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terça-feira, 23 de junho de 2015

Primeiro amor, primeiras obras


Em toda a Escritura percebemos uma relação direta entre o amor que produz fé em nossos corações e a manifestação visível desse amor em nossa vida diária, em nosso cotidiano. Em I João 3:18 o apóstolo diz “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade”. 

O apóstolo Paulo na carta aos efésios, no capítulo 5 e versículo 2 destacou a importância do amor, dizendo: “Andai em amor, como Cristo também vos amou...” e no versículo 11 ele acrescenta: “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, antes as condenai”.

Esse tema também é frisado em Apocalipse 2 -Jesus elogia várias qualidades da igreja em Éfeso, entre as quais se destacam o seu labor, a sua perseverança, a capacidade de não suportar os homens maus e o discernimento em relação aos falsos apóstolos.

Embora seja pontuada tantas qualidades a essa igreja que estava repleta de atividades, conhecimento e boa base doutrinária, Jesus faz uma ressalva: “Tenho contra ti, que deixastes o primeiro amor”

O que é o “primeiro amor” a que o Senhor Jesus se refere nesta carta? É um fogo de grande intensidade em nosso íntimo, é um fervor que coloca Jesus acima de todas as demais coisas. Isto foi bem exemplificado numa parábola de Jesus: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.” (Mateus 13.44)
                                                                                             
O Senhor está falando de alguém que, além de transbordar de alegria por ter encontrado o Reino de Deus, ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar do seu achado. Estas duas características são evidentes na vida de quem teve um encontro real com Jesus.

O problema dos efésios não foi uma questão de doutrina correta, mas de amor. Abandonaram o seu primeiro amor. Esqueceram-se dos grandes mandamentos que formam a base para todos os ensinamentos de Deus. Não devemos distorcer esta advertência para criar um conflito entre o amor e a verdade. Podemos defender a verdade, como os efésios fizeram e, ao mesmo tempo, praticar o amor. Foi exatamente isso que Paulo pediu aos efésios: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:15).

Jesus apresenta três passos para que essa igreja fosse restaurada e vivesse como nos primeiro dias:

- Lembra-te, pois, de onde caíste”. Para que os efésios chegassem ao  arrependimento, seria necessário que se lembrassem da comunhão e intimidade com o Senhor, algo que haviam deixado para trás.

- “Arrepende-te”. Arrependimento representa mudança na maneira de pensar e de agir.

- “Volta à prática das primeiras obras”. As primeiras obras não são o primeiro amor em si, mas estão atreladas à ele, pois são a forma de expressá-lo. Elas têm a ver com a forma como nos relacionamos com o próximo, como servimos no corpo de Cristo.

Vivemos dias em que a Igreja está rodeada de doutrinas falsas e sujeita à influência de homens maus. Sendo assim, precisamos examinar todos os ensinamentos e rejeitar todas as falsas doutrinas. Mas também precisamos demonstrar o amor verdadeiro para vencer o mal. Devemos amar a verdade, não somente pelo desejo de ser “corretos”, mas porque ela vem do Deus que merece nosso amor. Esse amor se revela na comunhão, no partir do pão, na oração, na contribuição financeira, no repartir dos dons, entre outros. Devemos amar aos outros, porque assim expressamos  o amor que recebemos do Pai.

“Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1 João 4:11).


No amor do Senhor,



Ozéias

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