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terça-feira, 6 de abril de 2010

Orfãos de pais vivos?

Essa frase traduz bem o efeito que a vida moderna está causando à crianças e a sociedade. Filhos deixados em segundo plano desde os primeiros meses de vida, para que mães possam sair em busca de sustento,ou de posições na sociedade e na igreja. É este triste modelo de vida que os tempos moderno tem obrigado as mulheres a adotar.

Parece ter se instalado um preconceito geral pela maternidade, até mesmo por parte das mulheres. Todos querem saber qual o seu cargo, sua função, sua profissão, como se a maternidade não tivesse o mesmo valor, ou diria até, muito mais que qualquer posição na sociedade ou na igreja.

Além da cobrança financeira que tem se colocado sobre a mulher, há uma cobrança para que ela ocupe cargos, se destaque, dispute o lugar que originalmente era masculino, enfim que entre num “ativismo sem fim”, e não se dê ao luxo de parar, nem que para isso seja preciso sacrificar seus filhos. Afinal, usam o argumento de que “é tudo para garantir o futuro deles”... o que cada vez mais está sendo provado que não garante!

Me chama muito a atenção, que psicólogos do mundo todo tem falado dos efeitos que a ausência das mães no lar tem causado nas novas gerações. A sociedade tem colhido e sofrido com esses frutos: jovens moral-espiritual e psicologicamente corrompidos.
A sociedade está sendo formada por jovens que cresceram sendo “órfãos de pais vivos “.

Achei esse artigo “A mulher e o trabalho” da psicóloga Maria Regina Canhos Vicentin, que exemplifica um pouco do que o próprio meio secular tem diagnosticado.

Trecho: “O mundo já está colhendo as conseqüências da ausência materna no lar. Crianças e adolescentes egocêntricos, individualistas, frios, insatisfeitos e cruéis. De onde vem isso? Da falta de atenção, oras. Da falta de disciplina e limites antigamente impostos à exaustão pelas mães de plantão. Hoje em dia, a empregada, a babá, a creche, a escolinha, são muito mais mães que qualquer mulher que tenha parido. Só que é completamente diferente do calor e carinho que a mãe pode oferecer. É certo que o contato com outras crianças favorece a socialização, incentiva as trocas afetivas e a criação de vínculos de confiança, entretanto, se nada disso se experimenta em casa fica muito mais difícil e complicado, quiçá impossível”...”Se por um lado a ausência materna do lar predispõe os filhos a uma maior independência, por outro sinaliza um real abandono que lhes trará implicações pela vida toda e que não poderão ser supridas por desculpas ou presentes”... “Pena que a mulher tenha de trabalhar tanto e deixar seus filhos aos cuidados do mundo, que até hoje nunca aprendeu a educar alguém.”

Diante disso, me vem Romanos 8.19, “a criação geme pela manifestação dos filhos de Deus”
O mundo não precisa só de profissionais, mas de filhos e filhas cumprindo seu papel para o Reino de Deus. Precisa de mães que realmente sejam mães! O Reino de Deus não será conquistado apenas pelo trabalho de pregadores, ou adoradores, ou seja aqueles que estão na linha de frente, mas é essencial também o trabalho daqueles que ficam nos bastidores, nesse caso, as “ilustres desconhecidas” mães!




Já dizia Lutero:
"O maior erro que se pode cometer na cristandade é não zelar corretamente pelas crianças. Pois se queremos que a cristandade tenha um futuro, então precisamos preocupar-nos com as crianças, como era feito antigamente."


“Se queremos pessoas excelentes e hábeis tanto para o governo secular como para o espiritual, cumpre deveras não nos poupemos empenho, faina e gastos na tarefa de ensinar e educar os nossos filhos, a fim de que possam prestar serviços a Deus e ao mundo.” fonte: www.luteranos.com.br


As consequencias de filhos que crescem ao acaso estão aí para todos ver, quando tudo isso poderia ser evitado com a presença materna nos primeiros anos de vida.
Ser mãe em tempo integral não é o "monstro" que muitos pensam. Não é uma questão de abandonar carreira, dons, sonhos...,é apenas uma fase! É um tempo onde nos doamos à família , aos filhos e principalmente à Deus.
Nesse tempo (que aliás passa muito rápido!), deixamos um pouco de lado os nossos sonhos e interesse, para cuidar um pouquinho dos sonhos e interesses de Deus. Ora a chegada de uma criança ao mundo só é possível porque Deus à planejou, à sonhou, e escolheu pais para ela nesse mundo. O mínimo que podemos fazer é zelar com o devido respeito e atenção à esse tesouro, esse projeto humano sonhado por Deus.
Depois, nada impede que aos poucos , voltemos às nossas atividades, conciliando-as a atenção que não podemos deixar de dar aos filhos.


Mas qual a solução para a sociedade que sofre com a ausência das mães atualmente?


A nível geral não sei... mas creio que cada família deve orar a Deus e buscar a sua solução.
A minha tem sido, colocar a maternidade diante de Deus como um Ministério em tempo integral. Ter a fé firme de que nos primeiros anos, onde é essencial minha presença no lar, Deus é o provedor desse ministério.
Nada tem nos faltado!!!


Deus nos abençoe e vamos refletir!

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