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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aliança de sangue no casamento

Biblicamente aliança é um contrato, um pacto, acordo ou sociedade entre duas pessoas ou duas partes em que se estabelecem compromissos de deveres, obrigações e privilégios, objectivando um bem comum das partes. No Antigo Testamento verifica-se dois tipos de aliança: aliança de respeito mútuo e aliança de amor. A aliança de respeito mútuo era feita no sentido exclusivo de não haver guerras entre as partes aliadas, como a de Isaque e Abimeleque ( Génesis 26:28-29).
A aliança de amor envolve sacrifício, a oferta da vida por inteiro. Esse é o principio da aliança de Deus com o ser humano retratado na Bíblia, mais tarde veio a ser simbolizado pelo casamento. O Antigo Testamento trata da mesma aliança com aqueles que se rendem ao Filho de Deus de todo coração, alma e entendimento (Mateus 10:37-39 ; 22:37).
No Antigo Testamento a cerimónia de aliança era marcada pelo sacrifício e o sangue derramado era o selo da aliança. As partes envolvidas na aliança tomavam um ou mais animais e os sacrificavam. Em seguida os partiam ao meio; cada metade representava um dos envolvidos na aliança. E então as partes passavam entre as metades significando que se uma delas falhasse naquele pacto a outra parte teria o direito de fazer com ela o mesmo feito ao animal, ou seja: sacrificá-lo! Deus fez esse tipo de aliança com Abraão (Génesis 15: 9-10,17,18).
A palavra empenhada das partes envolvidas numa aliança não era suficiente para firmar um pacto, pois é próprio do ser humano faltar com sua palavra, especialmente se as circunstâncias lhe são desfavoráveis. O sacrifício do animal lembrada o empenho do juramento que não poderia ser quebrado. Pois assim como a vida do animal não poderia ser retornada, também a palavra não poderia ser quebrada.
Basicamente os compromissos assumidos numa aliança envolvia amor, confiança e fidelidade, os quais também são a base do casamento. No casamento há compromissos de parte a parte, e cada uma tem suas próprias responsabilidades que, unidas pelos laços do verdadeiro amor, conduzem a unidade indivisível de pensamentos e atitudes. Os compromissos de cada um sempre tem um objectivo comum com o outro. E ainda que os sacrifícios de cada um sejam demasiadamente grande a força da aliança os leva a pensar nos objectivos comuns que são ainda muito mais importantes.
Dai a razão porque o casamento tipifica a aliança com Deus, pois envolve a entrega total de vidas. O sangue derramado no ato conjugal da noite de núpcias é a marca viva que sela tal aliança.

2 comentários:

  1. Minha noiva não é mais virgem e nem eu infelizmente. E sinto muito remorso pois ela perdeu com um amigo meu e isso doi muito. E queria poder fazer a aliança. Oque faço??

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    Respostas
    1. A Paz do senhor, meu caro Bezaliel. Não sei se entendi bem a sua pergunta, mas vou tentar responder segundo aquilo que eu acredito seja a sua dúvida.
      Há um princípio básico sobre alianças que permeiam toda a Escritura: Esse princípio voga que toda aliança é confirmada por meio de uma oferta, holocausto ou sacrifício.
      Considerando o caso da aliança entre o casal, a virgindade representa a oferta de primícias, oferta essa que segundo os ensinos de Paulo santificam todo o resto, toda a massa.
      No caso específico de vcs, essa oferta não foi possível, visto que ambos já não era mais virgens.
      Nunca devemos nos esquecer que é Deus que provê a oferta para Ele mesmo (Dele, por Ele, para Ele; Deus proverá para si o cordeiro, etc).
      Se vocês estão em Cristo o que se aplica a vcs é o texto que diz que Deus mesmo dá semente ao que semeia, ou seja ele mesmo provê espiritualmente a oferta que vcs não tinham mais.
      Isso só é possível mediante a fé na perfeita e completa obra de Jesus Cristo, que nos faz santos e irrepreensíveis diante Dele.

      Espero ter respondido a sua pergunta.

      Deus te abençoe

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