. Alguns se assemelham a lama ressequida, que esmigalham ao primeiro toque. Outros são duros e resistentes por natureza, outros mais moldáveis, maleáveis, outros, de porcelana muito fina, lindo, mas que racham facilmente. Contudo, não passam de um tipo de barro. No fundo, somos todos pessoas comuns.

Em segundo lugar, trata para que servem os vasos? Basicamente, são recipientes em que se coloca alguma coisa. Os vasos têm por finalidade conter alguma coisa e, quando não há nada neles, são vasos vazios. É isso que esse verso significa. Ele nos lembra que fomos criados para conter alguma coisa.

E o que deveríamos conter? Essa pergunta tem intrigado o homem, fazendo com que se lance numa busca desenfreada de sua própria identidade. A Bíblia responde: fomos criados para conter Deus!


“Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus”    I Cor. 6:19

Portanto, é correto dizer que uma vida sem Deus é um “vaso vazio”. O resultado disso é que temos pessoas exibindo uma casca exterior de felicidade e realização, quando por dentro não há nada, a não ser um grande vazio.

A razão porque o tesouro é colocado dentro de pessoas falhas, faltosas, fracas e pecaminosas, é para que fique bem claro que esse poder não se origina em nós. Ele não resulta de uma personalidade forte, nem de mente arguta, bem treinada, nem de uma educação e escolaridade superiores. Nada disso! Ele vem de Deus. Nossa condição de “barro” deve ficar bem explícita para os outros e para nós mesmos, que o segredo não está em nós, mas em Deus.

“...para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”

Para mostrar como isso tudo é bem prático, o apóstolo Paulo descreve a maneira como isso se aplica aos fatos corriqueiros da vida. Ele descreve quatro tipos de problemas que podem atingir um vaso:

Tribulações: “Em tudo somos atribulados”.

São as irritações normais da vida, que todo mundo enfrenta, os incidentes inoportunos e problemáticos que nos afligem. São aborrecimentos normais da vida, que todos sofrem. E os salvos não se acham isentos deles.

Perplexidades: “Perplexos, porém não desanimados”

São aquelas situações que não sabemos entender o que está acontecendo. Paulo passou por alguns desses momentos. Ele tentou ir a Bitínia, mas O Espírito não lho permitiu. Tencionava pregar na província da Ásia, mas foi impedido pelo Espírito Santo (Atos 16). Sempre haverá muitas ocasiões para indecisões em nossa vida, quando não saberemos o que fazer ou dizer. São perplexidades normais da vida.

Perseguições: “Perseguidos, porém não desamparados”

Essa palavra compreende toda a gama de ofensas, provocações, menosprezo, frieza no trato, palavras mentirosas, críticas, esforços deliberados para nos prejudicar, ataques corporais, etc... Podemos esperar qualquer uma dessas coisas contra nós. Os apóstolos e o Senhor foram perseguidos até a morte.

Abatimentos: “abatidos, porém não destruídos”

Essa palavra diz respeito a golpes rudes e esmagadores, que parecem vir-nos do nada – câncer, perdas familiares, acidentes fatais, ataques cardíacos, tumultos, guerras, terremotos ... Os cristãos nem sempre estão protegidos de tais coisas. São experiências terríveis, que provam a nossa fé e nos deixam assustados e confusos.

Entretanto: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos”

Por quê? Porque dentro de nós há uma força sobrenatural. Assim, não ficamos angustiados, nem desanimados, nem desamparados, nem destruídos. Glória a Deus! Esse poder foi-nos concedido com o objetivo de solucionar o problema das aflições, que são nosso fardo. Elas nos sobrevêm a fim de que possamos demonstrar reação diferente daquela tomada por uma pessoa sem Cristo. Nossos vizinhos, observando nossas reações, não conseguem entender o que se passa conosco, e aí, temos a oportunidade de mostrar-lhes, as vantagens de nossa fé. Existe em nós algo que só poderá ser explicado como uma operação divina. Fica claro então, que a diferença é a “excelência do Poder de Deus que habita em nós”.

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