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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Quem é você? Um corvo ou um pombo?


“Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que havia feito na arca; soltou um CORVO que, saindo, ia e voltava até que as águas se secaram de sobre a terra. Depois soltou uma POMBA, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra; mas a pomba não achou onde pousar a planta do pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas ainda estavam sobre a face de toda a terra; e Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. Esperou ainda outros sete dias, e tornou a soltar a pomba fora da arca. A tardinha a pomba voltou para ele, e eis no seu bico uma folha verde de oliveira; assim soube Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então esperou ainda outros sete dias, e soltou a pomba; e esta não tornou mais a ele”.  Gênesis 8:6-12  

Após o advento do dilúvio, Noé e todos aqueles que se encontravam no interior da arca nutriam expectativas quanto ao futuro. Qual seria o cenário que encontrariam do lado de fora da embarcação – devastação, caos, desordem, algum sinal de vida, de esperança ou futuro?

Do interior da arca Noé lança mão dos recursos que dispõe para investigar a situação que os cerca e assim definir as próximas ações em busca de um novo começo. Em seus domínios dispõem de um CORVO e de um POMBO, ambos, aves usados desde os primórdios como aves mensageiras em muitas situações e circunstâncias. No entanto, as semelhanças entre essas aves terminam aí.

CORVOS são aves de rapina, geralmente agressivos, que se alimentam principalmente do que é morto, do que é podre, de carniça e todo tipo de lixo. São tidos como símbolo de desgraça, mau presságio e morte.

Os POMBOS são essencialmente herbívoros, geralmente dóceis e de boa convivência com o homem e simbolizam paz, fartura e esperança.

Não foi equivocada a escolha de Noé em enviar primeiro um CORVO e só depois uma pomba para avaliar o estado da Terra pós-dilúvio. Ele esperava um cenário de destruição, onde muitos cadáveres estariam boiando nas águas e só depois algum indício de terra seca onde a Arca pudesse pousar.

Da mesma forma, nós podemos agir como corvos ou pombos. Indubitavelmente transmitimos adiante aquilo que nos alimenta. Se for a reclamação, a murmuração, o ódio, a mágoa e o ressentimento, exalaremos o hálito fétido da ingratidão, da violência, da revolta e desamor. Nosso “modo operandis” será sempre a fofoca, a contenda, a inconveniência deliberada nas nossas relações e a sensação de completo abandono e rejeição.

Se apreciarmos o que é puro, honesto, belo e de valor, seremos agentes da beleza, da paz, do amor, da esperança e da cura. O nosso proceder trará consolo, conforto, quietude na alma e abrirá caminhos de fé, coragem e virtudes.

Quem é você? Um corvo ou um pombo? Você se alimenta do que? Você transmite o que?


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