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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Aula 21 - Escola Bíblica

Israel como povo no plano de Deus, após a saída do Egito, era como uma criança que tinha acabado de nascer e que estava caminhando para sua terra. Deus então, começa a lidar com esse povo como se lida com uma criança. Uma criança depende de você para tudo; você tem que estar junto ensinando todas as coisas; era assim com Israel. A lei era essa "babá"! Aquele povo não sabia algo, então a lei conduzia.

 Gálatas 3:23-27 - Paulo, aqui, está explicando aos Gálatas na condição de israelita:

V.23:.. estávamos guardados debaixo da lei...; em outra versão temos: ... estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados...

V.24: ... a lei se tornou nosso aio...; nos serviu de aio. Aio = preceptor de crianças, mestre de crianças, camareiro, escudeiro; é como Paulo falando: a lei se tornou nosso professor, nosso mestre, nossa "babá".

V.25: então quando veio a fé, aquela criança deveria estar crescida e reconhecer o seu tempo de maioridade.

V.26: condição para ser filho de Deus: só pela fé em Jesus Cristo.

 Gálatas 4:1-7 - Era costume naquela época, inclusive na Galácia, as famílias ricas gregas e romanas, destacarem um escravo, quase sempre o mais culto, para tomar conta do filho em sua casa, enquanto estivesse em idade que precisasse de orientação, enquanto era menor de idade. ( II Reis 10:1-2; é algo bem antigo )

Os curadores, tutores, os aios, eram responsáveis pela educação total da criança. O pai determinava o tempo em que o menino seria declarado maior (V.2), o tempo em que atingiria a maioridade; são como os nossos 18 ou 21 anos. Hoje é automático, para algumas coisas atinge-se a maioridade aos 18 anos e para outras aos 21 anos, porém naquela época, o pai é quem estabelecia a idade de maioridade do filho. Então, até o menino chegar àquela idade, o escravo mandava nele. Por isso o V.1 diz: "ainda que seja senhor de tudo (quem? o menino), em nada difere de um servo", ou seja, está no mesmo nível de um escravo para com o seu tutor. Mas quando viesse o dia de sua emancipação, havia uma cerimônia que se chamava "adoção de filhos" (V.5). Aqui, adoção de filhos não significa um pai que não tem filhos então adota de outra pessoa, aqui era o nome da cerimônia de maioridade, o dia em que o pai determinava a maioridade do filho e ratificava em uma cerimônia pública. O dia em que o filho passava a ter a mesma autoridade do pai poderia negociar, usar o nome da família, fazer como nossos filhos quando atingem a maioridade.

 Paulo aqui, está usando esse paralelo, que era conhecido dos Gálatas, para explicar que Israel, enquanto estava sob a lei, estava como que debaixo do aio, do tutor. Porém, quando Deus determinou a plenitude dos tempos (V.4), vejam o paralelo, a vinda de Jesus Cristo, era para Israel sair da direção do aio, sair da direção da lei, para a maturidade. É muito importante entendermos esse aspecto da lei.

 - João 1:17: a graça e a verdade vieram através de Jesus.  Até Cristo vir, a lei nos confinava e nos guardava sob custódia. Mas quando Cristo veio, alcançamos a liberdade e maturidade da fé. Aqueles que vivem na lei têm uma posição inferior em relação àqueles que vivem pela fé.

 Era para Israel sair da lei, reconhecer o seu Messias e passar para uma época de maturidade, onde não existiria mais aquele aio duro e frio da lei. Ou faz ou morre, a lei assim determina! Mas Israel deveria passar para a maioridade. Como é a nossa maioridade? É a mesma figura, continua igual, Deus usa as coisas naturais para explicar as espirituais. Como é com um filho entre 18-25 anos? Normalmente não mais ficamos dizendo (tem pais que ficam e acabam atrapalhando): escovou os dentes? Cumprimentou a visita? Faça assim ou assim. Se agirmos assim, é conservar o filho na imaturidade, ninguém faz isso ou não deveria fazer, pois o filho já é maior. Todos os princípios já estão "dentro" da pessoa e as coisas passam a ser feitas automaticamente, já é um adulto.

Não é assim que vivemos? Espiritualmente deveríamos agir da mesma forma, pois no plano de Deus, hoje, estamos na época da maioridade, na época da graça. A diferença é: não é mais a lei que rege o povo de Deus, mas sim o Espírito Santo. Meu novo espírito, habitado pelo Espírito Santo é que me dirige. Quando permito que o Espírito Santo tome controle total de mim, então vou fazendo naturalmente as coisas de Deus, como um adulto espiritual, onde o pecado não tem mais domínio sobre mim.

- Hebreus 5:12-14: O autor falando aos hebreus sobre a maturidade cristã.

-I Coríntios 3:1-3: Crente carnal (infantil) x crente espiritual (adulto).

- Romanos 7:1-6: A lei e a graça.

- Romanos 7:7-25: A lei e o pecado; através da lei conheço o pecado.

- Romanos 8:1-17: A nova vida debaixo da graça, segundo o Espírito de santidade e adoção.

Paulo está ensinando para não voltarmos para a lei; não se segue mais a Deus guardando a lei da forma tradicional. Isso tem que ficar muito claro para entendermos a Bíblia. Era por causa da imaturidade de Israel que foi necessária a lei, até que viesse o descendente a quem a promessa tinha sido feita. (Gálatas 3:19)

 

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