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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Está chegando o dia !!!

Shavuot é o segundo feriado dos três feriados de peregrinação. Este feriado também é conhecido pelos nomes de "Festa das Primícias" (Chag HaBikurim) e Festa do "Recebimento da Torá" (Matan Torá). O feriado é de um dia em Israel (dia 6 do mês de Nissan) e de dois dias na Diáspora (6-7 do mês de Nissan).
O escrito no livro de Êxodo (cap. 23) acentua especialmete o lado agrícola das três festas de peregrinação: Pessach, Shavuot e Sucot. A festa de Pessach – a Torá denomina coma a "Festa da Primavera" isto é, na época na qual os cereais no campo ainda estão no início de seu desenvolvimento. A festa de Sucot ela chama de “Festa da Colheita” isto é o fim do ano agrícola ao recolherem os frutos do campo. E a festa de Shavuot ela chama de "Festa da Ceifa", "a primícia de seu labor que semearás no campo". Nesta festa foram ordenados os filhos de Israel sobre a oferenda de primícias: "As primícias dos frutos da tua terra trarás à casa do Senhor, teu Deus". (Êxodo cap. 23 v. 19)
A origem do nome "Shavuot" vem por causa da instrução da Torá contar sete semanas a começar na festa da ceifa em Pessach e no fim destas sete semanas festejar uma segunda festa de ceifa. (Êxodo cap. 34 v. 22; Levítico cap. 23 v.15 até o fim; Deutoronômio cap. 16 v. 9-10).
Como já foi dito, a festa de Shavuot também é chamada de "Festa da Ceifa" (Êxodo cap. 23 v.16) e "Festa das Primícias" (Números cap. 28 v.27).
Nesta festa foram os filhos de Israel ordenados a oferecerem um sacrifício de agradecimento no Templo sagrado. Na literatura talmúdica esta festa é chamada algumas vezes de "Atzeret" (assembléia, reunião solene) (tratado "Shavuot" cap. 1:1, tratado "Rosh Hashaná" 1:2). O significado deste nome é o reunir se em um ambiente de seriedade. Com este termo serve se a Torá para denominar tanto em relação a festa de Sahvuot como também em relação a outras festas (Levítico cap. 23 v.27; Números cap.29 v.35, Deuteronômio cap 16 v.8). Mas nas fontes pos-bíblicas usam este termo quase que só para denominar a festa de Shavuot.
Para os nossos sábios de bendita memória, o significado do nome Atzeret é dia que encerra a festa, daqui podemos deduzir que eles vêm nesta data o encerramento da festa de Pessach. Shavuot é visto como a "Atzeret" de Pessach, isto é, o final da festa de Pessach. Shavuot não assinala somente o fim da ceifa dos cereais que começou em Pessach, mas também o ponto culminante do processo dos festejos da liberdade que se iniciaram com o êxodo do Egito e finalisou com o recebimento da Torá no Monte Sinai, que, pela tradição, ocorreu na festa de Shavuot.
Shavuot é a única festa sobre qual não nos foi transmitido pela Torá uma data exata quando comemorá-la. Em vez disso o povo foi ordenado a contar sete semanas como está escrito: “Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida...(Levítico cap. 23 v.15) A colheita dos feixes da nova safra de cevada sinalizou o início da contagem; No quinquagésimo dia festejaram a nova festa da colheita. Para os nossos sábios de bendita memória, o escrito "o dia imediato ao sábado" era o primeiro dia da festa de Pessach e o quinquagéssimo dia era o dia seis de Sivan.
Nos dias que o sagrado templo existia, a festa de Shavuot era a festa na qual o agricultor saia junto com seus vizinhos, numa procissão alegre para Jerusalém para levar as primícias do fruto de sua terra como oferenda de graças ao seu D'us. Na Mishná nos encontramos uma descrição muito viva dos preparativos que fazia o agricultor para levar as primícias e dos cerimoniais ligados a isso. (tratado Bikurim 3).
Depois da destruição do Templo sagrado mudou o tom dominante desta festa para ser o dia do recebimento da Torá no Monte Sinai quando foram declarados os dez mandamentos aos filhos de Israel.
Em algumas comunidades costuma se ler nas noites de Shavuot os Salmos. Isto vem a ser porque pela tradição, foi o Rei David que escreveu os Salmos e ele nasceu e morreu no Chag HaShavuot.
Para comemorar esta data costuma se ornamentar as singogogas com flores e plantas ornamentais. O motivo deste costume muito difundido vem para simbolizar a ceifa de cereais; Que o monte Sinai cobriu se milagrosamente com plantas e verde em geral para esta grande ocasião do recebimento das tábuas da lei; ou o motivo disto simboliza o cesto ornamentado de primícias que levavam naquele tempo para o templo sagrado no Chag HaShavuot.
Conforme uma tradição muito antiga, come se neste dia alimentos baseados em mel e leite. A explicação tradiconal para este costume é que os filhos de Israel, no dia do recebimento da Torá, não tinham tempo para preparar comidas de carne. Nos alimentos de mél e leite "e aludido também o escrito: "Mel e leite acham se debaixo de tua língua" (Cântico dos Cânticos cap. 4 v.11).
A leitura da Torá na sinagoga neste dia inclui os dez mandamentos e antes desta leitura le-se o poema "Akdamót Milin". Este poema é em aramaico e contêm 90 linhas que versam sobre o povo de Israel e as relações com os outros povos contando também do bem que espera às pessoas justas e pias no mundo vindouro.
Neste dia também é lido o livro "Rut". Foram dadas algumas explicações para isto:
O fundo agrícola descrito no livro é muito propício à festa de Shavuot – que, com já foi dito, também é a festa da ceifa; Outro motivo plausível pode ser o fato da adesão e fidelidade de Rut e à fé de Naomi que podem muito bem servir como lição moral que se presta muito bem a este dia no qual é lembrado o recebimento da Torá pelo povo de Israel; Também alude ao rei David que foi descendente de Rut, a Moabita (assim ela é chamada nas fontes judaicas) e de que dos descendentes de David nascerá o Mashiach. Conforme foi dito, no dia do chag de Shavuot nasceu e faleceu o rei David.
Desde a libertação de Jerusalém muitos milhares de pessoas fluem para o "Kotel" para a prece da festa de Shavuot – o "Kotel" que é remanescente do templo sagrado.
Ao aproximar se a festa de Shavuot, pela iniciativa abençoada do Keren Kayemet Leisrael, realizam se em muitas localidades no país, inclusive nos kibbutzim e moshavim, festas de Bikurim nas quais são apresentadas em procissões festivas as "frutas da estação".
Em Israel, nos jardins de infáncia, são organizadas para esta data festas especiais antes da vinda do feriado. Nestas festas trazem as crianças cestos de frutas e ornamentam estes cestos com flores que lembram a todos a "festa da ceifa".

POR REI DOS REIS

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