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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Restaurando o altar de Deus

A restauração da nação de Israel descrita em Esdras e Neemias perfaz um período de aproximadamente 100 anos.
Ela se deu de maneira gradual e processual – começou com a restauração do altar, depois do templo, dos muros e por fim das portas.

O período de restauração deste povo foi precedido de um período de cativeiro fora de suas terras, longe de sua possessão.

Toda a história do cativeiro babilônico começa com uma má escolha. A escolha de um rei. Mesmo sendo aviados pelo profeta Samuel que a partir do momento que tivessem um rei todo o seu trabalho, sua colheita e rebanho seriam do rei, da casa real e de seu exército, optaram por ter um rei da mesma forma que as nações vizinhas. 
Com isso começaram a perceber que o seu trabalho e suas colheitas eram insuficientes para a sobrevivência. A partir daí, começaram a violar o ano sabático, pois nada do que plantavam ou adquiriam era suficiente para atender as sua necessidades, as necessidades reais quanto a sua casa e seu exército. Violar o ano sabático era mais do que deixar de dar descanso a terra.

 Na verdade, o ano sabático era um tempo para se promover a justiça na terra. Nesse tempo, era tempo de perdoar dívidas, prover as viúvas, velhos e órfãos e devolver propriedades aos seus primeiros donos.
Por 490 anos negligenciaram esse mandamento de Deus e caíram no pecado de iniquidade, pecado consciente, deliberado, voluntário, rejeitando a instrução, a exortação, o amor e a misericórdia de Deus. Isso e culminou com a punição do desterro, ou seja, foram desarraigados, desinstalados de sua terra, por violarem a herança de Deus.

Agora eles estão longe de sua terra no cativeiro babilônico.  Babilônia, lugar de muitos deuses, de idolatria, de prostituição espiritual, lugar de confusão.
Aparentemente a vida na Babilônia não parecia tão ruim – eles tinham os mesmos direitos e deveres que qualquer cidadão caldeu, babilônico tinha, tinham até direito de culto, com uma única diferença – não podiam sair da Babilônia. Eles tinham uma restrição quanto até onde poderiam ir. Seus movimentos eram, de certa forma, limitados, restringidos.

Seus problemas eram de caráter interior e nada tinham a ver com sua condição de vida em sociedade. Mesmo sendo cidadãos aparentemente livres, as suas almas eram aprisionadas, estavam em prisões.

O sentimento da alma desse povo é expresso no Salmo 137. Assim estava o coração deles. Assim é o altar (alma, coração) de um cativo espiritual:

- Sentimento de desinstalação – desterro “Junto aos rios da Babilônia” - Estavam deslocados- como fora do ninho

- Apatia coletiva “Nós nos assentávamos” – Estavam paralisados, sem motivação, passivos, sem nenhuma ação ou reação

- Melancolia – “nós chorávamos” – Choro que se traduz em impotência, falta de perspectiva, desesperança, era como um luto coletivo.
- Nostalgia – “lembrando-nos de Sião”- Viviam das lembranças do passado, se alimentavam de memórias passadas e não conseguiam olhar para o futuro, não havia visão de futuro.

- Incapazes de adorar – Como cantaremos os cânticos do Senhor em terra estranha?

Falta de perdão- A primeira vez que olham para o futuro é pra desejarem a tragédia e a destruição dos seus inimigos – Feliz aquele que te pagar o mal que nos fizeste

Vingança – eles quere ver o mal dos edomitas que se regozijaram por seu cativeiro

Se tornaram cruéis e injustos e perverteram o conceito de felicidade – Feliz aquele que esmagar seus filhos contra as pedras.

Restaurando o altar de Deus – chega o fim do cativeiro

Salmo 126
Estavam como os que sonham. Voltou o riso, os cânticos.
Quando há reconhecimento da nossa própria desgraça, da nossa miséria, quando há arrependimento, confissão de pecados, mesmo aqueles pecados de estimação, quando se libera perdão e a paz dá lugar ao sentimento de vingança, vem então a restauração do altar de Deus

Salmo 124
Senão fora o Senhor, as águas teriam nos engolido, serviríamos de presa aos nossos inimigos.
A nossa alma escapou como um pássaro escapa do laço do passarinheiro. O nosso socorro está no nome do Senhor, criador do céus e da terra.


Tenha um bom dia!!!

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