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quarta-feira, 16 de junho de 2010

A cura do paralítico de Cafarnaum

Rumores na cidade de Cafarnaum anunciavam a vinda de um homem que fazia grandes milagres. Homens da Lei, curiosos, pais de família sem esperança, soldados feridos recém-chegados da batalha, enfermos com doenças de todos os tipos. Ah! Sim! E muitos, mas muitos críticos! Essas eram as pessoas que cercavam Jesus, quando o mesmo adentrou a pequenina cidade judia de Cafarnaum, e numa simples casa se assentou para ensinar!

Muitos conhecem a história do paralítico de Cafarnaum, aquele que foi descido pelo telhado por quatro amigos enquanto Jesus ensinava o povo na casa de um anfitrião.

Lendo essa história em um livro, delineei cuidadosamente as palavras do autor, da mesma forma que um artesão desliza o dedo em sua obra. Vi o autor do evangelho falar de um homem deficiente, sem expectativa, extremamente miserável. Tentei por um momento lembrar de todos meus anseios, vontades e sonhos, meus clímax de alegria, de raiva, de amargura. Tente você também, lembrar de tudo isso, porém, barrado por pernas atrofiadas, mãos mirradas e corpo enrijecido. Tenho amigos e parentes nessa situação e compartilho a dor que em palavras jamais poderemos explicar.

Contudo, a história deste homem em específico tem um final feliz! Seus amigos com a famosa fé que “remove as telhas de uma casa”, fizeram não só isso, mas também desceram o leito do paralítico em plena sala onde Jesus ministrava.

Enquanto aquele povo, com os olhos fitos em Jesus, despejavam toda sua atenção nas doces palavras de ensino do maior de todos os mestres, Ele, arrebatadoramente já havia mudado o foco do seu discurso de ensino, para a história daquele homem cheio de fé, coragem, ousadia, determinação e seus pecados logo lhe foram perdoados!

Resumindo! Aquele paralítico foi curado! Ótimo para ele, linda história de vida de milagre! Mas a história não se finda aqui, longe disso!

Lembra quando eu disse que havia muitos, muitos críticos? Pois é. Lá estão eles se apegando ao mero detalhe do perdão dos pecados que Jesus ofereceu ao paralítico. Mero? Penso que esse detalhe seja fundamental na história que marcou a cidade de Cafarnaum. Jesus fez uma pergunta aos críticos (também conhecidos como fariseus, saduceus, escribas, etc): – O que é mais fácil? Perdoar-lhe os pecados ou dizer levanta e anda? Analisemos essa pergunta!

Quando Jesus veio a Terra, ele veio com uma missão e essa não era simplesmente curar as enfermidades físicas. Aliás, o homem físico valia pouquíssimo para Ele. Jesus trouxe em sua bagagem uma paixão pela alma do ser humano que ninguém jamais conseguirá entender em sua totalidade. Prova disso foi que a primeira atitude de Jesus, ao ver a fé do bem aventurado paralítico, foi perdoar-lhe os pecados. Mesmo vendo-o naquela situação deprimente e deplorável que já foi citada, Jesus apressou-se em perdoar-lhe os erros. Porque isso?

A resposta é simples! Porque Jesus não queria simplesmente curá-lo fisicamente, Jesus queria muito mais que isso, na verdade, a cura física era apenas um forte sinal humano para que as pessoas pudessem crer que Ele era o filho de Deus.

Não sei o que aquele homem pudesse ter feito de tão grave, mas em Cafarnaum, Cristo optou primeiramente em dar-lhe a benção que atravessaria as portas da humanidade, do que a benção que ficaria retida a vida terrena. A cura do corpo custou para Jesus apenas um momento, mas a cura da alma custou sua vida! Custou a cruz! Custou seu próprio sangue. A cura física se limitaria simplesmente a mais alguns anos, afinal está imposto ao homem morrer algum dia, contudo a cura espiritual rasga as paredes da eternidade, vai além da vida na terra.

Imaginei após o discurso o que houve no coração daqueles tantos que estavam com Jesus em Cafarnaum. Tantos homens e mulheres saindo daquele lugar e voltando aos seus lares.

Os mesmos frustrados, doentes, feridos, talvez possuindo ainda sua debilidade física, mas certamente curados de suas enfermidades espirituais. Transformados não no corpo, mas principalmente na mente, nos conceitos e na alma.

Com isso imaginei também os milhões, bilhões ou trilhões de pessoas que lêem a passagem do paralítico de Cafarnaum e discutem sobre ela em seus cultos. Muitas cheias de paralisias sentimentais, traumas entrevados, atrofias nos desvios comportamentais e talvez nem ainda tenha se apercebido da grande mensagem contida nessa passagem bíblica. Penso que todas elas podem ser curadas instantaneamente se tomarem para si uma simples determinação de Jesus:

“Os seus pecados estão perdoados”. Agora faça da tua vida o que achar melhor e se tiveres fé “levanta sua cama e vai para tua casa, a tua fé te

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