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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Aula 45 - Restaurando os muros de Jerusalém

E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito.”  Ne 4:1a.
“Sambalate”. 
Ele se apresenta como um opositor do povo de Deus. Ele ataca ferozmente o trabalho de reedificação dos muros de Jerusalém para tentar retardar a obra. Porém, mesmo com todas as tentativas dos inimigos de interromper o trabalho de reconstrução dos muros, Neemias e o povo foram vitoriosos. Para atingir os seus objetivos, Sambalate e companhia recorreram a cinco estratégias:
                                                                 
Deboche:  O versículo 1 diz que Sambalate escarneceu dos judeus. A palavra hebraica tem o sentido de “ridicularizar”. Ele disse: “O que esse punhado de judeus pobres e fracos pensa que está fazendo?”, caçoava ele (v. 2).

“O termo fraco significa, nesse caso, ‘mirrado, ‘miserável’”. Sambalate segue um modelo de oposição que procura diminuir a auto- estima que eles possuíam, enfraquecer os ânimos e desmoralizá-los. Tobias, outro opositor da turma de Sambalate, também ridiculariza o trabalho dos judeus: Que tipo de muralha eles poderão construir? Até mesmo uma raposa poderia derrubá-la! (v. 4). Pois bem, como Neemias reagiu diante do deboche? Orou e entregou o problema a Deus, reconhecendo que os insultos em última instância, eram dirigidos ao Senhor e não a ele próprio ou ao povo (vv. 4-5). Ele não se desesperou e nem lamentou, pois sabia que a obra que estava sendo realizada era aprovada pelo Senhor. A zombaria não fez que os homens deixassem as suas tarefas de lado. Eles continuaram trabalhando para reconstruir o muro, com ânimo (v. 6).
                         
Conspiração:  No versículo 7 notamos uma conspiração que se forma contra os judeus de Jerusalém. Quatro grupos diferentes se unem para paralisar a obra nos muros de Jerusalém: Sambalate e Tobias e os povos da Arábia, Amom e Asdode (...) se reuniram e combinaram que viriam juntos atacar Jerusalém (v. 7-8a). Os inimigos se enfureceram e planejaram o ataque. Com este conchavo montado, Jerusalém estava em perigo se, realmente, eles levassem adiante a proposta de ataque. A cidade seria completamente cercada. Os asdoditas, da cidade de Asdode, uma das mais importantes da Filístia na época, eram do oeste; Sambalate e os samaritanos, do norte; Tobias e os amonitas formavam a turma do leste. Os povos arábios, provavelmente, liderados por Gésem (Ne 2:19), viriam do Sul. Então, o ataque viria de todos os lados. “Houve uma conspiração geral contra Judá (...). Eles ‘lutariam contra Jerusalém’, fazendo cessar à força o absurdo projeto”.

Agitação: . O versículo 8 diz:  “Aí se reuniram e combinaram que viriam juntos atacar Jerusalém e provocar confusão”. Aí está o que eles queriam: “provocar revoltas e confusão”. Os opositores queriam fazer nascer um burburinho, no meio dos judeus. Queriam que eles ficassem agitados com a notícia e perdessem o foco; afinal, o muro já havia chegado a sua metade (v.6). Para vencer esta oposição, Neemias e o povo oraram ao Senhor e colocaram guardas contra os inimigos para se preparem frente ao “anunciado” ataque (v. 9).

Ameaça: As forças inimigas aumentaram consideravelmente e se fortaleciam ameaçando atacar Jerusalém. Como não poderiam fazer isto, mudaram a estratégia, e, desta vez, o povo balançou. Eles ameaçaram o povo, numa tentativa de intimidá-lo. “Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disto, nem verão, até que entremos no meio deles e os matemos; assim, faremos cessar a obra.” (v. 11). Diante de tais ameaças, o povo temeu. As noticias corriam como boatos dos que moravam próximos aos inimigos, fora de Jerusalém. Eles traziam estes comentários assustadores e os disseminavam no meio do povo: “E várias vezes os judeus que moravam entre os nossos inimigos vieram nos avisar dos planos que eles estavam fazendo contra nós.” (v. 12). É interessante observar que boatos sempre objetivam destruir a coragem e a cooperação. Onde eles se espalham, os servos de Deus ficam assustados e a obra de Deus pode ser paralisada.

Desânimo: Mesmo com Neemias e o povo orando e se preparando para um futuro ataque, parece que os opositores, em parte, conseguiram o que queriam. O povo começou a dar ouvidos ao que estava sendo dito, aos boatos e às ameaças, e ficou desanimado. Após algumas tentativas para paralisar a obra (zombaria e ameaça), os inimigos de Neemias conseguiram fazer com que o povo ficasse desanimado (v.10).  Qual foi a reação de Neemias, diante dessa situação? Neemias enfrenta tal problema repreendendo os judeus (“Não os temais”), animando o seu povo (“Lembrai-vos do Senhor”) e dando a eles uma motivação (“pelejai pelas vossas famílias”). É dada a ordem para que cada homem defenda a sua família, empunhando as armas de defesa e de combate (v. 13-14). Da mesma forma, os olhos do povo deveriam estar voltados não para o inimigo, mas para o Senhor, “grande e temível”. Neemias tinha a certeza de que, se houvesse batalha, Deus pelejaria pelo povo (v. 20). Depois disso, os inimigos (...) compreenderam que Deus havia atrapalhado os seus planos. Então todos nós voltamos para o nosso trabalho na reconstrução das muralhas (v. 15).

Após 52 dias e depois de tantas investidas dos inimigos, o muro ficou pronto.


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