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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Deus, por que?

“Por que dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói e não admite cura? Serias Tu para mim como um ilusório ribeiro, com águas que enganam?” Jeremias 15:18

“Por que um Deus bom permite que coisas más aconteçam?”. O profeta Jeremias em sua angústia tem muitas interrogações que parecem desafiar a sua fé. Aqui os problemas que lhes atingiam eram fruto de vida distanciada de Deus, corrupta, imoral, sem temor e reverência, que agora, fazia com que a nação fosse levada ao cativeiro babilônico. Como admitir que um Deus bondoso e justo retribuísse o mal com o mal? Estaria ele enganado, iludido sobre Deus? Como compreender que aquela correção e disciplina era a expressão do amor de Deus?

O profeta Habacuque também figura entre a lista de homens tementes a Deus, que embora tivessem intimidade e andassem retamente diante do Senhor, em algum momento de suas vidas não compreenderam a maneira como Deus trata e até permite situações desfavoráveis ao seu povo e questionaram a Sua justiça. Certa feita, o profeta faz o seguinte questionamento: “Tu que és tão puro de olhos que não podes ver o mal, e que não podes contemplar a perversidade, por que toleras os perversos e te calas enquanto o ímpio devora aquele que é  justo?. (Hb 1:13)

O justo Jó em seu infortúnio, sofrendo terríveis males como luto, doenças, solidão e calúnias não compreendia o porquê de tanta desgraça; seria ele mesmo o responsável por todo esse mal?: “Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado” (Jó 11:23)

As crises que esses santos homens do passado experimentaram revelam que somos limitados em nosso entendimento e que mesmo a graça e o milagre da vida não são suficientes para nos manter gratos e constantes em relação a Deus e Sua vontade e propósitos. É impossível não vivermos crises - elas são até necessárias - porque as respostas sucedem a interrogações e a fé é regada em meio às aflições.

Acreditar em um Deus bom e justo e não saber explicar o porquê do sofrimento não elimina o nosso desconforto - mantêm as crises, mas também revela a nossa fé. Precisamos crer em Deus pelo que Ele é e não pelo que se sofre ou pelo que Ele faz. Precisamos crer que o mal e as crises que nos abatem são apenas uma passagem e o bem que almejamos e esperamos é eterno e não se compara com as momentâneas crises que enfrentamos.


Dúvidas são reflexos da nossa existência terrena e temporal, é a expressão de nossa limitação. No entanto, é preciso saber que a existência e o existir são maiores que toda dúvida quando Deus habita em nós. 

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