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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Buscando a Felicidade

Por Jonathan Silveira

“Se descubro em mim um desejo que nenhuma experiência deste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui criado para outro mundo”. C.S. Lewis

No final de dezembro de 2009 aconteceu o maior sorteio de todos os tempos da mega-sena brasileira: R$ 140.000.000,00 (cento e quarenta milhões de reais)! R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) é a quantia potencialmente lucrada mensalmente em uma conta-poupança. Diante dessa oferta milionária, milhões de pessoas fizeram suas apostas. No fim das contas, duas pessoas acertaram os números misteriosos e levaram R$ 70.000.000,00 (setenta milhões de reais) cada uma.

As perguntas que vêm à tona são: o que nos faz pensar que a felicidade de nossas vidas está no dinheiro? O que nos faz pensar que o poder do dinheiro nos fará feliz?
O dinheiro, de uma forma grosseira, nada mais é do que um pedaço de papel com números, impresso pelo Estado. Certamente, o problema não está no papel, mas sim nos números. Quanto maiores os números, maior a felicidade.

Todos nós navegamos no mar da vida e buscamos atracar nosso barco no porto da felicidade. Mas isso é um engano. Não devemos atracar, pois o porto da felicidade não existe! O “porto da felicidade” é uma distração em meio a navegação que nos impede de prosseguir viagem e de seguir a luz do farol que deve nos guiar. A felicidade não está no destino, mas sim na forma em que o trajeto é enfrentado para se chegar ao destino. As viagens que prometem chegada fácil nos tiram da condução do farol e nos afasta do caminho da felicidade. Não existem atalhos da felicidade.
Durante nossa viagem, todos nós somos conduzidos por algo. Alguns são conduzidos por si mesmos, outros por sereias, e outros são conduzidos por tesouros de piratas. O problema com esses guias é que eles não emitem luz, somente o farol emite. Quando se é conduzido por tais guias, eles se tornam porto e faz-nos perder o caminho que a luz do farol indicava.

A auto-suficiência, a devassidão e o dinheiro nos dão a falsa impressão de felicidade. São falsos porque rapidamente percebemos que eles não nos satisfazem por completo e vamos buscar um sucedâneo para preencher o nosso vazio. São falsos atalhos. Não demora muito tempo para percebermos que nada neste mundo nos satisfaz e que diariamente corremos atrás do vento.

Definitivamente, riquezas, prazeres etc., são péssimos guias na jornada da vida.
Jesus conhecia bem a tendência do ser humano de se prender a coisas supérfluas como a riqueza.
Por isso, advertiu:
“Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15).

Ainda no mesmo contexto, Jesus prossegue contando uma parábola:
“O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, os reconstruirei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lucas 12:16-21).

Mais adiante, Jesus alerta que “onde está o vosso tesouro, aí está também o vosso coração” (Lucas 12:34).

Será que os ganhadores da mega-sena receberam uma benção ou uma maldição? Quando morrerem, poderão levar consigo sua fortuna? Onde estarão os corações dos dois ganhadores da mega-sena agora? Em Deus ou no dinheiro? Sinceramente espero que em Deus, mas acho difícil. Nós temos a péssima tendência de substituir Deus por coisas mundanas com muita facilidade.

Se você não ganhou na mega-sena fique feliz, pois essa fortuna poderia significar a sua falência.
Nosso coração não deve estar centrado em tesouros terrenos, mas, ao contrário, deve estar centrado em Deus, nossa luz e nosso farol.

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